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Olá futuro (a) Técnico do Seguro Social !!

Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto dos


conteúdos que será prevista no edital.

Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.

Além disso, nos dispositivos mais importantes para a sua prova, constam alguns
esquemas e comentários com foco no concurso do INSS para facilitar a compreensão do
aluno.

A leitura da lei é fundamental para a sua aprovação, pois, em análise estatística,


verificou-se que 95% das questões de direito cobradas no concurso do INSS são resolvidas
somente com base da lei seca.

Ah... e já íamos nos esquecendo. Diante da grande dificuldade em estabelecer uma


rotina diária para a leitura da lei, criamos um cronograma de 45 dias de estudos por
disciplina, assunto e artigo para facilitar a sua leitura do Caderno Mapeado para o INSS.
Assim você terá metas diárias para cumprir e vencer toda a legislação cobrada no certame
no tempo necessário.

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No material completo você terá acesso as seguintes disciplinas:

Língua Portuguesa

Informática

Raciocínio Lógico

Direito Constitucional

Direito Administrativo

Ética no Serviço Público

Seguridade Social

E mais: como forma de demonstrar a qualidade de nosso material, apresentaremos a seguir


a amostra das disciplinas: Caderno Mapeado 2.0 para o INSS.

Lembrando que, adquirindo o material, você também terá acesso ao material da Legislação
Mapeada, contendo todas as Leis e Decretos relativos ao cargo de técnico de seguro social.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com.

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Língua Portuguesa
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) TONICIDADE

Tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa sílaba
chama de tônica ou acentuada.

As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando ditas
de maneira mais sutil, como átonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica;

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica;

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica.

Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de


palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade:

Palavras da língua portuguesa (USP, 2017)

1%

12%
25%

62%
Oxítonas
Paróxitonas
Proparóxitona
Monossílabos

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2) ACENTUAÇÃO

A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou
marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

Acento agudo (´);

Acento grave (`);

Acento circunflexo (^).

Importante!

O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa

Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas ( ex.: exército, árvore, ácaro);

Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - (


ex.: após, cafés, jiló, armazéns);

Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns)


- ( ex.: cadeira, parede, quadro, itens, polens, himens).

Importante!

Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas ( ex.: bactéria, série, necessário).

Ademais outras regras acerca da acentuação gráfica:

2.2) Outras regras

Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de
S ( ex.: chás, fé, só);

Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como
“de” e “com” NÃO são acentuados.

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Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona. (
ex.: chapéu, pastéis, herói).

Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato ( ex.: saúde,
país).

Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às
classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes
gramaticais iguais têm o acento mantido:

Retirados Mantidos

Para Tem/Têm

Pelo Vem/Vêm

Pera Pode/Pôde

Polo Por/Pôr

Regra 5: NÃO são acentuadas palavras com vogais redobradas ( ex.: voo, veem, leem, enjoo).

Regra 6: NÃO são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são seguidos de M, N,
NH, R ou Z. ( ex.: juiz, ruim, ruir, constituinte, rainha).

3) HÍFEN

O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função:

Unir elementos de palavras compostas;

Separar sílabas em final de linha;

Marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (colocações de pronomes).

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3.1) Hífen com prefixos

Prefixos: são elementos que formam palavras a partir de um morfema


que antecede o radical, alterando o sentido básico da palavra.

Regra 1: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo (terminado em r, b ou vogais) somado com


uma palavra que inicia com a letra H ( ex.: Anti-histamínico, super-homem, sub-hepático).

Tome nota!

A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como possibilidade o uso
da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras.

Regra 2: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em vogal + palavra base em que
as vogais são iguais ( ex.: micro-ondas, anti-inflamatório), mas se as vogais são diferentes, NÃO
se usa o hífen ( ex.: autoescola).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo, NÃO se usa o hífen ( ex.: coocupar,
preenchimento, reescrever)

Regra 3: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em consoante + palavra base em


que as consoantes são iguais ( ex.: inter-racial, super-revista, sub-brigadeiro), mas se as consoantes
são diferentes, NÃO se usa o hífen ( ex.: supermercado).

Exceção: A palavra “Sub-raça”, apesar de haver consoantes diferentes, utiliza-se o HÍFEN, porque o
B com o R forma uma nova sonoridade, o que prejudicaria a escrita da palavra.

Regra 4: Utiliza-se o HÍFEN para os Prefixos sem, além, ex, sota, soto, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice, independentemente do que vier na palavra base ( ex.: pré-história, vice-presidente, ex-
namorado).

Regra 5: NÃO se utiliza o HÍFEN quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso,
duplicam-se as consoantes ( ex.: antirreligioso, minissaia, ultrassom).

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Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, nestes casos deve-se utilizar
o HÍFEN ( ex.: hiper-realista, super-racional, inter-racial)

Regra 6: Utiliza-se o HÍFEN quando o primeiro elemento terminado em “m” ou “n” e o segundo
elemento começa com vogais, “h”, “m” ou “n” ( ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum-
meridiano, circum-navegação).

Regra 7: Utiliza-se o HÍFEN com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige ( ex.: capim-
açu, amoré-guaçu, anajá-mirim).

3.2) Hífen entre palavras

O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como
exemplo:

A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas
as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do
substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana.

Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um
adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do
substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à
palavra, que é o debate.

3.3) Hífen: mal/bem

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L. ( ex.: mal-estar;
mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso).

BEM: emprega-se o hífen ( ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-


nascido).

Exceção 1: as palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo),


porém são formas alternativas, sendo facultativo.

Exceção 2: outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são:
benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido.

Exceção 3: quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra
seguinte não caberá hífen ( ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós”, não há hífen porque “bem”
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não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem)
modificando um verbo/particípio (educada).

3.4) Hífen: não/quase

Sempre dispensam o hífen ( ex.: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado).

Informática
CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET

1) INTERNET

É uma conexão entre computadores. Abaixo os principais conceitos acerca da Internet:

Wide Area Network: Rede de área ampla, possibilitando conexão de várias redes.

Nuvem: Conceito de computação na nuvem envolve o armazenamento de dados na Internet, a


disponibilização de serviços, softwares.

Acesso público: Caso se conecte a um provedor de acesso, ele vai oferecer a possibilidade de
conexão ao backbone, significa acessar a rede mundial com canais de alta velocidade que possuem
os dados.

Insegura: Porque o acesso é público, todo mundo podendo acessar, não sendo devidamente
protegido por mecanismos, por exemplo, de criptografia.

Elementos que compõe o acesso às redes de computadores, no caso, à Internet:

Realizado através de um provedor de acesso à Internet. Conectado através de um Modem, que


acessa as informações, recebendo e enviando-as através de uma linha telefônica.

A conexão através da linha telefônica é realizada com o meio externo, sendo importante ter um
Firewall, que é um filtro de conexões que impedem o acesso não autorizado as portas pessoais de
conexão. Dentro da rede pessoal haverá um roteador, que fará a distribuição da informação, o
caminho, rotas. Caso de rede corporativa, encontra-se também o Switch.

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Rede mundial de computadores

Nuvem

INTERNET WAN (Wide Area Network)

Acesso público

Insegura

NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS – WINDOWS 7

Lançado em 2009 pela Microsoft Corporation. Possui software proprietário, o que significa que só a
empresa possui licença para alterá-lo, distribuí-lo, capacidade de modificar o código fonte. É pago.

1.1) Multitarefa preemptiva:

A memória RAM é dividida em slices, cada uma tendo um tempo de execução, time slice, para que
cada programa aberto ocupe apenas uma slice, ocorre o gerenciamento das execuções dos
programas.

Gerencia os recursos do sistema, tanto de software quando de hardware. Interface entre computador
e o usuário.

A área de trabalho é conhecida como Desktop. Pode apresentar gadgets, que são miniprogramas
que exercem variadas funções.

1.2) Entrada no sistema/ login:

Usuário e senha, podendo utilizar conta de administrador, usuário padrão e convidado. Existem os
administradores, aqueles que tem poder ilimitado, pode alterar outros usuários, podendo existir mais
de um administrador.

Padrão é o usuário com poderes limitados, sem privilégios elevados, não altera outros usuários.

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Convidado é o usuário de forma temporária, não rotineira e permanente, não pode instalar ou
remover programa.

1.3) UAC:

É o controle de conta de usuário, medida de segurança para o sistema operacional Windows, ajusta
o nível de permissão de execução de um programa pelo usuário.

1.4) Fazer logoff:

Sair da sessão de trabalho, os programas serão encerrados.

1.5) Trocar de usuário:

Permite sair da sessão sem encerrar os programas ainda em execução.

1.6) Suspensão:

Modo economia de energia, os programas continuam em execução na memória RAM.

1.7) Hibernar:

Cria uma imagem de tudo que está sendo executado, cria um arquivo especial e salva no disco rígido,
HD, que é não volátil, não precisa de energia para trabalhar.

1.8) Lixeira:

É deletado temporariamente, para excluir sem passar pela Lixeira, deve usar o Shift+Delete.

1.9) Windows defender:

Antispyware.

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NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS

1 INTRODUÇÃO

Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. Mas não se esqueça: nós acreditamos em você!

2 WINDOWS (32-64 BITS)

Alunos, sistema operacional é um tema de grande relevância e de alta incidência nos concursos
públicos. Após uma análise meticulosa, verificamos que esse tema é o terceiro mais cobrado pelas
bancas de concurso, ocupando cerca de 8% das questões de informática. Portanto, como essa
matéria tem peso 2 no seu concurso, prestem atenção e decorem os conceitos básicos, pois com
eles você acertará a maioria das questões. Informática é uma matéria com conteúdo infinito, porém,
neste tópico, você encontrará o essencial para garantir 100% dos pontos em Windows: conceitos
iniciais, atalhos, disco rígido, ferramentas e explorador de arquivos (não necessariamente nessa
ordem). Vamos lá?!

2.1 Conceito

O Windows 10 pode ser conceituado de duas formas: (i) quanto à funcionalidade; e (ii) quanto à
licença.

Funcionalidade guarda relação com a função do sistema operacional, então podemos afirmar que
o Windows 10 é um sistema (software, cuidado para não confundir com hardware) que realiza o
controle de outros dispositivos da máquina (CD, HD, teclado, tela etc.).

Licença diz respeito à empresa que detém os direitos do código-fonte (Microsoft).

a) Arquitetura do sistema

É importante lembrar que as bancam especificam quais arquiteturas serão cobradas (32 e 64 bits),
dessa forma, faz-se necessário redobrar a atenção nos termos técnicos apresentados.

A arquitetura do Windows 10 pode ser de 32 ou 64 bits. Na prática, isso diz para o usuário sobre
a velocidade do sistema (ou a velocidade em que os dados são acessados). Ou seja, a arquitetura
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de 64 bits suporta mais dados do que a de 32 bits? Correto. Veja esta tabela sobre a capacidade
máxima que cada arquitetura suporta:

32 bits 64 bits

4 GB de RAM 16 milhões de Terabytes (isso mesmo!)

Então, aluno, se você comprar um computador com Windows 10 (32 bits), não adquira uma memória
com capacidade superior a 4 GB de RAM, pois a arquitetura do sistema não irá suportar.

Tome nota!

Em uma máquina de 64 bits, a arquitetura de 32 bits pode ser instalada perfeitamente, embora não
seja o recomendado. Portanto, lembre-se: em informática, quem pode mais, pode menos.

b) Barra de tarefas

Para quem não conhece, a barra de tarefas é a “barrinha” em que fica localizada a hora, data, ícones
fixados ou abertos. Logo abaixo, deixo a imagem para melhor compreensão:

Barra de pesquisa Visão de tarefas

Iniciar Ícones/Programas Área de notificações

Antes de explicar, efetivamente, sobre a funcionalidade de cada ícone/botão, vamos fazer uma
questão para você notar como esse tema pode ser cobrado.

Hora da questão

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(Questão para treino) Na empresa onde um indivíduo trabalha, vários funcionários compartilham
o mesmo computador rodando o Windows 10 em português. Um desses funcionários precisa usar
o computador desse indivíduo, mas este não quer fechar os programas e arquivos com os quais está
trabalhando no momento. Que opção esse indivíduo deve escolher para resolver essa situação?

A) Trocar usuário

B) Bloquear

C) Suspender

D) Desligar

E) Hibernar

Gabarito: A

Comentário:

Perceba que a banca não cobra de forma direta sobre o nome do ícone, mas aborda a função do
botão. Qual ícone tem essa funcionalidade de “Trocar usuário”? O menu iniciar.

Aproveitando a questão, você também pode chegar ao comando cobrado pela banca utilizando o
seguinte atalho: Ctrl+Alt+Del  Trocar usuário, bloquear, desligar, suspender, reiniciar, sair, alterar
uma senha, gerenciador de tarefas etc.

Observado isso, retornaremos à abordagem sobre a funcionalidade de cada ícone e os possíveis


atalhos que podem ser utilizados para acessá-los.

b.1) Iniciar

É possível acessar esse ícone com os seguintes atalhos: CTRL+ESC ou por meio da tecla Windows.
É de extrema importância que você teste os atalhos e os memorize. Já testou?!

É utilizando esse botão que você tem acesso às configurações, ferramentas, documentos, usuários
do computador etc.

Já foi objeto de questão! Ao clicar com o botão direito no botão iniciar, você terá como resposta
o “Menu de contexto iniciar”, que apresenta algumas alternativas:

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b.2) Barra de pesquisa

A barra de pesquisa (não confunda com barra de tarefas) pode ser utilizada para pesquisar dados
do próprio Windows ou da internet. Nela, você pode pesquisar utilizando texto ou áudio com os
serviços da famosa Cortana (assistente inteligente da Microsoft) através da barra ou pelo atalho
WIN+C ou WIN+S.

b.3) Visão de tarefas

Pode ser acessada através do atalho: Windows + TAB. Com essa nova funcionalidade, você tem
acesso à visão geral dos arquivos que estão abertos.

b.4) Ícones/programas

Os ícones podem ser fixados manualmente. Qualquer ícone pode ser fixado, basta abrir o
programa/arquivo, clicar com o botão direito do mouse na imagem do ícone na barra de tarefas e
selecionar “Fixar na Barra de Tarefas”. Além disso, quando você passa o mouse por cima do ícone,
ele apresenta uma miniatura da janela que está aberta.

Para fechar esse tópico, você sabe diferenciar um ícone principal de um atalho? Não?!

A pequena seta no canto inferior


esquerdo indica que é um atalho.

Atalhos são arquivos de extensão LNK, se forem excluídos, não afetam o arquivo original.

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b.5) Área de notificações/Central de ações

Mostra a hora, data, notificações do Windows, e-mails, ícone da bateria e outros ícones que estão
sendo utilizados em segundo plano.

Mostrar ícones ocultos Central de ações

Percebem que o ícone da central de ações está preenchido? Isso significa que há notificações a serem
visualizadas. Essa informação pode parecer desnecessária, mas... (veja a questão abaixo)

Hora da questão

(Questão para treino) No Microsoft Windows 10, a área de notificação da barra de tarefas possui
um ícone, o qual está apontado pelas setas na figura a seguir em duas versões: quando há uma ou
mais notificações novas (à esquerda) e quando não há notificações novas (à direita).

Ao clicar nesse ícone, abre-se a Central de Ações do Windows 10. NÃO é função da Central de Ações
do Windows 10:

A) alertar o usuário sobre questões de segurança e manutenção.

B) apresentar ao usuário ocorrências de instalação de novos aplicativos.

C) concentrar um conjunto de botões que, rapidamente, desativam ou ativam funções utilizadas com
frequência pelo usuário.

D) notificar o usuário sobre novos e-mails recebidos.

E) permitir que o usuário localize arquivos e aplicativos que estão no computador.

Gabarito: E

Comentário:

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A questão pede a alternativa incorreta. A Central de Ações é uma área de notificação acerca dos
procedimentos realizados no computador, como: atualizações, gerenciamento de notificações e
outros recursos rápidos básicos. É como se fosse aquela tela do nosso celular quando deslizamos o
dedo para baixo, que irá nos apresentar: bluetooth, Wi-Fi, notificações de atualizações etc.

Pode ser aberta por meio da tecla de atalho: WINDOWS + A.

(Questão para treino) No Windows 10, para abrir a Central de Ações, deve-se clicar no ícone:

A)

B)

C)

D)

Gabarito: D

Comentário:

Os ícones acima são referência dos seguintes itens da central de ações:

A) Visão de tarefas

B) Barra de pesquisa

C) Menu iniciar

D) Central de ações/área de notificações

Direito Constitucional
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Iniciaremos agora o estudo dos principais dispositivos da Constituição Federal para a sua prova.
Trata-se de um estudo fundamental em busca da sua aprovação e, portanto, requer muita atenção.

TÍTULO I: DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O tema Princípios Fundamentais é de suma importância para sua prova, estando elencado no título
I da CF/88, por isso, leia atentamente as disposições a seguir.
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Fundamentos da República Federativa do Brasil

Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;
Mnemônico: So – Ci – Di – Va - Plu
II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Todo poder emana do povo

Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Harmonia entre os poderes

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.

Objetivos da República Federativa do Brasil

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - Garantir o desenvolvimento nacional;

IIII - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.

Mnemônico: Con – Ga – Erra – Pro

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Princípios das relações internacionais

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:

I - Independência nacional;

II - Prevalência dos direitos humanos;

III - Autodeterminação dos povos;

IV - Não-intervenção;

V - Igualdade entre os Estados;

VI - Defesa da paz;

VII - Solução pacífica dos conflitos;

VIII - Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

XI - Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - Concessão de asilo político.

Comentário:

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Independência Nacional

Prevalência dos direitos humanos

Autodeterminação dos povos

Não - intervenção

Igualdade entre os Estados


Princípios regentes das
relações internacionais da
República Federativa do Brasil
Defesa da paz

Solução pacífica dos conflitos

Repúdio ao terrorismo e ao racismo

Cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade

Concessão de asilo político

Integração econômica, política, social e cultural

Art. 4º, Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações.

TÍTULO II: DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Esse tema corresponde ao título II da Constituição Federal, que aborda os direitos e garantias
fundamentais e é de altíssima incidência. Portanto, muita atenção!

Nesse tópico, trabalharemos os seguintes assuntos:

Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, CF);

Direitos sociais (arts. 5º ao 11, CF);

Nacionalidade (arts. 12 e 13, CF);

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Direitos políticos (arts. 14 ao 16, CF); e

Partidos Políticos (art. 17, CF).

Capítulo I: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Em direito constitucional, sem dúvidas, esse é um dos temas mais quentes, tendo se verificado uma
alta taxa de cobrança da sua banca em relação a este assunto.

Conforme ensina Alexandre de Moraes: “O conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser


humano, que tem por finalidade básica o respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra
o arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da
personalidade humana, pode ser definido como direitos fundamentais”.

Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Comentário:

Súmula Vinculante 6: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior


ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

Igualdade de gênero / igualdade material

I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Comentário:

Ações afirmativas: discriminação positiva, buscam realizar a igualdade material.

Exemplos:

I – Cotas raciais para negros e índios ingressarem em Universidades Públicas

II – Bolsas de estudo em universidades privadas para alunos de baixa renda

Limite de idade em concurso público: É autorizado, porém não pode apenas o edital prever essa
limitação, é necessário a previsão em lei

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Súmula vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.

Legalidade

II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Comentário:

O princípio da legalidade requer especial atenção quanto a sua aplicação na esfera da administração
pública e na esfera dos particulares. Enquanto os particulares podem fazer tudo aquilo que a lei não
proíbe, a administração pública fica adstrita àquilo que a lei permite, ou seja, sua margem de atuação
é mais restrita, estando definida na lei.

Vedação à tortura

III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Liberdade de pensamento

IV - É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Direito de resposta

V - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem;

Liberdade de consciência e de crença

VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva

VII - É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;

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Escusa de Consciência

VIII - Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
prestação alternativa, fixada em lei;

Liberdade de expressão da atividade intelectual

IX - É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

Comentário:

Liberdade de imprensa: Direito a crítica jornalística, porém não exclui a possibilidade de o jornalista
ser responsabilizado, direito de resposta e indenização. A censura estatal é vedada, pois é
incompatível com a liberdade de expressão.

Direito à intimidade

X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Direito à inviolabilidade do domicílio

XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;

Sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas

XII - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que
a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

Livre exercício profissional

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer;

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Acesso à informação

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando


necessário ao exercício profissional;

Liberdade de locomoção em tempo de paz

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Liberdade de reunião

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

Comentário:

Momento da Jurisprudência

O STF, através do Recurso Extraordinário n° 806339/SE, cujo Relator foi o Ministro Marco Aurélio,
entendeu que não há nenhuma forma pré-estabelecida para o prévio aviso, de modo que basta que
o conhecimento sobre a reunião chegue ao conhecimento do Poder público.

Nesse sentido: “A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião


é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu
exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF.
Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

Liberdade de associação

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

Criação de associações e cooperativas

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,


sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

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Dissolução e suspensão das associações

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

Comentário:

Dissolução compulsória – exige ordem judicial trânsito em julgado

Suspensão das atividades – exige decisão judicial

Direito de não ser compelido a se associar

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

Legitimidade das entidades associativas

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para


representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Direito Administrativo
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

O Direito Administrativo é dividido em dois grupos: o Direito Público, o qual tem a finalidade de
regular os interesses da coletividade e o Direito Privado que tem por objetivo regulamentar os
interesses entre os particulares.

O regime jurídico administrativo é o conjunto de regras relativas a Administração Pública objetivando


equilibrar os interesses coletivos e a liberdades individuais.

Nesse viés é possível afirmar que o administrador público somente poderá realizar o que está
descrito na lei, enquanto que o administrador privado pode realizar tudo o que a lei não proíba.

A Administração Pública é composta de entes políticos e entes administrativos, que, por sua vez, são
compostos por órgãos públicos.

Além disso, a competência conferida à administração é irrenunciável.

As prerrogativas da administração são típicas do direito público, fato que não existe no direito
privado, no qual predomina a igualdade entre as partes.

De acordo com Marçal Justen Filho, “o regime jurídico de direito público consiste no conjunto de
normas jurídicas que disciplinam o desempenho de atividades e de organizações de interesse
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coletivo, vinculadas direta ou indiretamente à realização dos direitos fundamentais, caracterizado
pela ausência de disponibilidade e pela vinculação à satisfação de determinados fins. ”

Supraprincípios do Direito Administrativo

Os Supraprincípios, também chamados de Superprincípios, derivam dos demais princípios e normas


do Direito Administrativo.

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, são dois os supraprincípios: a) supremacia do interesse
público sobre o privado; b) indisponibilidade do interesse público.

a) Supremacia do interesse público sobre o privado

O princípio da supremacia do interesse público coloca a Administração Pública em uma posição de


superioridade, ou seja, acima dos interesses de particulares.

Isso significa que os interesses da coletividade são mais importantes do que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração Pública, como defensora dos interesses públicos, recebe da lei
poderes especiais não extensivos aos particulares.

O princípio da supremacia pode ser encontrado expressamente na Lei 9.784/1999 e na Constituição


Federal de forma implicíta.

Além do mais é possível afirmar que tal princípio trata da possibilidade de constituir obrigações para
terceiros mediante atos unilaterais, sendo tais atos imperativos como quaisquer atos do Estado.

O interesse público é indisponível.

Exemplos: a) desapropriação; b) requisição de bens; c) possibilidade de convocação de particulares;


d) prerrogativas processuais; e) cláusulas exorbitantes nos contratos.

b) Indisponibilidade do interesse público

De acordo com o princípio da indisponibilidade do interesse público, a Administração Pública deverá


realizar as condutas levando em consideração os interesses coletivos, entretanto, não poderá dispor
dos bens que administra, pois o verdadeiro titular desses bens é o povo.

Em resumo, é possível dizer que os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido
e, por essa razão, não se admite que renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que
transacionem em juízo.

Mazza nos traz dois exemplos de mitigação desse princípio: 1) possibilidade de a Fazenda transigir
nos JEFs; 2) utilização dos mecanismos privados para resolução de disputas nos contratos de
concessão e nas PPPs.
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DOS PRINCÍPIOS

Princípios Implícitos

Princípio da segurança jurídica

Trata-se da estabilidade das relações jurídicas, evitando mudanças abruptas, sobressaltos e surpresas
decorrentes de ações governamentais.

Em tese, havendo conflito entre os princípios da legalidade x segurança, prevalece o princípio da


segurança jurídica.

Ex.: proibição de aplicação retroativa de novas interpretações da lei e das normas administrativas.

Princípio da confiança legítima

Conforme explica Humberto Ávila, o princípio da proteção da confiança legítima integra uma
aplicação subjetivada da segurança jurídica, que é, “representante da eficácia reflexiva do princípio
da segurança jurídica, e igualmente serve de proteção do cidadão em face do Estado”.

Ou seja, é basicamente a crença do administrado de que os atos administrativos serão mantidos e


respeitados pela Administração, tendo em vista a presunção de que esses atos são sempre lícitos;

Faz-se necessário, portanto, a manutenção dos atos administrativos, ainda que estes sejam
qualificados como antijurídicos, quando verificada a expectativa legítima.

Teoria do fato consumado

De acordo com Teoria do fato consumado as relações jurídicas consolidas pelo decorrer do tempo,
“amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do princípio da segurança
jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ REsp 709.934/RJ).

Os atos das partes podem influenciar a aplicação da teoria, tais como: ausência de dolo e sem
contestação de ninguém, vigorando por anos com aparência de legalidade;

Quando o assunto for concurso público e tutela provisória para nomeação, é necessário defender
que não poderá haver o instituto da posse precária (quando alguém assume cargo mediante tutela
provisória), porque depende de prévia aprovação.

Conforme o STJ a teoria do fato consumado estabelece que “as situações jurídicas consolidadas pelo
decurso do tempo, amparadas por decisão judicial, não devem ser desconstituídas, em razão do
princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações sociais” (STJ, REsp n.º 709.934/RJ, Rel.
Min. HUMBERTO MARTINS, J. 21/06/2007).

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Princípio da continuidade dos serviços públicos

O princípio da continuidade dos serviços públicos significa que o fornecimento de serviço prestado
ao cidadão não pode ser interrompido, pois são serviços relevantes.

Tome nota!

Entretanto, existem algumas exceções a esse princípio, como: (I) situações emergenciais; (II) caso
fortuito e força maior; (III) interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica; (IV) inadimplência do usuário.

As exceções à continuidade do serviço público estão presentes em situações emergenciais, como,


por exemplo, quedas de energia elétrica em razão de tempestade, ou situações de caso fortuito e
força maior.

Outra exceção ao princípio é a interrupção por aviso prévio, quando justificada por razões de ordem
técnica, em função de manutenções para segurança ou mesmo melhor funcionamento do sistema.

Cumpre frisar que o aviso prévio também é necessário quando há inadimplência do usuário, o que
se dá para priorizar a coletividade, que não pode ser prejudicada.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça já estabeleceu que nem sempre os serviços


prestados ao usuário inadimplente poderão ser interrompidos. É dizer: o corte no fornecimento de
energia elétrica em razão de débito irrisório é ilegítimo. Do mesmo modo, o corte pressupõe o
inadimplemento da conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento
por débitos antigos.

Princípio da autotutela

É o direito que a Administração tem de anular e revogar seus atos, poderá anular os atos ilegais e
revogar os inoportunos ou inconvenientes.

A anulação ocorre quando o ato é iLegal = anuLação;

A revogação ocorre quando o ato não é mais de interesse da Administração, pois passou a ser
inoportuno ou inconveniente (ou seja, não tem a ver com a legalidade).

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Anula Ato ilegal


Administração Pública
Revoga Ato inoportuno

Princípio da proporcionalidade

O princípio da proporcionalidade tem a finalidade de manter o equilíbrio entre os direitos individuais


e os anseios da sociedade. Pode-se dizer que é a adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público. Ou seja, é o princípio que está relacionado com a vedação de
excessos os quais devem ser evitados pela Administração Pública.

Princípio da oficialidade

A oficialidade é um princípio que torna o impulso oficial muito mais amplo no processo
administrativo do que no judicial. Trata-se do poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício
a decisão. É assegurado ao administrador o impulsionamento do processo para que sejam
esclarecidas e resolvidas as questões pendentes. Tal princípio está previsto no inciso XII, do art. 2º,
da Lei n. 9.784/99.

Princípio da especialidade

O princípio da especialidade entende que as entidades não poderão alterar ou modificar as


finalidades para a qual foram constituídas. Esse princípio reflete a ideia de descentralização da
administração, onde são criadas entidades (por meio de lei) para o desempenho de finalidades
específicas.

Princípios expressos

Os princípios da Administração Pública expressos no artigo 37 da Constituição Federal são:


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

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Legalidade

Impessoalidade

Princípios expressos da Adm


Pública Moralidade

Mnemônico: L-I-M-P-E
Publicidade

Eficiência

Princípio da legalidade

O princípio da legalidade dispõe que a administração tem o poder-dever de fazer somente o que
estiver previsto em lei. Diferentemente do que ocorre na órbita privada, onde o indivíduo pode fazer
tudo o que a lei não vede.

A lei baliza toda a atuação da administração pública. Ninguém pode fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei.

O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos:

Aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei.

É dizer: o particular pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia
da vontade)

À Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão
legal (princípio da legalidade estrita).

Princípio da impessoalidade

Este princípio determina que o Estado deverá agir de maneira imparcial, ou seja, é o dever de realizar
o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato.

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O princípio da impessoalidade possui cinco sentidos ou subprincípios como alguns doutrinadores
entendem, vejamos:

Princípio da finalidade (= interesse público): o ato administrativo deve seguir o fim público e a
finalidade discriminada em lei.

Princípio da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação


indevida.

Vedação à promoção pessoal

Impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade

Validado dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja
investidura no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício, como, por ex., agente que
não possui formação universitária exigida em cargo público, etc.

Princípio da moralidade

O princípio da moralidade administrativa é aplicado nas relações entre a Administração e seus


administrados e também às atividades exercidas internamente. A moralidade administrativa é um
conceito jurídico indeterminado.

A Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (nepotismo) é um exemplo da moralidade


administrativa.

Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta
e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Consiste no respeito da Administração a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e


probidade.

O princípio da moralidade administrativa tem estreita ligação com a probidade administrativa.

Ex.: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para contratar
pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.

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Princípio da publicidade

O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração Pública,
pois o poder público tem o dever de agir com transparência para que a população tenha ciência de
todos os atos praticados.

Além disso, dá início à produção de efeitos do contrato administrativo, salvo previsão de alguma
condição suspensiva, permitindo a todos os administrados o conhecimento do negócio celebrado.

A publicação resumida do contrato é condição indispensável para a eficácia e deve ser feita em até
5 dias úteis.

“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.

Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais
e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para
intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF).

Princípio intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da adiministração pública e


direito da sociedade.

Ética no Serviço Público


INTRODUÇÃO DE ÉTICA

Noções Gerais

Ética vem do grego “ethos”, que possui como significado o modo de ser, o caráter. Posteriormente,
os romanos traduziram “ethos” como “mos”, cujo significado é costume, comportamento, estando
ligado à moral. Dessa forma, passou-se a tratar ética como algo ligado diretamente ao costume, bem
como passou a ser vista como indissociável da moral.

A ética é tida como uma ciência, ligada à filosofia e que se preocupa com o comportamento moral
humano. Como ciência, visa esclarecer, explicar e conceituar determinada realidade.

Por sua vez, moral são normas que regulam o comportamento individual dos seres humanos. Assim,
visa regulamentar as relações sociais.

Há ainda que se ter em mente a presença dos valores e das virtudes.

Valores são os padrões de conduta de cada ser humano e, portanto, estão ligados à subjetividade
de cada um, ou seja, o que é um valor ético para determinada pessoa pode não ser para outra. A
cultural em que está inserida o indivíduo causa influência direta em seus valores.

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Por outro lado, virtudes, estão ligadas à capacidade de decisão do indivíduo. De acordo com as
virtudes que possui, o indivíduo será capaz ou não de tomar decisões tidas como corretas e honestas.

Para Aristóteles, as virtudes podem ser definidas como intelectuais e morais:

Comentário:

Intelectuais - tem a ver com o aprendizado ao longo da vida.


Aquele que possui maior grau de instrução escolar, tende a tomar
decisões com mais virtudes intelectuais;

Virtudes para
Aristóteles

Morais - não possuem relação com o estudo ou o aprendizado


adquirido, estão ligadas mais aos hábitos tidos ao longo da vida;

Ética no serviço público

Conforme visto, a ética faz parte do cotidiano, estando presente nas relações sociais. O ser humano
sempre se utiliza de valores éticos para a prática de atos. Não é diferente em relação às relações
existentes no serviço público.

Assim, a ética é algo essencial no serviço público, motivo pelo qual a administração pública passou
a instituir códigos e outras normatizações relacionadas à ética a serem seguidas por todos os
servidores públicos.

O princípio da moralidade, previsto na Constituição Federal, é o fundamento de todos os


instrumentos normativos relativos à ética no serviço público.

Necessário esclarecer, porém, que a moralidade administrativa é bem mais ampla do que a moral
adotada em outros aspectos da sociedade.

Quando o assunto é a chamada moralidade administrativa, está-se diante da boa ou má


administração de acordo com preceitos relacionados à boa-fé, probidade, honestidade e decoro,
diferentemente da moral comum que se restringe ao bem e ao mal.

Logo, havendo desrespeito ao princípio da moralidade, será caso de anulação do ato


administrativo, a qual é um verdadeiro controle de legalidade. Não bastando a mera revogação
(que analisa tão somente o mérito administrativo - conveniência e oportunidade).

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CÓDIGO DE ÉTICA - DECRETO Nº 1.171/ 1994

No âmbito federal, foram instituídos o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal (através do Decreto nº 1.171/ 1994) e o Sistema de Gestão da Ética do Poder
Executivo Federal (através do Decreto nº 6.029/2007), sendo que ambos são objeto de cobrança do
concurso do INSS, conforme prevê o edital. Iniciaremos o estudo pelo Código de Ética.

Geralmente, as provas sobre o Código de Ética trazem a literalidade dos dispositivos, bastando a
fixação pelo candidato (a). Assim, serão apresentados todos eles e comentados aqueles que possuem
maior chance de cobrança para facilitar a compreensão.

Regras Deontológicas

Deontologia foi criada pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, sendo a ciência do dever e da obrigação.
Estuda moral e as escolhas humanas, definindo o que é moralmente aceito.

Por esse motivo é que o Código de Ética em seu primeiro capítulo trata das “Regras Deontológicas”.

Tome nota!

O Código de Ética é aplicado a todos os Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Federal.

Conforme previsto no Código de Ética, servidor público é todo aquele que, por força de lei,
contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a
qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado.

Vejamos agora, de forma específica, as regras previstas no Código de Ética. A primeira regra que
deve ser seguido pelos servidores é a de que:

I - a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são


primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função,
ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos,
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos
serviços públicos.

Tome nota!

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As regras elencadas devem ser observadas não apenas no exercício do cargo ou função, mas
também fora dele.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

Novamente está em destaque o princípio da moralidade. Além disso, o dispositivo refere-se


expressamente ao art. 37 da Constituição Federal que traz, dentre outras previsões, os chamados
princípios norteadores da Administração. Vamos relembrar estes princípios:

Comentário:

Legalidade

Impessoalidade

Princípios
norteadores da Moralidade
Administração
Pública

Publicidade

Eficiência

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a
moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

Note-se que mais uma vez se faz presente o princípio da moralidade, sendo grande a chance de ter
uma questão sobre ele na prova.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o
êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

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O servidor público presta serviços à sociedade em geral e dessa forma, obtém uma realização
pessoal.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Do presente dispositivo, extrai-se a ideia de que a função pública deve ser entendida como extensão
para a vida do servidor.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do


Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar.

Encontra-se consagrado neste dispositivo o princípio da Publicidade, o qual também encontra


fundamento na Constituição. A Publicidade é regra podendo ser excepcionada em alguns casos:

Segurança Nacional;

Investigações Policiais;

Interesse superior do Estado e da Administração Pública.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda
que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto
mais a de uma Nação.

Aqui está previsto que a verdade deve reger as relações no serviço público e não poderia ser
diferente, se o servidor tem que agir de acordo com a moralidade, probidade dentre outros,
consequentemente não pode agir contrariamente a verdade.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público


caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta
ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os
homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.

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Os servidores têm o dever de tratar bem a todos, afinal, conforme já visto, prestar o serviço público
deve ser visto como uma grande realização pessoal. Além disso, também é dever cuidar do
patrimônio público, sendo uma ofensa deixá-lo descuidado ou deteriorado.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor
em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie
de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

Caso o servidor deixe de realizar seu serviço com presteza, agindo com desídia e causando a demora
e a burocracia indevidas, restará configurado grave dano moral. A administração pública nos dias de
hoje é pautada não mais pela morosidade, mas sim pela eficiência, motivo pelo qual não cabe mais
atrasos indevidos causados pelo próprio servidor.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos
erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam
até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

Na administração pública atual, também não há espaço para que o servidor atue de forma
negligente, cometendo erros repetidos e não obedecendo as ordens legais dos superiores
hierárquicos. A estabilidade do servidor deve ser vista como uma garantia, mas não como um escudo
para que o servidor aja como bem entenda.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de


desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
humanas.

Ao servidor é proibido faltar de forma injustificada ao serviço, sob pena de desmoralização do serviço
público e desordem nas relações. Afinal, ausente um servidor de forma injustificada, na maioria das
vezes isso implicará em dificuldades para a administração pública, como por exemplo, outro servidor
terá que realizar as atividades que cabiam ao faltante.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua
atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da
Nação.

O servidor que bem exerce sua função estará colaborando não apenas com a sua atividade em
específico, mas também com o desenvolvimento da Nação.

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Deveres do Servidor Público

Os deveres elencados no Código de Ética são verdadeiras normas de conduta, de observância


obrigatória pelos servidores. Além disso o rol trazido é meramente exemplificativo, podendo a
administração prever outros.

O Código de Ética, prevê em seu inciso XIV que são deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja


titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

O servidor deve agir para evitar a formação de filas, não devendo agir de forma procrastinatória,
sendo que essa atitude pode gerar dano moral ao usuário do serviço público.

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo
sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum;

O servidor deve sempre escolher a opção mais vantajosa para o bem comum e não a que melhor
atenda seu interesse ou de terceiros.

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,
direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação


e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na
adequada prestação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as


limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

O servidor público deve tratar sempre bem os usuários do serviço público, sendo vedado qualquer
tratamento discriminatório.

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

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i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e
outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência
de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

Os dispositivos acima, exigem do servidor que haja sempre respeitando a hierarquia, devendo
obedecer aos comandos dos superiores hierárquicos, salvo se forem condutas ilegais ou até
mesmo desrespeitosas à ética administrativa.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da


segurança coletiva;

Pelo entendimento atual do STF é possível que os servidores públicos realizem greve, assim como
os trabalhadores da iniciativa privada. Porém, devido à falta de regulamentação do direito de greve
dos servidores públicos, prevalece o entendimento de que devesse observar a previsão em relação
aos trabalhadores privados.

Não obstante, mesmo que seja realizada greve pelos servidores, prevê o dispositivo acima que
deverão os servidores zelar pela defesa da vida e pela segurança coletiva.

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

A assiduidade e a frequência no serviço público são deveres do servidor. Afinal, sua falta injustificada,
causará prejuízos ao serviço prestado.

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao


interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais


adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício


de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

É dever do servidor se manter atualizado e buscando novos aprendizados para melhor desempenho
das funções e a realização do bem comum.

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação


pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

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Além de manter-se atualizado com os estudos, o servidor também deve se atualizar quanto as
normas relativas ao órgão no qual exerce suas funções.

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu


cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo
sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com


finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e
não cometendo qualquer violação expressa à lei;

Tome nota!

Esse dispositivo requer especial atenção. É bem possível da banca tentar realizar alguma pegadinha
com os termos apresentados no dispositivo acima.

Note-se que na primeira parte utiliza o termo “absoluta”. Assim o servidor deve buscar o bem
comum, não podendo (absolutamente) buscar uma finalidade estranha ao interesse público.

Além disso, o dispositivo prevê que nem mesmo sobre o pretexto de se cumprir as formalidades
legais pode o servidor desviar da finalidade (bem comum), salvo se houver violação expressa
à lei.

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de
Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Vedações ao Servidor Público

O inciso XV do Código de Ética prevê que é vedado ao servidor público:

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

Além de ser uma vedação a pratica de favorecimento pode ocasionar a punição do servidor em
outras esferas, podendo gerar, inclusive improbidade administrativa.

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles


dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

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d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu


conhecimento para atendimento do seu mister;

Os servidores devem aceitar e utilizar as novas tecnologias que estejam ao seu alcance e que facilitem
o exercício da função, não podendo se apegar a hábitos antigos para justificar a não utilização desses
avanços.

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem


pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,


gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim;

Novamente uma conduta que pode gerar implicações no campo da improbidade administrativa e
até mesmo, a depender do caso concreto, na seara criminal.

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento,


livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

Tome nota!

Não há qualquer previsão de que se retire bem de grande ou pequeno valor. Assim, é vedado a
retirada de qualquer bem, por mais ínfimo que seja, sob pena de o servidor ser responsabilizado
por improbidade e criminalmente, se for o caso.

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em


benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

Importante!

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O servidor possui o dever de se comportar de forma compatível também fora do serviço. Assim, é
vedado ao servidor apresentar-se embriagado habitualmente, mesmo que fora do serviço.

Muita atenção, pois esse dispositivo tem cara de prova objetiva. Então para consolidar o
entendimento, é possível que a embriaguez configure uma vedação mesmo fora do serviço, mas
desde que seja de forma habitual. Já no serviço, sempre será vedado.

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;

A palavra concurso aqui deve ser compreendida como uma cooperação. Ou seja, é vedado
“cooperar” com qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
pessoa humana.

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho


duvidoso.

Seguridade Social
SEGURIDADE SOCIAL

Conceito

Do ponto de vista doutrinário, a seguridade social é um sistema de proteção social instituído pelos
Estados (soberanos), que tem como finalidade assegurar aos indivíduos o enfrentamento de
determinadas eventualidades (morte, velhice, invalidez, doença, desemprego, prisão, maternidade,
etc.), com o objetivo de garantir o mínimo existencial e, por reflexo, a dignidade humana.

À luz do entendimento normativo, seguridade social é um “Conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
a previdência e à assistência social”, conforme o Art. 194, da Constituição Federal de 1988 (CF/88).

Diante o exposto, verifica-se que a previdência é apenas um dos subsistemas da seguridade social,
pois existem a saúde e a assistência. Esse sistema abrangente e complexo da seguridade passou por
diversas transformações no tempo.

É um fenômeno que decorre do capitalismo, em que há o nascimento da classe trabalhadora e,


por consequência, a necessidade de protegê-la diante das contingências sociais que essas pessoas
são afetadas.

Tome nota!

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Um macete muito utilizado é o “Conte até 3” para ter o conceito de seguridade social:

A seguridade social é UM conjunto integrado de ações de iniciativa de DUAS partes (poder


público e toda sociedade) que tem como objetivo garantir TRÊS direitos (saúde, assistência e
previdência social).

Evolução Histórica

A evolução histórica dos sistemas de proteção social se divide em 3 (três) fases:

Fase 1 - Assistência social

Preliminarmente, nos tempos da escravidão, por exemplo, não existia preocupação em relação à
pessoa do escravo, que não era, inclusive, considerado pessoa, e sim coisa, logo não havia qualquer
proteção social.

Com isso, até a edição da “Lei dos Pobres” (Poor Relief Act, 1601, na Inglaterra) a proteção às pessoas
necessitadas era desempenhada num contexto familiar ou comunitário (Assistência Privada). Esta
responsabilidade de suprir todas as necessidades cabia ao pai de família, por exemplo, ou ao senhor
feudal na época da servidão e feudalismo.

Com o implemento da “Lei dos Pobres” iniciou-se a fase da assistência pública, garantida a partir de
contribuições de caráter obrigatório para fins sociais. A igreja que se responsabilizava pelo programa
de assistência social, sendo direcionado às crianças, velhos, inválidos e desempregados.

Fase 2 - Seguro social

A partir da Revolução Industrial e com o surgimento da classe dos trabalhadores, bem como a
introdução do capitalismo, foi visto as pessoas saindo do campo e indo para cidade (êxodo rural). O
resultado disto foi que elas precisaram enfrentar eventualidades sociais, como o risco de acidentes
e doenças, em virtude do desempenho de atividade remunerada em jornadas excessivas, sem
qualquer tipo de proteção, impossibilitando-as de trabalhar e se subsistirem em determinadas
ocasiões.

Com isso, ficou claro a necessidade da intervenção do Estado para garantir a proteção social e evitar
nova revolução, visto a comoção social de insatisfação que se instaurara por parte da classe
trabalhadora da época. Assim, surgiu a segunda fase, que é chamada de seguro social. É uma fase
de proteção mais restrita, destinada a essas pessoas que estavam trabalhando.

Então, foi criado o primeiro sistema de seguro social (origem da Previdência Social) em 1883 pelo
Chanceler alemão Otto Von BISMARCK e compreendia seguro-doença, seguro de acidentes do
trabalho, seguro de invalidez e proteção à velhice, tais benefícios eram financiados por contribuições
dos empregados e empregadores.
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Fase 3 - Seguridade social

Em 1941 o economista inglês William Henry BEVERIDGE instituiu um plano de proteção social de
caráter universal (“do berço ao túmulo”) que tinha a ideia de proteger o ser humano durante toda a
sua vida, logo não atendia apenas aqueles que estavam trabalhando, e sim todas as pessoas,
mantendo o custeio pelo Estado, trabalhador e empregador.

Conclusão

Nota-se, pela evolução histórica, que a proteção se iniciou com uma característica mais restrita
(específica) e passou por uma assistência pública com intervenção da Igreja; chegou a um seguro
social estatizado (porém restrito); e por fim se tornou um sistema mais amplo, que hoje é a
seguridade social.

Evolução Legislativa no Brasil

A seguir a evolução legislativa no Brasil acerca da seguridade social:

1543 - Criação da primeira Santa Casa (Assistência Social):

Atuação forte da igreja desde a colonização dos indígenas que residiam no país;

Fase de assistencialismo.

1824 - Os socorros públicos foram previstos na Constituição:

Auxílio aos indivíduos vulneráveis que necessitavam de assistencialismo de saúde pública;

São considerados os embriões das Santas Casas de Misericórdia.

1835 - Criação do MONGERAL (previdência privada):

Marco do surgimento da previdência complementar brasileira;

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1891 - A Constituição prevê a aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em serviço do
servidor:

Não era chamada de benefício previdenciário, pois não havia contribuição por parte do servidor;

Regime próprio de previdência: uma proteção social destinada ao servidor, de caráter gracioso.

1919 - 1ª Lei de Acidentes do Trabalho (seguros privados):

Transição da primeira fase de assistência social para o seguro social com a Revolução Industrial;

De 1919 a 1967: era de caráter privado, a empresa contratava uma seguradora que garantia a
proteção à família em caso de acidentes ou morte do empregado;

A partir de 1967 os benefícios se materializaram no âmbito da previdência social.

1923 - Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo 4.682):

Marco da mudança da primeira para segunda fase do sistema evolutivo de proteção social;

Surgimento da Previdência Social no Brasil (Seguro Social), deixando a fase do assistencialismo;

Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAPs nas ferrovias (organizadas por empresas);

Inicialmente de natureza privada e específica (contribuição das empresas e trabalhadores);

1926 - Lei n° 5.109 estende as CAPs aos portuários e marítimos;

1928: Lei n° 5.485 estende as CAPs aos trabalhadores dos serviços telegráficos e radiotelegráficos.

1933 - Governo Getúlio Vargas:

Início da estatização do sistema previdenciário;

Foram criados os Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs (não mais por empresa, mas sim por
categoria profissional*) – (ex.: Marítimos, bancários, industriários, etc.);

Objetivo: proteger toda uma categoria profissional, e não apenas trabalhadores de uma certa
empresa. Nota-se uma ampliação da proteção.

1934 - Constituição prevê a tríplice forma de custeio:

Governo, empresa e trabalhador.


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1937 - Constituição usa a expressão “Seguro Social”;

1942 - Criação da Legião Brasileira de Assistência Social (LBA);

1960 - Lei 3.807 (Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS):

Unifica a legislação dos IAPs;

1963 - Lei 4.214:

Criação do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (1ª iniciativa de previdência da


categoria);

1966 - IAPs são unificados se tornando o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS):

Decreto de número 72;

O INSS na ocasião ainda não havia sido criado.

1969 - Criação do Plano Básico de Previdência Social Rural;

1973 - Criação do Programa de Assistência do Trabalhador Rural – o Pró Rural;

1974 - Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS);

1977 - Lei 6.439 cria o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS):

Verifica-se que são dois subsistemas tratados conjuntamente: políticas previdenciárias e políticas de
assistência social. Hoje, elas possuem gestão diferenciada;

Integração dos sistemas INPS, INAMPS, LBA, FUNABEM, DATPREV e IAPAS.

1988 - CF/88 institui a Seguridade Social:

Art. 194 da CF/88;


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1990 - Decreto 99.350:

Criou o INSS, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência


Social (IAPAS) com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS);

2005 - Criação da Secretaria da Previdência Social:

Tinha atribuição de Arrecadar, Lançar, Normatizar e Fiscalizar as receitas da previdência social;

2007 - A secretaria da Receita Federal por meio da lei 11,457 ficou encarregada de arrecadar,
fiscalizar e cobrar as contribuições previdenciárias.

Vamos esquematizar o conteúdo a fim de facilitar sua compreensão e fixação deste importante tema:

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1543 - Criação da primeira 1835 - Criação do


1824 - A Constituição inseriu
Santa Casa (Assistência MONGERAL (previdência
os socorros públicos
Social) privada)

1891- A Constituição prevê a


aposentadoria por invalidez 1919 - 1ª Lei de Acidentes do 1923 - Criação da Lei Eloy
decorrente de acidente em Trabalho (seguros privados) Chaves
serviço do servidor

1933 - Governo Getúlio 1934 - Constituição prevê a


Vargas: Início da estatização tríplice forma de custeio 1937 - Constituição usa a
do sistema previdenciário; (governo, empresa e expressão “Seguro Social"
Criação dos IAPs trabalhador)

1966 - IAPs são unificados


1960 - Lei 3.807 (LOPS): formando o Instituto
1942 - é criado a LBA
unifica a legislação dos IAPs Nacional de Previdência
Social – INPS

1974 - Criação do Instituto 1977 - Lei 6.439: cria o


Nacional de Assistência Sistema Nacional de 1988 - CF/88 institui a
Médica da Previdência Social Previdência e Assistência Seguridade
(INAMPS); Social – SINPAS

2007 - A secretaria da Receita


Federal por meio da lei
1990 - Decreto 99.350: criou
11.457 ficou encarregada de 2005 - Criação da Secretaria
o INSS, mediante a fusão do
arrecadar, fiscalizar e cobrar da Previdência Social
IAPAS, com INPS
as contribuições
previdenciárias

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Organização

A LOCSS dispõe sobre a organização da Seguridade Social. Como já retratado, o sistema de proteção
social é baseado em três pilares principais: saúde, previdência e assistência social (Art. 194, da
CF/88). Tão logo, a seguridade social se organiza em 3 (três) ministérios, quais sejam o Ministério da
Saúde, da Cidadania e da Economia:

Seguridade Social

Assistência Social (Min. da


Saúde (Min. da Saúde) - Previdência (Min. da
Cidadania) - Não
Não contributivo Economia) - Contributivo
contributivo

A Saúde segundo a Constituição é um direito de todos. É dever do Estado, por meio do Ministério
da Saúde e mediante políticas sociais e econômicas, reduzir o risco de doença e de outros agravos
e dar acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da
saúde. É também, pela Lei 8.090/90 (Lei Orgânica da Saúde - LOS), dever de o Estado financiar o
Sistema Único de Saúde (SUS).

A Assistência Social é a política social que, através do Ministério da Cidadania, provê o atendimento
das necessidades básicas, como proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à
velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade
Social. Todas as diretrizes são justificadas pela Lei 8.742/93 (Lei Orgânica de Assistência Social -
LOAS).

E por fim, a Previdência Social, por meio das Lei 8.112/91 e LBPS, tem como objetivo garantir aos
seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade
avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte
daqueles de quem dependiam economicamente. Em relação ao subsistema previdenciário, não há
um Ministério da Previdência, mas sim uma Secretaria Especial de Previdência e do Trabalho, que
está ligada ao Ministério da Economia.

De acordo com o sistema de proteção social brasileiro, o governo ainda é o ente responsável por
gerir programas de transferência de renda. No sistema não contributivo, as pessoas não precisam
pagar para ter acesso ao sistema. É um traço comum entre os subsistemas da saúde e da assistência
social. Tão logo, a diferença em relação aos outros dois subsistemas é que a previdência é
contributiva.

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Princípios Constitucionais

Os princípios simbolizam uma espécie de norma dotada de alto grau de abstração cujo objetivo é
dar um norte à elaboração, à aplicação e à interpretação das regras jurídicas (leis).

A Seguridade Social observa princípios gerais aplicáveis a todos os demais ramos do Direito, como
os princípios da igualdade (Art. 5º, caput, CF/88), da legalidade (Art. 5º, II, CF/88) e da proteção ao
direito adquirido (Art. 5º, XXXVI, CF/88). Entretanto, também possui princípios específicos¸ que o
artigo 194, parágrafo único, CF/88, chama de objetivos.

Para o cumprimento desses objetivos, a seguridade social atende aos seguintes princípios e
diretrizes:

Princípio da SOLIDARIEDADE

Princípio basilar da Seguridade Social, está presente no artigo 3º, inciso I, da CF/88, e tem como
características:

“Construir uma sociedade livre, justa e solidária. ” (Art. 3º, I, CF/88);

Apresenta caráter de proteção coletiva (socialização dos riscos);

Fundamenta o regime de Repartição Simples (e não de Capitalização); – a compulsoriedade do


sistema;

Justifica a aposentadoria por incapacidade permanente (invalidez) no 1º dia de trabalho e a


cobrança de contribuição dos aposentados que retornam ao trabalho, mesmo sem direito à nova
aposentadoria.

Princípio da UNIVERSALIDADE da cobertura e do atendimento

Expresso pelo artigo 194, parágrafo único, I, CF/88 e tem como características:

Universalidade: ampla proteção social;

Cobertura (objetivo): contingências sociais a serem tuteladas;

Atendimento (subjetivo): pessoas destinatárias da proteção social.

No que se refere a universalidade, esta não será aplicada de forma idêntica em todos os subsistemas
de Seguridade Social, conforme apresentado a seguir:

Saúde: aplicada de forma AMPLA, pois é direito de todos e dever do Estado, independente de
contribuição;

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Assistência: aplicada de forma LIMITADA pois os serviços são acessíveis apenas àqueles que
necessitarem do amparo estatal, independentemente de contribuição;

Previdência: aplicada de forma LIMITADA, pois o sistema contributivo é restrito aos beneficiários
da Previdência Social.

Princípio da UNIFORMIDADE e EQUIVALÊNCIA dos benefícios e serviços às populações urbanas e


rurais

Expresso pelo artigo 194, em seu parágrafo único, inciso II, CF/88 e tem como características:

É consequência do princípio geral da isonomia;

Retrata um tratamento mais uniforme e equivalente possível em relação às populações, pois


antes da CF/88 havia um tratamento diferente entre trabalhadores urbanos e rurais (tutela
assistencial);

Uniformidade: plano único de benefícios (o mesmo rol de benefícios assegurados aos


trabalhadores urbanos é estendido aos trabalhadores rurais);

Equivalência: isonomia financeira das prestações.

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