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Sumário

1. Compreensão E Interpretação De Textos ....................................................... 4


2. Ortografia Oficial ............................................................................................ 6
3. Acentuação Gráfica .......................................................................................... 19
4. Pontuação ...................................................................................................... 23
5. Emprego Das Classes De Palavras ..................................................................... 27
6. Concordância Nominal E Verbal ......................................................................... 29
7. Colocação Pronominal ...................................................................................... 34
8. Regência Nominal E Verbal ............................................................................... 37

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1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que


realmente está escrito nele. Já a interpretação de texto imagina o que as ideias do texto
têm a ver com a realidade.

O leitor tira conclusões objetivas do texto.

1.1 Compreensão de textos

A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que


realmente está escrito nele. Tem que estar escrito e não imaginar o que o autor quis dizer,
ou seja, todas as informações devem estar presente no texto

Deve-se analisar os dados concretos e objetivos do texto.

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a
compreensão do texto:

 Segundo o autor….

 Segundo o texto….

 O texto informa que….

 De acordo com o autor….

 De acordo com o texto….

Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar claras no texto, ou
seja, você deve compreender o texto para tirar as conclusões.

1.2 Interpretação de textos

A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade.

O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis dizer).

As informações não estão escritas claramente no texto, elas estão fora do texto, mas
tem ligação com ele. Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer dentre as ideias
que foram escritas no texto.

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Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você tenha algum
conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo abordado pelo autor. Você deve
fazer uma análise pessoal e crítica para ter uma conclusão mais completa.

Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a
interpretação do texto:

 Conforme o texto, podemos concluir…

 Pela leitura do texto é possível perceber…

 É possível inferir que através….

 O texto permitem levantar a hipótese de que…..

 Conclui-se do texto que…

 O texto encaminha o leitor para…

Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler
atentamente todo o texto. Se possível releia o texto, pois você terá uma ideia melhor do
que está escrito.

 Grife as partes que você ache mais importante.

Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação).

Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma continuação
de alguma ideia.

E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem dar um
sentido completamente diferente em um texto.

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2. ORTOGRAFIA OFICIAL

O novo acordo ortográfico de 1990, que entrou em vigor a partir de 2009, mas que
se tornou obrigatório somente a partir de 2016 introduziu várias mudanças nas regras
gramaticais como:

2.1 Alfabeto

As letras K, W e Y se tornaram oficiais em nosso alfabeto.

Nosso alfabeto é composto por:

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.

Sendo:

Vogais: A, E, I, O, U

Consoantes: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z.

As letras K, W e Y são usadas em nomes próprios, nomes estrangeiros e seus derivados


portugueses como Nova York e em abreviaturas de símbolos internacionais como km
(quilômetro).

Consoantes C, P, B, G, M e T:

Ficam consideradas neste caso as particularidades da pronúncia conforme o espaço


geográfico.

A grafia permanece se for pronunciada e se não for pronunciada ela é retirada.

Pronunciada

Compacto, ficção, aptidão e etc…

Não pronunciadas

Acção, direcção, exacto e etc…

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2.2 Trema

Não se usa mais, com exceção em nomes próprios estrangeiros e derivados, como em
Bündchen, por exemplo.

2.3 Acentos

 Acento diferencial

O acento diferencial em palavras homógrafas não é mais empregado. Exceto das


palavras pôr e por, pôde e pode.

Palavras homógrafas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia


semelhantes, mas com significados diferentes.

Exemplo:

PARAR

VERBO

Antes Agora

Pára Para

PREPOSIÇÃO

Antes Agora

Para Para

O acento diferencial é empregado em situações em que há a distinção de tempo


verbal e singular e plural de verbos.

 Ele mantém / Eles mantêm;

 Ele convém / Eles convêm;

 Ele tem / Eles têm;

 Ele contém / Eles contêm;

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 Acento diferencial facultativo

A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito


perfeito do indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser
facultativa. Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.

Exemplo: palavras com acento facultativo, como demos e dêmos, cantamos e


cantámos, estudamos e estudámos.

 Acentuação dos ditongos abertos ei e oi

Nas palavras paroxítonas, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais
acentuados.

Ditongos oi e ei sem acento:

ANTES AGORA

Andróide Androide

idéia ideia

Alcatéia Alcateia

Jibóia Jiboia

Geléia Geleia

Estréia Estreia

Platéia Plateia

 Oxítonas com ditongo aberto eu, oi e ei continuam acentuadas

ANTES AGORA

Chapéu Chapéu

Herói Herói

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 Acentuação dos ditongos oo e ee

Não se usa mais acento em palavras iguais com -E e -O aberto e fechado.

Exemplos: mêdo e medo, almôço e almoço.

Por causa disso que o acento também não é mais empregado em palavras
paroxítonas terminadas em “êem” nem em palavras com o hiato “oo”.

Exemplos: Enjoo, leem, voo, abençoo

 Não se acentuam os verbos e substantivos terminados em -eem e -oo(s).

Exemplo: Eles veem (verbo ver) / Voos.

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.

 Não são acentuados os hiatos -ee, -oo.

Exemplo: leem, voo.

Exemplos de ditongos -oo e -ee sem acento: deem; leem; veem; voo; enjoo.

 Acentuação da vogal “i” e “u” antes de ditongos

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u


quandoaparecem após ditongos.

Não se acentua mais o I e o U tônicos, precedidos de ditongos. (outra maneira que


épedido esta condição de acentuação);

 Vogal i e u sem acento:

Exemplo: baiuca; feiura.

 São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s),


-em, - ens.

Exemplo: Sabiá, aliás, café, jacaré, retrós, avó, Amém, também.

2.4 Dupla grafia

Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a


pronúncia.
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Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do
acentocircunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.

Palavras com dupla grafia

Gênero Género

Bebê Bebé

Purê Puré

Antônimo Antónimos

Sinônimo Sinónimo

Todas as palavras proparoxítonas recebem acento.

Exemplo: matemática.

2.5 Hífen

As principais são:

 Quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo


elemento emprega-se o hífen:

Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório ou contra-ataque.

 Se o prefixo for -CO mesmo que o segundo elemento começar com -O não
se usa o hífen:

Exemplo: coordenar ou cooperar.

 Se o prefixo for -CO e o segundo termo começar com a letra -H, ele perde
o –H

ANTES AGORA

Co-habitante Coabitante

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 Caso seja vogais diferentes não se usa o hífen.

Exemplo: sobreaviso, autoestima, autoescola, semiárido.

 Não se usa hífen se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento


começar com as letras -r ou -s. Caso isto aconteça se deve duplicar o -r ou -s.

Exemplo: antissocial, ultrassom, autorretrato, autossustentável ou contrassenso.

 Usa-se hífen em palavras cujo prefixo termina com a mesma consoante


que começa o segundo termo.

Exemplo: inter-racial, hiper-requisitado.

 Prefixos inter, super e hiper, continua com hífen se o segundo elemento


começar com r

Exemplo: inter-regional.

 Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar
uma unidade.

Exemplo: mandachuva, paraquedas.

 Emprega-se hífen em palavras onde o segundo termo começa com a letra


-h

Exemplo: super-homem, anti-higiênico.

 Se os prefixos sob ou sub for seguido de uma palavra iniciada por -b, -h
ou -r, deve-se empregar o hífen.

Exemplo: Sub-base, sub-região, sub-reino, sub-reitor, sub-rotina, sub-humano, sob-


roda.

 Não se emprega hífen em palavras cujo prefixo é RE e o segundo termo


começa com a letra E

ANTES AGORA

Re-editar Reeditar

Re-eleição Reeleição

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 Palavras com prefixo PARA- emprega-se o hífen.

Exemplos: para-brisa, para-choque, para-lama, para-raios.

ATENÇÃO: Paraquedas e seus derivados não se usa o hífen, pois no novo


acordo ortográfico foi dito que perdeu sua noção de composição.

Exemplo: paraquedas, paraquedismo, paraquedista.

3.6 Emprego das letras

-E ou -I

 Em verbos terminados em -uar, -air e -oar

Exemplo: perdoar – perdoem.

 Em verbos terminados em -ir no presente do indicativo

Exemplo: partir - partes.

 Em ditongos nasais -ãe(s) e -õe(s)

Exemplo: aldeães e vilões.

 Em palavras com prefixo ante, indicando anterioridade.

Exemplo: antebraço.

 Verbos no presente do indicativo terminados em uir, oer ou air

Exemplo: possuir – possui.

 Em palavras de prefixo anti, indicando contrariedade

Exemplo: Antiácido.

-C

 Em vocábulos de origem indígena, africana ou árabe

Exemplo: cipó e cacique.

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 Em palavras derivadas de vocábulos terminados em -te/-to

Exemplo: marte – marcial, marciano.

 Sempre depois de ditongos

Exemplo : foice.

 Com as terminações -ecer e -encer

Exemplo: entardecer.

 Palavras escritas com -C

Exemplo: Solicitação, Obcecado, conciliar, nocivo, acionamento, vicitude.

 Nunca usado antes de -E e -I e sempre antes de -A, -O e -U.

Exemplo: Açai, Moçambique, muçulmano.

 Em sufixo -guaçu e -açu

Exemplo: Paraguaçu.

 Substantivos derivados do verbo ter

Exemplo: detenção - deter.

 Depois de ditongo

Exemplo: louça.

 Palavras com -Ç

Exemplo: Aquisição, expedição, abolição, cansaço, esvoaçante, injeção, miçanga,


percepção

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-S

 Sufixos ês, esa e isa, para formar nacionalidade e títulos ou profissões.

Exemplo: Chinês e chinesa. Francês e francesa, burguês e burguesa.

 Palavras derivadas com -S.

Exemplo: analisar – análise, pesquisar – pesquisa, aviso – avisar, subsídio – subsidiar,


adesão – aderir.

 Sufixos oso e osa na formação de adjetivos

Exemplo: delicioso, gasoso, pretencioso.

 Após ditongo

Exemplo: maisena.

 Nas formas dos verbos pôr, querer e seus compostos.

Exemplo: puser, repusesse, quis, quisemos.

 Palavras escritas com -S

Exemplo: empresa, aquisição, previsão, misto, pretensão, cansaço, clausura,


paralisado, estende, excursão.

-SC

Pode ser dígrafo (um som) ou um encontro consonantal (dois sons).

 Dígrafo: descida e discípulo;

 Encontro consonantal: descoberta e descanso;

 Usa-se em termos eruditos: acréscimo e plebiscito.

 Palavras com -SC

Exemplo:piscina, florescer, imprescindível, condescendente, descentralizar.

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-SÇ

 Usa-se na conjugação de alguns verbos:

Exemplo: Nascer – nasço...

-SS

 Emprego do dígrafo -SS

Nos substantivos derivados de verbos, como primir, meter, mitir, cutir, ceder, gredir

Exemplo: Agredir – agressão, conceder – concessão.

 Palavras escritas com -SS

Exemplo: míssil, ressaltar, excessivo.

-H

 Tradição

Exemplo: Homem e honra.

 Final de algumas interjeições

Exemplo: Ah!, oh! ou hein?

 Tradição de escrita

Exemplo: Hábito.

 Para compor os dígrafos -ch, -nh e -lh

Exemplo: marcha.

-Z

 Sufixos -ez e -eza, derivados de adjetivos ou formar substantivos


abstratos

Exemplo: rico – riqueza, miúdo – miudeza, rígido – rigidez, ironia – ironizar, belo –
beleza, triste – tristeza, social – socializar.

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 Derivada de palavras com -Z

Exemplo: Cruz – cruzada, deslize – deslizar.

 Uso dos sufixos –ar e –izar. -ar se o radical da palavra tem o -S, senão
usa-se o –izar.

Exemplo: análise – analisar, eterno – eternizar, capital – capitalizar, oficial – oficializar.

 Palavras escritas com -Z

Exemplo: Audaz, alteza, raiz, esquizofrenia, realizar, xadrez, abalizado, especializado,


giz.

-X ou -CHX

Após ditongo

Exemplo: peixe.

 Palavras que iniciam com -en (exceções: encher, encharcar, enchumaçar,


enchiqueirar e seus derivados).

Exemplo: enxaqueca, enxergar, enxugar, enxame, enxurrada, enxoval

 Após -ME (exceção: mecha e seus derivados)

Exemplo: mexer, mexerico.

 Nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas


aportuguesadas

Exemplo: Abacaxi, xangô, xavante, xingar, xerife, xampu, orixá, xará, xaxim

 Palavras com x

Exemplo: xícara, laxante, xereta, xarope, execrado, exposição, exceção,expedição,


expediente, xadrez, aconchego, expandir, prolixo, caixa, exumado, excursão.

 Palavras escritas com x e ch

E xe mp lo : Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmosignificado).

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-CH

 O dígrafo ch é usado em palavras de origem latina, francesa, espanhola,


italiana, alemã, inglesa, árabe dentre outras:

Exemplos: cheirar, chuva, chassi, chalé, chuchu, apetrecho, trapiche, espadachim,


salsicha, chope, charuto, mochila, cheque, chafariz, piche (origem inglesa), cartucho
(origem francesa e italiana).

 Emprega-se ch depois de -an, -en, -in, -on, -un

Exemplo: anchova, encher, inchar, inchaço, concha, funcho.

 Em sufixos aumentativos ou diminutivos -acho, -achão, -icho, -ucho

Exemplo: riacho, bonachão, rabicho e gorducho.

 Em palavras derivadas do mesmo radical

Exemplo: chinelada (de chinelo), chaveiro (de chave), chamariz (de chamar),
enchente (de encher), pichação (de piche).

 Palavras escritas com -ch

Exemplo: cartucho, espichar, bochecha, chamego, chamuscar, chiqueiro, borracharia,


flecha, ficha, clichês.

 Palavras escritas com x e ch

Exemplo: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmo significado).

-G ou -JG

 Palavras que terminam com -ágio, -égio, -ígio, -ógio e -úgio

Exemplo: refúgio, subterfúgio, litígio, prodígio, egrégio.

 Palavras que terminam com -agem, -igem e –ugem (Exceções: pajem,


rabugem, lajem)

Exemplo: ferrugem, garagem, vertigem.

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 Palavras derivadas de outras que já tem a letra -G

Exemplo: ferrugem – ferrugento, vertigem – vertiginoso .

 Normalmente após a letra R

Exemplo: ergam, érgio, largo, burgo.

 Palavras escritas com g:

Exemplo: lacrimogêneo, indígena, privilegiado, sugestão, algema, gilete, estagiário,


gengiva, hegemonia, giz, estrangeiro.

-J

 Palavras indígenas, africanas, árabe ou exótica

Exemplo: canjica, pajé.

 Derivados dos verbos terminados em jar ou jear

Exemplo: Arranjar – arranjo, viajar – viajo, gorjear – gorjeio.

 Palavras derivadas de outras terminadas em JA ou de outras que possuem


o -J

Exemplo: Loja – lojista, laranja – laranjinha.

 Palavras escritas com J:

Exemplo: Projetar, gorjeta, sarjeta, trajetória, projétil, injeção, jeito

-K, -W e -Y

 Abreviaturas, símbolos, palavras estrangeiras, nomes próprios


estrangeiros

Exemplo: K (potássio), Darwin ou software

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e Müller.

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“É impossível vencer alguém que não desiste.”

-Bebe Ruth

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