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Código 71210154
FACULDADE DE DIREITO
Código 71210154
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Índice
Introdução .......................................................................................................................... 4
HERMENÊUTICA JURÍDICA ....................................................................................... 5
ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO................................................................................ 5
Distinção entre Hermenêutica e Interpretação................................................................. 7
Problemas da Interpretação Jurídica: Vaguidade e Ambiguidade.................................. 7
Regras de Interpretação ..................................................................................................... 8
A Interpretação Gramatical e a Sistemática................................................................... 10
A Escola da Livre Pesquisa do Direito e o Direito Livre ............................................. 12
JURÍDICO HERMENÊUTICO CLÁSSICO ................................................................ 12
A teoria da acção comunicativa ...................................................................................... 13
Conclusão......................................................................................................................... 14
Referencias Bibliográficas .............................................................................................. 15
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Introdução
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HERMENÊUTICA JURÍDICA
A hermenêutica no campo jurídico é empregada para dizer o meio e o modo por que se
devem interpretar as leis, para que dessa forma se obtenham o exato sentido ou o fiel
pensamento do legislador.
ESPÉCIES DE INTERPRETAÇÃO
Isso significa, em outras palavras, que, no caso de conflito, no qual não se possa aplicar
nenhum dos três critérios, a solução do conflito é confiada a liberdade do intérprete;
poderíamos quase falar em um autêntico poder discricionário do intérprete, ao qual cabe
resolver o conflito segundo a oportunidade, valendo-se de todas as técnicas,
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hermenêuticas usadas pelos juristas por longa e consolidada tradição e não se limitando
aplicar somente a regra (BOBBIO, 2016, p.100).
A lei penal prevê para a hipótese de um determinado delito, uma pena pecuniária
(multa) ou uma pena de prisão, e deixa ao juiz a faculdade de, no caso concreto, se
decidir por uma ou pela outra e determinar a medida das mesmas – podendo, para a
determinação, ser fixado na própria lei um limite máximo e um limite mínimo
(KELSEN, 2015, p.389).
Na indeterminação não intencional, a norma deve ser aplicada no ato conforme se a lei é
positivada:
O autor mostra anteriormente e agora em uma elaboração mais ampla: o intérprete tem
como escopo aplicar a norma e com ela se ter o Direito em um caso concreto,
eliminando aspectos materiais e subjectivos da forma em que aqueles jurisdicionados
possam perceber que o Direito foi aplicado, de forma a ser visualizada a justiça, esta
qual é divina, mas sendo aplicada em um conceito simples e mortal, aplicada pelo
homem.
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Distinção entre Hermenêutica e Interpretação
Nas palavras magistrais de Vicente Ráo, temos que: “A hermenêutica tem por objecto
investigar e coordenar, por meio sistemático, os princípios científicos e leis decorrentes
que disciplinam a apuração do conteúdo, do sentido e dos fins das normas jurídicas e a
restauração do conceito orgânico do Direito, para efeito de sua aplicação; a
interpretação, por meio de regras e processos especiais, procurando realizar,
praticamente, estes princípios e estas leis científicas; a aplicação das normas jurídicas
consiste na técnica de adaptação dos preceitos, nelas contidos e assim interpretados, às
situações de fato que se lhes subordinam.
Sendo assim, entendemos que hermenêutica jurídica e interpretação jurídica são duas
expressões distintas que não devem ser utilizadas como sinónimos, porém precisamos
ressaltar que há uma corrente minoritária que não apresenta o mesmo entendimento.
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A ambiguidade, nas palavras magistrais de Plácido e Silva, derivado do vocábulo latino
ambíguos (equívoco, duvidoso, incerto, variável, com dois sentidos), vem precisamente
indicar a disposição legal ou texto de lei, ou cláusula contratual que possa mostrar um
duplo sentido. Desse modo, diz-se que a lei é ambígua, ou há ambiguidade, quando, por
defeito ou falta de clareza de sua redacção, se possa ter dúvida em relação a seu
verdadeiro sentido, ou possa ser interpretado de diferentes maneiras. A vaguidade gera a
incerteza com relação aos limites de seu significado, até onde estará o alcance da norma
jurídica a ser interpretada.
Regras de Interpretação
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo
com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. Art.
5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se
dirige e às exigências do bem comum.
§ 1º. +o texto da lei se entende na haver frase ou palavra inútil, supérflua ou sem
efeito;
§ 2º. Se as palavras da lei são conformes com a razão devem ser tomadas no sentido
literal e as referentes não dão mais direito do que aquelas a que se referem;
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§ 3º. Deve-se evitar a supersticiosa observância da lei que, olhando, só a letra dela,
destrói a sua intenção.
§ 5º. Os textos da mesma lei devem-se entender uns pelos outros; as palavras
antecedentes e subsequentes declaram o seu espírito;
§ 6º. Devem concordar os textos das leis, de modo a torná-los conforme e não
contraditórios, não sendo admissível a contradição ou incompatibilidade neles.
§ 7º. As proposições enunciativas ou incidentes da lei não têm a mesma força que as
suas decisões;
§ 8º. Os casos compreendidos na lei estão sujeitos Pa sua disposição, ainda que não os
especifique, devendo proceder-se de semelhante a semelhante, e dar igual inteligência
às disposições conexas.
§ 9º. O caso omisso na letra da lei se compreende na disposição quando há razão mais
forte.
§ 11. Pelo Espírito de umas se declara o das outras, tratando-se de leis análogas.
§ 12. As leis conformes no seu fim devem ter idêntica execução e não podem ser
entendidas de modo a produzir decisões diferentes sobre o mesmo objeto.
§ 13. Quando a lei não fez distinção o intérprete não deve fazê-la, cumprindo entender
geralmente toda a lei geral.
§ 14. A eqüidade é de direito natural e não permite que alguém se locuplete com jactura
alheia.
“a) Na interpretação deve-se sempre preferir a inteligência que faz sentido à que não
faz.
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b) deve-se preferir a inteligência que melhor atenda à tradição do direito.
d) há que se ter em vista o eo quod plerumque fit, isto é, aquli que ordinariamente
sucede no meio social.
i) deve ser considerado o lugar onde será colocado o dispositivo, cujo sentido deve ser
fixado
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expressão da vontade comum, não admitindo qualquer concorrência por parte dos usos e
costumes e, também, por parte de elaborações legislativas particulares. A lei exsurgiu
plano tão alto que passou a ser como que a única fonte de Direito. O problema da
Ciência do Direito resolveu-se, de certa maneira, no problema da interpretação melhor
da lei. Havia duas verdades paralelas: o Direito positivo é a lei; e, uma outra: a Ciência
do Direito depende da interpretação da lei segundo processos lógicos adequados. Foi
por esse motivo que a interpretação da lei passou a ser objecto de estudos sistemáticos
de notável finura, correspondentes a uma atitude analítica perante os textos segundo
certos princípios e directrizes que, durante várias décadas, constituíram o embasamento
da Escola da Exegese.
Era natural que, nesse quadro espiritual, a interpretação fosse vista, de início, apenas
sob dois prismas dominantes: um prisma literal ou gramatical, de um lado, e um prisma
lógico-sistemático, do outro. O primeiro dever do intérprete é analisar o dispositivo
legal para captar o seu pleno valor expressional. A lei é uma declaração da vontade do
legislador e, portanto, deve ser reproduzida com exactidão e fidelidade. Para isto, muitas
vezes é necessário indagar do exacto sentido de um vocábulo ou do valor das
proposições do ponto de vista sintáctico.
A lei é uma realidade morfológica e sintática que deve ser, por conseguinte, estudada do
ponto de vista gramatical. É da gramática tomada esta palavra no seu sentido mais
amplo - o primeiro caminho que o intérprete deve percorrer para dar-nos o sentido
rigoroso de uma norma legal. Toda lei tem um significado e um alcance que não são
dados pelo arbítrio imaginoso do intérprete, mas são, ao contrário, revelados pelo exame
imparcial do texto.(HART, 1963: 197).
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A Escola da Livre Pesquisa do Direito e o Direito Livre
O interessante na obra de François Gény é que ele quer conciliar certas posições
clássicas da Escola da Exegese com as necessidades do mundo contemporâneo. Assim,
por exemplo, não concorda ele, de maneira alguma, com a tese de Windscheid e outros,
no sentido de se descobrir uma intenção possível do legislador, se estivesse vivendo no
mundo contemporâneo. Diz ele que o intérprete da lei deve manter-se fiel à sua intenção
primeira. Segundo Gény, a lei só tem uma intenção, que é aquela que ditou o seu
aparecimento. Não se deve deformar a lei, mas, ao contrário, reproduzir a intenção do
legislador no momento de sua decisão. Uma vez verificado, porém, que a lei, na sua
pureza originária, não corresponde mais aos factos supervenientes, devemos ter a
franqueza de reconhecer que existem lacunas na obra legislativa e procurar, por outros
meios, supri-las.
A norma no escalão superior não pode vincular em todas as direcções (sob todos os
aspectos) o ato através do qual é aplicada. Tem sempre de ficar uma margem, ora maior,
ora menor, de livre apreciação, de tal forma que a norma do escalão superior tem
sempre, em relação, ao ato de produção normativa ou de execução aplicada, o carácter
de um quadro ou moldura a preencher por este ato (KELSEN, 2015, p.388).
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Uma boa maneira de definir uma noção bem ampla para a aplicação da Hermenêutica é
dizer que ela é a atividade a que se dedica ao tentar encontrar significado para algo.
Trata-se da tradicional técnica que parte do pressuposto de que a Constituição Federal é,
antes de tudo, uma lei e, como tal, deve ser interpretada, buscando descobrir sua
verdadeira intenção, a partir de elementos históricos, gramaticais, finalísticos, lógicos e
sociais (KELSEN, 2015).
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Conclusão
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Referencias Bibliográficas
RÁO, Vicente. O Direito e a Vida dos Direitos. 5ª. Ed. Rio de Janeiro: Editora Revista
dos Tribunais, p. 1999, p. 456.
RÁO, Vicente. O Direito e a Vida dos Direitos. 5ª. Ed. Rio de Janeiro: Editora Revista
dos Tribunais, p. 1999, p. 464.
RÁO, Vicente. O direito e a vida dos direitos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005
SICHES, Luis Recaséns. Tratado general de filosofia del derecho. 5 ed. México:
Editorial Porrua, 1975
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