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FACULDADE DE DIREITO
LICENCIATURA EM DIREITO
Introdução ............................................................................................................................................ 3
Conclusão........................................................................................................................................... 10
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Introdução
Esse instituto é guiado por métodos, sendo assim, em qualquer campo da hermenêutica, será uma
forma de comunicação mediactiva, onde toda a norma jurídica deverá ser aplicada em razão do todo
do sistema jurídico vigente. É um conjunto de leis, interpretações, normas, princípios, fatos, criando
neste aspecto, obrigações, limitações, direitos, além de impor sanções. Assim, este trabalho contém
algumas das importâncias da hermenêutica jurídica, suas atribuições, os conceitos de interpretação e
hermenêutica, e também a forma que atua no Estado.
Metodologia
Quanto a metodologia usada para elaboração deste trabalho foi necessária a consulta de obras
bibliográficas e pesquisas feita na internet, que consistiu na recolha, critica e interpretação dos
dados cujas referências estão citadas dentro do trabalho e na referência bibliográfica.
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1. Hermenêutica ou interpretação do direito
1.1. Contextualização – Hermenêutica
Hermenêutica é uma palavra que provem do grego que deriva de Hermes que tinha capacidade de
falar com os deuses ou os mortais, deus da mitologia grega, filho de Zeus e de Maia, significa a arte
ou técnica de interpretar e explicar um texto ou discurso. É a ciência da interpretação, que se volta
para o estudo da interpretação dos textos do direito positivo, uma ciência que tenta elucidar como se
da tal interpretação.
Por fim, para Carlos Maximiliano, a hermenêutica tem por objecto “o estudo e a sistematização dos
processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito”. Dito de forma
mais simples: “Hermenêutica é a teoria científica da arte de interpretar” (MAXIMILIANO, 2003, p.
1).
Hermenêutica Jurídica, teoria científica que tem por objeto, não a interpretação em
si, mas o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o
sentido e o alcance das expressões do Direito (MAXIMILIANO, 2010, p.1)
No dizer de BARROSO (2009, p. 107), "a hermenêutica é um domínio teórico, especulativo, cujo
objecto é a formulação, o estudo e a sistematização dos princípios e regras de interpretação do
direito".
Nos dizeres de REIS, existem duas correntes que norteiam a hermenêutica, uma chamada clássica e
a outra contemporânea. A hermenêutica clássica é dirigida pela concisão cientificista e adversa a
questões metafísicas ou subjectivas, onde defende as decisões judiciais objectivas e neutras,
querendo tornar possível a separação do Direito dos outros jeitos que envolvam a sociedade. Já a
hermenêutica contemporânea traz consigo os métodos de interpretação que ressaltam o papel
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criativo do intérprete, sendo o efeito integrador, máxima efectividade, forca normativa e princípios
da unidade.
1.2. Interpretação
Literal: busca o sentido do texto normativo, baseado nas regras comuns da língua, para se extrair
dos sentidos oferecidos pela linguagem ordinária os sentidos imediatos das palavras empregadas
pelo legislador.
Histórico: busca o argumento fático da norma, impugnando aos métodos da historiografia para
retomar o meio em que a norma foi editada, os significados e aspirações daquele período passado,
de modo a se poder compreender de maneira mais aperfeiçoada os significados da regra no passado
e como isto se comunica com os dias de hoje.
Teleológico: busca os fins sociais e bens comuns da norma, dando-lhe certa autonomia em relação
ao tempo que ela foi feita. Tratando-se de hermenêutica jurídica, o termo significa a interpretação
do Direito, que pode - e deve - passar por uma leitura constitucional e política.
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Sociológica - Que é a interpretação na visão do homem moderno, ou seja, aquela decorrente do
aprimoramento das ciências sociais, de modo que a regra pode ser compreendida nos contextos de
sua aplicação, quais sejam o das relações sociais, de modo que o jurista terá um elemento
necessário a mais para considerar quando da apreciação dos casos concretos ante a norma.
Actualmente a actividade de interpretar a norma jurídica é vista como uma actividade única, ou
seja, o processo interpretativo é uno e complexo, composto de vários processos ou momentos, em
que se utilizam os vários métodos de interpretação (gramatical, lógico-sistemático, histórico-
evolutivo e teleológico ou finalístico) para a compreensão de uma norma.
Com efeito, por ocasião do ato de interpretar uma norma, esses métodos se implicam e se
complementam ou se combinam, contribuindo todos para a compreensão do sentido e do alcance
da norma em questão. Às vezes pode ocorrer a preponderância de um sobre os outros, na medida
em que se mostra mais adequado ao entendimento ou compreensão da norma. (ex: método
gramatical ou lógico-sistemático na aplicação de norma recente)
O trabalho do intérprete não se reduz a uma passiva adaptação ou sujeição a um texto legal, mas
representa um trabalho construtivo de natureza axiológica (valorativa). Diferentemente de outras
formas de interpretação como a da história, da literária ou da musical, o intérprete do Direito não
fica preso ao texto, como o historiador aos fatos passados; e tem mais liberdade do que o pianista
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diante da partitura. No Direito, ao contrário, o intérprete pode avançar mais, dando à lei uma
significação imprevista, completamente diversa da esperada ou querida pelo legislador.
"Uma vez sancionada, (a lei) incorpora-se ao meio social; lei e sociedade influem-
se reciprocamente, formando aquela parte da vida do direito, seguindo sua
evolução. Se mudam as circunstâncias, a lei deve ser interpretada não como a
desejou seu autor há 50 ou 100 anos, mas como o exigem as atuais
circunstâncias..." ( apud Betioli, op. cit. p. 313).
Por fim, como lembra Betioli, a interpretação da norma jurídica implica a apreciação dos fatos e
valores dos quais ela se originou; assim como deve ser interpretada em função dos fatos e valores
supervenientes. Como ensina Miguel Reale: "a sistemática jurídica, além de ser lógico-formal,
como se sustentava antes, é também axiológica ou valorativa".
Assim, a interpretação jurídica tem necessariamente uma carácter "lógico" (o que permite que a
interpretação alcance elevado padrão de rigor e segurança), com o que se afasta do mundo do
Direito qualquer interpretação intuitiva ou emocional. Mas ela não se reduz a meros esquemas
formais; trata-se antes duma "lógica valorativa", ou como fala o jurista Recaséns Siches, "Lógica
razoável".
E mais:"Ora, ao se orientar por juízos de valor em que se inspira a ordem jurídica em vigor,
deverá o intérprete atender às exigências do bem comum, já que a lei é a ordenação da razão,
editada pela autoridade competente, em vista do bem comum. E como o bem comum se compõe
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de dois elementos primaciais – a idéia de justiça e a utilidade comum – são esses elementos, de
caráter essencialmente valorativo, os princípios orientadores." ( A. cit. "Hermenêutica no Direito
Brasileiro", Ed. RT, 1968, 1º vol., p.86)
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"Em resumo, eis o papel da hermenêutica total: permitir a utilização de todas as alternativas
possíveis de realização do ser humano na justiça, por intermédio do Direito. e essa missão lhe é
imposta pela inesgotabilidade do sentido, a qual, na mesma proporção em que ratifica a grandeza
do homem, pode transviar-lhe o espírito e, em conseqüência, a conduta, em face da escolha errada
do sentido para si e para outrem, na permanente interpretação que é a vida. Essa tarefa pode ter
dimensões tão amplas quanto a humanidade o possa também ter. Ou ser. Mas também pode ter
dimensão bem mais específica: visando à realização do homem, na Justiça, por intermédio do
Direito.” (idem, p.260).
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Conclusão
Conclui-se que a hermenêutica jurídica é fundamental para a interpretação das leis e normas
jurídicas do nosso quotidiano. Tornando a interpretação objecto principal para desvendar os textos,
onde o intérprete tem suma importância pelos sujeitos da experiência jurídica vivificam e
resinificam a norma a partir de um sentido próprio e real. Animam o direito, garantindo o
dinamismo de que são próprios dentro de uma sociedade aberta e pluralista.
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Referência bibliográfica
BETIOLI, ANTONIO BENTO. (1996) – Introdução ao Direito". (4ª ed). Letras & Letras
REALE, MIGUEL – Reale, Miguel.. Lições preliminares de Direito 27 ed. 2002, São Paulo:
Saraiva. p. 64/68
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