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Introdução ao Estudo de

Direito
Profº José Gutemberg
• 1º Peíodo de Direito 2022.2

2022
Nomes dos alunos:

EliudSantos Jefferson Cruz


Daiane Santos Emileny Oliveira
Maylla Vitória Lorenna Rayssa
Manuel Francisco Nancilde Roque
DOGMÁTICA HERMENÊUTICA,
HERMENÊUTICA JURÍDICA,
INTERPRETAÇÃO JURÍDICA
DISTINÇÃO ENTRE HERMENÊUTICA E
INTERPRETAÇÃO

Eliud Santos
A origem da palavra hermenêutica

Essa palavra tem sua origem na língua grega


 Do verbo hermeneuin (interpretar)

 Mais o substantivo hermeneia (interpretação),

 Que significa a descrição ou tradução de algo


que NÃO É COMPREENSÍVEL. (+ uma história)
A origem da palavra hermenêutica
Outra hipótese vem do Deus grego Hermes (O mensageiro dos deuses do Olimpo)

Páris Eris Afrodite Hera Atena


O Julgemento de Páris por Peter Paul Rubens
Dogmática Hermenêutica, Hermenêutica Jurídica,
Interpretação Jurídica e Distinção entre
Hermenêutica e Interpretação

Dogmática Hermenêutica, seu limite será a própria ideia


de que a lei é suficiente para tudo, sem necessitar de
interpretação.

Hermenêutica Jurídica é a “ciência auxiliar do direito que tem


por objetivo estabelecer princípios e regras tendentes a tornar
possíveis a interpretação e a explicação não só das leis como
também do direito como sistema.”

Interpretação Jurídica é a busca da extração do sentido da norma


jurídica. E onde se busca entender o conteúdo da norma jurídica,
não só no aspecto gramatical, mas todos os outros possíveis.
Dogmática Hermenêutica, Hermenêutica Jurídica,
Interpretação Jurídica e Distinção entre Vou pintar
Hermenêutica e Interpretação um
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Celso Ribeiro Bastos consegue diferenciar a hermenêutica jurídica da


interpretação jurídica de forma magistral. Para esse jurista, a
hermenêutica jurídica seria o conjunto de tintas disponíveis, sendo
assim, o hermeneuta, busca encontrar e produzir as mais variadas
nuances de cores de tintas. Por sua vez, o intérprete agiria como um
pintor que diante daquelas possibilidades apresentadas pelas tintas
iria utilizá-las para apresentar uma obra-prima.
SISTEMAS OU ESCOLAS DE
INTERPRETAÇÃO: SISTEMAS
TRADICIONAIS OU LEGALISTAS E
SISTEMAS MODERNOS

Daiane Santos
SISTEMAS OU ESCOLAS DE
INTERPRETAÇÃO
 Os sistemas de interpretação estão divididos em tradicionais
legalistas e sistemas modernos de interpretação.
 Os sistemas tradicionais ou legalistas e ao qual se vinculam as escolas
dos glosadores, comentaristas, da exegese e racionalistas em geral,
caracterizam-se por prender o direito a textos rígidos, como se
fossem dogmas e procurar aplica-los rigorosamente de acordo com a
vontade do legislador.
 Os sistemas modernos de interpretação surgem contra o exagerado
legalismo dos sistemas tradicionais que consideravam o texto legal a
única fonte do direito.
SISTEMAS TRADICIONAIS OU LEGALISTAS
ESCOLA DOS GLOSADORES(XI-XIII) INÉRIO
 A sua base era a interpretação gramatical do Corpus Juris de Justiniano.
 Examinavam artigo por artigo as palavras e frases da lei, isoladas do seu
contexto e indiferentes às modificações históricas e sociais.
 Ocorria por meio de glosas que eram anotações marginais ou interlineares
acrescentadas aos textos estudados.
ESCOLA DOS COMENTARISTAS (XIII-XV)
 Sem uma total ruptura com a escola dos glosadores, continuaram a
aperfeiçoar o estudo do direito num sentido autônomo, como ciência.
 Tentativa de adaptar o direito romano às novas relações econômicas e sociais
da sociedade feudal.
 Acrescentavam apreciações próprias, adotando o método da dialética e com
aplicação pratica.
SISTEMAS TRADICIONAIS OU LEGALISTAS
 ESCOLA DA EXEGESE – XIX
 Dogmatismo legal: supervalorização do código e sua auto- suficiência,
encerrando todo o direito.
 O papel do intérprete se reduz a aplicar precisa e mecanicamente a vontade
do legislador ainda que há 100 ou 200 anos atrás, não podendo substituir-se.
 ESCOLA RACIONALISTA
 Desenvolveu-se após a promulgação do código de Napoleão em 1804.
 Inspirada na concepção racionalista de que todo o direito está contido na lei e
que esta, uma vez promulgada, tem existência e significação própria.
 O papel do intérprete é o de tirar dos textos legais, através de processos
lógicos e racionais a solução para todos os casos.
 Deve ficar rigorosamente dentro da órbita das leis, sem recorrer a outras
fontes como o costume, a jurisprudência, as condições socias, etc.
SISTEMAS MODERNOS DE
INTERPRETAÇÃO
 SISTEMA DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA-(final do séc. XIX)
 Friedrich Carl Von Savigny
 Tem em Raimond Saleilles seu maior representante.
 A lei deve ser considerada como dotada de vida própria, de modo que
corresponda não apenas às necessidades que lhe deram origem, mas também
suas transformações surgidas através da evolução histórica.
 Diante da lei, o interprete deve observar não só o que o legislador quis mas
também o que ele quereria se vivesse no mundo atual.
 SISTEMA DA LIVRE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA – François Geny
 A lei diz Geny, é a fonte mais importante do direito, mas não e a única.
 Fontes (costumes, jurisprudência e doutrina)
 Método da livre investigação científica.
 Autoriza o juiz a agir além dos termos da lei (praeter legem) e não apenas
dentro da norma legal (secundum legem).
Sistemas modernos de interpretação
 SISTEMA DO DIREITO LIVRE – Hermann Kantorowicz
 Advoga a plena liberdade do juiz, inclusive a de deliberar contrário ao
ordenamento da lei (contra legem) na procura do direito justo.
 As visões do legislador são parte mínima do mundo jurídico.
 O juiz tem apenas o compromisso com a justiça.
 Guia –se na escolha de dados sociais da realidade, considerando como condutor o
sentimento e o conhecimento jurídico.
 NOVAS CORRENTES
 As novas tendências das doutrinas de interpretação podem ser sintetizadas na
fórmula doutrinas de pensamento problemático, em oposição às doutrinas de
pensamento sistemático que representam o dogmatismo jurídico.
 Ao interpretar as normas jurídicas, procuram investigar as circunstâncias
concretas e problemáticas de cada caso, dando especial ênfase à linguagem e à
situação comunicativa.
PROBLEMAS DA INTERPRETAÇÃO
JURÍDICA: VAGUIDADE E AMBIGUIDADE,
NORMAS JURÍDICAS SUJEITAS À
INTERPRETAÇÃO; QUEM DEVE FIXAR AS
REGRAS DE INTERPRETAÇÃO; AS FASES
DA INTERPRETAÇÃO
Maylla Vitória
Problemas de interpretação jurídica

Há encontro com dois problemas distintos na interpretação


jurídica: a vagueza e ambiguidade.
A ambiguidade se dá ao duplo sentido, assim dificultando a
interpretação, causando incerteza e dúvida.
A vaguidade ocasiona a incerteza no que diz respeito aos
limites de seu significado, até onde estará o alcance da norma
jurídica a ser interpretada.
Quais as normas jurídicas sujeitas à
interpretação?
A doutrina possui unanimidade em responder pois todas as
normas jurídicas são passíveis de interpretação, sejam elas
infraconstitucionais ou constitucionais. Assim como as normas
jurídicas não escritas, como exemplo os costumes, até mesmo
aquelas normas jurídicas compreendidas como claras e óbvias
também estão sujeitas à interpretação, já que até mesmo a clareza
é um conceito relativo, já que algo que é claro hoje, pode não ser
depois, uma coisa momentânea e perder o sentido.
Quem deve fixar as regras de
interpretação?
Isso cabe aos doutores e à jurisprudência ajustar os processos
de interpretação. Embora a concorrência majoritária, há um
grupo de doutrinadores que se situam que as regras de
interpretação devem estar prevista nos códigos e em normas
específicas, de tal sorte que as regras de interpretação irão ter a
mesma força normativa que as outras normas jurídicas.
Regras de interpretação

Há três tipos das espécies de regras de interpretação


jurídica: as legais, as científicas e as da jurisprudência.
Fases do ciclo da interpretação
Diagnóstico do Fato- Primeira etapa deve ser observada o que ocorreu na sua
individualidade concreta, conforme o seu conteúdo de espírito e pensamento
e de conformidade com o sentimento que recebe no ambiente social em que
se verifica. É uma operação preliminar que irá se realizar no ambiente social.

Diagnóstico Jurídico- Segunda etapa, observa-se e confronta-se o direito que


irá submetê-la a uma qualificação jurídica. Pergunta-se a qual ramo do direito
refere aquele problema. Quais as partes envolvidas? Por que aconteceu e
porque aconteceu daquela forma específica.

São alguns dos diversos questionamentos que são feitos para que se possa
fazer uma qualificação jurídica.
Crítica Formal e a Crítica Substancial- Terceira fase do processo de
interpretação, é realizado a crítica formal, que é a verificação formal da
existência da lei, para isso é necessário que o juiz verifique se a lei
existe (plano de existência) Iremos ainda realizar a crítica substancial
que é a verificação da validade e da vigência da norma jurídica (plano
de validade).

Interpretação da Norma- Quarta fase, é realizado a interpretação


utilizando os princípios e as leis científicas criadas e estabelecidas pela
hermenêutica.

Aplicação ou Adaptação- Quinta e última fases, é realizado a adaptação


do preceito normativo ao caso concreto.
Doutrinariamente, a crítica formal distingue-se entre superior em inferior.

• Crítica Formal Superior: Quando é analisado os documentos em seu todo investigando a


sua autoria, sua autenticidade e sua ligação com os demais documentos;

• Crítica Formal Inferior: Irá ser analisado somente o texto legal em que a norma está
inserida.

Já a crítica substancial da norma jurídica tem por intenção principal analisar


detalhadamente os requisitos referentes à legitimidade e à eficácia das normas jurídicas.
Dessa forma, investiga-se: se a norma foi elaborada, sancionada, promulgada e publicada
pelo poder competente e esse este poder manteve-se dentro da esfera de sua competência.
Se está respeitando a natureza hierárquica das normas jurídicas. Se a norma jurídica está
em vigor ou se ela foi revogada, ou se ela é de natureza temporária. Se a norma é de
natureza cogente ou se é de natureza dispositiva ou dentre outros questionamentos.
CLASSIFICAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO
QUANTO AOS EFEITOS: RESTRITIVA,
EXTENSIVA E DECLARATIVA;
CLASSIFICAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO
QUANTOAO AGENTE: AUTÊNTICA,
JUDICIAL, ADMINISTRATIVA E USUAL
Manuel Francisco
NÃO HÁ INFRAÇÃO SEM LEI
HERMENÊUTICA EXTENSIVA
HERMENÊUTICA
DECLARATIVA
HERMENÊUTICA QUANTO AO AGENTE
HERMENÊUTICA AUTÊNTICA
HERMENÊUTICA JUDICIAL
HERMENÊUTICA ADMINISTRATIVA
ELEMENTOS DA
INTERPRETAÇÃO DO
DIREITO

Jefferson Cruz
Elementos ou métodos de interpretação

Para decodificar os textos jurídicos ou Direito Positivo, o intérprete usará sua


capacidade técnica a fim de que haja uma aplicação plausível, satisfatória e
acima de tudo justa do ordenamento jurídico. Para isso, existem métodos que
fazem uso de vários elementos desde o mais simples ao mais complexo, como
subsídios da hermenêutica, dentre os principais elementos, temos:

Gramatical;
Lógico;
Sistemático;
Histórico;
ELEMENTO GRAMATICAL

Esse elemento se mostra como o mais básico dentre os utilizados nos métodos
interpretativos, pois nele usa-se a capacidade interpretativa pautada nos
conhecimentos da gramática, através de análises literais, que se dão logo ao
deparar-se com as normas, buscando o significado das palavras escritas no texto de
forma imediata.
Exemplo:
CF – ART. 5º INCISO - XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação
por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
CF – ART. 5º INCISO - XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário
indenização ulterior, se houver dano;
ELEMENTO LÓGICO

 Permite ao jurista resolver contradições entre termos dentro de


uma ou mais normas jurídicas. O que objetiva-se é uma
coerência do ordenamento jurídico, tanto das normas quanto
das condutas jurídicas.

“Nemo auditur propriam turpitudinem allegans”

"Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza"


ELEMENTO LÓGICO

 Código Civil - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.


Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa
deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou
descendente;
ELEMENTO SISTEMÁTICO

 Diferente dos outros métodos, (Gramatical e Lógico) que tratam da


interpretação das normas isoladamente, o sistemático vai tentar cuidar dos
termos que não estão dispostos de forma clara ou com ambiguidades em
uma norma jurídica, e fazer com que a interpretação seja coerente com o
sentido de todo o ordenamento.
 Nader (2014), considera imprudente aquele que, não analisa toda a
conjuntura da lei e de outros mecanismos pertinentes à matéria, e usa a
interpretação de forma isolada, sem embasamento científico.
Exemplo: Art. 121, Código Penal. 
Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
ELEMENTO HISTÓRICO

 Para entendermos esse elemento de interpretação, é importante nos remetermos à


Escola Histórica do Direito, onde acreditava-se que o direito nasceria do “espirito do
povo” (volksgeit), assim, a essência da norma jurídica estaria contida nos costumes e
crenças das pessoas. Para Savigny, o direito teria suas origens nas forças silenciosas e
não no arbítrio do legislador.
 Diante da possível insuficiência dos demais métodos, o histórico busca abordagem mais
profundo da ordem jurídica, com investigações das origens de determinadas normas.
 “MENS LEGISLATORIS”, expressão que significa “espírito da lei”, que está ligada à
intenção do legislador, quando a norma foi escrita.
CONCLUSÃO

 Para Maximiliano (2017), toda lei é obra humana e


aplicada por homens; portanto imperfeita na forma e
no fundo, e dará duvidosos resultados práticos, se
não verificarem, com esmero, o sentido e o alcance
das suas prescrições”
MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
CONSTITUCIONAL

Emileny Oliveira
MÉTODO TÓPICO-PROBLEMÁTICO

Método Hermenêutico mais utilizado pelo STF

PARTINDO DO PRESSUPOSTO:
• PROBLEMA
• NORMA

TEMÁTICA DO ABORTO

Revelando-se mais problemática do que ordenada


MÉTODO HERMENÊUTICO-CONCRETIZADOR

CÍRCULO HERMENÊNEUTICO

colocando o escrito
começar de um dado A situação que é
constitucional como
problema consagrado colocada em análise
limite da interpretação

SUAS PRÉ CONTEXTO


CONCEPÇÕES SOCIAL
MÉTODO CIENTÍFICO-ESPIRITUAL

ESPÍRITOS: VALORES CONSAGRADOS NA CF


C.F: Fenômeno Cultural Que Congrega Os Valores Da Sociedade

ART. 226
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento.

Art. 1.723/2002. É reconhecida como entidade familiar a


Ferramenta de Integração união estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de família.
MÉTODO NORMATIVO-ESTRUTURANTE

Texto Normativo + Situação Normada =


REAL SIGNIFICADO DA NORMA

NORMAL NORMATIVO
GERAL ESTRUTURANTE

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
PARTICULARIDADE DA
INTERPRETAÇÃO
CONSTITUCIONAL:
SUPERIORIDADE HIERÁRQUICA,
NATUREZA DA LINGUAGEM,
CONTEÚDO ESPECÍFICO E
CARÁTER POLÍTICO
Lorenna Rayssa
Particularidades da interpretação
constitucional
Superioridade hierárquica
 Natureza da linguagem*
Conteúdo específico*
Caráter político
Superioridade Hierárquica
 A supremacia da
Constituição é a nota mais
essencial do processo de
interpretação constitucional.
É ela que confere à Carta
Magna o caráter
paradigmático e
subordinante de todo o
ordenamento jurídico, de
forma tal que nenhum ato
jurídico pode subsistir
validamente no sistema
jurídico se contrariar o seu
sentido.
CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE
 STF Quem pode propor ação de
inconstitucionalidade ?
O Supremo Tribunal Federal é o órgão
de cúpula do Poder Judiciário, e a ele Pode ser proposta pelo
compete, precipuamente, a guarda da presidente da República, pelos
Constituição, conforme definido no art. presidentes do Senado, da
102 da Constituição da República. Câmara ou de assembleia
legislativa, pela Ordem dos
Entre suas principais atribuições está a de Advogados do Brasil, pelo
julgar a ação direta de procurador-geral da República,
inconstitucionalidade de lei ou ato por partido político e por
normativo federal ou estadual, a ação entidade sindical de âmbito
declaratória de constitucionalidade de lei nacional.
ou ato normativo federal, a arguição de
descumprimento de preceito
fundamental decorrente da própria
Constituição e a extradição solicitada por
Estado estrangeiro.
Natureza da linguagem
Linguagem aberta

 A natureza da linguagem
constitucional diz respeito
ao caráter principiológico
e, algumas vezes,
programático dos LINGUAGEM PRINCIPIOLÓGICA
dispositivos
constitucionais, fazendo NORMAS, enquanto princípios
com que tais preceitos
apresentem maior
abertura e maior grau de
abstração, o que acaba
por dificultar a sua
interpretação.
Conteúdo específico (TEMAS
CENTRAIS)
 Veja abaixo a estrutura da Constituição de 1988:
 Título I - Princípios Fundamentais
 Título II - Direitos e Garantias Fundamentais
 Título III - Organização do Estado
 Título IV - Organização dos Poderes
 Título V - Defesa do Estado e das Instituições
 Título VI - Tributação e Orçamento
 Título VII - Ordem Econômica e Financeira
 Título VIII - Ordem Social
 Título IX - Disposições Gerais
Caráter político
 O caráter político das normas
constitucionais pode ser analisado
se observada a norma quanto à sua
origem, quanto ao seu objeto e
quanto aos resultados de sua
aplicação. Observe-se que a
Constituição nasce de uma decisão
política fundante e fundamental do
Poder Constituinte originário. A
interpretação constitucional toma
lugar no plano delicado da
dicotomia entre o plano jurídico,
de um lado, e o plano político de
outro.
Princípios da Interpretação
constitucional

Nancilde Roque
Princípio da Interpretação Constitucional

 Toda e qualquer lei deve ser compreendida através dos critérios


hermenêuticos que são métodos e princípios de interpretação da
norma em sua essência. . Esses princípios sustentam que diante
de normas que plurissignificativas, o interprete deve optar pela
interpretação que mais seja compatível com a Constituição,
separando as demais interpretações que violem a Constituição.
Princípios da Interpretação Constitucional

 1. Princípio da Unidade da Constituição:


Por meio deste princípio, entende-se que a Constituição deve ser
interpretada como sendo um sistema unitário de normas, ou seja, de
regras e princípios, que que haja qualquer hierarquia entre elas. A CF
deve ser interpretada na sua globalidade de modo a afastar qualquer
discordância.

 2. Princípio da Concordância Prática ou da Harmonização:


Objetiva evitar que uma norma não seja sacrificada em virtude de
outra. Seja interpretada conforme a CF quando a norma tiver mais de
um significado.
 3. Princípio da Correção Funcional:
De acordo com esse princípio, o STF, como intérprete máximo da
constituição não pode agir como legislador positivo, pois deve
observar a separação dos poderes e respeitar as funções
constitucionalmente estabelecidas. Em síntese, pode-se dizer
que esse princípio limita o intérprete.

 4. Princípio da Eficácia Integradora:


Sustenta a ideia de que o interprete deverá sempre que possível
buscar soluções que propiciem a integração social e a unidade
política na aplicação da norma, com respeito ao pluralismo existe
na sociedade.
 5. Princípio da Força Normativa:
o intérprete deve extrair da norma máxima aplicabilidade,
procurem da preferência aqueles pontos de vista, que estabeleça
historicamente o sentido das normas.

 6. Princípio da Máxima Efetividade:


Orienta os aplicadores da Lei Maior para que interpretem as suas
normas em ordem a intensificar a eficácia, sem alterar o seu
conteúdo.
 7. Princípio da Interpretação conforme a Constituição:
Diante de normas plurissignificativas ou polissêmicas (que
possuem mais de uma interpretação). Deve-se preferir a
interpretação que mais se aproxime da Constituição e, portanto, não
seja contrária ao texto constitucional.

 Princípio da Proporcionalidade ou da Razoabilidade:


Exige a tomada de decisões racionais, não abusivas, e que respeitem
os núcleos essenciais de todos os direitos fundamentais. Por meio
dele, analisa-se se as condutas são adequadas, necessárias e
trazem algum sentido em sua aplicação.

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