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O que é Consumo?
• Consumo é alguém adquirir, aproveitar bens, produtos, para satisfazer reais
necessidades. Consumimos água e alimentos para podermos sobreviver.
• Comprar roupas é uma atividade de consumo motivada por uma necessidade real,
precisamos nos vestir para vivermos numa sociedade que não aceita a nudez no dia a
dia, também para gasalhar nossos corpos do frio, da chuva.
• Consumimos energia elétrica para que tenhamos uma série de confortos em nossas
casas, ambientes de trabalho, mesmo porque hoje em dia é quase inimaginável nossa
sociedade funcionando sem energia elétrica.
Alguns estudos apontam que as causas do consumismo são reflexo das diversas crises
econômicas que o mundo já enfrentou e ainda enfrenta. A sociedade atual reconhece
que o consumo é sinônimo de felicidade e bem-estar, e até mesmo de prestígio e de
status.
Influência da mídia no crescimento do consumismo e na felicidade
• O consumismo vem crescendo diariamente na nossa sociedade, crescimento este,
influenciado pela mídia que a cada dia lança novos produtos, fazendo com que as pessoas
pensem que comprando-os sentirão mais felizes e completas.
•
Percebe-se comerciais bem elaborados, com alto grau de criatividade. Neles aparecem
pessoas sorridentes, como mulheres felizes ao usarem roupas de marcas famosas, famílias
sorrindo reunidas tomando coca-cola, induzindo o consumidor a comprar cada vez mais,
sem ter a noção de que na verdade essa falsa felicidade acabará quando as diversas contas
chegarem. Contas, muitas vezes, tão altas que talvez não consiga pagar.
Além disso, há o problema ambiental. Ao adquirirem novos produtos as pessoas descartam
os já existentes, gerando assim, uma grande quantidade de lixo e poluindo o meio ambiente.
Ou seja em nossa sociedade atual, o consumismo é incentivado pelas empresas, na mídia
mesmo os indivíduos passam a achar que é correto, necessário e até. Muitos o entendem
como sinal de status, de riqueza, de estar “atenado” com as novidades do mercado. Outros
consomem vorazmente para gerar uma (falsa e transitória) sensação de bem-estar interior,
como se fosse urgente, vital comprar algo para se sentirem em paz, ou mais felizes.
Será que precisamos consumir tanto? Será que as nossas coisas estão mesmo velhas e não
dão mais para serem usadas?
O PODER DA MÍDIA PARA O CONSUMISMO
As campanhas publicitárias não vendem apenas um produto, mas um estilo de vida. O individuo é um ser
influenciado pela mídia, pois quem dita as regas da moda e os melhores aparelhos tecnológicos são as campanhas
publicitárias
Consequências do consumismo
O problema é que há uma relação estreita e forte entre o consumismo, a sociedade e o meio
ambiente. Isso porque para atender a demanda da produção e do consumo é necessário retirar
matérias-primas da natureza, fabricar e transportar materiais, fazer grande uso de energia
elétrica e de água.
Tudo isso gera emissão de gases poluentes, degradação e devastação ambiental, poluição geral e,
consequentemente, a destruição de ecossistemas.
As pessoas, devido ao sistema que vivem, onde o importante é o que você tem e não que você é,
tendem a desenvolver distúrbios caracterizados pela compulsão em comprar coisas
desnecessárias que talvez nunca usarão.
Além disso, elas são influenciadas por um dos maiores difusores do consumismo: a mídia. Todos
os dias somos “bombardeados” com milhares de propagandas. São milhões e milhões de gastos
para tentar nos fazer comprar os produtos.
O consumismo também causa consequências à sociedade, já que contribui para o processo de
degradação das relações sociais. Muitas vezes excluímos pessoas e as julgamos pelo simples
fato de ela não possuir tal objeto ou não estar com “roupas da moda”.
É surpreendente como uma pessoa é julgada por não se submeter ao sistema que privilegia
poucos e faz você valer o que possui. Além disso, o consumista sofre processos de alienação e
oneomania (que é um distúrbio caracterizado pela compulsão de gastar dinheiro).
Consumo e consumismo: como afetam o meio ambiente
O ato de consumo em si não é um problema. O consumo é necessário à vida e à
sobrevivência de toda e qualquer espécie. Para respirar precisamos consumir o ar; para
nos mantermos hidratados, temos que consumir água; para crescermos e nos mantermos
saudáveis, necessitamos de alimentos. O mesmo acontece com outras espécies que
compartilham este planeta conosco. São atos naturais que sempre existiram e que
precisamos para nos mantermos vivos.
O problema é quando o consumo de bens e serviços acontece de forma exagerada,
levando à exploração excessiva dos recursos naturais e interferindo no equilíbrio
estabelecido do planeta.
Relatórios de respeitadas organizações ambientais defendem que nós, seres humanos, já
estamos consumindo mais do que a capacidade do planeta de se regenerar, alterando o
equilíbrio da Terra. Segundo o relatório Planeta Vivo (WWF, 2008), a população mundial já
consome 30% a mais do que o planeta consegue repor. Outro relatório, o Estado do
Mundo 2010, do World Watch Institute (WWI) coloca que hoje extraímos anualmente 60
bilhões de toneladas de recursos naturais. Isto representa 50% a mais do que extraíamos
30 anos atrás.
É verdade que a população mundial cresceu muito desde sua existência. No século XVIII
(durante a revolução industrial) éramos cerca de 750 milhões de habitantes. Hoje, somos
7,6 bilhões de seres humanos na Terra. E segundo a Organização das Nações Unidas
(ONU), a população mundial deve chegar a 8,6 bilhões de habitantes até 2030.
Isso naturalmente proporciona um aumento no consumo dos recursos do planeta. No
entanto, esse consumo é extremamente desigual. Enquanto uns consomem muito mais do
que suas necessidades básicas, outros sofrem com a falta de recursos. De acordo com o
mesmo relatório do WWI (2010), um estudo do ecologista Stephen Pacala, da Universidade
de Princeton, sobre a emissão de gás carbônico na atmosfera, revela que as 500 milhões de
pessoas mais ricas do planeta (7% da população mundial) são responsáveis pela emissão de
50% do gás carbônico, enquanto três bilhões de pessoas mais pobres são responsáveis por
apenas 6% das emissões deste gás.
Neste caso, o gás carbônico pode ser usado como referência para expressar a produção e o
consumo de bens e serviços. Assim, os números mostram que, embora a população mundial
tenha crescido muito, a desigualdade social e o consumo excessivo de uma pequena parcela
da população são os principais agravantes.