Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: O professor enquanto construtor do currículo é parte integrante e activa do processo curricular, estando
em permanente interacção com os seus pares, alunos, assuntos e meio social. A autonomia das escolas e dos
professores preconizada pelo currículo visa a interdisciplinaridade. Este estudo teve como principal objectivo
identificar e descrever as dificuldades que os professores levantam no âmbito da implementação do currículo, ou
seja, as dificuldades que enfrentam na sua implementação. Para a materialização desta pesquisa foi necessário a
aplicação da revisão bibliografia, buscas na internet e consultas bibliográficas. Verificou-se que os professores têm
dificuldades de implementar o currículo devido aos seguintes factores: resistência ao modelo tradicional
professores pode estar acostumados a um modelo de ensino linear; falta de recursos e falta de estrutura. Observa-
se na prática docente um esforço de adaptação do currículo ao contexto e aos seus alunos, mas sem que estes
tenham uma participação activa, observando-se no entanto alguma inovação e interdisciplinaridade.
Introdução
Este trabalho nos traz uma reflexão sobre as dificuldades que os professores enfrentam no seu dia-a-dia
focalizando a implementação do currículo. Neste sentido verificaremos as dificuldades enfrentadas
pelos professores são resistência, os professores podem estar acostumados a um modelo de ensino
linear; falta de recursos, os professores podem não ter recursos tecnológicos para desenvolver o
currículo; faltas de estrutura, as escolas podem ter salas de aula superlotadas, falta de material e falta
de estrutura física.
É de suma importância para o crescimento e desenvolvimento dos docentes em sua vida profissional,
despertando estudos sobre o quotidiano destes profissionais que possuem um papel fundamental no
desenvolvimento intelectual, moral e afectivo das nossas crianças e dos nossos jovens, preparando-os
para a vida em sociedade.
FERREIRA, (2004), ao longo do tempo a profissão docente tem passado por inúmeras mudanças que
envolvem o âmbito histórico, social, cultural, político e económico, tendo que se adequar as novas
realidades e exigências que lhes são impostas, não aceitando passivamente a desvalorização de sua
profissão mas lutando constantemente por reconhecimento.
Currículo
De acordo com Silva (1996, p. 23), o currículo é um dos locais privilegiados onde se entrecruzam saber e
poder, representação e domínio, discurso e regulação. É também no currículo que se condensam
relações de poder que são cruciais para o processo de formação de subjectividades sociais. Em suma,
1
currículo, poder e identidades sociais estão mutuamente implicados. O currículo corporifica relações
sociais.
Ainda na leque das dificuldades é pertinente destacar a falta de actualização dos novos modelos de
ensino, Day, (2001), sustenta que para um ensino baseado em currículo actual, é necessário que os
professores se conscientizem da importância da actualização, e busquem partir de situações
relacionadas com o quotidiano de seus alunos promovendo uma interacção entre essas situações e o
conteúdo a ser abordado observando as necessidades apresentadas por eles com o intuito de sanar
estas dificuldades e formar cidadãos críticos alfabetizados cientificamente capazes de tomar decisões
próprias a respeito de temas sociais.
É preciso que o professor saiba ensinar a aprender a aprender, ajudando o aluno a adquirir estratégias
de aprendizagem considerando o papel dos conteúdos no processo de ensino aprendizagem, pois
segundo (Terrazzan, 1998, p.18):
Para Evidal (2002, p.41), por apresentar um processo de actualização da informação de forma complexa,
devido às implicações burocráticas, custo elevado na actualização de acervo bibliográfico e dos livros
didácticos, adaptação do ambiente escolar, treinamento de professores, e seu deslocamento do
ambiente de actuação profissional, a educação tradicional apresenta pouca eficiência e dificuldades em
dar resposta rápida às novas exigências da sociedade contemporânea.
2
Segundo Moraes (2005, p.137), no ensino tradicional “a maioria das decisões são tomadas no topo da
instituição”, com (...) “as regras de controlo e as propostas curriculares feitas por pessoas distantes da
instituição escolar”. De maneira geral, o modelo tradicional caracteriza-se por ser presencial, ou seja,
professores e alunos encontram-se fisicamente presentes, limitados pelo espaço e pelo tempo.
Bibliografia
DAY, C. (2001). Desenvolvimento profissional dos professores: os desafios da aprendizagem permanente.
Porto: Porto Editora
FERREIRA. JR. (2014). A Ditadura Militar e a Proletarização dos Professores. Educação e Sociedade,
Campinas
FREIRE, P. (1983). Pedagogia do Oprimido. (12ª ed). Rio de Janeiro: Paz e Terra
LIBÂNEO CARLOS, José. (2002). Didática Velhos e novos temas. Edição do Autor
MORAES, Maria Cândida. (2005). Paradigma Educacional Emergente. (1ª ed). Lisboa: Edições Sílabo
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu. (1997). Currículo, cultura e sociedade. (2ª ed).
São Paulo: Cortez
SILVA, T. T. da (2009). Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. (2ª ed). Belo
Horizonte: Autêntica.