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BACHARELADO EM DIREITO
SÃO JOSE- SC
2022
METODOS DE INTERPRETAÇAO DA CONSTITUIÇAO
Professor: Volnei
SÃO JOSE-SC
2022
Hermenêutica jurídica
A palavra hermenêutica em grego e originaria do verbo hermeneuein e do
substantivo hermeneia (interpretação). O que sugere a vinculação com Deus
Hermes o mensageiro dos deuses, ou seja, conclui que a hermenêutica propõe
a levar algo para alguém, tornando compreensível.
Vicente Rao, define a hermenêutica como:
“A hermenêutica tem como objeto investigar e coordenar por meio sistemático
aos princípios científicos e leis decorrentes que disciplinam a apuração do
conteúdo do sentido e dos fins das normas jurídicas e a restauração dos
conceitos orgânicos do direito par afoito de sua explicação e interpretação, por
meio de regras e processos especiais, procura realizar praticamente estes
princípios e estas leis cientificas. A aplicação das normas jurídicas consiste na
técnica de adaptação dos preceitos neles contidos assim interpretados, a
situações que de fato lhes subordinam.”
Analisando a constituição federal de 1988 Raul Machado Hortes diz:
“A hierarquia entre as normas constitucionais de modo que classificadas em
normas superiores e normas secundárias. Todas são nomas fundamentais a
precedência serve a interpretação da constituição para extrai dessa disposição
formal a impregnação valorativa dos princípios fundamentais sempre que eles
forem confrontados com atos do legislador do administrador e do julgador.
Interpretando a letra do texto com caraterísticas históricas, politicas e
ideológicas do momento.”
A partir desta reflexão o intérprete da norma constitucional usa de uma carga
moral e política muito forte resultando em sua visão ideológica na
interpretação da norma.
Método jurídico ou hermenêutico-clássico.
Método hermenêutico-concretizador
Konrad Hesse fala que se têm um “catalogo de princípios”, e este será usado
pelo interprete na sua atividade interpretativa. Ele defende que só pode se
interpretar uma norma dentro do caso concreto a ser resolvido. Conclui-se
que o intérprete da norma precisa de compreensão prévia do caso em
concreto e da teoria constitucional. Esse método pensa de forma inversa do
método valorativo, partindo da norma para o caso concreto. método
hermenêutico-concretizador procuram ancorar a interpretação no próprio
texto constitucional ─ como limite da concretização ─, mas sem perder de vista
a realidade que esse texto intenta regular e que, afinal, lhe esclarece o sentido,
uma postura que, de resto, encontra apoio, dentre outras, nas
seguintes descobertas hermenêuticas de Hans-Georg Gadamer: a) interpretar
sempre foi, também, aplicar; b) aplicar o direito significa pensar,
conjuntamente, o caso e a lei, de tal maneira que o direito propriamente dito se
concretize; e, afinal, c) o sentido de algo geral, de uma norma, por exemplo, só
pode ser justificado e determinado, realmente, na concretização e através dela.
Método normativo-estruturante
Friedrich Muller sai em defesa de que a norma constitucional precisa de um
programa normativo somado ao domínio normativo. O programa normativo
seria o texto da norma já o domínio normativo é a realidade social que a
norma tenta conformar. Os elementos a serem considerados são
metodológicos, dogmáticos e de política constitucional. Bonavides faz críticas
por não haver uma escala de prevalência (hierarquia) entre os elementos em
caso de conflitos perante o caso concreto. O método normativo-
estruturante parte da premissa de que existe uma implicação necessária entre
o programa normativo e o âmbito normativo, entre os preceitos jurídicos e a
realidade que eles intentam regular, uma vinculação tão estreita que a
própria normatividade, tradicionalmente vista como atributo essencial dos
comandos jurídicos, parece ter sido condenada/obrigada a evadir-se dos textos
e buscar apoio fora do ordenamento para tornar eficazes os seus propósitos
normalizadores.
Método normativo-estruturante
Bibliografia:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/119/edicao-1/metodos-
de-interpretacao-constitucional