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O PODER JUDICIÁRIO

A Constituição Federal de 1988, norma fundamental e suprema do Estado


Brasileiro, prevê, no artigo 2º, a existência dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, independentes e harmônicos entre si. A função do Poder Judiciário é
garantir os direitos individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos,
entidades e Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira garantidas
pela Constituição Federal. O Brasil adota o sistema de unicidade jurisdicional, no qual
apenas o Poder Judiciário pode, em caráter definitivo, interpretar e aplicar a lei em
cada caso concreto, com o objetivo de garantir o direito das pessoas e promover a
justiça.A atuação do Judiciário se dá, exclusivamente, em casos concretos de conflitos
de interesses trazidos à sua apreciação, sendo que o Judiciário não pode tentar
resolver conflitos sem que seja previamente

JUÍZES FEDERAIS
A Justiça Federal da União (comum) é composta por juízes federais que atuam
na primeira instância e nos tribunais regionais federais (segunda instância), além
dos juizados especiais federais. Sua competência está fixada nos artigo 109 da
Constituição.
Por exemplo, cabe a ela julgar crimes políticos e infrações penais praticadas
contra bens, serviços ou interesse da União (incluindo entidades autárquicas e
empresas públicas), processos que envolvam Estado estrangeiro ou organismo
internacional contra município ou pessoa domiciliada ou residente no Brasil,
causas baseadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou
organismo internacional e ações que envolvam direito de povos indígenas. A
competência para processar e julgar da Justiça federal comum também pode ser
suscitada em caso de grave violação de direitos humanos
Vide Art. 109. Da CF/88
I: As causas em que a união for parte assistente ou oponente competirá aos
juízes federais regra geral: não há sociedade de economia mista nem
fundação publica, somente autarquia e empresa pública neste texto
constitucional. Sempre que tivermos a união empresas publicas federais e
empresas públicas federais na condição de autoras, res, assistentes e
oponentes a competência será dos juízes federais para julgar as ações.
Exceção: as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho, mas não se confunda mesmo a caixa sendo
empresa publicas federal seus funcionários são regidos pela CLT, todavia a
competência será na justiça do trabalho.
II- Em primeira instância competência e dos juízes federais o recurso vai para
o STJ vide art. 102
III- Não tem município, estado DF território, ou seja, e competência dos juízes
federais
VI- Crimes políticos são de Competência dos juízes federais, mas quando se
trata de recurso vide art. 102 competência recursal ordinária do STF,
V: aqui não tem contravenção penal só crimes. porém não é qualquer um são
os previstos em tratados e convenções internacionais.
VA_ vide parágrafo 5, então a competência de julgar A as causas relativas a
direitos humanos ela e do juiz de direito da justiça civil porem ocorrendo a
hipótese do paragrafo 5 passa a ser da justiça federal. O PGR solicita para o
STJ e tem que ser caso de grave violação de direitos humanos. E tem que ter
a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de
tratados internacionais de direitos humanos dais quais o Brasil seja parte.
VI os crimes de organização do trabalho e da justiça federal já os outros
casos que são contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira
dependem de lei
VII: competência residual

JUIZ ESTADUAL

Justiça Estadual (comum) é composta pelos juízes de Direito (que atuam na


primeira instância) e pelos chamados desembargadores, que atuam nos
tribunais de Justiça (segunda instância), além dos juizados especiais cíveis e
criminais. A ela cabe processar e julgar qualquer causa que não esteja sujeita à
competência de outro órgão jurisdicional (Justiça Federal comum, do Trabalho,
Eleitoral e Militar), o que representa o maior volume de litígios no Brasil. Sua
regulamentação está expressa nos artigos 125 a 126 da Constituição.juizes
estaduais.

SUPREMO TRIBUNAL MILITAR

A Justiça Militar da União é a mais antiga do País, com mais de 200 anos.
Ela decorre da própria existência das Forças Armadas.

Conforme o artigo 124 da Constituição Federal, julga os crimes militares


previstos no Código Penal Militar (CPM), tendo como principais jurisdicionados
os militares das Forças Armadas e, em certos casos, até civis. Passou a
integrar o Poder Judiciário a partir da Constituição de 1934 e seus julgamentos
seguem a mesma sistemática do Judiciário Brasileiro.
Missão: Processar e julgar crimes militares definidos em Lei a fim de contribuir
para a promoção da Justiça.
Visão: Ser reconhecida pela sociedade como instituição de excelência do
Poder Judiciário Valores: Ética, Imparcialidade, Acessibilidade, Modernidade,
Celeridade, Responsabilidade Social e Ambiental, Probidade e Transparência
ORGANIZAÇÃO STM:
O Ato Normativo nº 540, de 22 de fevereiro de 2022 estabelece o Manual de
Organização do Superior Tribunal Militar, o qual descreve as competências das
unidades administrativas e de seus respectivos titulares, ocupantes de cargos
em comissão e funções comissionadas, com o objetivo de orientar gestores e
servidores no desempenho de suas atividades.

O TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

O Tribunal Superior do Trabalho - TST, com sede em Brasília-DF e


jurisdição em todo o território nacional, é órgão de cúpula da Justiça do
Trabalho, nos termos do artigo 111, inciso I, da Constituição da República, cuja
função precípua consiste em uniformizar a jurisprudência trabalhista brasileira.
Nos processos de sua competência, o TST é dividido em turmas e seções
especializadas para a conciliação e julgamento de dissídios coletivos de
natureza econômica ou jurídica e de dissídios individuais.

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão máximo da Justiça Eleitoral, exerce
papel fundamental na construção e no exercício da democracia brasileira. Suas
principais competências estão fixadas pela Constituição Federal e pelo Código
Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15.7.1965). O TSE tem ação conjunta com os
tribunais regionais eleitorais (TREs), que são os responsáveis diretos pela
administração do processo eleitoral nos estados e nos municípios. A Corte é
composta por sete ministros: três são originários do Supremo Tribunal Federal,
dois do Superior Tribunal de Justiça e dois representantes da classe dos
juristas – advogados com notável saber jurídico e idoneidade.
Cada ministro é eleito para um biênio, sendo proibida a recondução após dois
biênios consecutivos. A rotatividade dos juízes no âmbito da Justiça Eleitoral
objetiva manter o caráter apolítico dos tribunais, de modo a garantir a isonomia
nas eleições.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Os tribunais de justiça são competentes para julgar:

a) Os Prefeitos Municipais (artigo 29, X, CF);


b) Os juízes estaduais e do Distrito Federal, inclusive os da Justiça Militar
Estadual (artigo 96, III, CF);
c) Os membros do Ministério Público Estadual e do Distrito
Federal (artigo 96, III, CF).
Há a possibilidade de ampliação da competência originária dos Tribunais de
Justiça Estaduais pelas suas constituições estaduais. É o que ocorre no
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que possui competência para
julgar além dos três casos determinados pela Constituição Federal, os
seguintes cargos:
1) Vice-governador
2) Secretários de Estado
3) Deputados Estaduais
4) Procurador-Geral do Estado
5) Delegado-Geral de Polícia
6) Comandante-Geral da Polícia Militar
Há que se fazer importante menção a súmula n. 721 do Supremo Tribunal
Federal: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente
pela Constituição Estadual”.
Os processos de competência originária quando do Tribunal de Justiça,
seguem o rito previsto nos 1º ao 12 da lei 8.038/1990.
Por fim, importante mencionar não haver duplo grau de jurisdição quando a
competência originária for do Tribunal de Justiça, pois o julgamento já é feito
por órgão colegiado e de superior graduação.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Os Tribunais Regionais Federais (TRFs) são órgãos do Poder Judiciário
previstos pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 92, inciso III.
Embora possuam composição variável, os TRFs devem ser compostos por, no
mínimo, sete juízes, todos necessariamente brasileiros (natos ou
naturalizados).
A Constituição prevê certos critérios a serem obedecidos para o preenchimento
das vagas de cada TRF. Assim, os juízes desses tribunais devem ter entre 30
(trinta) e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, sendo escolhidos
preferencialmente na região do respectivo tribunal. Para isso, a CF/88 prevê
duas modalidades de ingresso nos TRFs.
Os TRFs representam o segundo grau de jurisdição da Justiça Federal, ou
seja, são responsáveis por julgar os recursos contra decisões de competência
federal. Vale ressaltar que essas decisões podem ser emitidas por juízes
federais e, em alguns casos, por juízes estaduais. Ou seja, a questão é
analisada inicialmente por um juiz federal. Havendo recurso, essa decisão é
revisada perante o TRF competente. Nesse sentido, o Conselho Nacional de
Justiça – CNJ afirma que:
“A Justiça Federal, como um todo, é competente para processar e julgar as
questões que envolvem, como autoras ou rés, a União Federal, suas
autarquias, fundações e empresas públicas federais, além de questões de
interesse da Federação
VIDE ART 108 DA CF/88.

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


VIDE ART 105 CF/88 REFERENTE AS COMPETENCIAS
O Supremo Tribunal de Justiça foi criado em 1832 (embora estivesse previsto
já na Constituição de 1822). Entrou em funcionamento no
ano seguinte, contando, nessa altura, nove conselheiros. Presentemente, é
composto por um presidente, 50 conselheiros (nome por que são designados
estes juízes) e seis juízes conselheiros auxiliares.
O Supremo Tribunal de Justiça é composto por magistrados de carreira e
outros juristas conceituados.
Este órgão é o tribunal superior da hierarquia dos tribunais judiciais
portugueses. Cabe-lhe julgar os pleitos em última instância, à exceção dos que
envolvem questões de constitucionalidade (nesses casos, é necessária a
intervenção do Tribunal Constitucional).
Compete ainda ao Supremo Tribunal de Justiça julgar o presidente da
República, no caso de este ter cometido crimes no exercício das suas funções.
De uma maneira geral, só o Supremo Tribunal pode alterar uma decisão do
próprio Supremo, e em condições bastante restritas.
O presidente do Supremo Tribunal de Justiça é a quarta figura na hierarquia
do Estado.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Também conhecido como Suprema Corte, o Supremo Tribunal Federal é a


última instância do Poder Judiciário. Ou seja, está no topo da hierarquia entre
os tribunais. Desse modo, sendo um tribunal nacional, a sua jurisdição
abrange todo o território brasileiro. Outra funcionalidade do STF, inserida no
art. 102-I, é o dever de julgar e processar crimes comuns cometidos por
alguns representantes políticos e administrativos. Sendo eles: Presidente da
República, vice presidente, membros do congresso nacional, ministros do
próprio STF e o PGR. Especificamente sobre o Presidente da República,
ressaltamos que aqui não entram crimes penais, de responsabilidade e
crimes efetuados fora do mandato.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma instituição pública que visa


aperfeiçoar o trabalho do sistema judiciário brasileiro, principalmente no que diz
respeito ao controle e à transparência administrativa e processual.O Conselho
Nacional de Justiça foi criado pela Emenda Constitucional nº 45/2004, sendo a
sua previsão legal expressa na Constituição Federal de 1988.Segundo o
artigo 103-B, caput, da Constituição Federal, o Conselho Nacional de Justiça
é composto por 15 membros com mandato de 2 anos.

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