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1- COMPETÊNCIAS: JUSTIÇA FEDERAL, ESTADUAL, MILITAR, TRABALHISTA E

ELEITORAL.
Justiça Federal comum
A Justiça Federal da União (comum) é composta por juízes federais que atuam na primeira instância e nos
tribunais regionais federais (segunda instância), além dos juizados especiais federais. Sua competência está
fixada nos artigos 108 e 109 da Constituição.
Por exemplo, cabe a ela julgar crimes políticos e infrações penais praticadas contra bens, serviços ou
interesse da União (incluindo entidades autárquicas e empresas públicas), processos que envolvam Estado
estrangeiro ou organismo internacional contra município ou pessoa domiciliada ou residente no Brasil,
causas baseadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional e
ações que envolvam direito de povos indígenas. A competência para processar e julgar da Justiça federal
comum também pode ser suscitada em caso de grave violação de direitos humanos.
Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho, um dos três ramos da Justiça Federal da União especializada, é regulada pelo artigo
114 da Constituição Federal. A ela compete julgar conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e
patrões, incluindo aqueles que envolvam entes de direito público externo e a administração pública direta e
indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Ela é composta por juízes trabalhistas
que atuam na primeira instância e nos tribunais regionais do Trabalho (TRT), e por ministros que atuam no
Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral, que também integra a Justiça Federal especializada, regulamenta os procedimentos
eleitorais, garantindo o direito constitucional ao voto direto e sigiloso. A ela compete organizar, monitorar
e apurar as eleições, bem como diplomar os candidatos eleitos. A Justiça Eleitoral tem o poder de decretar
a perda de mandato eletivo federal e estadual e julgar irregularidades praticadas nas eleições. Ela é
composta por juízes eleitorais que atuam na primeira instância e nos tribunais regionais eleitorais (TRE), e
por ministros que atuam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Está regulada nos artigos 118 a 121 da
Constituição.
Justiça Militar
A Justiça Militar é outro ramo da Justiça Federal da União especializada. Ela é composta por juízes
militares que atuam em primeira e segunda instância e por ministros que julgam no Superior Tribunal
Militar (STM). A ela cabe processar e julgar os crimes militares definidos em lei (artigo 122 a124 da
Constituição).
JUSTIÇA ESTADUAL
A Justiça Estadual (comum) é composta pelos juízes de Direito (que atuam na primeira instância) e pelos
chamados desembargadores, que atuam nos tribunais de Justiça (segunda instância), além dos juizados
especiais cíveis e criminais. A ela cabe processar e julgar qualquer causa que não esteja sujeita à
competência de outro órgão jurisdicional (Justiça Federal comum, do Trabalho, Eleitoral e Militar), o que
representa o maior volume de litígios no Brasil. Sua regulamentação está expressa nos artigos 125 a 126 da
Constituição.
TRIBUNAIS SUPERIORES
Órgão máximo do Judiciário brasileiro, o Supremo Tribunal Federal é composto por 11 ministros indicados
pelo presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado Federal. Entre as diversas
competências do STF pode-se citar a de julgar as chamadas ações diretas de inconstitucionalidade,
instrumento jurídico próprio para contestar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual; apreciar pedidos de extradição requerida por Estado estrangeiro; e julgar pedido de habeas corpus
de qualquer cidadão brasileiro.
O STJ, que uniformiza o direito nacional infraconstitucional, é composto por 33 ministros nomeados pelo
presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pela própria Corte. Os ministros do STJ também
têm de ser aprovados pelo Senado antes da nomeação pelo presidente do Brasil. O Conselho da Justiça
Federal (CJF) funciona junto ao STJ e tem como função realizar a supervisão administrativa e orçamentária
da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.
2- CAPACIDADE DE SER PARTE
É o mesmo que capacidade de postular. É de todo aquele que é sujeito de direito. A capacidade de ser parte
é a aptidão para figurar como parte em um dos polos da relação processual. Pode ser parte todo aquele que
tiver capacidade de direito (artigos 1º e 2º do Código Civil). Assim, tem capacidade de ser parte tanto as
pessoas físicas quanto as jurídicas. Dinamarco ainda acrescenta que "todas as pessoas naturais ou jurídicas
são capazes de ser parte, porque todas elas têm tal capacidade geral".
Além das pessoas físicas e jurídicas, por previsão legal, também podem ser parte: a) a massa falida; b) o
espólio; c) o condomínio imobiliário; d) as sociedades regulares; e) a herança jacente, e; f) herança vacante.
3- CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de
solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordemjurídica e a autoridade da lei. No sentido
coloquial, jurisdição é a área territorial (município, estado, região ou país) sobre o qual este poder é
exercido por determinada autoridade ou Juízo.
Algumas das principais características da jurisdição são: imparcialidade, monopólio do Estado, lide,
substitutividade, definitividade e unidade.
Substitutividade
O magistrado (de forma imparcial), substituirá as vontades das partes, aplicando o bom direito, ou seja, a
vontade Estatal que foi positivado (transformado em normas), através da lei que emana do povo.
Imparcialidade
O poder jurisdicional e decorrente da lei e não de critérios subjetivos, assim sendo, para a perfeita
aplicação do direito é necessário que os membros pertencentes do Poder Judiciário atuem com
imparcialidade, desprovidos de qualquer interesse particular sobre a lide.
Lide
Trata-se do conflito de interesse. Uma das partes tem uma pretensão, ou seja, um desejo, que é resistido por
outra parte, nascendo um conflito de interesse.
Monopólio
Somente, um órgão no Brasil possui o poder jurisdicional, o Poder Judiciário. Essa regra não é absoluta,
existem varias exceções como a arbitragem (Lei 9.307/96).
Inércia
A jurisdição deve ser provocada pelas partes para que ela se manifeste, ou seja, não se move por si só, de
ofício. Entretanto temos exceções, por exemplo, o inventário (art. 989 do CPC)
Unidade
Apesar do amplo território brasileiro, a jurisdição é una. Isso quer disser que o mesmo direito é aplicado de
forma uniforme em todo o Brasil. As divisões especificas por matéria ou território (Justiça Federal, Justiça
do Trabalho), são separações administrativas, feitas de cunho organizacional.
Definitividade
As decisões que surgem em decorrência do poder jurisdicional, tem uma capacidade tornarem imutáveis, o
que é chamado de coisa julgada. Tal fato, ocorre somente após o transcurso de toda fase recursal
respeitando o princípio do duplo grau de jurisdição.
4- CAPACIDADE POSTULATÓRIA
É a aptidão para a prática de atos dentro do processo, que é conferida aos advogados e membros do
Ministério Público e Defensoria. Segundo Nelson Nery Jr. e Rosa Nery que “a capacidade processual não
se confunde com a capacidade postulatória, que é a aptidão que se tem para procurar em juízo”.[13]
A aptidão de postular em juízo é concedida ao advogado legalmente habilitado. Nem mesmo os estagiários
de direito têm essa prerrogativa legal. Além disso, somente poderá representar a parte (e aí ter capacidade
postulatória) se lhe for concedida procuração (CPC, art. 104), salvo exceções previstas no dispositivo
processual ora debatido. Portanto, ao bacharel em direito regularmente inscrito na OAB. Igualmente ao
membro do Ministério Público há a capacidade postulatória
5- PRINCÍPIOS/CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
Princípio do Juiz Natural
Em um Estado Democrático de Direito é vedado a utilização dos tribunais de exceções, ou seja, uma corte
criada para o julgamento de um determinado caso específico.
Nesse sentido, surge o Princípio do juiz natural que veda a criação de tribunal de exceção, bem como,
determina que o juiz deve ser competente para julgar, ou seja, ele deve ter a atribuição legal para julgar
aquela matéria e pessoa naquele local.
Princípio da investidura
Para a jurisdição ser exercida é necessário que alguém seja investido na função. A investidura ocorre
através de concurso público de provas e títulos, em observância a CF/88. Contudo essa regra não é absoluta
tendo algumas exceções, por exemplo, a escolha dos Ministros do STF ou ingresso nos tribunais pelo
quinto constitucional[1], feitos que independem de concurso público.
Princípio da indelegabilidade
A atividade jurisdicional é indelegável, somente podendo ser exercida, pelo órgão que CF/88 estabeleceu
como competente. Assim sendo após o processo ser recebido por um Juiz, ele não poderá delegar o
julgamento a terceiro ou outro juiz.
Princípio da inevitabilidade
A lide, uma vez levada ao judiciário, não poderá às partes impedir a decisão do juiz. Existindo uma decisão
as partes devem cumpri-la, independente da satisfação das partes sobre ela.
Princípio da inafastabilidade
Princípio de origem constitucional, previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88, que determina que toda lesão ou
ameaça de direito não poderá ser afastada do conhecimento do Poder Judiciário. Entretanto existe uma
exceção a qual se refere às questões da justiça desportivas, onde há a necessidade do esgotamento das vias
administrativas desportivas para a lide seja levada ao Judiciário.
Princípio da inércia
As partes devem provocar a jurisdição, pois ela não age de oficio. Exceção: inventário, previsto no artigo
989 do CPC. Esse princípio é considerado também uma característica da jurisdição.
Princípio da aderência ao território
A jurisdição aderirá uma base territorial e será aplicada nessa base. Atenção, existem tribunais que sua
aderência será em todo o território nacional como o STF.
6- PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS

7- LITISCONSÓRCIO (ESPECIAL ATENÇÃO)


8- GARANTIAS DO MAGISTRADO.
9- PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
10- INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: AMICUS CURIAE, CHAMAMENTO AO PROCESSO E
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
11- ATOS DAS PARTES: ATOS POSTULATÓRIOS E INSTRUTÓRIOS

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