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Bibliografia complementar
10- SANTOS, Ernane Fidélis. Manual de Direito Processual Civil. Vol I. Ed. Saraiva.
São Paulo
12- GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. 1º volume. Ed.
Saraiva. São Paulo
Jurisdição.
O Surgimento da Jurisdição
Já no séc. II a.C., no Império Romano (quanto então vigorava a Lei das XII
Tábuas), o Estado passou a participar da tarefa de julgar os litígios. Assim as partes em litígio
prestavam juramento, perante o pretor, de que iriam aceitar a decisão proferida pelo árbitro
particular (judex) escolhido por elas.
Os sujeitos da Jurisdição
A jurisdição tem estrutura tríade, ou seja, são
três os sujeitos essenciais para que a lide se
estabeleça: autor, réu e juiz.
A parte Autora é aquela que propõe a ação, ou seja, aquela que levará o
litígio a conhecimento do Estado, requerendo que este se pronuncie. A parte Ré é aquela
contra a qual o Autor aduz uma pretensão. Enfim, o terceiro sujeito do processo é o Estado,
personificado na figura do Juiz, órgão que irá aplicar o direito ao caso concreto que lhe foi
apresentado, após ouvir os argumentos de ambas as partes. Este terceiro deve ser,
necessariamente, desinteressado do conflito (vide art. 125, II, 134 e 135 do CPC).
Conceito de Jurisdição
- “função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da Lei por meio
da substituição, pela atividade de órgãos públicos, seja no afirmar a existência da
vontade da lei, seja no torna-la, praticamente, efetiva.”(Chiovenda).
- “é a função jurisdicional uma atividade com que o Estado, intervindo a instância dos
particulares, procura a realização dos interesses protegidos pelo direito, que restaram
insatisfeitos pela falta de atuação da norma jurídica que os ampara.”(Ugo Rocco).
- “é a função do Estado de atuar a vontade concreta do direito objetivo, seja afirmando-
o, seja realizando-o praticamente, seja assegurando a efetividade de sua afirmação ou
de sua realização prática.”(Alexandre Freitas Câmara).
Características da Jurisdição
- Inércia: a jurisdição é inerte. Isto quer dizer que ela somente age quando provocada
pela parte interessada. O meio de provocar a jurisdição é a ação, ou seja, somente
após a propositura da ação o Estado toma conhecimento do litígio, devendo se
pronunciar a respeito. Vide art. 2º, 128 e 461 do CPC.
- Imparcialidade: o juiz que for julgar o litígio não pode estar previamente disposto a
decidir a favor desta ou daquela parte. Art. 125, I CPC. Para garantir a
imparcialidade do Estado-juiz, o CPC, em seu art. 134 e 135, prevê as causas de
impedimento e suspeição. A CF, art. 95, prevê garantias para os juízes. Tais
prerrogativas são garantias para a imparcialidade (vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídio)
- Definitividade: a CF/88, em seu art. 5º, XXXVI, afirma que a lei não prejudicará a
coisa julgada. Isto quer dizer que os atos jurisdicionais, esgotados os prazos para
recurso, tornam-se imutáveis e definitivos.
Espécies de Jurisdição
Ação
Conceito
a) Teoria Imanentista
Para os defensores dessa teoria, como Clóvis Bevilácqua, ação está aderida
ao direito material. Assim, somente teria direito de ação aquele que realmente fosse o
titular do direito material. Ex. uma ação de cobrança somente poderia ser proposta se não
pairassem dúvidas sobre o crédito do autor.
Tal teoria, hoje superada, exerceu grande influência até meados do século
XIX. Nesta época, o Direito Processual não era considerado autônomo, mas apêndice do
Direito Civil.
b) Teoria Concreta da Ação
Entre nós entretanto, predomina a teoria eclética, criada pelo jurista italiano
Enrico Tulio Liebmam (que viveu no Brasil durante anos). Esta também é uma teoria
abstrata, uma vez que entende que o demandante tem o direito de ação, mesmo que ao final
haja decisão desfavorável a ele. Difere da abstrata, entretanto, por considerar que para que
haja ação deverão estar presentes certos requisitos, ou seja, se o autor preencher certas
condições, na falta das quais o processo deverá ser extinto, sem que o juiz aprecie o mérito
da causa.
Tal teoria está consagrada em nosso Código de Processo Civil (art. 267,
VI) que determina que a extinção do processo sem julgamento do mérito se não estiverem
presentes as condições da ação.
As Condições da Ação
Não confundir com inexistência do direito do autor. Ex. João ingressa com
ação de cobrança contra Pedro, mas ao final fica comprovado que esta nada lhe devia. Neste
caso o pedido era juridicamente possível, ou seja, é possível se discutir em juízo se
determinada pessoa é ou não credora da outra.
b) Interesse de Agir
A ilegitimidade pode ser ativa (se o autor não for parte legítima) ou passiva
(se for o réu parte ilegítima).
Elementos da Ação
Causa de pedir: é o motivo pelo qual se requer o provimento jurisdicional. Ex. em ação de
acidente de trânsito, a causa de pedir é, por exemplo, que o réu bateu no carro do autor,
causando-lhe danos, tendo portanto o dever de indenizar. Se divide em:
➢ cauda de pedir remota: é o fato jurídico (acidente por culta do réu) e as consequencias
do fato. Ex. fato – acidente de transito por culpa do réu causando ao autor ferimentos
que o afastaram do trabalho por mais de 30 dias.
➢ causa de pedir próxima: são as conseqüências jurídicas do fato. Ex: quem causa
dano tem obrigação de indenizar. Normalmente a causa de pedir próxima terá
embasamento em lei ou contrato, ou seja, na norma.
Cumulação de Ações
Processo
Introdução
Recapitulando...
Processo e Procedimento
Etimologicamente processo significa “marcha avante”, “caminhada” (do
latim procedere). Por isso, durante muito tempo, como veremos adiante, ele foi confundido
com uma simples sucessão de atos processuais (procedimento). Entretanto processo e
procedimentos são coisas distintas.
Conceitos de Processo
1
PINHO, Humberto Dalla Bernadina. Teoria Geral do Processo Civil Contemporâneo
– Lúmen Júris – 2008.
Na ciência do Direito há diversos institutos (espécies) que são agrupados
em categorias jurídicas mais amplas (gêneros). Quando buscamos a natureza jurídica de um
instituto, tentamos fixar em que categoria jurídica o mesmo integra.
É uma teoria que tenha explicar a natureza jurídica do processo e que tem
grande aceitação na doutrina. Segunda esta teoria, o processo é uma categoria jurídica
autônoma, não podendo ser incluído em nenhuma das categorias jurídicas já conhecidas.
Seus defensores afirmam que o processo não é espécie de nenhum gênero, mas é ele mesmo
um gênero que por sua vez comporta várias espécies (processo de conhecimento, processo
de execução e processo cautelar).
Teoria da Relação Processual
Desenvolvida pelo alemão Oskar von Bülow, é a teoria mais aceita pela
doutrina até os dias atuais. O processo somente passou a ser encarado como uma relação
processual, pertencente a uma categoria de direito público quando adquiriu autonomia
científica, em meados do séc. XIX.
Podemos dizer que o Direito Processual passou por uma longa fase de
evolução científica. Hoje, os processualistas têm outra preocupação, qual seja, fazer com
que o Direito Processual (e o processo) evoluam de forma a garantir a todos o ACESSO À
JUSTIÇA e a EFETIVIDADE DO PROCESSO.
As Reformas Processuais
É uma preciosa garantia das partes. Por este princípio, todos os atos
praticados são públicos, assim como os autos de qualquer processo podem ser examinados
por qualquer pessoa, salvo nos casos dos processos que correm em segredo de justiça.
7- Princípio da Lealdade
8- Princípio do Contraditório
É um dos mais importantes princípios, uma vez que não há processo justo
que não se realize em contraditório e boa parte da doutrina afirma até que não existe processo
sem contraditório. Está consagrado no art. 5º LV da CRFB/88. Pode ser definido que tal
princípio é a garantia de ciência bilateral dos atos praticados no processo, de forma que esta
possa se manifestar sobre os mesmos. Assim, está garantido que ninguém será condenado
sem que lhe seja dada a oportunidade de contradizer o que lhe é imputado, ou seja, sem que
tenha a oportunidade de defender-se.
3
Kazuo Watanabe
12- Princípio da Instrumentalidade das Formas
Uma vez instaurada a relação processual, ou seja, após citado o réu, deve o
juiz mover o procedimento até exaurir a função jurisdicional. Art. 262 CPC.
O juiz está livre para apreciar as provas contidas nos autos, formando
livremente sua convicção. Situa-se ente o sistema da prova legal e do julgamento “secundum
conscientiam”, ou seja, o juiz só decide com base nos elementos existentes no processo, mas
os avalia segundo critérios críticos e racionais, desde que fundamente sua decisão (art. 131
e 436 do CPC).
Pelo princípio da verdade formal, o juiz deve julgar com base apenas nas
provas apresentadas pelas partes, até porque, sua conclusão deverá basear-se apenas nos fatos
e circunstâncias constantes nos autos. A máxima “o que não está nos autos não está no
mundo” traduz este princípio, que sempre vigorou no processo civil.
No processo penal, prevalece o princípio da verdade real, ou seja, o juiz
não deve ater-se aos elementos produzidos nos autos, devendo ele mesmo, determinar a
produção de provas se estas forem necessárias ao seu convencimento.
O art. 5º, XXXV da CRFB determina que não ser excluirá da apreciação
do Judiciário lesão ou ameaça a direito. Isto equivale a dizer que, estando presentes as já
estudadas condições da ação, o Poder Judiciário não poderá se eximir de prestar a tutela
jurisdicional no caso concreto.
Cada faculdade processual deve ser executada dentro da fase adequada, sob
pena de se perder a oportunidade de praticar o ato respectivo, ou seja, sob pena de preclusão.
Dá-se a preclusão quando, a parte perde o direito de praticar determinado ato processual por
já se ter ultrapassado o momento oportuno para tal.
Está a disposição das partes produzir as provas dos fatos por ela alegados,
não devendo o juiz, até porque, tem de ser imparcial, transformar-se em um “investigador”.
Assim, tem-se que a produção de provas “ex officio” é uma exceção.
Obs: procure na doutrina e na jurisprudência, alusão a algum outro princípio não incluído
neste estudo.
Pressupostos Processuais
Nas unidades anteriores, vimos que para que uma pessoa tenha direito do
ação, é preciso que estejam presentes as chamadas condições da ação, sem as quais, o
processo não poderia ser instaurado e se o for, deverá ser extinto sem julgamento do mérito
(267, VI do CPC), porque o Estado não está obrigado a prestar a tutela jurisdicional quando
ausentes tais condições. São as seguintes as condições da ação: possibilidade jurídica do
pedido, interesse de agir e legitimidade para a causa.
Sujeitos do Processo
Sujeito imparcial
Estado-juiz
Sujeitos parciais Autor
Réu
É importante não confundir Estado-juiz com juiz apenas, já que este último,
pessoa natural, é mero agente do Estado. O sujeito da relação processual é o Estado-juiz ou
simplesmente Estado.
2.1.1 Impedimento
2.1.2 Suspeição
Deve ser argüida no prazo previsto no art. 305. Após tal prazo, o reputar-
se-á aceito o juiz por ambas as partes. Segundo o art. 135 do CPC, considera-se suspeito o
juiz quando:
Auxiliares da Justiça
- Os auxiliares eventuais são aqueles que são convocados excepcionalmente pelo juiz,
com o fim de ajudá-lo em um processo determinado, como se dá com o perito e o
interprete;
2.2 As partes
No processo de conhecimento
Autor Réu
Demandante Demandado
Nas exceções Excipiente Exceto
Na reconvenção Reconvinte Reconvindo
Nos recursos em geral Recorrente Recorrido
Na apelação Apelante Apelado
No agravo Agravante Agravado
Nos embargos de Embargante Embargado
Declaração
Nas intervenções de Interveniente
Terceiro Denunciado
Chamado
Assistente
No processo de execução
Exeqüente Executado
Credor Devedor
Nos embargos de Embargante Embargado
Execução ou de Terceiro
No processo cautelar
Requerente Requerido
4
Humberto Theodoro Júnior in Curso de Direito Processual Civil, 39ª ed. Editora Forense, Rio de Janeiro:
2003.
5
Carnelutti, apud Humberto Theodoro Júnior.
2.2.2 Substituição Processual (ou Legitimação Extraordinária)
Exemplos:
- Art. 42, caput do CPC- quando a parte, no decorrer do processo, aliena
a coisa litigiosa ou cede o direito pleiteado em juízo. Neste caso,
embora o alienante deixe de ser o sujeito material da lide, continua a
figurar na relação processual como parte, agindo em nome próprio na
defesa de direito material de terceiro;
Qualquer pessoa que seja sujeito de direitos e/ou deveres tem capacidade
de ser parte. Uma criança de colo, que nem saiba falar ou expressar seus sentimentos já é
titular de direitos e, portanto, tem capacidade de ser parte. Assim, se o seu pai não lhe tiver
oferecendo meios de alimentar-se tem direito a exigir deste, através de ação de alimentos, a
satisfação do direito.
Quem tem capacidade de estar em juízo, tem capacidade de ser parte, mas
a recíproca não é verdadeira.
A responsabilidade processual civil das partes pode ser dividida em duas partes:
- Ao decidir cada incidente deverá o juiz condenar quem lhe tiver dado causa ao
pagamento das despesas a ele referentes;
- Art. 20, parágrafo 4º, do CPC – serão devidos honorários advocatícios no processo
de execução, tenha ou não o executado oposto embargos, pouco importando tratar-se
de execução fundada em título judicial ou extrajudicial;
O Advogado:
- Somente poderá atuar em juízo o advogado que tenha sido constituído procurador da
parte, por meio de um mandato judicial;
O Ministério Público
Noções Gerais
M.P. evolui de mero acusador para defensor de interesses sociais. Atualmente não representa
o Estado. Atua em defesa da sociedade. Art. 127 CRFB/88.
Princípios Institucionais.
a) Indepedência Funcional
Cada membro do M.P. tem plena liberdade de atuação
b) Unidade
Todos fazem parte de uma sío corporação
c) Indivisibilidade
Seus membros podem ser substituidos indiferentemente um por outro.
Formas da Atuação
• Como Parte – art. 81 CPC
• Como fiscal da lei – art. 81 CPC e art. 1.105
• Se houver intimação
Não há nulidade ainda que não tenha se manifestado.
Poderes e Ônus do M.P.
• Intimação é sempre pessoal e vista dos autos fora da secretária – Art. 83,I CPC
• Prazo em quadrúplo para contestar e em dobro para recorrer – Art. 188 CPC
• Não está sujeito a adiantamento de custas nem é condenado nelas.
Incompetência
Não se aplica ao M.P. O M. P. não exerce a jurisdição, logo não há que se falar em
competência, mas sim em atribuição.
Introdução
Alguns conceitos
- “é o conjunto de limites dentro dos quais cada órgão do Judiciário pode exercer
legitimamente a função jurisdicional” (Alexandre Freitas Câmara)
A) Constituição Federal
- art. 102 – prevê a competência do STF;
- art. 105- prevê a competência do STJ;
- art. 109 e 110- prevê a competência da Justiça Federal;
- art. 124- prevê a competência da Justiça Militar;
- art. 121- prevê a competência da Justiça Eleitoral;
- art. 114- prevê a competência da Justiça do Trabalho;
B) No Código de Processo Civil (art. 86 a 124) e Código de Processo Penal-
contêm a maior parte das normas de competência, principalmente aquelas
referentes à competência territorial e competência de foro.
C) Leis Federais ordinárias: Ex. Lei de Falências, Lei das Desapropriações, Lei
das Duplicatas etc.
S.T.F.
CNJ
(Art.92 C.F)
S.T.J.
T.S.T. T.S.E. S.T.M.
(111, I, (118, I, (112, I,
CF) CF) CF)
T.R.F T. J
T.R.T. T.R.E.
Juízes Juízes
Just. Justiça Federais Estaduais
Trab. Eleitoral Auditoria Militar
Junta
Eleitoral
Os Juizados Especiais Estaduais fazem parte da Estrutura da Justiça Estadual e os
Juizados Especiais Federais, da Justiça Federal
Turma de
Uniformização
Note-se, que não haverá litispendência neste caso, podendo ser executada
a sentença estrangeira se esta for proferida primeira que aquela relativa a processo com
trâmite no território nacional, desde que a decisão estrangeira seja homologada pelo Supremo
Tribunal Federal, na forma do que preceitua o art. 483 do CPC.
- Já o art. 89, fala dos casos em que a Jurisdição deverá obrigatoriamente ser exercida
pelo Poder judiciário brasileiro. São eles:
- 3º- A demanda deve ser proposta na justiça comum federal ou na justiça comum
estadual?
Definido que a ação pode ser proposta no Brasil, em órgão inferior da Justiça
comum estadual, é de se indagar a questão da chamada de competência de foro ou seja: qual
a comarca ou seção judiciária competente?
Competência (continuação)
e) Recapitulando
a) Conexão
Regulada no art. 103 do CPC, ocorrerá conexão quando entre duas ou mais
ações lhes for comum o objeto ou a causa de pedir.
Ex. Jacinto propõe ação de consignação em pagamento das parcelas de
condomínio que entende devidas. Em outra vara ou em outra comarca, o condomínio propõe
ação de cobrança em face de Jacinto. As ações são conexas, pois tem o mesmo objeto (as
parcelas de condomínio de Jacinto).
Neste caso, estas poderão ser reunidas para serem julgadas por um só juiz,
o juiz prevento, evitando desta forma, decisões contraditórias. A determinação do juiz
prevento segue os critérios contidos nos arts. 106 e 219 do Diploma Processual (CPC).
Assim:
Ex. Carlos ingressa com ação pretendendo seja declarado nulo o contrato
de compra e venda que celebrou com a empresa Unseteum Automóveis. A empresa, por sua
vez, propõe ação de cobrança das parcelas que Carlos não pagou, tendo como base aquele
mesmo contrato de compra e venda. Há entre as duas demandas continência, sendo o pedido
da primeira mais amplo do que o da segunda.
Da mesma forma, as ações deverão ser reunidas para serem julgadas pelo
juiz prevento, valendo neste caso as mesmas regras que na conexão, ou seja: mesma
competência territorial, prevento o juiz que primeiro despachar (art. 106); competência
territorial diversa, prevento o juízo que efetuar a primeira citação válida (art. 219).
d) Inércia
Alegação de Incompetência
Conflito de competência
c) O que ocorrerá se dois juízos diferente se declarem competentes para julgar uma
mesma causa?
d) E se ao contrário, dois juízos declararem-se incompetentes?
e) E se alegada a conexão ou a continência, os dois juízos se considerarem preventos,
ou seja competentes para julgar as ações conexas?
f) E se em caso de conexão ou continência, os dois juízos se considerarem
incompetentes?
Obs: mais uma vez, há divergência na doutrina acerca da natureza jurídica do conflito de
competência. Alguns autores defendem que se trata de verdadeira ação declaratória e outros
entendem ser mero incidente processual. Nos filiamos a última corrente e preferimos
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Existem três modalidades de resposta do réu: contestação, reconvenção e exceção.
considerar o conflito de competência um incidente processual, capaz de alterar o andamento
do processo.
Podem suscitar o conflito qualquer das partes, o juízo (razão pela qual
refutamos o entendimento de que o conflito é uma ação) ou o Ministério Público, devendo
este último ser obrigatoriamente ouvido pelo tribunal de não tiver suscitado o incidente (art.
116, parágrafo único do CPC).
O art. 117 do nosso Código Processual determina que a parte que ofereceu
exceção não poderá suscitar conflito de competência. Alguns autores preferem interpretar
este dispositivo de forma amena, entendendo que o referido artigo apenas proíbe a utilização
simultânea dos dois meios.