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PROF. ALUISIUS OENNING.

SOCIEDADE E TUTELA JURÍDICA: SOCIEDADE E DIREITO. CONFLITO DE


INTERESSES.

Sociedade e Direito: NÃO HÁ SOCIEDADE SEM DIREITO uma vez que o


DIREITO EXERCE NA SOCIEDADE A FUNÇÃO ORDENADORA de
modo que fique organizado a cooperação entre os povos para a
composição de conflitos com vistas ao bem-estar coletivo.

Então qual a RELAÇÃO ENTRE SOCIEDADE E DIREITO?

Justamente está na função ordenadora e reguladora do direito.

A fim de ensejar na máxima realização dos valores humanos com o mínimo de


sacrifício possível.

Sociologicamente: O direito é um dos instrumentos mais eficazes entre os


povos civilizados ligo controle social que é o conjunto de instrumentos de
que a sociedade dispõe a imposição de modelos culturais para aí a
superação dos litígios e conflitos inerentes à sociedade.

• AUTOTUTELA E JURISDIÇÃO
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Sabemos que como uma sociedade passível da existência de conflitos, e nas


fases primitivas de civilização INEXISTIA O ESTADO para controlar de
forma eficaz os anseios coletivos.

Não havia órgão estatal de regulação, nem sequer leis que controlassem
as condutas humanas

Atualmente compreendemos que diante de um conflito, chama-se a atuação do


estado para dirimir o litígio o que não ocorria nas sociedades primitivas.

Tal atuação do Estado é chamada de Jurisdição.

Nas sociedades primárias o indivíduo que necessitava dirimir um conflito


haveria de por sua própria força e na medida dela tratar de conseguir por
si mesmo a satisfação dessa pretensão (através de um regime de
vingança privada) pois não havia estado nem leis.

Tal regime de vingança privada e satisfação do litígio através de força própria


chama-se autotutela.

Não garante a justiça, mas sim a Vitória do mais forte sobre o mais fraco.

São 2 as características da autotutela

1.a ausência de juiz


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2. imposição da decisão por uma das partes à outra.

Hoje a autotutela, é definida como crime prevista no conjunto penal no artigo


345.

Apesar da repulsa a autotutela, no ordenamento jurídico atual, a própria


legislação abre exceções para que se pratique a autotutela somente em
casos excepcionais

Como é o caso do direito de retenção no código civil o de o direito de cortar


raízes e galhos das árvores limítrofes na Extrema dos terrenos a
possibilidade de prisão em flagrante por todos

2. A FUNÇÃO PACIFICADORA DO ESTADO:

NO ESTADO MODERNO ele exerce o poder para a SOLUÇÃO DE CONFLITOS


o poder estatal HOJE abrange a capacidade de dirimir conflitos que
envolvam pessoas decidindo sobre as proteções apresentadas e
IMPONDO AS DECISÕES com base no ordenamento jurídico tal tema
será melhor no assunto de jurisdição. (ATUAL).

O estado exerce a jurisdição VISANDO a finalidade Pacificadora da


sociedade.

O estado na busca pela pacificação da sociedade atinge 3 escopos o social o


político e o jurídico
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• O jurídico, pois, utiliza-se de todo o sistema processual para exercer a


sua jurisdição.
• O político, pois, exerce o controle de jurisdição sobre a vida política dos
seus membros.
• Social pois se relaciona com a jurisdição da sociedade, ou seja, com
controle desta.

Ou seja, o conceito de jurisdição função inserida nas funções estatais como


RESPONSABILIDADE DO ESTADO PARA PROMOVER a plena
realização dos valores humanos em destaque a sua função
PACIFICADORA E ELIMINAÇÃO DOS CONFLITOS através de seu
poder de tomada de decisões imperativas.

3. MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS /MULTIPORTAS:

• AUTOCOMPOSIÇÃO.

a autocomposição é o instrumento voltado à pacificação social e solução dos


conflitos através do ACORDO entre as partes.

A composição não constitui usurpação do monopólio estatal da jurisdição que


é o poder de decidir, pois é considerada pela lei, MEIO LEGÍTIMO DE
SOLUÇÃO DE CONFLITOS inclusive sendo estimulado pelo direito.
CONTUDO, somente é admitida quando não se tratar de direitos que sua
Perda a degrade há situações intoleráveis.
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Como por exemplo um acordo de pensão alimentícia de valor ínfimo muito baixo
(são valores relacionados a personalidade vida incolumidade física
Liberdade honra propriedade intelectual intimidade).

A autocomposição é feita através da: conciliação e a mediação, onde nos dois


casos, utiliza-se de um terceiro facilitador para ajudar os próprios
interessados a solucionar o seu conflito através de um acordo.

Na CONCILIAÇÃO tende-se a obtenção de um acordo, e é mais indicada para


conflitos que não se protraem no tempo, indenizações acidentes de
trânsito etc, SE BUSCA RESOLVER O CONFLITO EM SI SOMENTE.

Na MEDIAÇÃO Visa prioritariamente trabalhar o conflito consistindo na busca


de um acordo, e é mais indicado para conflitos que se protraem no tempo,
relações entre vizinhos relações entre famílias o relações dentro de
empresas, busca-se resolver o conflito e harmonizar as relações
pessoais para que futuramente exista um bem-estar entre as partes.

Geralmente na mediação se utiliza de um mediador, um terceiro imparcial para


alavancar o acordo e estimular as partes a realizarem um acordo além de
promover a amizade continua e trabalhar na harmonização das partes.

4. HETEROCOMPOSIÇÃO:
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é o procedimento mediante o qual as partes contam com a presença de um


Terceiro para decidir a lide. (JUIZ).

Esse Terceiro imparcial não auxilia e não representa os conflitantes. A


arbitragem e a jurisdição podem ser apontadas como os principais
procedimentos heterocompositivos.

• PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL.

Princípios = Fonte do Direito.

1. A imparcialidade do juiz:
É a primeira condição para que possam exercer dentro do processo a sua
função que é julgar. A imparcialidade é pressuposto para que a relação
processual seja válida.

O estado exerce a sua função jurisdicional através de um juiz imparcial,


que é garantia das partes, ter um juiz com essa qualidade na solução de
suas causas.
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Além disso o direito Internacional público coloca como garantia os direitos


primordiais do homem, entre eles onde ter direito a um juiz imparcial.

Consta também na declaração universal dos direitos do homem.

2. O princípio da igualdade / paridade de armas.

A igualdade perante a lei, constitui afirmação da igualdade perante o juiz as


partes e os procuradores e advogados devem merecer tratamento
igualitário e que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer as suas
razões.

Este princípio FAZ JUS À EQUIDADE o que significa tratamento igual aos
iguais, mas tratamento desigual aos desiguais, de forma a equilibrar a relação
processual. Esse é o mais puro conceito de igualdade real. Contudo esse
princípio é delicado pois não se deve criar desequilíbrios privilegiados a pretexto
de remover desigualdades.

Como Ex: tramitação prioritária aos idosos os deficientes pois eles têm menor
expectativa de sobrevida e necessito ainda mais da tutela jurisdicional do estado

3. Contraditório e ampla defesa

O juiz através da sua obrigação de imparcial se coloca entre as partes, mas


distantes delas, ouvindo uma parte, não pode deixar de ouvir a outra, pois
somente dessa forma se dará a possibilidade de ambas expor em suas razões
e apresentarem suas provas para influir no convencimento no juiz.
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O contraditório que é o direito da outra parte se manifestar a respeito de


uma alegação no processo, NÃO COMPORTA EXCEÇÕES, mesmo em
casos de urgência é obrigatória sempre que o juiz escute a outra parte

4. Princípio da ação:
O princípio da ação também chamado princípio da demanda, e indica a
atribuição há uma parte da iniciativa de provocar função jurisdicional. Isto
é, é dever da parte se quiser ter atendida a sua questão acionar o estado pois é
a justiça ela é inerte e a parte tem o dever de provoca-la.

Este princípio também afirma que o juiz não pode instaurar processo por
iniciativa própria também não pode tomar providências que superem os limites
do pedido da parte ou seja que vão além do que a parte pediu.

5. Princípio do devido processo legal

Também é chamado de princípio da legalidade, ele é resultante do artigo quinto


IV da CF, onde diz que ninguém será privado de sua Liberdade ou de seus
bens sem o devido processo legal.

Esse princípio diz respeito a tutela processual que é a forma como o estado vai
decidir um processo que é respeitando o regramento e as leis que limita o
poder do estado e dão garantias as partes.

Como por exemplo não afrontar o regime democrático. Este princípio também
está relacionado ao princípio da ampla defesa pois não devido processo legal as
partes têm oportunidade de se defenderem para isso que serve o processo legal.
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6. Princípio da publicidade dos atos processuais

Também é um princípio que vem garantido na Constituição federal no seu


Art.5 LX, onde diz que, todos os atos judiciais serão públicos.

A publicidade é, O Mecanismo de controle das decisões do juiz pois a


sociedade tem o direito de conhece-las para poder fiscalizar os juízes e os
tribunais.

- Exceção - Porém existem casos em que essa publicidade pode se tornar


nociva quando então poderá ser restrita restringida consta no artigo 189 do CPC:

a) Interesse público ou social


b) Que diz respeito ao casamento ou separação divórcio filiação alimentos
guarda
c) Os que constem dados protegidos pelo direito constitucional a intimidade
Nesses casos os processos vão correr em segredo de justiça e usados
processuais serão restrito às partes e aos seus advogados.

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