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A Sociedade, o Poder e o Direito

O termo direito é um termo muito usado no nosso quotidiano, o que nos leva a saber que uma
lei altera as tabelas dos impostos, uma sentença do tribunal condena um vizinho a certa coima
por estacionamento indevido.

Diante de todas essas situações o Direito anda associado a ideia de um conjunto de regras de
comportamento social ou de cada uma dessas regras. Neste caso chega-se a se afirmar que a
Lei é Direito, o Regulamento é Direito, os Estatutos são Direitos, assim sendo todos eles
constituem Direito que preside a nossa vida em sociedade.

As regras que acompanham e definem ate ao pormenor o nosso quotidiano chama-se Direito
objectivo.

Direito ligada a outras realidades que não são regras de conduta

Para esses aspectos, se dá o caso do Direito a livre expressão de pensamento que os jornais
invocam para criticar os políticos ou do direito a greve que uma classe profissional exerce para
protestar contra um vencimento considerado insuficiente.

Direito subjectivo

Definido como o poder de cada de qual agir ou exigir um comportamento de outrem. E ao


contrário do Direito objectivo, normalmente escrito a maiúscula, o direito subjectivo é a
minúscula.

Existe uma relação entre o Direito objectvo e o direito subjectivo, já que o Direito cria e
extingue o segundo. Neste caso o direito de voto, o direito de greve, o direito à educação, o
direito à saúde são defenidos e regulados por regras de Direito objectivo.

Direito objectivo ou apenas Direito

O Direito é um regulador da existência humana em uma sociedade. Diz se ainda que a


existência de outros, para alem de cada um de noos – ou seja alteridade – é uma característica
de toda a sociedade e do mesmo modo, uma característica do Direito.

O direito e a sociedade

Thomas Hobbes, John Locke ou Jean-Jacques Rousseau, obedeceram mais a preocupação


filosófica de explicar a origem e a natureza de poder em sociedade do que ao respeito rigoroso
da verdade histórica.

Em todos os casos pensáveis, permanece sempre a ideia do grupo social como realidade
inerente a natureza humana. É por ser assim que esta sociedade nascida da comunhão de fins
e da conjugação de esforços, se desdobram numa teia complexa de objectivos e estruturas ,
procurando com apoio numa inter-relação ordenada de grupos sociais, a evolução e
adaptação permanentes que asseguram o sentido da sua própria existência.
O direito surge, então, para responder as exigências sempre crescentes de uma sociedade que
justifica, precisamente, pela durabilidade do seu projecto.

Direito e o poder

A relação entre o bem e necessidade se chama interesse. A insuficiência de bens para realizar
todos os interesses sociais gera conflitos de interesses.

Os conflitos podem ser:

 Potenciais se deles se não aperceberam ainda os seus titulares;


 Latentes se estes já tem consciência da sua existência, mas não passaram ainda a uma
fase de choque assumido.

O poder do ser humano sobre a natureza, neste caso que é a faculdade de intervenção do ser
humano sobre o ser humano, de molde a determinar ou influenciar a conduta alheia. Esse
poder só importa para resolver conflitos de interesses na mediada em que beneficia ou lesa o
ser humano, ou afecta, de algum modo um equilíbrio ecológico que o ser humano aprendeu a
valorizar.

O direito e o poder Politico

O poder político é certamente a faculdade de intervenção do ser humano sobre o ser humano.
É um poder de natureza vinculativa marcado pela susceptibilidade, quer de uso da forca física,
quer de supressão, não resistível, de recursos vitais.

Poder politico, é numa formulação mais elaborada, um poder de injunção dotado de


coercibilidade material. Não de coacção material efectiva, como a injunção de factos.

O elemento definidor do poder Politico é a coercibilidade, não a coacção. Em caso de não


acatamento da ordem imposta, o poder político detém sempre a possibilidade de aplicar
punições.

As punições que se revelam são as que vão de uma privação crescente de recursos ate
culminarem no uso da forca física. É justamente isso que se fala em coercibilidade material que
pode ir da privação de bens, por exemplo: pela aplicação de uma multa, ate a privação da
liberdade e mesmo da vida nas sociedades que ainda mantem a pena morte.

O poder político nasce da percepção do conflito que toda a sociedade gera. O poder político
nasce para dirimir esse conflito; o poder político nasce justificado pela existência desse
conflito. Do conflito, para o conflito e, de algum, modo, pelo conflito.

As relações entre o Direito e o Poder Politico são, pela sua própria natureza, complexas.

Por um lado o poder politico é um poder poder juridicamente enquadrado. A sua titularidade é
juridicamente definida, o seu objecto é juridicamente delimitado, o seu exercício é
juridicamente regulado.

O poder politico é o criador de regras de Direito de regras jurídicas.

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