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TGP
TEORIA GERAL DO
PROCESSO
TGP BEM; CONFLITO DE ;PRETENSÃO; LIDE;
JURISDIÇÃO.
Sem a Sociedade não há de se falar em Direito. Todo o condicionamento jurídico depende da
existência humana, e esta está configurada e materializada dentro de um condicionamento
chamado de Sociedade.
A sociedade é modificada e transfigurada a cada novo instante pelo Direito, isso porque ambos
estão constantemente a se influenciar mutuamente.
Nessa sintonia é que aspectos do fenômeno social, tais como a política, a economia, a
cultura, a religião, entre outros, florescem como eventos decorrentes da sociedade como fato
social, inclusive estabelecendo normas de conduta.
Isso porque, tendo em vista que ao Direito granjeia a investigação da norma social qualificada,
Nesse diapasão Émile Durkheim, comunga na defesa de que o direito é um símbolo visível
da solidariedade social (...).
Com essa dimensão é que o próprio Gusmão, assevera que o Direito é o único controle
social que tem mais possibilidade de garantir a ordem, a paz e a segurança social,
viabilizando, assim, a sociedade em todas as etapas de sua evolução (...).
Fato Social
O Direito de cada sujeito traz uma parcela do direito coletivo e
sociais.
Nessa perspectiva se espreita á sociedade como setor transformado pelo Direito, isso
porque, p.ex., em todos os Estados soberanos, o Direito atua como um instrumento público
crítico de mudança social. Mas, os sociólogos, em sua maioria, acentuam a função estática do
Direito como controle social.
Já que sem o Direito, não existe a sociedade, sem sociedade, não existiria
o próprio Direito, partindo do entendimento de Miguel Reale que “fato, valor e norma estão
sempre presentes e correlacionados em qualquer expressão da vida jurídica”, o que
aponta no sentido de que os filósofos, juristas e sociólogos não devem estudar nem analisar
esses elementos deforma isolada, mas, sim, associados ao mundo da vida.
Por isso mesmo é que de acordo com Gusmão, o direito é construído tendo por base
elementosfornecidos pela realidade social.
Relação Social
As Relações Sociais é a condição sine qua non da própria existência social, estabelecidas
inicialmente por forças ônticas, geradoras de forças deônticas, consubstanciadas no desejo de
se viver em harmonia.
No entanto, não quer dizer ainda que haja uma Relação Jurídica, pois nem toda Relação Social
provoca uma Relação Jurídica, mas toda Relação Jurídica advém de uma Relação Social
anterior.
Instituições Sociais
Já por outro lado também é ligado às grandes entidades sociais que o povo enxerga quase
como um ente metafísico a pairar sobre a vida do indivíduo, como o Estado, o mercado ou o
sistema educacional, familiar, religioso, entre outros.
Conflito de Interesse
Quando o sujeito tenta satisfazer uma necessidade. Esta é uma relação de dependência do
sujeito para com algum objeto. As necessidades humanas geram interesses humanos sobre
algo.
Bens:
Interesse:
Pretensão:
Lide:
Remonta ao código de Hamurabi, que consagrou a Lei de Talião _ “olho por olho, dente por
dente” que impunha o revide na medida em que a injustiça era praticada. Contudo, a solução
de controvérsias, mediante a autotutela implica na preponderância do interesse dos mais fortes
w um regime de tutela particular vingativo e destrutivo, dificilmente alcançando a justiça. Nesse
sentido o líder Mahatma Gandhi, afirmando a injustiça e nocividade da justiça pelas próprias
mãos, proferiu a famosa frase: “olho por olho, e o mundo acabará cego”.
Assim o Estado, começou a retirar do indivíduo a possibilidade de buscar a resolução dos seus
conflitos por sua própria força, assumindo o poder-dever de solucioná-los com justiça, uma vez
que a ausência de resolução dos conflitos constituiria fonte de perturbação da paz social.
Neste sentido, um passo muito importante foi à garantia do due process of law, cuja origem
remonta à Magna Carta (1215), impedindo que qualquer pessoa fosse privada de seus bens
ou liberdade, sem que fosse observado o devido processo legal, ficando proibido, portanto a
autotutela.
Hoje temos esta garantia, prevista em nosso ordenamento jurídico no artigo 5°, inciso LIV, da
CRFB, temos a regra do artigo 345 do Código Penal, que caracteriza a autotutela como ilícito
penal,é uma conduta tipificada como crime:
✓ Renúncia;
✓ Negociação;
✓ Conciliação;
✓ Mediação.
Presta-se a resolver um conflito de interesses entre as partes, substituindo suas vontades, pela
vontade da lei, quando necessário.
✓ Impositividade;
✓ Exequibilidade;
✓ Recorribilidade;
✓ Custos inferiores;
✓ Consolidação de jurisprudência.
O magistrado, não precisa ser especialista para atuar na matéria controvertida e não pode ser
eleitopelas partes, em regra os litígios são públicos, podendo ser confidenciais somente nas
hipóteses previstas em lei, tendo a morosidade como desvantagem, que pode ao longo do
tempo, favorecer quem não tem o direito ao seu lado, prolongando a injustiça.
Assim, temos que o Código de Processo Civil atual, trouxe um enfoque para à mediação e
conciliação, onde temos a Lei de arbitragem alterada e sancionada a lei de mediação
13.140/2015.
TGP - DIREITO
PROCESSUAL
No entanto esta dicotomia entre direito publico e privado, utilizamos para sistematizar o estudo,
umavez que nos dias atuais, ambos os ramos tendem a se fundir em prol da função social,
perseguida pelo Direito.
Assim podemos definir o direito processual como ramo que trata do conjunto de regras e
princípios que cuidam do exercício da função jurisdicional.
Direito processual penal – regras processuais que veicula matérias sobre o direito penal militar
e o direito penal eleitoral;
Direito processual civil – regras processuais que veicula, o direito processual trabalhista,
eleitoral, administrativo e previdenciário, cada qual com regras próprias hábeis a viabilizar
melhor a realização do direito material.
Ciência Processual
Tem se que a posição mais adequada seria a de uma Teoria Geral do Processo, tendo em
vista quea ciência processual, penal, civil, trabalhista, obedece a uma estrutura básica, comum
a todos os ramos, a qual é fundada nos institutos jurídicos da ação, da jurisdição e do processo.
Destacamos a Lei Maria da Penha 11.340/06, objetiva reprimir a violência doméstica, adota a
O estudo da Teoria Geral do Processo é fruto da autonomia cientifica alcançada pelo direito
processual.
Entende-se por Tempo aquilo que dar para o homem, a noção de presente, passado e futuro,
ou seja, época.
Juridicamente Tempo quer dizer a época em que a norma jurídica válida ou produzindo seus
efeitos
No que pertence ao tema, Maria Helena Diniz, assevera que a Norma Jurídica é um objeto
estabelecido pelo homem em razão de um fim e dirigido à liberdade humana, com existência
real no
A Norma Jurídica nasce para uma finalidade refletida nela própria, vez que nasceu da
necessidade urgente de se estabelecer um objetivo social, aplicando-se num determinado
momento no tempo enquanto vigore ou num determinado espaço que a situação nele
prevista perdure, pois ela mesma irá dizer quando de sua publicação nos repositórios oficiais
jurídicos.
A Norma Jurídica não deve ser comparada como algo aleatório no Tempo e no Espaço, isso
porque ela é objeto concreto que se permeia em todo o seio social controlando tudo e a
todos os que delas necessitam e se submetem.
A Norma Jurídica é foi criada para resolver uma situação, ou num Tempo ou num Espaço de
tempo predefinidos.
Aplica-se o artigo 1.046 do CPC, à eficácia temporal das normas, segundo o qual a lei
processual tem aplicação imediata, alcançando os atos a serem realizados e vendando a
retroatividade. No
que tange ao inicio da vigência, de acordo com o art. 1° da Lei de Introdução ao Código Civil, à
lei processual começa a vigorar quarenta e cinco dias após a sua publicação, salvo disposição
em contrário, respeitando-se o direito adquirido, o ato jurídico perfeito, a coisa julgada, em
conformidade com o art. 5° da CRFB e art. 6º da LINDB.
Método de interpretação da norma jurídica, que podem ser estendidos à norma processual,
pode classifica-los:
✓ Literal ou gramatical – considera o significado literal das palavras que formam a norma;
✓ Sistemático – a norma é interpretada em conformidade com as demais regras do
ordenamento jurídico, que devem compor um sistema lógico e coerente que se
estabelece a partir da Constituição;
✓ Histórico – a norma é interpretada em consonância com os seus antecedentes
históricos, resgatando as causas que a determinaram;
✓ Teleológico – objetiva buscar o fim social da norma, a mens legis, diante de duas
interpretações possíveis, o intérprete deve optar pela que melhor atenda às
necessidades dasociedade;
Destaca-se que com o advento do Código Francês de Napoleão, em 1804 instituiu-se a regra
que o magistrado não poderia mais se eximir de aplicar o direito, sob fundamento de lacuna
na lei, esta norma foi seguida pela maioria dos códigos modernos, tendo sido positivada em
nosso ordenamento.
Ao lado das normas processuais, art. 22, I da CRFB e das procedimentais, art. 24, XI, da
CRFB, existem as normas de organização judiciária, que também podem ser editadas
concorrentemente pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal, CRFB, arts 92 e
seguintes, destaque para arts.96, I, “a”, e 125, §1°.
Palavra que vem do latim jurisdictio (que etimologicamente significa “dizer o direito”), a
jurisdiçãotem como fim último a pacificação social e consiste em um poder-dever do Estado,
pois, se por um lado corresponde a uma manifestação do poder soberano do Estado, impondo
suas decisões de forma imperativa, por outro corresponde a um dever que o Estado assume
de dirimir qualquer conflito que lhe venha a ser apresentado Assim, à medida que o Estado,
vedando a justiça privada, retira do indivíduo a possibilidade de buscar por suas próprias forças
a resolução dos conflitos, assume, em contrapartida, o poder-dever de solucioná-los com
justiça, uma vez que a perpetuação de pretensões insatisfeitas e controvérsias pendentes de
resolução constituiria fonte de intensa perturbação da paz social.
Ao elaborar sua Teoria Geral do Processo no início do século XX, Chio- venda definiu a
jurisdição como “a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei
por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade de particulares ou de
outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-la,
praticamente, efetiva.”28 Consoante outro grande processualista peninsular, Francesco
Carnelutti, entende a jurisdição comoa função estatal de justa composição da lide, entendida
esta última como o conflito de interesses qualificado pela pretensão de uma parte e resistência
de outra. Jaime Guasp, por sua vez, entendea jurisdição como uma função de satisfação das
pretensões das partes, desse modo, a lide não seria imprescindível, podendo uma demanda
individual e não resistida ocasionar o exercício da jurisdição.
O direito processual, por sua vez, cuidará de estabelecer as regras destina- das a reger como
se operará o exercício da jurisdição na solução dos conflitos sociais.
Para melhor entender os modos pelos quais os conflitos sociais surgem, e são resolvidos, é
de bom alvitre recorrer à lição de Carnelutti. Segundo esse consagrado autor, existem no
mundo pessoas e bens (capazes de satisfazer às necessidades do homem) e, obviamente, há
constante interesse do ser humano em se apropriar dos bens para satisfazer suas
necessidades.
Segundo o renomado jurista, “interesse” seria uma posição favorável à satisfação de uma
necessidade que se verifica em relação a um bem. No entanto, como os bens são limitados
(diferentemente do que ocorre em relação às ilimitadas necessidades humanas), irão surgir no
convívio social conflitos de interesses. Caso este conflito não se dilua no meio social,
determinado membro da sociedade irá desejar que o interesse do outro fosse subordinado ao
seu (esse fenômeno Carnelutti chamou de pretensão). Havendo resistência à “pretensão” do
titular de um dos interesses por parte de outrem, surgirá a de- nominada “lide” (conflito de
interesses). Para Carnelutti, repita-se, jurisdição é a atividade estatal em que se busca a justa
composição da lide.
CARACTERÍSTICAS CONTEÚDO
Para o exercício da jurisdição o Estado dispensa a
Inevitabilidade
anuência do demandado.
Os resultados do processo serão impostos às
Imperatividade partes, independentemente de aceitação.
I. Poder de decisão — poder de resolver as questões que lhe sejam submetidas (art.
203 do CPC).
II. Poder de coerção — poder de impor aos sujeitos do processo ou terceiros o respeito
à obediência às suas ordens e decisões. Esse poder faculta inclusive emprego da força
física ou policial, e de sanções e restrições à liberdade individual, pessoal e patrimonial
(art. 139, inciso IV do CPC).
III. Poder de documentação — poder de registrar de modo permanente e inalterável o
conteúdo de determinados fatos e atos (arts. 209 e 367 do CPC).
Poder de conciliação — Cabe ao juiz a qualquer tempo tentar promover a conciliação das
partes (art. 139, inciso V do CPC).
IV. Poder de impulso — cabe ao juiz, uma vez instaurado o processo, impulsioná-lo
de ofíciocom despachos e atos de expediente (art. 2º do CPC).
Princípios Conteúdo
Jurisdição só pode ser exercida por juízes
Investidura regularmente investidos, providos em cargos de
magistrados e que se encontrem no efetivo exercício
desses cargos.
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL (STF)
Ministros
JUÍZES JUÍZES DO
JUÍZES MILITARES JUÍZES ESTADUAIS JUÍZES FEDERAIS
ELEITORAIS
➢ Justiça eleitoral
✓ Integra a justiça especializada;
✓ Disciplinada nos arts. 118 a 126 CF;
✓ Exerce função administrativa, jurisdicional, normativa e consultiva;
✓ Registra e cassa o registro de partidos políticos, diretórios de partidos e
candidatos; crianovas; zonas eleitorais; julga os crimes eleitorais; expede títulos
eleitorais, etc.
➢ Justiça militar
✓ - integra a justiça especializada;
✓ - disciplinada nos arts. 122 a 124 CF;
✓ - tem competência para julgar os crimes militares.
➢ Justiça do trabalho
✓ - integra a justiça especializada;
✓ - disciplinada nos arts. 111 a 116 CF;
✓ - julga controvérsias decorrentes da relação de trabalho, ações que envolvem o
exercício dodireito de greve, ações sobre representação sindical, etc.
➢ Justiça Estadual:
✓ - integra a justiça comum,
✓ - disciplinada nos arts. 125 e 126 CF e nas Constituições Estaduais,
✓ - a competência dos TJ´s e dos juízes estaduais é residual,
✓ - organização: tribunal de justiça x comarcas x varas (cíveis, criminais, de família e
sucessões, da fazenda pública, etc.) x juizados.
➢ Do Juiz.
Investidura: Somente será juiz quando o indivíduo é investido do poder, essa investidura
acontece quando ele é designado e efetua seu primeiro ato.
Estágio Probatório: O interessado ao ingresso da magistratura deve antes fazer dois anos
de estágio probatório, antes de se torna o juiz titular.
✓ Garantias constitucionais
Vitaliciedade: uma vez constituído juiz, este não poderá deixar de sê-lo (um ex-magistrado
pode ser requisitado pelo estado, para prestações de serviços), exceção se houver decisão
condenatória transitado em julgado.
Poderes
Alterar a ordem de produção dos meios de prova, de modo a conferir maior efetividade à tutela
do direito.
Determinar o comparecimento pessoal das partes a qualquer tempo sobre os fatos da causa,
não incidindo a pena de confesso (“interrogatório informal”).
Deveres do juiz
Tem-se alusão à responsabilidade regressiva do juiz, desse modo, é possível presumir que a
parte deverá ajuizar ação indenizatória contra o Estado. O Estado, por sua vez, poderá em
ação de regresso, cobrar pela indenização, no caso de dolo ou fraude do magistrado. Cabe
observar que a hipótese do art.143, inciso II, CPC, só incidirá se o pedido da parte não for
apreciado (tendo sido suprimida a expressão “atender ao pedido”) no prazo de 10 (dez) dias.
Vedações (proibições):
MINISTÉRIO PÚBLICO
É considerada uma instituição sui generis, pois não está subordinada aos Poderes
Judiciário,Executivo ou Legislativo.
- parte: em regra, como autor de demandas (ex.: ação penal, ação civil pública, ação de
improbidade administrativa, etc.),
- fiscal da ordem jurídica (custus legis): quando o processo envolve interesse público ou
social,interesse de incapaz e litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
MP da União:
MP dos Estados
Ele simplesmente analisa a legalidade da lei, se ela está sendo empregada de forma
correta,algumas ações o MP é obrigatório se fiscal incapazes.
Princípio da unicidade
O ingresso à procuradoria
Municipal.Concurso para
procuradoria Estadual.
Federal.
Tipos Procurador
município)
Para o juiz prestar sua tutela jurisdicional ele tem toda uma equipe apta para auxiliá-lo tais
como diretores de secretaria, escreventes, oficiais de justiça, analista e técnicos judiciários, os
chamados terceiros auxiliares judiciais.
Ingresso
Em regra os terceiros auxiliares devem prestar concurso público, sendo que no edital de
cada umestarão suas exigências para o ingresso ao cargo.
Cargos
EscrivãoOficial Justiça
Escrivão:
Oficial de justiça:
Perito:
Cumprem uma função pública, mas não fazem concurso público, em regra, são nomeados
pelo juiz.
Consideram-se auxiliares da justiça as pessoas que auxiliam o juiz na realização dos atos
processuais.
TGP COMPETÊNCIA.
✓ Todo juiz competente possui jurisdição, mas nem todo juiz que possui
jurisdição possui competência.
- ex.: ação de divórcio é julgada na vara de família; ação penal é julgada na vara criminal.
✓ Em razão do lugar (territorial): determinada pelo local onde a demanda deve ser
ajuizada.
- ex.: a ação de reparação de dano sofrido em razão de acidente de veículos pode ser
proposta noforo do domicílio do autor ou do local do fato.
➢ Qualidade da competência
Voluntária:
Legal ou necessária:
Conexão:
• - duas ou mais ações são conexas quando a causa de pedir ou o pedido delas é
comum,
• - as ações somente são reunidas se ainda não tiver sido proferida sentença,
• - é possível reunir-se ações sem conexão, para se evitar decisões conflitantes.
Continência:
✓ Conflito de competência
O conflito pode ser suscitado pelas partes, pelos juízes conflitantes ou pelo Ministério Público.
O conflito é julgado pelo tribunal hierarquicamente superior aos juízes/ tribunais onde se deu
o conflito. Exemplos:
TGP AÇÃO
A jurisdição é inerte: Necessidade do cidadão, de provocar atuação do Estado diante de um
casoconcreto.
Primeira corrente: A primeira corrente consagrava a ideia que só haveria ação se houvesse
uma tutela jurisdicional.
Essa corrente ligava a ação ao direito material, só haveria ação se ela fosse procedente ao
bem da vida tutelado. Se a ação fosse improcedente haveria o processo, porém não haveria
a ação umavez que o Estado não deu o bem da vida.
Segunda corrente: existe ação, mesmo se não houver o bem da vida (o direito subjetivo
material).
Essa corrente afirma que para haver ação basta que o Estado Julgue o mérito. (procedência,
improcedência renúncia ou transação), se não houver julgamento de mérito, não há ação.
Essa corrente consagra que a ação é o direito Constitucional autônomo de agir e independente,
a fim da prestação jurisdicional, sendo que a partir do momento que eu provoco o Estado-Juiz
para tutelar o meu bem da vida, ai já há uma Ação.
Ou seja, essa corrente afirma que a ação é um direito processual que não pode ser cerceado,
impedido. (ex. Principio da inafastabilidade do poder judiciário).
No atual cenário, temos como condições/pressupostos exigidos, além de outros que veremos
em pressupostos processuais:
✓ Legitimidade, e
✓ Interesse de agir
Possibilidade Jurídica do pedido: essa condição foi extirpada do código de processo civil
vigente,ela consagrava que o pedido deve ser possível no nosso ordenamento jurídico, sendo
nulo os pedido que nosso ordenamento jurídico veda ou impossível no nosso ordenamento
jurídico.
(Ex. Casal que entra com uma ação para divorcio, só que eles não têm bens em comuns ou
filhos.O Juiz extingue o processo sem julgamento de mérito uma vez que não há necessidade
de ir ao judiciário, eles podem ir ao cartório).
Além das condições da ação ela também possui seus elementos as que constituem, a não
observação desses elementos pode acarretar a inépcia que é uma das espécies de nulidade
relativa, são elas elementos da Ação:
Partes da Ação
Mesmo que não haja o réu da ação podemos ter ação como é o caso das ações de Jurisdição
Voluntária, ou seja, só necessitamos do autor para mover a ação eu estado para Dizer
(jurisdição) alei.
Existe aquele que possui legitimidade para propor a ação, mas não tem a capacidade para
estar só no processo, precisa ser assistido (caso do menor), ou não tem capacidade
postulatória, competência exclusiva do advogado.
Causas do pedido.
Fatos: são as circunstancias que denotaram o pedido (ex. Data, local, hora, endereço etc.).
Fundamentos Jurídicos: são os requisitos para que haja o pedido, ou seja, os elementos que
demonstram que você possui o Direito (o bem da vida), indo mais além sendo este algo mais
técnico.
Pedido: é o bem da vida o bem jurídico litigado pelas partes, o direito subjetivo desejado.
Atenção: a falta de uma das condições da ação leva a extinção da ação (nulidade absoluta),
poréma falta de elementos da ação leva e inépcia (nulidade relativa).
Inépcia é o vicio a um dos elementos da ação oque leva a nulidade relativa da ação passível
de ser sanada.
Acontece que para cada causa de pedir deve haver um pedido, não havendo o mesmo o juiz
não pode julgar o pedido sem a causa de pedir, nem ao contrario pode o juiz julgar a causa
de pedirsem o pedido.
Causa de pedir – o porquê de se pedir, a narração dos fatos que geraram aquele fato e o
Objeto ou Pedido – Decorre da causa de pedir, é o que se quer com a ação, o que se espera
ou pretende com a petição.
Classificação
Ação de conhecimento: o juiz analisa as alegações das partes para dizer quem tem o direito.
Nessas ações, pode-se fazer pedido:
Ação de execução:
- o direito está reconhecida num título executivo (documento que representa uma obrigação),
que pode ser judicial ou extrajudicial,
O denominado concurso de ações (rectius: direitos) pode dar-se, em seu aspecto objetivo, de
duas formas:
✓ Vício redibitório: quanti minoris ou ação redibitória —arts. 441-442, Código Civil/2002;
✓ Invalidade do contrato por simulação ou por fraude;
✓ Pedido de complementação de área na venda ad mensuram, ou, subsidiariamente, a
redução do preço ou extinção do contrato (art. 500, Código Civil/2002);
✓ Pedido de nulidade do contrato ou, subsidiariamente, redução do valor da dívida;
✓ Nulidade de casamento ou, sucessivamente, divorcio;
✓ Passageiro que sofre lesões no transporte ferroviário: tem direito à indenização por
força daculpa aquiliana do preposto ou da responsabilidade objetiva da empresa
ferroviária.
A cumulação eventual (pedidos subsidiários; art. 326 do CPC) é muito útil nas situações em
que exista concurso objetivo de ações. Exatamente por não se tratar, a cumulação eventual,
de uma cumulação própria de pedidos, pode o autor demandar as concorrentes pretensões ao
mesmo tempo, de modo que a segunda possa ser acolhida, acaso a primeira não o seja.
Classificação
Por fim, o processo de execução é a realização prática do direito no mundo dos fatos, sendo
utilizado para que seja dado um efeito concreto a determinado título executivo. Cabe, aqui,
mencionar a figura do processo sincrético, que se configura quando as fases de
conhecimento e execução acontecem dentro do mesmo vínculo jurídico-processual,
conferindo à sentença de pro- cedência do pedido caráter de auto exequível.
Dessa forma, a execução dos títulos executivos judiciais torna-se uma fase do processo de
conhecimento, objetivando, majoritariamente, a celeridade processual.
disso, observa-se a natureza pública da relação processual, posto que a função pública
jurisdicional seja exercida pelo Estado e as partes a essa se sujeitarão. Há, também, a
complexidade, que se refere aos efeitos que o andamento do processo gera para as partes
envolvidas, e a progressividade, responsável pela caracterização dinâmica do processo.
Apesar da sua autonomia, há a unidade processual: quer dizer que os atos praticados no
decorrer do processo visam a um objetivo comum, que é o provimento jurisdicional. Por fim,
ressalta-se o caráter tríplice, visto que a relação processual é composta por autor, réu e
Estado.
Quanto a essa última, cabe ressaltar que não é consenso doutrinário a configuração
triangular da relação processual. Há quem defenda a relação angular, considerando não
haver relação direta entre autor e réu e pressupondo intermediação necessária por parte do
ente estatal, assim como há quem defenda que a figura do Estado-juiz é dispensável na
relação processual. No entanto, figura, predominantemente, a relação triangular processual.
pressupostos de existência e de validade (com a ressalva feita por Fredie Didier Jr. a
respeito da incorreção técnica do termo “pressuposto” de validade, apontando que o ideal
seria “requisito” no lugar desse — pressupostos devem preceder o ato e são indispensáveis
para a existência jurídica desse, enquanto requisitos integram a estrutura do ato e se
referem à validade).
A curatela especial é promovida pelo defensor público, segundo o parágrafo único do art.
72, CPC.Anteriormente, tal previsão era encontrada na Lei Orgânica Nacional da Defensoria
Pública.
O Código de Processo Civil, ao tratar da forma dos atos processuais, refere-se aos praticados
pelas.
✓ As partes;
✓ Os advogados;
✓ Os terceiros que intervêm no processo;
✓ O juiz e os auxiliares da justiça;
✓ O Ministério Público;
✓ A Advocacia;
✓ Defensoria Pública arts. 70 a 187 CPC.
O Promotor de Justiça, como integrante do Ministério Público, sabe que deve estar atento “à
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis” art. 1ºda Lei Complementar 8625/93. Se o norte de sua atuação não é proteger
interesses particulares disponíveis, deve, mesmo quando autor de ação, ser imparcial na sua
conduta. Irá, em certas situações, requerer como parte, mas sem interesse próprio ou em
defesa de direitos de terceiros disponíveis. Também aí a imparcialidade, se quebrada,
ensejará a arguição de suspeição ou impedimento, na forma do art. 148 I CPC.
O Advogado representa a parte em juízo art. 103 CPC, devendo, para tanto, estar inscrito
regularmente na Ordem dos Advogados do Brasil. Por representar aquele que está em
conflito, o Advogado, no processo judicial, “contribui, na postulação de decisão favorável ao
seu constituinte, ao convencimento do julgador” art. 2º § 2º Lei 8906/94. Então, ele é parcial!
Essa parcialidade faz com que o Advogado leve suas argumentações fáticas e jurídicas ao
processo, sendo que encontrarão resistência em outras apresentadas pelo colega
adversário, tudo isso para que o Juiz,a partir do choque de proposições, possa fazer escolhas
As partes é que vão a juízo, representadas pelos Advogados, defender seus interesses. São,
obviamente, parciais. Mas se sujeitam aos deveres de lealdade e cooperação, sob pena, nos
casos de manifestação desses abusos, de responderem com multas e mesmo sanções
penais, ex vi dos arts. 77 e 80 NCPC.
Ao que se vê, os sujeitos de um processo judicial têm características próprias, estando cada
um deles atento às finalidades de sua atuação no litígio submetido ao Poder Judiciário.
Dessa forma, o Advogado será ético, mas parcial, assim levando ao processo versões fáticas
e proposições jurídicas que interessarem ao cliente; o Promotor de Justiça vigiará os
interesses que justificaram sua intervenção no processo, como é o caso de conflitos que
envolvam menores ou incapazes; o Juiz observará a imparcialidade, devendo analisar de
forma equidistante todas as versões para proferir a decisão; as partes – aquelas que
manifestam seus pleitos à Justiça – depositam todas as suas esperanças no processo, até
porque foram incapazes de resolver amigavelmente o conflito.
Porém, não é surpresa para ninguém a existência de Advogados que estimulam os conflitos.
Da mesma forma, há casos em que os Promotores de Justiça ignoram suas
responsabilidades e deixam de defender o interesse público, apegando-se a objetivos menos
nobres. Existem Juízes que, por simpatia com a parte ou com o Advogado, proferem decisões
ou conduzem o processo de maneira parcial. E há partes que, além de incapazes de resolver
extrajudicialmente a querela, vão ajuízo apenas por espírito de vingança ou provocação. Tais
situações são exceções, mas existem.
O Código de Processo Civil (lei 13.105/15), com o fito de contribuir para o aperfeiçoamento
ético dos sujeitos no processo judicial. A começar pela adoção expressa de princípios como
o da boa-fé processual, do que impõe isonomia entre as partes e o de cooperação entre os
sujeitos doprocesso, dentre outros tantos.
Perpassando os limites principiológicos, o novo Código tratou de exigir que o juiz se aproxime
das partes e dos advogados para que apure e esclareçam, sem armadilhas, quais fatos serão
trazidos ao campo probatório e, da mesma forma, quais fundamentos jurídicos serão
reputados como relevantes para a decisão. Tudo claro e sem surpresas, até mesmo porque
Por sua vez, o Perito a ser nomeado – será observado o critério da equitatividade pelo Juiz –
não precisará ter em seu currículo uma filiação ilustre, devendo apenas estar legalmente
habilitado e constar no cadastro público arts. 156 e §s e 157 §2º CPC – conferir Resolução
CNJ 233/2016.
Já os Advogados terão que trabalhar não pela protelação do processo, mas pela conciliação
– agora, com o auxílio da chamada mediação. Ou seja, as alentadas preliminares trabalhadas
pelos Advogados não terão o condão mais de provocar o efeito de atrasar o processo ou
a solução dalide. O profissional da Advocacia deve preferir, até por visão prática, intensificar
sua atuação técnicacom foco nas alegações de mérito.
A propósito, o Advogado terá que se comunicar mais com os clientes. Por exemplo, mesmo
as intimações para o cumprimento de obrigações pessoais de fazer ou não fazer – sob pena
de multa ocorrerão na pessoa do profissional da Advocacia. Com efeito, o art. 513 § 2º NCPC
trata, de forma genérica, acerca do cumprimento de sentença, tendo consignado que, a priori,
a comunicação ao devedor será por intimação, pelo Diário da Justiça, na pessoa do seu
advogado constituído nos autos (inc. I). A partir daí, se não cumprida à obrigação, já
incidirá a multa
eventualmente fixada pelo Juiz art. 537 § 4º CPC. Aquela disposição legal genérica (intimação
destinada ao Advogado) aplica-se ao cumprimento de obrigação de fazer e não fazer, eis
que nãofoi erigida qualquer exceção nos artigos específicos arts. 536 e 537 CPC. O resultado
prático disso, além de celeridade e efetividade processuais, é a superação da súmula 410
STJ e a exigência de efetiva e documentada comunicação entre Advogado e cliente.
Aliás, o advogado será responsável por comunicar às testemunhas de seu cliente sobre a
necessidade de comparecimento à audiência. Sim, a regra geral, doravante, é a de que
“cabeao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da
hora e do localda audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo” art. 455 NCPC.
Tudo está a revelar que o legislador quer um processo mais dinâmico e que se mova pelo
paradigma da confiança, mesmo que haja um latente conflito entre os litigantes. Os sujeitos
do processo deverão mostrar-se confiáveis, a fim de que os atos processuais transmitam
segurança.
Não por outra razão, que o art. 6º do novo Código Processual, quase poeticamente,
estabeleceu que “todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha,
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”. Mais adiante, de forma mais
pragmática, o legislador adverte que o Juiz, o Advogado Público, o Promotor de Justiça e o
Defensor Público responderão civilmente quando, no exercício de suas funções, agirem com
dolo ou fraude arts. 143, 181, 184 e 187 CPC.
Demais disso, o art. 235 estabelece a imposição de sanções administrativas ao juiz que
extrapolar os prazos, sendo que, se a inércia for mantida, os autos do processo serão
remetidos ao seu substituto legal para que, em última análise, os jurisdicionados não fiquem
com os prejuízos. Em outras palavras, o magistrado deve estar com o seu serviço em dia,
até para que não sobrecarregue, injustamente, o seu colega (“o substituto legal”).
TGP - LITISCONSÓRCIO
1. Definição
Litisconsórcio simples há autonomia entre as partes que estão no mesmo polo. Tal fato
se deve à existência de mais de uma relação jurídica material, possibilitando ao juiz que
as decidadiferentemente. É exemplo uma obrigação solidária divisível. Já o unitário,
como define o art. 116, CPC, é “quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de
decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes”. Há, pois, uma única
relação jurídica material indivisível sendo discutida.
“Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da
relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam
ser litisconsortes.”
A regra geral introduzida pelo art. 114 dispõe que o litisconsórcio será necessário em
dois casos.
Nos casos em que houver litisconsórcio passivo necessário e o juiz perceber a falta de
citação pelo autor dos demais réus do processo (litisconsortes passivos necessários), o
magistrado deverá promover a intervenção iussu iudicis, isto é, de ofício determinará
que o autor convoque os possíveis litisconsortes passivos, sob pena de extinção do
processo (art. 115, parágrafo único, CPC). Quando o litisconsórcio for multitudinário, ou
seja, facultativo e com um número excessivo de partes envolvidas que acaba por
prejudicar a defesa, a rápida solução dolitígio ou o cumprimento da sentença, o § 1º do
art. 113, facultou ao juiz a possibilidade de limitar o número de litisconsortes.
“Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando
terceiros.”
Voluntária e Provocada.
Voluntária:
Provocada ou Obrigatória
Terceiro no processo é aquele que não é parte, ou seja, não é titular do direito discutido, mas
por alguma razão jurídica intervém na lide. Cumpre lembrar, que apenas o interesse jurídico
possibilita o ingresso de alguém em processo alheio, não bastando, portanto, o interesse
econômico ou moral; a lei disciplina o ingresso de terceiro a fim de que este tenha a
oportunidade de afastar eventual situação desfavorável oriunda de decisão entre duas partes,
que reflexamente lhe atingiria. Outro aspecto que merece ser mencionado é o fato de que o
ingresso do terceiro pressupõe sua relação jurídica com apenas umas das partes.
I. Oposição
Oposição é forma de intervenção de terceiro no processo, que, sem ser integrante da lide se
apresenta como o legítimo titular do direito discutido entre o autor e o réu. O seu objetivo,
portanto,é negar o pretenso direito de ambos. Tem legitimidade para este tipo de intervenção,
segundo o art.682 do CPC, o terceiro, denominado “opoente”, que pretender, no todo ou em
parte, a coisa ou o direito sobre o que controvertem as partes no processo principal,
denominados “opostos”, Por exemplo: numa ação de divisão o autor pede a citação dos
demais condôminos, os quais ingressamna ação e oferecem contestação. Um terceiro que
se tem como legítimo proprietário de parte do imóvel a ser divido, ingressa, também, no feito
como opoente, para ilidir a pretensão dos litigantes e ver, a final, reconhecida a sua
propriedade exclusiva e expurgada da divisão a parte que lhe pertence.
A oposição pode ser intentada até que seja proferida a sentença no feito principal. Distribuída
por dependência, a petição de oposição deve observar os mesmos requisitos da petição
inicial, sendo que os opostos serão citados na pessoa dos seus advogados. Autuada em
apenso aos autos principais, a oposição correrá simultaneamente com ação principal, sendo
ambas julgadas pela mesma sentença - art. 685, CPC -, embora deva o juiz primeiro conhecer
da oposição - art. 686, CPC.
Existem dois tipos de oposição: a interventiva que é exercida antes da audiência de instrução
e julgamento - art. 685, CPC; e a autônoma se ajuizada após o início da audiência de
instrução e julgamento, e antes da sentença – PU do art. 685, CPC.
Denunciação da lide é o ato pelo qual a parte, a fim de garantir seu direito de regresso, no
caso de que acabe vencida na ação, chama à lide terceiro garantidor, a fim de este integre o
processo. Desta forma, se por acaso o juiz vier a condenar ou julgar improcedente o pedido
do denunciante, deverá, na mesma sentença, declarar se o denunciado, por sua vez, deve
ou não indenizá-lo. Na verdade, com a denunciação se estabelecem duas lides num só
processo.
A denunciação da lide é obrigatória nos casos expressamente previstos no art. 125 do CPC:
(i) ao alienante, a fim de que possa exercer o direito que da evicção lhe resulta -
art. 456,CC/02;
(ii) ao proprietário ou ao possuidor indireto, em casos como o do usufrutuário,
do credorpignoratício;
Se a denunciação for feita pelo autor (art. 127), deverá constar da petição inicial, procedendo-
se emseguida a citação do réu. Se competir ao réu a iniciativa, a denunciação deverá ser
feita no prazoda contestação, quando será pedida a citação do denunciando. Ao deferir o
pedido, o juiz suspenderá o processo, determinando ao denunciante que proceda com a
citação do denunciado no prazo de 10 (dez) dias, quando este residir na mesma comarca e
30 (trinta) dias, quando residir em outra comarca. Citado, o litisdenunciado pode aceitar a
denunciação, recusá-la, ou permanecer revel. Em qualquer caso, ficará vinculado ao
processo, de modo que a sentença que julgar procedente a ação declarará, conforme o caso,
a sua responsabilidade, em face do denunciante, valendo como título executivo judicial - art.
129, CPC.
O chamamento ao processo, de que trata o Código de Processo Civil, do artigo 130 ao 132,
é o ato pelo qual o réu chama outros coobrigados para integrar a lide. Assim como acontece
na denunciação da lide, o chamado fica vinculado ao feito, subordinando-o aos efeitos da
Ao deferir o pedido, o juiz suspenderá o processo, determinando ao réu que proceda com a
citação do chamado no prazo de 30 (trinta) dias, quando este residir na mesma comarca, e
dois meses, quando residir em outra comarca – PU do art. 131, CPC. Citado, o chamado
pode negar aqualidade que lhe é imputada ou permanecer revel. Em qualquer caso, ficará,
como já disse, vinculado ao processo, de modo que a sentença que julgar procedente a ação
valerá como título executivo em favor do devedor que satisfizer a dívida - art. 132, CPC.
É possível ocorrer “chamados sucessivos”, ou seja, o chamado poderá, por sua vez, chamar
terceiro, e assim sucessivamente.
Permite ao réu declinar sua condição e indicar ao autor a pessoa verdadeiramente legitimada
a figurar no processo como demandado.
Nomeação à autoria é ato obrigatório atribuído ao réu, que visa corrigir o polo passivo da
ação. Com efeito, citado em ação em que é demandado por uma coisa, móvel ou imóvel, da
qual seja mero “detentor”, o réu deverá, no prazo para responder, indicar, nomear quem seja
o proprietário oupossuidor indireto. Neste sentido, a norma do art. 338 e 339 do CPC declara
que “aquele que alegar ilegitimidade passiva, deverá indicar o sujeito passivo da relação
jurídica discutida”.
A assistência é inerente o escopo de ajudar uma das partes, e daí dizer-se sempre uma
intervenção coadjuvante. É uma situação que tangencia a coisa julgada e seus limites
subjetivos, mas que com ela não se confunde.
Não é qualquer interesse que autoriza a assistência. Não basta mera relação de amizade, ou
a convicção pessoal do terceiro de que o direito à tutela cabe a uma e não a outra parte: exige
a lei o interesse qualificado como jurídico, que haja uma relação entre o terceiro e uma das
partes do processo que pode ser atingida pela sentença.
A assistência pode ser simples ou adesiva quando, pendendo um processo entre duas ou
mais pessoas, terceiro, que tenha interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma
das partes, intervém no processo para assisti-la - art. 119, CPC. Na qualidade de auxiliar, o
assistente exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que
o assistido - art. 121, CPC -,embora não possa praticar atos contrários à vontade do assistido,
que pode reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou transigir com a parte
contraria - art. 122, CPC. O “interesse jurídico do assistente” se fundamenta na perspectiva
de sofrer efeitos reflexos da decisãodesfavorável ao assistido, por exemplo: sublocatário, em
ação de despejo movida em face do sublocador; funcionário público, em ação de indenização
proposta em face da administração públicapor dano causado por ele; de asseguradora, em
ação de indenização promovida contra o segurado etc.
Na sentença transitada em julgado, em princípio, fica impedido de, em ação futura, discutir o
fundamento da decisão, o assistente que não é atingido pelos efeitos da coisa julgada, que
na dicção do art. 123 do Código, consiste na justiça da decisão, não poderá ser discutida o
dispositivo da sentença nem pelo assistente simples como pelo assistente qualificado, pois a
justiça da decisãorefere-se aos fatos que se tiverem por comprovados.
Amicus curiae é um auxiliar do juízo que pode atuar no processo, quer seja pessoa física ou
jurídica, desde que tenha representatividade e possa contribuir para a solução da causa.
Trata-se de uma intervenção provocada pelo magistrado ou requerida pelo próprio amicus
curiae, cujo objetivo é o de aprimorar ainda mais as decisões proferidas pelo Poder
A primeira intervenção de amicus curiae no direito brasileiro deu-se por ocasião da Lei
Federal n. 6 385/76, que no art. 31 impôs a intervenção da Comissão de Valores Imobiliários
nos processos que discutam matéria objeto da competência desta autarquia. A Lei Federal
n. 8.888/94 (Lei Antitruste),o art. 89, também impõe a intimação do Conselho Administrativo
de Defesa Econômica, nosprocessos em que se discutam questões relacionadas ao direito
da concorrência. Com a edição das leis que regulamentam os processos de controle
concentrado de constitucionalidade, a intervenção do amicus curiae aprimorou-se: não mais
se identifica previamente quem deva ser o auxiliar e se permite a intervenção espontânea do
amicus curiae – até então a intervenção era sempre provocada. Admite-se também a
intervenção do amicus curiae no incidente de declaração de inconstitucionalidade em tribunal
- art. 482 do CPC.
O Min. Celso de Mello, revendo anterior posicionamento – na mesma ADIN 2.130-SC – amplia
consideravelmente os poderes processuais do amicus curiae, de mera apresentação de
petição escrita ou à prestação eventual de informações que lhe venham a ser solicitadas,
permitindo-lhe, o direito de proceder à sustentação oral das razões que justificam a sua
admissão formal na causa.
O Supremo Tribunal Federal, inicialmente não admitia a sustentação oral do amicus curiae,
o que jáfoi revisto (ADI 2675/PE, rel. Min. Carlos Velloso e ADI 2777/SP, rel. Min. Cezar
Peluso, j. 26 e 27.11.2003).
Os atos processuais têm interferência na aplicação da lei processual no tempo. Servem como
divisória entre as normas antigas e as mais recentes.
Há diferentes tipos de atos processuais, que são moldados aos papeis das pessoas
envolvidas noprocesso: (i) as partes, (ii) o juiz e (iii) os auxiliares de justiça.
Atos dos juízes, cinco são os atos que podem ser chamados a realizar:
V. Atos de coerção
✓ Atos Instrutórios: O juiz é quem tem que examinar se determina- da prova precisa ou
não ser produzida, porque é a ele que a prova se destina. O juiz também pode
determinar de ofício aprodução de provas, de acordo com o art. 370, CPC.
✓ Atos de Documentação: Os atos praticados por todos os sujeitos devem ter seu
conteúdo registrado no processo. O juiz é o responsável pela documentação de
alguns desses atos. Ex: O juiz deve documentar a audiência, ditando seus termos
para o escrivão.
Atos das partes, quatro são os atos que podem ser chamados a realizar:
Os atos dispositivos são realizados pelas partes quando dispõem de algum direito processual
ou material. Podem se concretizar de três formas distintas: disposição
(i) contratual ou bilateral, (ii) por renúncia ou (iii) por aceitação. Na primeira mencionada,
ambas aspartes chegam a um acordo para disporem, cada uma, de algum direito.
É importante também ressaltar a diferença entre os atos instrutórios realizados pelas partes
dos realizados pelos magistrados. Os juízes realizam atos instrutórios quando deferem
provas das partes ou determina de ofício a produção de provas, enquanto que as partes os
realizam quando produzem alguma prova ou fazem o seu requerimento. Quanto a essa
diferenciação, vale apontar o art. 190 do Código de Processo Civil. Quanto a direitos que
admitam a resolução por autocomposição, é lícito que as partes convencionem a respeito de
alterações no procedimento que o ajustem às peculiaridades do caso concreto, além de
estipular ônus, poderes, faculdades, entre outros. Tais convenções podem vincular apenas
as partes ou também o juiz, sendo, no entanto, vedadas à prática por parte do autor e do réu.
✓ Atos dispositivos: Também têm caráter postulatório, mas se caracterizam por serem
atos emque as partes abrem mão de algum direito, de alguma faculdade.
São reais quando o réu toma, de fato, ciência da demanda.As citações reais são compostas:
São fictas quando se presume que o réu tomou ciência.As citações fictas são compostas:
Em regra, a citação é realizada pelos correios. As demais formas são empregadas somente
perante a impossibilidade dessa modalidade. Já a citação por mandado é empregada
justamente após uma tentativa frustrada de citação pelo correio ou nos casos dos incisos do
artigo 247 do CPC/15 (por exemplo, quando o citando for incapaz). Nesses casos, munido de
seu mandado, o oficial de justiça se dirige à residência do réu para intimá-lo. Em alguns
casos, esse auxiliar de justiça precisa de uma carta precatória (por exemplo, para citar réu
de outra comarca. Nessa situação, a carta precatória só não será imprescindível quando as
comarcas forem contíguas, de fácil comunicação, ou se situem na mesma região
metropolitana).
Entrando, agora, no rol das citações fictas, a por hora certa também é realizada pelo oficial
de justiça. Após duas tentativas malsucedidas de citar o réu em seu domicílio, havendo
suspeita de ocultação, pode comunicar qualquer parente ou vizinho que se encontre no
local de que voltaráuma última vez em hora certa no dia útil subsequente e que, caso o
citando não apareça, presumir- se-á a sua ciência.
Em regra, os atos processuais são praticados na sede do juízo, mas podem realizar-se, em
razãode sua natureza ou disposição legal, em outro lugar. Essa regra está estipulada no
artigo 217 do CPC.
Em regra, conforme o artigo 212 do CPC, os atos processuais serão realizados nos dias
úteis, das6 horas da manhã até às 20 horas. É importante destacar, contudo, que o horário
forense de funcionamento se estende somente até às 18 horas. A organização do tempo
durante as férias é prevista nos artigos 214 e 215 do CPC/15. Já o plantão judiciário está
estipulado no artigo 93, X da CF.
Quando um ato qualquer tiver que ser realizado por meio de petição não eletrônica, deverá
respeitar o horário de funcionamento do fórum ou tribunal — vide artigo 212, § 3º do CPC/15.
No entanto, as petições eletrônicas estão dispostas na Lei 11.419/06.
Os prazos para a realização dos atos processuais costumam estar previstos em lei. No
entanto, caso não seja o caso, compete ao juiz decidir. Sua omissão implica na fixação de
um prazo de 5 dia. Por fim, ainda é possível que as partes se juntem para convencionar um
prazo.
Além das categorias indicadas, os prazos podem ser dilatórios (impróprios) ou peremptórios
(próprios ou fatais). Enquanto estes correspondem a prazos dentro dos quais os atos
processuais devem obrigatoriamente ser realizados, sob a pena de não poderem ser feitos
posteriormente —por exemplo, o prazo para recurso —, aqueles correspondem a um período
de tempo que serve somente como parâmetro para a realização dos atos processuais. Após
o fim dos prazos dilatórios, ainda assim é possível que os atos sejam feitos — o clássico
exemplo são os prazos pararealização dos atos judiciais.
Outros pontos e artigos importantes aos prazos dos atos processuais são os seguintes:
Prazo Processual: lapso de tempo destinado à prática de um ato processual. Ex: prazo para
o recurso ordinário é de oito dias, prazo para recurso de apelação é de quinze dias, prazo
para embargos de declaração é de cinco dias.
Classificação: Muitos autores classificam os prazos processuais conforme feito por Marcelo
Abelha Rodrigues. Ele classifica os prazos processuais da seguinte forma:
O prazo judicial é aquele que nasce pelo juiz, é o juiz que fixa. Ex: prazo para a juntada de
substabelecimento: 48 horas.
O prazo convencional é aquele fixado e sugerido pelas as partes e homologado pelo juiz.
Artigo 313 do CPC.
O prazo pode ser judicial e legal ao mesmo tempo. Ex: Art. 970 do CPC: O relator ordenará
a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a
30 (trinta)dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual com ou sem contestação,
observar-se-á no que couber, o procedimento comum.
✓
✓ Prazo peremptório: jamais pode ser dilatado, é um prazo fatal, todo prazo legal é
peremptório, mas tem todo prazo peremptório é legal.
✓ Impróprios: são os prazos destinados aos outros que participam do processo, que não
seja oautor e réu. Exemplo: prazo destinado ao perito para apresentar prazo pericial,
prazo para o juiz oferecer a sentença.
Preclusão lógica ocorre pela prática de ato, incompatível com aquele que se poderia
praticar. Ex. Levantamento de alvarás de condenações judiciais sem qualquer ressalva ou
impugnação quanto ao valor levantado, se presumindo que há preclusão quanto à discussão
dos valores depositados em juízo, sem a prática simultânea do ato impugnatório.
Também, algumas possibilidades legais no novo código atenuam esta forma de preclusão,
como a possibilidade de emendar à petição inicial, que deve ser oportunizada pelo magistrado
em quinze dias (art. 321 do CPC), dando maior importância a princípios como do acesso à
justiça.
Preclusão a temporal, ocorre pelo transcurso do prazo sem a prática do ato, e está ligada a
necessidade do andamento do processo. Ex. prazo para opor embargos de declaração, cinco
dias, não o fez precluiu).
TGP NULIDADES
O Ato viciado é um ato imperfeito, praticado com defeito, porque em desrespeito a forma legal
prevista para a sua prática.
A parte que descumpre a forma legal na pratica do ato, tem a NULIDADE como sanção
processual.
Espécies:
Nulidades: Existem duas correntes que tentam explicar as exceções desse tipo de nulidade
são elas Majoritária e Minoritária
Majoritária
Minoritária
Teoria dos Atos inexistentes: Esta teoria baseia-se na ideia de que os atos praticados após o
vício são nulos portanto não há esses repercussões no mundo jurídico sendo este nulos o
simples atos posteriores a ele não existirão, uma vez que não há os atos, não ocorre-se o
fato.
Sentença:
Conceituada pelo legislador em 1973, como o ato que põe fim ao processo. A sentença é um
ato jurídico-processual, à vista do § 1º do art. 203 do CPC que pode extinguir o processo
sem resolvero mérito (art. 485) como podem extingui-lo com resolução de mérito (art. 487).
✓ Relatório;
✓ Fundamentação; e
✓ Dispositivo.
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do
pedido eda contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento
do processo;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe
submeterem.
✓ Terminativas e
✓ Definitivas.
Apesar disso, seja a sentença terminativa, seja a sentença definitiva, os seus elementos
componentes permanecem incólumes. Haverá sempre a necessidade de relatório,
fundamentaçãoe dispositivo.
Sentença heterogênea: quando tem capítulos mistos, que analisa questões processuais e
resolvem o mérito.
Sendo assim, num mesmo dispositivo, pode haver capítulos puramente processuais como
pode haver capítulos de mérito. Se uma sentença contém apenas capítulos de um tipo, ela
será considerada uma sentença homogênea (p. ex.: sentença contém apenas capítulos que
resolvem o mérito, pois o réu não alegou em sua resposta nenhuma das preliminares
processuais constantesdo art. 337 do CPC). Já na hipótese de a sentença conter capítulos
mistos, que ora decidem questões puramente processuais, ora conferem resolução a
Processos com cumulação de pedidos, o juiz deverá proferir um pronunciamento para cada
deles.
Ex.: ação de indenização na qual o autor pede indenização por danos morais e materiais.
Nessa hipótese, o juiz decidirá de tal forma a que, na parte dispositiva da sentença, haja um
capítulo parao dano material e outro para o dano moral.
Ex.: ação de cobrança na qual o autor pede R$ 100.000,00 do réu, o juiz decidirá, no mérito,
se acolhe ou não a integralidade do pedido formulado na petição inicial. Caso o juiz se
convença de que a dívida do réu não é de R$ 100.000,00, mas tão só da metade, a sentença
conterá dispositivo com pelo menos dois capítulos: o primeiro deles julga procedente o
pedido quando ao pagamento do valor de R$ 50.000,00; o segundo julga improcedente o
pedido de pagamento na mesma extensão. Portanto, sempre que um pedido for julgado
parcialmente procedente, estar-se-á diante de, no mínimo, dois capítulos da sentença.
Recursos:
É assim igualmente que se desenvolve a estratégia processual da parte, que pode devolver
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e
discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo
impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles,
a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo
o méritoquando:
Note-se que a redação do §1º do art. 1.013 do CPC alude explicitamente aos capítulos
impugnados,o que é clara decorrência da teoria dos capítulos da sentença, utilizados na
sistemática recursal do código como parâmetro limitador da extensão do efeito devolutivo do
recurso de apelação.
Dessa maneira, à luz de todos esses exemplos conjugados, seja na teoria da decisão judicial
– sobretudo no que concerne aos elementos da sentença -, seja na liquidação de sentença,
seja na extensão do efeito devolutivo dos recursos (tantum devolutum quantum appellatum),
conclui-se que a teoria dos capítulos da sentença encontra-se amplamente incorporada à
sistemática geral do Código de Processo Civil (Lei 13.105/15).
Ausência de cabimento de
recurso.Não interposição
de recurso.
Coisa Julgada
A coisa julgada consiste nos efeitos que a sentença transitada em julgado atinge.
A coisa julgada está relacionada com a sentença judicial, sendo a mesma irrecorrível, ou seja,
não admite mais a interposição de qualquer recurso, tornado esta, assim, imutável.
A coisa julgada é uma garantia constitucional e encontra amparo no artigo 5º inciso XXXVI
da Constituição da República Federativa do Brasil, conhecida também como Carta Magna, a
saber: “A Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” E
ainda nos artigos 502, e seguintes do Código de Processo Civil.
Características:
Objetivo:
Imprimir segurança aos julgados, evitando que litígios idênticos sejam novamente ajuizados,
o que geraria desordem e discussões infindáveis.
✓ Material
✓ Formal
Coisa Julgada Material – tem a sua definição estabelecida pelo artigo 502 do Código de
Processo Civil, o qual estabelece que: “Denomina-se coisa julgada material a autoridade, que
torna imutável eindiscutível a decisão de mérito, não mais sujeita a recurso.”.
A coisa julgada material é aquela que advém de uma sentença de mérito, como nas hipóteses
estabelecidas pelo diploma processual civil nos casos em que juiz decide com resolução do
mérito, quando acolhe ou rejeita o pedido do autor, o réu reconhece a procedência do pedido;
quando as partes transigirem, quando o juiz pronuncia a decadência ou a prescrição, e
quando o autorrenuncia ao direito sobre que se funda a ação.
Ex.: Ação de reparação de danos, ou outra de qualquer natureza, em face do réu, e o juiz
julga improcedente o pedido do autor, que não recorre, tal decisão é um exemplo de
ocorrência da coisa julgada material.
Depois de formada a coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, ainda que se
convença de posição contrária a que tinha anteriormente adotado.
Só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o tema volte
a ser agitado em nova relação processual. É o que se denomina Princípio da inalterabilidade
do julgamento.
Todas as sentenças fazem coisa julgada formal, mesmo que não tenham decidido à disputa
existente entre as partes.
Ex.: A coisa julgada formal é aquela que advém de uma sentença terminativa, como nas
hipóteses em que o processo será extinto pelo juiz, quando indeferir a petição inicial, quando
o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes, quando, por
não promover os atos ediligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por mais de
30 (trinta) dias, quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo, quando o juiz acolher a alegação de
perempção, litispendência ou de coisa julgada, quando não concorrer qualquer das condições
Definições:
Petição Inicial - é a peça processual que instaura o processo jurídico, levando ao Juiz-Estado
os fatos constitutivos do direito, também chamados de causa de pedir, os fundamentos
jurídicos e o pedido.
Litispendência - ocorre a litispendência quando duas causas são idênticas quanto às partes,
pedido e causa de pedir, ou seja, quando se ajuíza uma nova ação que repita outra que já
fora ajuizada, sendo idênticas as partes, o conteúdo e pedido formulado.
Limites objetivos: restrita ao julgamento o pedido, a imutabilidade da coisa julgada pode ser
estendida, se uma das partes o requerer, por meio da chamada ação declaratória incidental,
a uma questão de direito material que constitua pressuposto necessário do julgamento do
pedido, aquestão prejudicial.
A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem
prejudicando terceiros.
O instituto da preclusão é, no direito processual, a perda do direito de agir nos autos em face
da perda da oportunidade, conferida por certo prazo.
A eficácia preclusiva da coisa julgada impede que certas questões não apreciadas pelo juiz
possam vir a ensejar em outro processo um novo julgamento do mesmo pedido, como por
exemplo,argumentos de defesa de que o réu não fez uso ou certos fatos secundários de que
o próprio autor não se utilizou.