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O fim do Direito passa, sim, pela criaçã o de ordem, e pela garantia da paz social,
ordem como reflexo da segurança. Ora, esta paz social só pode ser atingida pela
delimitaçã o da esfera de liberdade de cada um, isto é, pelo cercear da propriedade
e do domínio de cada um sobre os recursos.
Todavia, esta funçã o modeladora acarreta riscos de se tratar apenas de uma funçã o
manipuladora ou de engenharia social (ex. agenda política), isto é, esta funçã o age
como um motor que acelera a mudança social, sem permitir a alteraçã o da
consciência social, há , assim, um processo que ocorre de forma artificial, pois nem
sempre nos apercebemos de que o mesmo está em curso. Com o objetivo de se
elevar a sociedade a um ideal de justiça mais perfeito, impomos um novo ideal a
toda a comunidade, que é contrá rio à consciência dos indivíduos e aos seus valores.
O DIREITO E A COAÇÃ O
O Direito pode ser visto como um eficaz garante do bem estar social, partindo do
principio que as suas normas sã o “assistidas de uma sançã o socialmente
organizada”, aplicada quando as mesmas sã o inobservadas. A coercibilidade
distingue a ordem jurídica das restantes, afinal é a mesma que suporta a
organizaçã o, pelo ideal de justiça, da comunidade.
Tal como todas as relaçõ es sociais têm um sentido, neste caso, o sentido do Direito
é a Justiça, o que determina a mesma como a essência da ordem jurídica e nã o a
coercibilidade.
1. Legitimidade da Coação
2. A necessidade da coação
Segundo Max Weber, a visã o socioló gica determina que o Direito é uma ordem de
coaçã o, por depender da existência de mecanismos de coercibilidade para a
vigência das normas. Quanto à visã o jurídica de Laurenz, esta defende o Direito
como uma ordem justa.
Assim, a Força parece ser necessá ria para garantir a eficá cia social, isto é, a
vigência das normas, e, por sua vez, o Direito também se apresenta como essencial
à constituiçã o da sociedade. No entanto, perante a imperfeiçã o dos homens, é
necessá ria “a ameaça de uma sançã o efetiva”, isto é, a presença da coercibilidade.
Uma base do Direito será um poder social organizado (poder estadual), detentor
de mecanismos que, se necessá rio, o imponham. O cená rio utó pico será o de uma
sociedade em que a coaçã o se torne dispensá vel.
O DIREITO E A FORÇA
À coaçã o é inerente a Força e por sua vez, também o Direito usa a coaçã o para
garantir uma efetiva vigência das suas normas, assim, na sua aplicaçã o e na sua
origem, o Direito depende da Força.
Na sua origem, porque o Direito é ditado “por uma autoridade social” (Governo)
que surge do poder político, isto é, do Estado. Na sua aplicaçã o, porque é a
organizaçã o política do Estado e dos seus mecanismos coercivos que permitem a
efetivaçã o da sançã o. No caso da Força substituir ao Direito, apenas o eliminaria,
pois tratar-se-ia de uma comunidade onde vigorava o poder de forma arbitrá ria e
“caprichosa”, segundo a vontade dos detentores da Força. No entanto, o Direito nã o
encontra em si a Força suficiente para se impor perante a comunidade,
assegurando o respeito pelas suas prescriçõ es. Essa mesma Força é encontrada no
poder político.
O uso da Força deve ser exigido pela Justiça, sendo um dos receios da instalaçã o de
um Estado de Direito, a possibilidade de que haja uma negaçã o do uso da Força.
Na possibilidade de o Estado nã o desempenhar as suas funçõ es, cria-se um vá cuo
de poder, apesar do mesmo ser apenas provisó rio pois rapidamente outras forças
nã o legitimadas irã o ocupar o poder.
Assim, o Direito nã o exclui a Força, mas, sim, a violência, aliá s, porque só quando o
poder político domina a violência é que se torna possível ao Direito impor as suas
soluçõ es, porque por si só o Direito nã o impõ e a paz mas contribui para a manter
quando a mesma já esteja estabelecida. Se a vontade política desejar recorrer à
violência, o Direito nã o a pode impedir.
De facto, o Direito para existir enquanto Direito precisa de ser positivado, de ter
vigência social, algo possível através da coercibilidade (sançã o socialmente
organizada). Posto isto, o Direito depende da Força no seu existir mas nã o na sua
essência, afinal a Força trata-se apenas de um “mediador histó rico cultural” e
permite ao Direito atuar, subjugando-se a Força ao Direito.
Ao Direito nã o é inerente a coaçã o nem a Força, pelo contrá rio, o Direito necessita
de uma Força já legitimada por si e conforma à ideia de Justiça.
Vigência e Validade
“O Direito é um dever-ser que é” (BM), isto é, é um referencial ideal que tem de ser
incorporado e vivido pois se nã o tiver efetividade nã o é Direito.
O DIREITO E O ESTADO
A questã o essencial feita neste ponto é se o Estado detém o monopó lio da criaçã o
do Direito, e se apenas o Direito que tem a garantia dos ó rgã os de coaçã o estaduais
é efetivamente Direito.
• Direito Internacional Público
Sã o assim muitos os que negam a existência real do DIP, nã o defendendo o cará ter
jurídico das suas normas. No entanto, as normas têm uma vigência efetiva na
sociedade, por haver um conjunto de normas de conduta que se entendem como
obrigató rias, sendo as mesmas distintas das normas de cortesia e das normas
morais, e até analisadas por peritos e aplicadas por tribunais internacionais. Ora,
isto demonstra que estas normas detêm uma efetiva vigência nas relaçõ es entre os
Estados, e as suas violaçõ es sã o vistas como situaçõ es patoló gicas.
Se algumas vezes as normas sã o cumpridas por serem tidas como necessá rias à
subsistência do grupo, outras vezes surgem como “imposiçã o de necessidades
vitais em geral”. E, apesar, de estas sociedades nã o serem dotadas de mecanismos
de coaçã o permanentes, a verdade é que os mesmos se instituem
espontaneamente, em momentos em que pode estar em causa a dissoluçã o da
comunidade.
Nas sociedades que ainda nã o eram dotadas de poder estadual, já existia Direito,
algo explicá vel pelo facto de o Direito nã o ter necessariamente origem estadual, tal
como acontece com o Direito Consuetudiná rio. De igual modo, as normas ditadas
pelas comunidades menores (ex. regiõ es autó nomas) também nã o derivam de
fonte estadual.
De facto: a eficá cia e “o cará ter jurídico das normas emanadas pelas comunidades
menores dependem da sançã o do Estado”.
OS FINS DO DIREITO
Premissas
• sociedade histó rica (localizada espacial e temporalmente) com
determinados conteú dos valorativos;
• participaçã o pessoal (realizaçã o de cada indivíduo);
• integraçã o social.
• Igualdade: o Direito serve as pessoas por isso tem de olhar para todos
como iguais (generalidade e abstraçã o das normas). Assegurando-se, no
entanto, a proteçã o dos mais fracos.
• Proporcionalidade: entre o que se exige e o que se presta, entre o que se
dá e o que se recebe, entre factos e consequências desses factos, entre
crimes (violam bens jurídicos fundamentais) e gravidade dos crimes e a
proteçã o dos mais fracos.
• Autonomia: na liberdade (livre intervençã o e livre participaçã o) e na co-
responsabilidade (responsabilidade de cada um por todos e pelo que é de
todos solidariedade).
a)Caso julgado
• sentenças que já nã o admitem recurso;
• depois de ter sido julgado por um crime nã o pode ser julgado outra vez pelo
mesmo crime;
• segurança quanto à consequência do crime ou segurança relativamente à
soluçã o encontrada pelo tribunal;
• há açõ es que nã o admitem recurso.
b) Princípio da não retroatividade das leis (art. 12, 1 CC)
• lei nã o pode aplicar-se a factos que eu adotei antes da lei ter entrado em
vigor,
• a lei só dispõ e para o futuro.
c)Caducidade (prescrição) – art. 498º CC
• prazo de três anos;
• visa criar estabilidade;
• pô r fim aos conflitos: a ordem jurídica nã o quer que os conflitos se
eternizem;
• prazo limite para estabelecer o Direito (o lesante pode já nã o ter o dever de
pagar).
•
• DIREITO E MORAL
Conclusão:
• Efetivamente, existe uma interligação entre Direito e Moral.
• Justiça (ideia ou sentido de Justiça) é um referencial ético, valorativo que
concede validade ao Direito.
• O Direito não deve estar ao serviço de uma conceção moral, detendo
esta uma intensa função conformadora. Assim, se o Direito nã o é um
conjunto de normas morais, também nã o as pode impor. Aliá s, o Direito
pode permitir a adoçã o de normas imorais (contrá rias à moral), dado que
respeita a esfera individual de cada um, logo, deixa à consciência de cada
um a decisão.
Direito Objetivo
Direito Subjetivo
SUMMA DIVISIO
Cada vez mais as entidades pú blicas escolham atuar sem estarem dotados de ius
imperi, na verdade, as entidades têm a capacidade de escolher de acordo com a sua
preferência. À s vezes atuar sem autoridade acelera o procedimento, nã o há tantos
formalismos porque as entidades atuam em pé de igualdade como se fossem
particulares.
•
•
ESTRUTURA DA NORMA JURÍDICA
Desse modo, é necessá ria a correspondência entre o caso concreto e a hipó tese
legal, ou seja, tem de existir uma subsunçã o. A partir da norma, analisando os
pressupostos e verificando-se esses mesmos pressupostos que se encontram no
caso concreto, logo, há uma correspondência entre o caso e a hipó tese normativa.
Facto jurídico:
• Juridicamente relevante porque está descrito numa prescrição e os seus
efeitos na estatuição;
• Acontecimento natural ou ação humana juridicamente relevante
(produtor de efeitos jurídicos);
• Elemento dinâmico no mundo do Direito;
• Facto jurídico traduz-se num caso concreto.
Efeitos jurídicos:
• Alteraçõ es no mundo do Direito;
• Alterações nas posições ocupadas pelos sujeitos na ordem jurídica;
• Alteraçõ es nas situaçõ es jurídicas dos sujeitos;
• Podem traduzir-se em Constituição, Modificação ou Extinção das
situações jurídicas, pela atribuiçã o de direitos subjetivos (a que
correspondem sempre deveres ou sujeiçõ s), imposiçã o de deveres ou o
reconhecimento de um estatuto (traduz-se numa situaçã o jurídica porque
nã o é relacional)/faculdade/competência.
• As relaçõ es jurídicas podem ser de conteú do genérico ou conteú do
relacional (determinado e específico)
*poder jurídico
*poder reconhecido pelo Direito em sentido objetivo ou pela ordem jurídica;
*poder de exigir ou pretender de outrem um comportamento positivo ou negativo;
Ou....
*poder de por um ato de livre vontade (declaraçã o unilateral), só por si ou
integrado numa relaçã o judicial, produzir inelutavelmente efeitos jurídicos na
esfera de outrem.
Direitos potestativos:
Potestas – poder
• um dos poderes má ximos que a norma jurídica pode atribuir,
• contrapolo: estado de sujeiçã o, fica infraordenado porque nada pode
impedir os efeitos jurídicos.
• Ex. resoluçã o de um contrato por incumprimento da outra parte (direito ao
divó rcio).
Imposição de um dever
•
•
CARACTERÍSTICAS DA NORMA JURÍDICA
TÉ CNICAS LEGISLATIVAS
• Partes gerais:
• evitar repetições;
• estabelecem um conjunto de normas e princípios comuns,
definindo e classificando conceitos e colocando em evidência
aspetos comuns da regulamentaçã o a um vasto setor.
Ex. CC- Parte Geral
• resumo de normas e princípios comuns;
• capacidade das partes para a celebraçã o de negó cios
jurídicos;
• junta aquilo que é comum à s matérias que vai regular:
princípio da liberdade contratual, princípio da
liberdade de forma, princípio da pontualidade no
cumprimento (falta e vício da vontade na celebraçã o
de negó cios jurídicos).
• Remissão simples: envia-nos para uma outra norma (art. 799º, 2 487º, 2);
• Remissão em cadeia: mais complexas, integrando percursos mais longos,
isto é, exigem um maior esforço interpretativo (art. 433º 289º 1269º, ss);
• Remissão ampla com função integradora subsidiária: em vez de sermos
enviados para normas específicas, somos enviados para um conjunto de
normas (ex. art. 913º 922º: envia-nos da venda de coisas defeituosas para
uma secçã o precedente venda de bens onerados (regime subsidiá rio em
matéria de coisas defeituosas)).
• Remissão – extensão: é também uma remissã o ampla, mas ao contrá rio
das outras hipó teses a norma remissiva nã o nos envia para outras normas,
a norma centra-se nela pró pria, contendo um potencial muito mais vasto de
aplicaçã o para diversas situaçõ es (939º - contrato de compra e venda 874º
938º, tendo estas normas de compra e venda têm um potencial de aplicaçã o
a todos os contratos onerosos pelos quais se alienem bens ou se constituem
encargos desde que (...)). Assim, estas normas estã o à disposiçã o de outras e
têm aplicaçã o para além das suas fronteiras. Art. 1156º: contem remissã o-
extensã o, mas também se pode integrar na funçã o integradora subsidiá ria.
Ficção legal
• Assimilaçã o fictícia de realidades factuais diferentes com o objetivo de as
sujeitar ao mesmo regime jurídico. Há uma remissã o implícita, porque o
legislador considera iguais duas situaçõ es de facto diferentes, de modo a
lhes aplicar o mesmo regime.
• Apesar de conhecermos que as situaçõ es têm realidades diferentes,
aplicando-se o mesmo regime passam a ser consideradas iguais.
• Ex. art. 224º, 2: quando é que uma declaraçã o negocial é considerada eficaz
a declaraçã o negocial que só por culpa do destinatá rio nã o foi por ele
oportunamente recebida. Remissã o implícita para o art. 224º, 1.
• A declaraçã o negocial que tem um destinatá rio (declaraçã o
receptícia) torna-se eficaz, isto é, só produz efeitos, quando
chega ao poder do destinatá rio ou é dele conhecida.
• Sã o duas realidades diferentes que têm a mesma consequência/estatuiçã o,
no entanto, as diferenças nã o têm importâ ncia, isto é, a estatuiçã o é a
mesma apesar da previsã o ser diferente. Sendo a aplicaçã o automá tica,
imposiçã o da pró pria lei.
Definição legal
• Integra uma disposiçã o jurídica incompleta;
• A lei fornece um conceito (ou uma classificaçã o de conceitos) que serve
para integrar a hipó tese legal de outras normas;
• Finalidade: evitar repetiçõ es.
• Ex: art. 202º (noçã o de coisa); art. 204º, ss (noçã o de coisas imó veis).
Presunção automática/legal
• A ilaçã o que a lei retira de um facto conhecido para firmar um facto
desconhecido (art. 349º);
• Facilitar a prova de determinados factos (art. 350º, 1 aquele que tiver a seu
favor uma presunçã o legal escusa de provar o facto a que ela conduz).
Assim, quem quiser provar o contrá rio daquilo que a norma estabelece fica com o
ó nus da prova, logo, tem de impugnar. Quem invoca o direito tem de provar os
factos constitutivos desse mesmo direito.
• É refutá vel;
• Admite prova em contrá rio (cede mediante prova em contrá rio);
• Prova de que o facto presumido nã o acompanhou o facto que serve de base
à hipó tese legal;
• Art. 350º, 2.
Segurança: normas que criam mais certeza jurídica e sã o mais rígidas, recorrendo
a conceitos determinados e a regulamentaçã o casuística.
Conceitos determinados
• Conteú do preciso;
• Correspondem a dados normativos;
• Fornecidos pela lei;
• Ex. art. 202º, ss e 980º (sociedade).
Conceitos indeterminados
• Pedem sempre uma intervençã o mediadora;
• Sã o de dois tipos e têm um conteú do impreciso e exigem intervençã o;
• Densificaçã o do conceito: se o mesmo deve integrar o caso concreto ou
mediaçã o dos tribunais para a sua precisã o.
Vantagens
Regulamentação casuística
• Criar segurança;
• A lei especifica e regula grupos específicos e casos a que se aplica a
consequência jurídica;
• A previsã o normativa (ou hipó tese legal) é tipificada.
• Ex. art. 2034º: pressupostos específicos e bem definidos; norma taxativa e
típica; o caso descrito é muito precisado.
• Desvantagens (=conceitos determinados):
• Nã o há osmose;
• Nã o há um acompanhamento da evoluçã o social;
• A resposta ao caso concreto é mais difícil;
• Inaptidã o para regular matérias complexas risco de injustiça.
Cláusula geral
• Hipó tese normativa aberta com conteú do preciso (art. 483º, 1).
• Finalidade (genérica) Justiça; abrir normas ou flexibilizar qualquer direito.
• Vantagens (=conceitos indeterminados):
• osmose entre o Direito e as má ximas ético-sociais;
• acompanhar a evoluçã o da realidade social (permanente
atualizaçã o);
• facilita a adaptaçã o da norma ao caso concreto;
• adapta a norma à complexidade da matéria a regular.
• Defeito das clá usulas gerais/conceitos indeterminados
• Sã o demasiado abertas;
• Nã o criam segurança na nossa atuaçã o;
• Nã o sã o pedagó gicas por nã o nos dizerem como devemos atuar
( regulamentaçã o casuística e os conceitos determinados sã o normas
pedagó gicas por orientarem a nossa atuaçã o).
Cláusula geral com enumeração exemplificativa
• A hipó tese é aberta e com conteú do pouco preciso;
• Finalidade: justiça e flexibilidade da norma maior cará ter
pedagó gico;
• Mistura entre clá usulas gerais e regulamentaçã o casuística
(formulaçã o genérica + exemplos).
• Ex. art. 2034º - regulamentaçã o casuística enumeraçã o taxativa, isto
é, o caso concreto é subsumível a uma das hipó teses.
• Diploma das clá usulas contratuais gerais
• DL 446/85, art. 15º
• Técnica: conceitos indeterminados (boa fé) + clá usula geral;
• Art. 18º: lista de clá usulas absolutamente proibidas, sendo
essa mesma lista apenas exemplificativa e nã o taxativa, e
dotada de um cará ter pedagó gico (nã o se garante que mesmo
cumprindo tudo se está de acordo com a boa fé, por se tratar
de um elenco meramente exemplificativo).
• Art. 21º: clá usulas absolutamente proibidas por serem
contrá rias à boa fé.
• Nos art. 18º, 19º, 21º, e 22º: clá usula geral com enumeraçã o
exemplificativa o legislador consegue as vantagens de ambas
as técnicas (clá usula geral e regulamentaçã o casuística).
Tipos de tutela
• Tutela preventiva
• Mecanismos que atuam antes da violaçã o do Direito;
• Visando evitar essa mesma violaçã o;
• Essência preventiva;
• Existência de “polícias” autoridades com poderes de polícia (a nível
econó mico e florestal), atividades de fiscalizaçã o e de licenciamento
prévio, ex. ASAE.
• Inibiçã o do exercício de determinadas atividades/determinadas
responsabilidades, art. 1913º e 1915º.
• As restantes tutelas sã o meios reativos ou meios de tutela reativa,
por atuarem depois de violada a ordem jurídica, logo, a prevençã o
nã o é a sua finalidade essencial.
• Ex. medidas de segurança aplicadas a inimputá veis perigosos
• Nã o tem capacidade para entender e querer, nã o
respondendo pela prá tica de um crime;
• A segurança tenta garantir que o inimputá vel nã o constitui
um perigo para a sociedade, através de medidas de segurança
aplicadas por tempo indeterminado e sujeitas a avaliaçã o (ex.
internamento psiquiá trico).
• Ex. providências cautelares visam acautelar o efeito ú til de uma açã o
judicial
• Suspensã o da deliberaçã o social até o tribunal decidir;
• Ex. impossibilidade de movimento das contas.
• Tutela reconstitutiva
• Tutela reparadora;
• Reativa: atua depois da violaçã o do Direito;
• Visa reparar os danos causados (art. 562º colocar o lesado na situaçã o
em que ele estaria se a violaçã o do direito nã o tivesse ocorrido).
• Reconstituiçã o: in natura – reconstituiçã o natural ou por equivalente
(em dinheiro). A reconstituiçã o in natura é a preferencial do
ordenamento jurídico português (art. 566º - que o lesado seja
naturalmente colocado....). Recorre-se à indemnizaçã o por equivalente
se nã o for possível a reconstituiçã o natural, por nã o se repararem
integralmente os danos ou por uma excessiva onerosidade.
• Danos irreparáveis Há danos que nã o sã o repará veis, isto é, nã o existe
uma forma de reparar aquilo que se perdeu
• Ou nã o se repara e o lesado suporta a perda causada pelo dano
• Ou tenta-se reparar danos morais ou danos nã o patrimoniais
(dor, sofrimento) – art.496º nã o visa reparar os danos, mas sim
oferecer uma quantia, em dinheiro, ao lesado como forma de
compensar o seu sofrimento psicoló gico / emocional
• Administraçã o da justiça
• Independência:
Alçada do tribunal
• Em matéria criminal nã o há alçadas, pode-se sempre recorrer
FONTES DO DIREITO
Modos de produção e exteriorização de normas jurídicas
Ou
Modos de formação e revelação de normas jurídicas (segundo B. Machado)
A lei é apenas uma das fontes do Direito mas é, no entanto, a fonte mais importante
em termos quantitativos.
Fontes imediatas do Direito – sã o aquelas que valem por si pró prias (pelas suas
pró prias caraterísticas) força – cará ter vinculante pró prio.
Exemplo: lei, costume, princípios fundamentais do Direito
Fontes mediatas do Direito – sã o aquelas que nã o valem por si pró prias como
fontes de Direito. Necessitam de mediaçã o de outras fontes e de ser reconhecidas
por outras fontes, para valerem como fontes de Direito.
Exemplo: usos e equidade
Código Civil
• Artigos 1º e 4º Fontes do Direito (nã o referem o costume, os princípios
fundamentais do Direito, a Doutrina e a Jurisprudência)
• Lei: Fonte imediata e fonte voluntá ria consiste nas disposiçõ es gerais e
abstratas produzidas pelos ó rgã os constitucionalmente competentes.
Declaraçã o com valor solene e que é ditada por uma entidade a legislaçã o
atribui competência legislativa
• Costumes: Fonte voluntá ria e imediata vale por si pró pria, basta ter o
animus e o corpus para valer, tem uma dimensã o inquestioná vel porque
exprime a consciência jurídica de uma comunidade. No entanto, apesar de
ter esse cará ter, este nã o lhe é reconhecido pelo có digo civil)
• Composto por 2 elementos
• Os usos sã o uma prá tica social repetida, está vel, duradoura Têm um
dos elementos do costume, o corpus. No entanto, nã o tem o animus,
e visto que esse lhes falta, os usos nã o têm valor pró prio.
• Exemplo: 218º O silêncio vale ou nã o como declaraçã o negocial se
esse valor tiver sido atribuído por uso – relevâ ncia normativa do
uso; 234º A lei atribui força vinculante ao uso; 885º /2
• Lei – AR
• Decreto-lei – Governo
• Decreto Regulamentar
• Portarias
• Despacho normativo
• Postura municipal
• Para uma norma geral revogar uma norma especial tem que
haver uma revogaçã o expressa, por força dessa revogaçã o
expressa deixa de haver conflito entre elas.
Subjetivismo interpretativo:
Objetivismo interpretativo: