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Danilo Mutualibo
Licenciatura em Direito
Universidade Save
Maxixe
2022
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Danilo Mutualibo
Universidade Save
Maxixe
2022
3
Introdução
O presente trabalho tem como tema o estudo dos partidos políticos e sistemas
partidários onde se observaraa as características de um modelo político partidário que
constituem o arcabouço sobre o qual se sustenta a democracia de qualquer nação, eis
que a essência do citado regime reside em dois postulados fundamentais: o voto e os
partidos políticos. Deveras, quando nascem a liberdade e a democracia, aparecem os
partidos políticos, símbolos da participação do povo na soberania do Estado. Os
partidos servem para exprimir e para formar a opinião pública. Constituem foco
permanente de difusão do pensamento político, além de estimular os indivíduos a
manter, exprimir e defender suas opiniões.
Objectivo geral
Objectivos específicos
Partidos políticos
Antes da revolução francesa, designadamente, não terá havido, senão clubes políticos
(Girondinos, Jacobinos e outros).
Os precursores dos partidos terão sido, os Tories e os Whigs na Inglaterra dos séculos
XVIII e os grupos de federalistas e de republicanos formados nos Estados Unidos após
a independência. Os partidos vão entretanto, aparecendo em todos os países com
regimes liberais, dotados de estruturas mais ou menos sólidas ou mais ou menos frágeis
consoantes as estruturas económicas, sociais, culturais e politicas respectivas.
Sistemas partidários
Sistema de partido único: apenas um partido existe e tem permissão para existir. É
assim porque este partido veta, tanto de direito como facto, qualquer tipo de pluralismo
partidário. Os sistemas de partido único são mais frequentes em regimes totalitários e
vão na contra mão da essência do sistema democrático, uma vez que anula o pluralismo
político.
As ditaduras do século XX, com raras excepções fizeram porem do partido único o
instrumento máximo de conservação de poder, sufocando, pela interdição ideológica, o
pluralismo politico sem o qual a liberdade se instigue (BONAVIDES, 2000, p.475).
Sistema multipartidário: seria mais propício à democracia, que tem como um dos seus
fundamentos o pluralismo político, a diversidades de ideias e opiniões. O grande
problema para alguns autores reside precisamente ai, pois o multipartidarismo conduz
inevitavelmente às coligações eleitorais, de composição bastante heterogénea, sujeito a
inúmeras variações e ate mesmo pulverização de ideias e instabilidade, o que pode
ocasionar o enfraquecimento do regime político e ate mesmo seu colapso.
Ora, é este pluralismo partidário que esta sujacente a varias decisões constituicionais
como, por exemplo, a formação de governos de minoria ou de maioria relativa
(cfr.art.195.º), a proibição de cláusulas barreiras (cfr.art.149.º/1) e o alargamento do
princípio geral da representação proporcional (cfr.art.113.º/5) às próprias eleições locais
(arts.239.º/2).
O princípio democrático, não assenta numa unidade imposta ou pressuposta, mas sim no
pluralismo político e social. Consequentemente, a democracia só podia ser democracia
com partidos e o Estado constitucional só podia caracterizar-se como um Estado
constitucional de partido.
Os partidos políticos devem ter oportunidades iguais, sob pena de ser inconstitucional
qualquer regime jurídico que prevê o contrário. Portanto, a liberdade partidária e a
igualdade de oportunidades no desenvolvimento da actividade politica, são duas
dimensões da liberdade partidária, isso significa a proibição de ingerência positiva e
negativa dos poderes públicos na fundação e existência ou desenvolvimento dos
partidos. Por um lado os partidos são desiguais quanto a inserção politica, a implantação
eleitoral e popular, à capacidade de mobilização, à organização e recursos materiais.
referentes à apresentação de contas dos partidos (cf. Acs. TC arts. 103.º -A e 103.º -
B, Leis 56/98, de 17/08,23/2000 de 23/8). Entretanto, a prestação de contas é
obrigatória para todos os partidos inscritos e registados no Tribunal Constitucional,
independentemente do exercício ou não de actividade politica, do recebimento ou
não de verbas públicas, ou de sua dimensão politica, ou da existência ou não de
representação parlamentar (cf.Acs,TC 522/98, 36/2000, 551/2000).
Conclusão
Durante o trabalho concluímos que falar dos partidos políticos e sistemas partidários
é abordar sobre o tema com grande enfase no desenvolvimento de um Estado
democrático. Portanto, a ideia de partido, tem como objectivo a concorrência na
disputa de poder e sucessão ou alternância no exercício deste, consoante os
resultados das eleições. As ditaduras posteriores a 1977 recusam a legitimidade
eleitoral; e os partidos de vocação totalitária, quando alcançam o governo, destroem
todos os outros. Hoje, porem, depois da vicissitude dos últimos anos, o regime de
partido único está manifestamente em crise em todo mundo.
Referências bibliográficas