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Dentre os bens ou interesses tutelados pelo Estado, através das normas, alguns
afetam sobremaneira a vida em sociedade, quando violados. Exemplos são o
direito à vida, integridade física, honra etc. Ante a importância, incumbe ao
legislador indica-los. Por serem bens resguardados em função da vida social, o
Estado não permite que a aplicação da sanção ao transgressor fique disponível
ao particular. O direito de punir o infrator é do Estado, e como se cuida de
pessoa jurídica, vale-se de seus órgãos competentes.
Cumpre ressaltar que o “jus puniendi” pertence ao Estado, como uma das
expressões de soberania. Contudo, o “jus puniendi” existe no plano abstrato, a
partir da elaboração das leis penais pelo Legislativo, impondo ao particular a
observação dos comandos legais; ao se violar a norma proibitiva, aquele “jus
puniendi” desce do plano abstrato para o concreto, pois, agora o Estado tem o
dever de infligir a pena ao autor da conduta proibida. Surge, assim, com a
prática da infração penal, a “pretensão punitiva”.
O “Jus Puniendi”:
• “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal”;
• “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito”;
• “ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente”;
• “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal”.
O “Jus Puniendi”:
O Direito Penal não é de coação direta, pois o Estado autolimitou seu jus
puniendi, então, não se concebe aplicação de pena sem processo.