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ABC

da reforma
TRABALHISTA
APRESENTAÇÃO

A presente cartilha destina-se a ser um guia seguro e de fácil compreensão para

todos que se interessem pelo tema da reforma trabalhista, que alterou a CLT no

ano de 2017. Com tantas alterações, é preciso discutir e estudar cada instituto

jurídico, com a finalidade de defender com maior qualidade e efetividade os

interesses e direitos dos trabalhadores, seja na relação individual de trabalho,

seja em relações coletivas e sindicais.

Assim, este guia servirá como importante referência para esses estudos, a fim

de prestar esclarecimentos e aprimorar os conhecimentos de todos que tenham

envolvimento com o Direito do Trabalho.

Coordenação Geral: ANDRÉ PASSOS E RAQUEL SIZANOSKI

Coordenação Técnica: SANDRO LUNARD E GIOVANI SOARES DO NASCIMENTO

02 / ABC DA REFORMA
CARACTERIZAÇÃO

TELETRABALHO – REGRAS GERAIS (arts. 75-A, 75-B e parágrafo único, 75-C e §§ 1º e 2º,
75-D e parágrafo único e 75-E e parágrafo único, CLT): O teletrabalho é aquele exercido
em grande parte fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias
de informação e comunicação. A modalidade teletrabalho e as atividades especificadas
deverão constar no contrato individual de trabalho. O empregador poderá alterar o regime
de teletrabalho para presencial, sem a vontade do trabalhador. Mas, não poderá alterar o
trabalho em regime presencial para teletrabalho sem a aceitação do trabalhador. A respon-
sabilidade do empregador pela aquisição, manutenção, fornecimento de equipamentos
necessários e adequados a prestação do trabalho será prevista em contrato. O emprega-
dor deverá instruir os trabalhadores para evitar doenças e acidentes, devendo o emprega-
do assinar termo de responsabilidade sobre essas instruções.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
PARCELAS NÃO SALARIAIS - (art. 28, § 8º, alínea a; § 9º, alíneas h, q e z, Lei 8.212/1991):
Não integram o salário-de-contribuição para a Previdência Social: diárias para viagens, prê-
mios, abonos, assistência médica, odontológica, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médicas e reembolso de despesas com medicamentos.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO EMPREGADO PARA DESCONTO DAS CONTRIBUIÇÕES


DEVIDAS AO SINDICATO E EXIGÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PELA ENTIDADE SINDICAL
OBREIRA - (art. 545, CLT): A contribuição sindical só será descontada com autorização do
trabalhador.

AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL - (arts. 578,


579, 582, 583 e 602, CLT): A contribuição sindical deverá ser autorizada pelo trabalhador e
será descontada da folha de pagamento no mês de março de cada ano; para os trabalha-
dores avulsos, será em abril; dos autônomos e profissionais liberais, em fevereiro.
Aqueles que não estiverem trabalhando nesses meses, poderão contribuir no mês seguinte
ao início do trabalho.

DESNECESSIDADE DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE TRABALHA-


DOR QUANDO DA ADMISSÃO EM EMPREGO - (art. 601, CLT): No ato da admissão, não se
exigirá mais a comprovação de recolhimento do imposto sindical.

PROVA DE QUITAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL OBRIGATÓRIA PARA AUTÔNOMOS


E PROFISSIONAIS LIBERAIS - (art. 604, CLT): Trabalhadores autônomos não precisam
mais comprovar, ao MTE, a quitação do imposto sindical.

RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL DE EMPREGADORES - (art. 587, CLT): Os


empregadores deverão recolher a contribuição sindical no mês de janeiro ou no momento
da solicitação de registro ou licença para o exercício da atividade.

03 / ABC DA REFORMA
CONTRATO DE TRABALHO

BENEFÍCIO - SALÁRIO IN NATURA - (art. 458, § 5º, CLT): Não se considera parte integrante
do salário valor relativo à assistência médica, odontológica ou similar.
Contrato zero. Trabalho intermitente (art. 443, § 3º, CLT): O trabalho intermitente é o
descontínuo, que sofre interrupções entre períodos de trabalho e não trabalho, ficando
excluídos os aeronautas.

CRITÉRIOS - QUADRO DE CARREIRA E PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS - (art. 461, § 3º,


CLT): As promoções poderão ser por antiguidade ou merecimento, ou pelos dois.

CONTRATO ZERO INTERMITENTE - CONVOCAÇÃO - O trabalhador é convocado, por


qualquer meio de comunicação eficaz, com pelo menos três dias de antecedência, para
responder em até um dia útil; caso não responda, entende-se recusado.

CONTRATO ZERO INTERMITENTE - FÉRIAS - Depois de cada período de prestação de


trabalho (que pode ser contado em horas, dias ou meses), o empregador deve pagar,
imediatamente: remuneração, férias proporcionais com acréscimo de um terço, décimo
terceiro salário proporcional, repouso semanal remunerado e adicionais legais.

CONTRATO ZERO INTERMITENTE - FÉRIAS - Após 12 meses, o trabalhador terá direito a


1 mês de férias, não podendo ser convocado para trabalhar para o mesmo empregador.

CONTRATO ZERO INTERMITENTE – MULTA - A parte que não cumprir com o combinado,
sem justo motivo, pagará à outra 50% do valor ajustado.

CONTRATO ZERO INTERMITENTE – NÃO EXCLUSIVIDADE - Quando não convocado pelo


empregador, poderá trabalhar para outros.

CONTRATO ZERO - TRABALHO INTERMITENTE - (art. 452-A e §§ 1º a 9º, CLT): O contrato


de trabalho intermitente deverá ser escrito, com o valor da hora de trabalho igual aos
demais trabalhadores com a mesma função, pagando-se o valor hora do salário-mínimo.

EMPREGADO AUTÔNOMO - AFASTAMENTO DO CRITÉRIO DA EXCLUSIVIDADE COMO


ELEMENTO DA RELAÇÃO DE EMPREGO - (art. 442-B, CLT): O trabalhador autônomo
poderá ser contratado com ou sem exclusividade, em trabalho contínuo ou não.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – EXCLUSÃO DA NECESSIDADE DE HOMOLOGAÇÃO DE QUADRO


DE CARREIRA JUNTO A ÓRGÃO PÚBLICO - (art. 461, § 2º, CLT): As regras do trabalho
de igual valor não se aplicam quando a empresa tiver pessoal organizado em quadro de
carreira ou plano de cargos e salários, não se exigindo mais homologação pelo MTE.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – LOCALIDADE – EXCLUSÃO DO CRITÉRIO DA MESMA


LOCALIDADE (art. 461, CLT): Todo trabalhador receberá o mesmo valor no desempenho de
igual função, prestado para igual empregador, desde que seja no mesmo estabelecimento,
e não mais na mesma localidade.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL – PROIBIÇÃO DE PARADIGMA REMOTO - (art. 461, § 5º, CLT):


Não é mais possível a equiparação salarial tomando como referência o paradigma remoto,

04 / ABC DA REFORMA
ou seja, o trabalhador (A) que queira equiparação salarial em relação a outro (B) que teve
deferido esse direito (por equiparação com C), não o terá mais, porque só é possível entre
dois empregados.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL - TEMPO DE CASA - instituição da exigência de até 02 anos


na mesma função e menos de 04 anos no mesmo emprego (art. 461, § 1º, CLT): Para o
trabalho ser considerado como de mesmo valor, é necessário: igual produtividade,
perfeição técnica, diferença de tempo de serviço prestado inferior a 4 anos e até 2 anos na
função.

FUNÇÃO DE CONFIANÇA - EXTINÇÃO DO PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE ECONÔMICA -


(art. 468, § 2º, CLT): O empregado que exercer função de confiança e voltar ao cargo
efetivo não terá direito à manutenção do valor que recebia.

FORMA - MODALIDADES DE CONTRATO DE TRABALHO - (art. 443, CLT): O contrato de


trabalho poderá ser escrito ou verbal, por prazo determinado ou indeterminado, bem como
para trabalho intermitente.

MUDANÇA EMPRESA - SUCESSÃO EMPRESARIAL - (art. 448-A e parágrafo único, CLT):


As obrigações trabalhistas, mesmo as surgidas durante as atividades dos antigos
empresários, são de responsabilidade dos atuais. Em caso de fraude na transferência, os
antigos empresários também respondem.

MULTA POR CONDUTA DISCRIMINATÓRIA - (art. 461, § 6º, CLT): O juízo determinará multa
de 50% do teto dos benefícios da Previdência e o pagamento das diferenças salariais em
caso de discriminação do trabalhador por sexo ou etnia.

RECOLHIMENTO – INSS/FGTS - O empregador recolherá a contribuição previdenciária e


depositará o FGTS mensalmente.

REMUNERAÇÃO - PARCELAS NÃO SALARIAIS - (art. 457, §§ 1º, 2º e 4º CLT): Fazem parte
do salário do trabalhador o valor estipulado, gratificações e comissões.

REMUNERAÇÃO – IMUNIDADE SALARIAL - Não se considera parte do salário: ajuda de


custo, auxílio alimentação, diárias de viagem, prêmios e abonos.

REMUNERAÇÃO - PRÊMIO - O empregador pode pagar prêmio aos trabalhadores por alto
desempenho, e não será considerado parte do salário.

UNIFORME DE TRABALHO - (art. 456-A e parágrafo único): O empregador poderá escolher


o uniforme do trabalhador, que será responsável pela lavagem quando não exigir produto
especial para limpeza.

TRABALHADOR HIPER-SUFICIENTE - PREVALÊNCIA DE ACORDO INDIVIDUAL SOBRE


O NEGOCIADO COLETIVAMENTE - (art. 444, parágrafo único, CLT): Trabalhadores com
diploma de nível superior e com salário igual ou superior ao dobro do teto previdenciário
(de R$ 5.531,31), poderão negociar diretamente com o empregador, prevalecendo sobre
acordos e convenções coletivas.

05 / ABC DA REFORMA
EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

ACESSO BENEFÍCIO-FORMA - SAQUE DE SEGURO-DESEMPREGO E FGTS - (art. 477,


§ 10, CLT): A anotação da extinção do contrato na Carteira de Trabalho é suficiente para
requerer o seguro-desemprego e movimentar a conta do FGTS.

ANOTAÇÃO CTPS - FORMALIDADES NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO -


(art. 477, CLT): O empregador deverá anotar a extinção do contrato na Carteira de
Trabalho, pagar as verbas decisórias e comunicar a dispensa aos órgãos competentes.

ARBITRAGEM NA RELAÇÃO INDIVIDUAL DE TRABALHO - (art. 507-A, CLT): O trabalhador


com remuneração superior a 2 vezes o teto previdenciário poderá optar pela previsão de
arbitragem no contrato.

DEMISSÃO EM MASSA - EXTINÇÃO DA NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA


DEMISSÃO EM MASSA - (art. 477-A, CLT): Não precisa de autorização sindical, por acordo
ou convenção coletiva, para dispensas em massa.

EXTINÇÃO DE CONTRATO – MÚTUO ACORDO. Extinção do contrato de trabalho mediante


acordo individual (art. 484-A e §§ 1º e 2º, CLT): Quando extinto contrato de trabalho por
acordo entre as partes, o trabalhador terá direito às verbas trabalhistas e a metade do aviso
prévio e da multa do FGTS, mas não ao Seguro-Desemprego. Só poderá movimentar 80%
do saldo de FGTS.

FORMA DE PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS - (art. 477, § 4º, CLT): O pagamento
das verbas rescisórias será feito ao trabalhador através de dinheiro, depósito bancário ou
cheque; para os analfabetos, em dinheiro ou depósito.

JUSTA CAUSA – PERDA DA HABILITAÇÃO - Perda da habilitação ou requisitos legais como


justa causa da extinção do contrato de trabalho (art. 482, m, CLT): O trabalhador que perde
a habilitação para o exercício da profissão pode ser demitido por justa causa.

PDV + QUITAÇÃO C.T. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA COM PLENA QUITAÇÃO DAS
VERBAS TRABALHISTAS - (art. 477-B): O Plano de Demissão Voluntária previsto em acordo
ou convenção coletiva possibilita a quitação dos direitos decorrentes da relação trabalhista,
a não ser que as partes tenham combinado diferente.

PRAZO PARA PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS - (art. 477, § 6º, CLT): O empregador
tem 10 dias para entregar ao trabalhador comprovante que comunicou aos órgãos
competentes a extinção do contrato e pagar as verbas rescisórias nesse mesmo prazo.

QUITAÇÃO ANUAL DAS VERBAS TRABALHISTAS - (art. 507-B e parágrafo único, CLT):
Empregador e trabalhador poderão firmar quitação anual das obrigações trabalhistas,
perante o sindicato, devendo constar cada parcela.

SINDICATO HOMOLOGAÇÃO. EXTINÇÃO DA HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO - (art. 477, §§ 1º, 3º e 7º, CLT): Foi revogada a exigência de
homologação da rescisão do contrato de trabalho para empregados com mais de um ano
de serviço.

06 / ABC DA REFORMA
FALTA DE ANOTAÇÃO EM CARTEIRA - MULTA

MULTA POR AUSÊNCIA DE REGISTRO em CTPS (art. 47, §§ 1º e 2º, e 47-A, CLT): Antes da
reforma trabalhista, a multa para falta de registro de empregado era de 1 salário-mínimo
regional; Após a reforma, a multa para o empregador será de 3.000,00 reais para cada
empregado não registrado, acrescido de mais 3.000,00 reais em caso reincidência. Quando
for microempresa ou empresa de pequeno porte a multa será de 800, 00 reais.
O empregador pagará uma multa de 600, 00 reais para cada trabalhador prejudicado
devido à falta de registro.

FÉRIAS

ABONO DE FÉRIAS - (art. 143, § 3º, CLT): Empregados em regime de tempo parcial passam
a ter o direito de vender 1/3 de seu período de férias.

FRACIONAMENTO DAS FÉRIAS - EM ATÉ TRÊS PERÍODOS - (art. 134, § 1º, CLT): O trabalhador
poderá dividir as férias em até 3 períodos, um no mínimo de 14 dias e os outros superiores
a 5 dias cada um.

FRACIONAMENTO DAS FÉRIAS – LIMITES ETÁRIOS - Exclusão da proibição de férias


fracionadas a pessoas com menos de 18 anos e mais de 50 (art. 134, § 2º, CLT): Pessoas
com menos de 18 anos e mais de 50 não têm mais direito de ter férias contínuas.

INCÍCIO DE FERIADO - Início das férias antes de feriado ou RSR (art. 134, § 3º, CLT): As férias
não poderão iniciar 2 dias antes de feriados e repousos semanais.

TEMPO PARCIAL - Férias para empregados no regime a tempo parcial (art. 130-A, CLT):
Não há mais diferença na quantidade de dias de férias entre o trabalhador em regime de
tempo parcial e os trabalhadores em regime de tempo integral: todos passam a gozar de
30 dias de férias.

FGTS

SAQUE DO FGTS - (art. 20, I-A, Lei n. 8.036/1990): O contrato de trabalho poderá ser
extinto por acordo entre empregado e empregador. Por isso, a Lei do FGTS passou a prever
mais essa hipótese para movimentação do saldo depositado, desde que limitado a 80%.

GRUPO ECONÔMICO

GRUPO ECONÔMICO - CARACTERIZAÇÃO (art. 2º, § 2º, CLT): As empresas que formam
um grupo econômico são responsáveis pelas obrigações trabalhistas uma(s) da(s) outra(s).

GRUPO ECONÔMICO – IDENTIDADE DE SÓCIOS (art. 2º, § 3º, CLT): Grupo econômico é
formado por empresas que atuam de forma conjunta e possuem interesses integrados e
comuns.

07 / ABC DA REFORMA
JORNADA DE TRABALHO

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA – FLEXIBILIZAÇÃO - de compensação de


jornada (art. 59-B, CLT): O descumprimento do regime de compensação de jornada não tem
como consequência o pagamento de horas extras se não for ultrapassada a duração máxima
semanal. A prática de horas extras habituais não descaracteriza o sistema de compensação
de jornada e o banco de horas.

ADICIONAL DE HORAS EXTRAS - REMUNERAÇÃO POR TRABALHO EXTRAORDINÁRIO


(art. 59, § 1º, CLT): O trabalhador receberá pelo menos 50% a mais pelas horas extras.

BANCO DE HORAS – FORMA - AMPLIAÇÃO DO BANCO DE HORAS (art. 59, § 5º, CLT):
O banco de horas poderá ser combinado, por acordo individual entre trabalhador e
empregador, por escrito, e as horas devem ser compensadas em até seis meses. Antes da
reforma, só era possível o banco de horas anual e mediante instrumento coletivo de trabalho.

BANCO DE HORAS - PAGAMENTO DAS HORAS NÃO COMPENSADAS NO REGIME DE


BANCO DE HORAS (art. 59, § 3º, CLT): O trabalhador poderá receber, após a rescisão
contratual, o pagamento das horas adicionais trabalhadas que não foram compensadas,
calculadas sobre o valor da remuneração à época da rescisão.

COMPENSAÇÃO MENSAL DE JORNADA - (art. 59, § 6º, CLT): É permitida a compensação


das horas adicionais, combinado entre trabalhador e empregador por acordo individual
escrito ou não, quando compensadas no mesmo mês.

DISPENSA DE COMUNICAÇÃO À AUTORIDADE COMPETENTE em matéria de trabalho


relativamente a sobrejornada em caso de força maior (art. 61, § 1º, CLT): Se a duração do trabalho
exceder o limite legal não há mais necessidade de comunicação ao MTE, independendo,
também, de acordo ou convenção coletiva de trabalho.

DISPENSA DE LICENÇA PRÉVIA PARA JORNADA 12X36 EM ATIVIDADE INSALUBRE -


(art. 60, parágrafo único, CLT): Não há mais exigência de licença prévia em atividade
insalubre para a prática de sobrejornada no regime 12X36.

ESCALA - 12X36 - (art. 59-A e parágrafo único CLT): O trabalhador poderá realizar jornada
de 12 horas por 36 contínuas de descanso, indenizado o tempo de repouso e alimentação.
A remuneração abrange o pagamento pelo descanso semanal remunerado e feriados.
Serão compensados os feriados e o trabalho noturno prolongado.

INTERVALO – INTRAJORNADA - Ausência de remuneração total do período suprimido


em intervalo intrajornada, indenizando-o (art. 71, § 4º, CLT): O tempo trabalhado durante o
intervalo de descanso ou alimentação será indenizado, com acréscimo de 50% em relação
ao tempo suprimido, e não mais ao total do intervalo.

PRORROGAÇÃO HABITUAL DA JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE ACORDO -


(art. 59, CLT): O trabalhador poderá cumprir até 2 horas extras por dia, desde que exista
acordo individual entre empregado e empregador, acordo coletivo de trabalho ou
convenção coletiva de trabalho.

08 / ABC DA REFORMA
TEMPO PARCIAL - ABONO DE FÉRIAS NO TRABALHO A TEMPO PARCIAL (art. 58-A, § 6º,
CLT): O trabalhador em regime de tempo parcial poderá vender um terço das férias.

TEMPO PARCIAL - COMPENSAÇÃO DE JORNADA SEM NEGOCIAÇÃO COLETIVA NO


TRABALHO A TEMPO PARCIAL (art. 58-A, § 5º, CLT): As horas adicionais poderão ser
compensadas, mediante acordo entre empregado e empregador, até a próxima semana ou
recebidas na folha de pagamento no próximo mês.

TEMPO PARCIALO - HORAS EXTRAS EM REGIME DE TRABALHO A TEMPO PARCIAL


(art. 59, § 4º, CLT): No trabalho em regime de tempo parcial é possível fazer horas extras.

TEMPO PARCIAL - LIMITAÇÃO DA JORNADA EXTRAORDINÁRIA NO TRABALHO A TEMPO


PARCIAL (art. 58-A, § 4º, CLT): Para o trabalho com duração igual ou inferir a 26 horas
semanais, às 6 horas adicionais trabalhadas serão consideradas horas extras.

TEMPO PACIAL - TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL (art. 58-A, CLT): O trabalho
com duração menor ou igual a 30 horas semanais é considerado jornada de regime parcial,
sem horas extras. Também aquele trabalho menor ou igual a 26 horas semanais, com até
seis horas extras na semana.

TEMPO PARCIAL - TRABALHO EXTRAORDINÁRIO - (art. 58-A, § 3º, CLT): Será pago 50%
a mais nas horas extras no caso de trabalho a tempo parcial.

TEMPO DE TRAJETO - (art. 58, § 2º, CLT): O tempo gasto para ir ao trabalho e para voltar
do trabalho para casa não integra mais a jornada de trabalho.

TELETRABALHO - EXCLUSÃO DO CONTROLE de jornada para quem pratica atividade


externa em teletrabalho (art. 62, III, CLT): Os trabalhadores em regime de teletrabalho
estão excluídos do controle de jornada.

MULHER

AMAMENTAÇÃO - HORÁRIOS PARA AMAMENTAÇÃO DO FILHO (art. 396, § 2º, CLT):


Os dois horários especiais para amamentação do filho, nos primeiros 06 meses de idade,
serão definidos em acordo entre a trabalhadora e seu empregador.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE À GESTANTE - (art. 394-A, §§ 1º, 2º e 3º, CLT): A empresa


pagará o adicional de insalubridade à gestante ou à lactante. Quando a gestante não puder
trabalhar em lugar salubre, a gravidez será considerada de risco e receberá salário-
maternidade durante o afastamento.

INTERVALO – EXCLUSÃO - 15 MINUTOS ANTES DE SOBREJORNADA PARA MULHERES -


(art. 384, CLT): Ninguém mais tem o direito de ter 15 minutos antes de fazer horas extras.

TRABALHO DA MULHER - (art. 372, parágrafo único, CLT): A mulher passa a ter todos os
direitos dos empregados, ainda que trabalhe em regime familiar.

TRABALHO INSALUBRE - ADMISSÃO DE TRABALHO DA EMPREGADA GESTANTE E DA

09 / ABC DA REFORMA
LACTANTE EM AMBIENTE INSALUBRE - (art. 394-A, CLT): A trabalhadora gestante deverá
ser afastada de atividades insalubres em grau máximo; de grau médio ou mínimo, mediante
recomendação médica; ou, ainda, em qualquer grau, durante a lactação, se apresentar
atestado de saúde. Mesmo afastada, ela continua recebendo o adicional de insalubridade.

NEGOCIAÇÃO COLETIVA

O QUE PODE: PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO - (art. 611-A, CLT): A


reforma trabalhista passa a dar prevalência a acordos e convenções coletivas de trabalho
sobre a legislação trabalhista, especificamente quanto às seguintes matérias: pacto quanto
à jornada de trabalho, desde que respeitados os limites constitucionais; banco de horas
anual; intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas; adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE); plano de cargos,
salários e funções e identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
regulamento empresarial; representante dos trabalhadores no local de trabalho; teletrabalho,
regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; remuneração por produtividade, inclusive
gorjetas, e remuneração por desempenho individual; modalidade de registro de jornada de
trabalho; troca do dia de feriado; enquadramento do grau de insalubridade; prorrogação
de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do
Ministério do Trabalho; prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos
em programas de incentivo; participação nos lucros ou resultados da empresa.

O QUE ESTÁ PROBIDO: MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE NEGOCIAÇÃO
COLETIVA IN pejus - (art. 611-B e parágrafo único, CLT): É ilegal reduzir ou suprimir, por
meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho, os seguintes direitos: regras sobre
identificação profissional, inclusive anotação da CTPS; seguro-desemprego, em caso de
desemprego involuntário; valor dos depósitos mensais e da multa do FGTS; salário mínimo;
valor nominal do 13º salário; remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
proteção do salário na forma da lei, sendo crime sua retenção dolosa; salário-família;
repouso semanal remunerado; remuneração das horas extras em, no mínimo, 50%; número
de dias de férias; férias anuais remuneradas com um terço; licença-maternidade de 120
dias; licença-paternidade; proteção do mercado de trabalho da mulher; aviso prévio
proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; normas
de saúde, higiene e segurança do trabalho; adicional de penosidade, insalubridade ou
periculosidade; aposentadoria; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador;
direito de propor ação judicial e respeitada a prescrição quinquenal e bienal; proibição
de discriminação quanto ao trabalhador com deficiência; proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16
anos, exceto como aprendiz, a partir de 14 anos; medidas de proteção legal de crianças e
adolescentes; igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso; liberdade de associação profissional ou sindical do
trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem expressa e prévia concordância, qualquer
cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho;
direito de greve; definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e atendimento
das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; tributos e outros créditos
de terceiros; as disposições legais sobre trabalho da mulher e proteção à maternidade.
Por fim, a lei não considera as regras sobre duração do trabalho e intervalos como normas
de saúde, higiene e segurança do trabalho.

10 / ABC DA REFORMA
ACT X CCT - PREVALÊNCIA DE ACORDOS COLETIVOS SOBRE CONVENÇÕES COLETIVAS -
(art. 620, CLT): As regras previstas em acordos coletivos de trabalho sempre têm prevalên-
cia sobre as convenções coletivas de trabalho.

COMPENSAÇÃO CLÁUSULAS ANULADAS - (art. 611-A, §§ 4º e 5º, CLT): Se for anulada


cláusula de instrumento coletivo, a cláusula compensatória correspondente também deverá
ser anulada, sem devolução dos valores já recebidos.
Em ação judicial, individual ou coletiva, em que se discuta a anulação de cláusula de
instrumento coletivo, os sindicatos que assinaram o acordo ou a convenção deverão
participar como litisconsortes necessários.

CONTRAPARTIDAS. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE CONTRAPARTIDAS NA NEGOCIAÇÃO


COLETIVA - (art. 611-A, § 2º, CLT): A inexistência de contrapartidas em instrumento coletivo
de trabalho não gera a nulidade do acordo ou convenção.

REDUÇÃO SALARIAL - REDUÇÃO DE SALÁRIO OU JORNADA COM PROTEÇÃO CONTRA


DISPENSA IMOTIVADA - (art. 611-A, § 3º, CLT): Acordo ou convenção coletiva de trabalho
podem reduzir salário ou jornada, desde que, até a data de vencimento do instrumento
coletivo, exista proteção contra dispensa imotivada.

ULTRATIVIDADE VIGÊNCIA - VEDAÇÃO À ULTRATIVIDADE DE ACORDOS E CONVENÇÕES


COLETIVAS DE TRABALHO - (art. 614, § 3º, CLT): Ultratividade significa dar à norma jurídica
efeitos além de sua vigência. A lei acaba com a ultratividade de cláusulas normativas de
acordos e convenções coletivas de trabalho, limitando a vigência a, no máximo, dois anos,
sem qualquer segurança aos trabalhadores após esse prazo.

PROCESSO DO TRABALHO - REGRAS GERAIS


ACORDOS EXTRAJUDICIAIS - (art. 652, f, CLT): A lei dá competência à Justiça do Trabalho
para decidir sobre a homologação de acordos extrajudiciais.

CUSTAS PROCESSUAIS - DIMINUIÇÃO DO VALOR DAS CUSTAS PROCESSUAIS -


(art. 789, CLT): As custas no processo trabalhista, durante a fase de conhecimento, são de
2% do valor da causa, sendo, no mínimo, de R$ 10,64, e, no máximo, quatro vezes o limite
máximo dos benefícios da Previdência Social.

DANO PROCESSUAL - (arts. 793-A, 793-B, 793-C, §§ 1º a 3º, e 793-D, parágrafo único, CLT):
Deve pagar multa e indenização aquele que agir de má-fé no processo, pedindo coisas
contrários ao que está na lei, mentindo, usando o processo para tentar conseguir alguma
coisa ilegal, criar obstáculos para o andamento do processo ou se manifestar sem certeza
naquilo que afirma ou só para retardar o andamento processual.

DANO PROCESSUAL CRITÉRIOS MULTA - A parte contrária poder pedir ou o próprio juiz
determinar, a condenação ao pagamento da multa por má-fé, que será de 1% a 10% do valor
da causa, e também deverá indenizar a outra parte pelos prejuízos que ela sofreu, além de
honorários de advogado e todas as outras despesas.
Se o processo for de valor muito baixo ou impossível de estimar, a multa será de, até, o
dobro do limite máximo dos benefícios da Previdência Social.
A multa também pode ser aplicada às testemunhas que mentirem ou omitirem alguma coisa.

11 / ABC DA REFORMA
DIREITO SUMULAR RESTRIÇÕES - RESTRIÇÃO À FORÇA NORMATIVA DA JURISPRUDÊNCIA
DA JUSTIÇA DO TRABALHO - (art. 8º, § 2º, CLT): A lei restringe a aplicação de enunciados e
Súmulas dos Tribunais Trabalhistas, inclusive do TST, ao impedir a “criação de obrigações”,
na tentativa de se aplicar somente obrigações “previstas em lei”.

DIREITO SUMULAR REQUISITOS - RESTRIÇÃO À EDIÇÃO DE SÚMULAS E ENUNCIADOS


DE JURISPRUDÊNCIA PELO TRIBUNAL PLENO DOS TRIBUNAIS TRABALHISTAS - (art.
702, I, f): A lei cria condições para a edição de enunciados e súmulas pelos Tribunais do
trabalho, fixando número de sessões em que a matéria tenha sido objeto de decisão, por
unanimidade. Portanto, há flagrante tentativa de restringir o poder da Justiça do Trabalho
para fixação de textos sumulares e enunciados jurisprudenciais, tornando mais difícil e de-
morada a aprovação dos mesmos, aumentando a insegurança jurídica e retirando a auto-
nomia dos Tribunais do trabalho, uma vez que ficam vinculados estritamente ao texto legal.

DIREITO SUMULAR SESSÕES - ESTABELECIMENTO OU ALTERAÇÃO DE SÚMULAS -


(art. 702, §§ 3º e 4º, CLT): Nos Tribunais, as sessões de julgamento sobre criação ou mudança
de súmulas e outros enunciados devem ser públicas, divulgadas com a antecedência
mínima de 30 dias, garantia a sustentação oral pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Advogado-Geral da União e
por confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.

HONORÁRIOS PERICIAIS- PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS - (art. 790-B e


§§ 1º a 4º, CLT: Deve pagar os honorários periciais aquele que perde no pedido de perícia,
mesmo que tenha o benefício da justiça gratuita.
O juiz deverá obedecer o limite estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho
para fixar o valor dos honorários periciais, sendo possível o parcelamento, mas não o
adiantamento dos valores.
O Estado passa a pagar os honorários periciais de quem seja beneficiário da justiça gratuita
somente se ele nada recebeu na ação judicial ou em outro processo.

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA - (art. 791-A e §§ 1º a 5º, CLT): A lei passa a prever


a obrigação de pagamento de honorários para o advogado da outra parte para cada
pedido que perder no processo, no percentual de 05% a 15% sobre “o valor que resultar da
liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa”.

INTERVENÇÃO LIMITES REQUISITOS - PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA NA


AUTONOMIA DA VONTADE COLETIVA - (art. 8º, § 3º, e art. 611-A, § 1º, CLT): A lei restringe o
exame, pela Justiça do Trabalho, do conteúdo de convenções e acordos coletivos,
limitando essa análise, exclusivamente, aos requisitos formais do negócio jurídico, previstos
no Código Civil, criando o “princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade
coletiva”.

JUSTIÇA GRATUITA - (art. 790, §§ 3º e 4º): A lei cria barreiras ao deferimento do pedido de
justiça gratuita pelo trabalhador, aumentando o patamar salarial mínimo para configuração
dessa necessidade, sendo de 40% do limite máximo dos benefícios da Previdência Social
(ou seja, R$ 2.212,52, sendo, atualmente, R$ 1.874,00), além de exigir a comprovação da
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo, enquanto que antes
bastava a declaração, presumindo-se a insuficiência.

12 / ABC DA REFORMA
PRAZO PROCESSUAL - CONTAGEM DE PRAZOS PROCESSUAIS - (art. 775, §§ 1º e 2º,
CLT): Os prazos processuais passam a ser contados somente em dias úteis, excluindo o dia
do começo e incluindo o do vencimento, e podem ser prorrogados quando o Juiz entender
necessário ou no caso de força maior comprovada.
Ainda, o Juiz pode aumentar os prazos processuais e estabelecer a ordem de produção
das provas.

PROCESSO DO TRABALHO - FASE CONHECIMENTO

AUSÊNCIA DO RECLAMANTE À AUDIÊNCIA INICIAL - (art. 844, §§ 1º a 5º, CLT): A lei diz
que o reclamante que faltar à audiência inicial será condenado ao pagamento de custas,
mesmo que seja beneficiário da justiça gratuita, exceto se faltar por motivo relevante; para
entrar com nova ação, deverá pagar as custas do processo, ainda que tenha a justiça gratuita.

DESISTÊNCIA DA AÇÃO - (art. 841, § 3º, CLT): O autor o processo não pode desistir da
ação sem o consentimento da outra parte depois da contestação.

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL - (art. 800, §§ 1º a 4º, CLT): Quando o


processo for ajuizado em lugar incorreto, a outra parte pode se manifestar, ficando suspenso
o processo para que o Juiz decida, podendo marcar audiência especial para isso.

INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - (art. 855-A e §§ 1º


e 2º, CLT): O processo trabalhista passa a adotar o chamado “incidente de desconsideração
da personalidade jurídica” previsto no Código de Processo Civil, ou seja, para alcançar os
bens dos sócios passa a existir um momento para isso no processo, que será suspenso até
decisão.

ÔNUS DA PROVA - (art. 818, §§ 1º a 3º, CLT): Deve provar os fatos aquele que faz o pedido,
devendo a outra parte apresentar outras provas e argumentos para provar o contrário.
O Juiz pode, dependendo do caso, determinar à parte contrária que faça a produção de
determinada prova, se ela tiver melhores condições para isso.

PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRA-


JUDICIAL - (arts. 855-B, §§ 1º e 2º, 855-C, 855-D e 855-E, parágrafo único, CLT): Passa a
ser possível fazer acordo extrajudicial entre trabalhador e empregador, para depois ser
homologado por Juiz.

PRAZO PARA DEFESA - (art. 847, parágrafo único, CLT): A parte deve apresentar a
contestação no processo até a audiência inicial.

PREPOSTO PROFISSIONAL - (art. 843, § 3º, CLT): A lei não exige mais que o preposto da
reclamada seja empregado dela.

REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - (art. 840, §§ 1º a 3º, CLT): A petição inicial deve conter
o endereçamento para o Juiz, o nome e dados das partes, a descrição da situação de
conflito, os pedidos e indicação do valor de cada pedido.

13 / ABC DA REFORMA
PROCESSO DO TRABALHO - FASE DE EXECUÇÃO
ATUALIZAÇÃO DE CRÉDITOS PELA TR - (art. 879, § 7º, CLT): Os valores que o trabalhador
receberá pela condenação serão atualizados pela TR (taxa referencial).

EXECUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS - (art. 876, parágrafo único, CLT): A Justiça deve
executar as contribuições para a Previdência Social no mesmo processo em que houver
essa condenação, quando houver condenação ou acordo, mas não mais as contribuições
não recolhidas sobre os salários do período do contrato de trabalho.

GARANTIA DA EXECUÇÃO - (art. 882, CLT): A lei autoriza a apresentação de seguro-


garantia judicial ou outros bens para garantir a execução.

GARANTIA DO JUÍZO PARA APRESENTAÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO - (art. 884, §


6º): A lei retira a exigência de garantia ou penhora de “entidades filantrópicas e/ou aqueles
que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições”.

LEGITIMIDADE PARA A EXECUÇÃO E IMPULSO DO PROCESSO COM MAIOR ÔNUS PARA


O TRABALHADOR - (art. 878 e parágrafo único, CLT): O Juiz só pode movimentar o processo
se as partes não tiverem advogado.

PROTESTO DA DECISÃO JUDICIAL E INCLUSÃO DO DEVEDOR EM ÓRGÃOS DE


PROTEÇÃO AO CRÉDITO OU NO BNDT - (art. 883-A, CLT): É possível levar a protesto,
inscrição em órgãos de proteção ao crédito e registro no Banco Nacional de Devedores
Trabalhistas a decisão judicial que condenou alguém, mas somente depois de 45 dias, se o
executado não apresentar alguma garantia.

PRAZO PARA MANIFESTAÇÃO SOBRE CÁLCULOS DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA -


(art. 879, § 2º, CLT): A lei muda o prazo para manifestação das partes sobre cálculos de 10
dias para cada uma, para 8 dias para as duas.

PROCESSO DE TRABALHO – FASE RECURSAL


DEPÓSITO RECURSAL - (art. 899, §§ 4º, 5º, 9º, 10 e 11, CLT): Foi reduzido, metade, o valor
do depósito recursal para as seguintes entidades: sem fins lucrativos, filantrópicas,
empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas
de pequeno porte.
Para beneficiários da justiça gratuita, entidades filantrópicas e e empresas em recuperação
judicial, não há necessidade de pagamento do depósito recursal.
O depósito recursal pode ser feito por fiança bancária ou seguro judicial.

REQUISITOS PARA O RECURSO DE REVISTA - (art. 896, § 1º-A, IV, e § 14, CLT): A lei passa
a prever requisitos para o recurso ao TST, exigindo a reprodução de alguns trechos da
petição e da decisão.
O Ministro relator do recurso pode negá-lo no caso de ausência de algum requisito.

UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - (art. 896, §§ 3º, 4º, 5º e 6º, CLT): A CLT previa
um procedimento para a uniformização das decisões judiciais, mas foi revogado.

TRANSCENDÊNCIA PARA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE REVISTA - (art. 896-A,


§ 1º a 6º, CLT): Com o intuito de diminuir a análise de recursos de revista pelo TST, a lei diz o

14 / ABC DA REFORMA
que o trabalhador deve demonstrar para fins de atendimento ao requisito da transcendência
da causa, estabelecendo os seguintes indicadores: econômica, política, social e jurídica.

TRANSCENDÊNCIA DO RECURSO DE REVISTA - (art. 2º da Medida Provisória nº 2.226, de


4 de setembro de 2001): A regulação sobre o requisito da transcendência do recurso para
o TST seria prevista em seu regimento interno, mas isso foi revogado.

REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES NOS LOCAIS DE TRABALHO


COMISSÃO DE EMPRESA - REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES NOS LOCAIS DE
TRABALHO – REGRAS GERAIS (art. 510-A, §§ 1º e 2º, 510-B, §§ 1º e 2º, 510-C, §§ 1º a 6º, e
510-D, §§ 1º a 4º, CLT): É assegurada a criação de comissão representativa dos trabalhadores
nas empresas com mais de 200 empregados. Se a empresa tiver empregados em vários
estados, será criada uma comissão representativa para cada um deles.

ESTABILIDADE - O representante eleito não sofrerá despedida arbitrária, desde o registro


da candidatura até 1 ano após o fim do mandato.

FUNÇÃO - As comissões terão as atribuições de representar os empregados, aprimorar a


relação entre empresa e empregador, buscar solucionar os conflitos, assegurar tratamento
justo e imparcial entre os trabalhadores, encaminhar as reivindicações e acompanhar o
cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias, convenções e acordos coletivos.
A eleição será realizada 30 dias antes do fim do mandato anterior, por edital, e realizada
por comissão eleitoral sem influência da empresa e do sindicato.
Se não houver candidato inscrito, será convocada nova eleição em até um ano. O mandato
terá duração de um ano, sem reeleição, e será exercido junto com as funções do trabalhador.

TERCEIRIZAÇÃO
AMPLIAÇÃO SUBJETIVA DA TERCEIRIZAÇÃO - (art. 4º-A, Lei n. 6.019/1974): A lei passa a
admitir a terceirização também na atividade-fim, não mais fazendo referência a “serviços
determinados e específicos”.

CONTRATAÇÃO DE PJ EX-EMPREGADO - (arts. 5º-C e 5º-D, Lei n. 6.019/1974): O ex-traba-


lhador da empresa tomadora não poderá se tornar sócio da empresa prestadora antes de
decorridos 18 meses.
O empregado da contratante que foi demitido não pode prestar serviços para empresa
prestadora antes de 18 meses.

DIREITOS DO TERCEIRIZADO - (art. 4º-C, Lei n. 6.019/1974): Os terceirizados têm direito,


no estabelecimento da contratante, a alimentação quando houver refeitório, transporte,
atendimento médico ou ambulatorial quando existente, treinamento para a atividade e
medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho.
É possível que os terceirizados tenham salário equivalente aos não terceirizados se assim
ajustarem contratante e contratada.

TERCEIRIZAÇÃO NA ATIVIDADE-FIM - (art. 5º-A, Lei n. 6.019/1974): A lei amplia a


terceirização para qualquer atividade, inclusive a principal.

15 / ABC DA REFORMA

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