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DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

DIREITO – UNAMA
SANTARÉM/PA

Prof. ANA CLARA MULLER HOFF


BIBLIOGRAFIA
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO
• Princípio da irredutbilidade salarial
– CF
– Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
– VI - irredutbilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletvo;

– CLT
– Art. 503 - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados
da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento),
respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região.
– Parágrafo único - Cessados os efeitos decorrentes do motvo de força maior, é garantdo o restabelecimento dos salários
reduzidos.
– Art. 611-B. Consttuem objeto ilícito de convenção coletva ou de acordo coletvo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a
redução dos seguintes direitos:
– VII - proteção do salário na forma da lei, consttuindo crime sua retenção dolosa;
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO

• Princípio da inalterabilidade salarial


• Princípio profundamente vinculado ao princípio consttucional da irredutbilidade salarial (CF,
art. 7º, VI).
– CLT
– Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectvas condições por mútuo
consentmento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena
de nulidade da cláusula infringente desta garanta.

– A alterabilidade salarial in pejus pode ser reconhecida a qualquer


tempo, pois eivada de nulidade absoluta.
– Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos pratcados com o objetvo de desvirtuar, impedir ou fraudar a
aplicação dos preceitos contdos na presente Consolidação.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO
• Princípio da integralidade salarial
– CLT
– Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de
adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletvo.
– § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou
na ocorrência de dolo do empregado.
– § 2º - É vedado à empresa que mantver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estmados a
proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentdo de que os empregados se utlizem
do armazém ou dos serviços.
– § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantdos pela Empresa, é lícito à
autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços
prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefcio das empregados.
– § 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de
dispor do seu salário.

– CF
– Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
– X - proteção do salário na forma da lei, consttuindo crime sua retenção dolosa;
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO

• Princípio da integralidade salarial

– Súmula nº 342 do TST


– DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantda) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
– Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser
integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de
entdade cooperatva, cultural ou recreatvo-associatva de seus trabalhadores, em seu benefcio e de seus
dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se fcar demonstrada a existência de coação ou de
outro defeito que vicie o ato jurídico.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO

• Princípio da intangibilidade salarial


– CLT
– Art. 449 - Os direitos oriundos da existência do contrato de trabalho subsistrão em caso de falência, concordata
ou dissolução da empresa.
– § 1º - Na falência consttuirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado e a
totalidade das indenizações a que tver direito.
– § 2º - Havendo concordata na falência, será facultado aos contratantes tornar sem efeito a rescisão do contrato
de trabalho e consequente indenização, desde que o empregador pague, no mínimo, a metade dos salários que
seriam devidos ao empregado durante o interregno.
– Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato
de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro
principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.
– Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fca ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o
subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garanta das obrigações previstas neste artgo.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO

• Princípio da impenhorabilidade salarial

– CPC
– Art. 833. São impenhoráveis:
– IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as
pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantas recebidas por liberalidade de terceiro e destnadas ao
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profssional liberal,
ressalvado o § 2º;
– § 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação
alimentcia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-
mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º .
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CONCEITO E DISTINÇÃO
• Salário e remuneração correspondem à contraprestação pecuniária paga ao empregado em
decorrência da sua prestação de serviços.
• Remuneração é gênero, do qual salário é espécie.
REMUNERAÇÃO = SALÁRIO + GORGETAS
• CLT - Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e
pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
• § 1º Integram o salário a importância fxa estpulada, as gratfcações legais e as comissões pagas pelo empregador.
• § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a ttulo de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento
em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não consttuem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
• § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o
valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer ttulo, e destnado à distribuição aos empregados.
• § 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em
dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no
exercício de suas atvidades.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CONCEITO E DISTINÇÃO

• Remuneração é o conjunto de todas as verbas recebidas pelo empregado em decorrência do


contrato, como contraprestação pelos serviços prestados, abrangendo aquela que é paga
diretamente pelo próprio empregador (salário), como aquelas pagas por terceiros (gorjetas).

• Salário é o valor pago diretamente pelo empregador ao empregado como contraprestação


decorrente da relação de emprego (contrato de trabalho), abrangendo os períodos de prestação
de serviços, o tempo à disposição do empregador e os períodos de interrupção do contrato de
trabalho (art. 457, CLT).

• Gorgetas é a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, ou também o


valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer ttulo, e destnado à
distribuição aos empregados.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CONCEITO E DISTINÇÃO
• Gorgetas, também chamadas de propina, integram a remuneração para todos os efeitos legais
(art. 457, caput, CLT).
– No entanto, de acordo com o entendimento adotado pelo TST, as gorjetas não servem de base de cálculo para os
seguintes direitos:
• aviso-prévio,
• adicional noturno,
• horas extras, e
• repouso semanal remunerado.
– Súmula nº 354 do TST - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantda) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003 - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos
clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio,
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

• Gueltas, assim como as gorjetas, também são suplementos salariais ofertados por terceiros.
Entretanto, não são pagas pelos clientes, mas sim pelos fornecedores do empregador, com a
anuência deste.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS CARACTERIZADORES DO SALÁRIO
• Habitualidade – decorre da natureza sucessiva do contrato de trabalho, da contnuidade do serviço.
• Periodicidade – pode ser mensal, quinzenal, semanal.
– CLT - Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estpulado por
período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratfcações.
– § 1º Quando o pagamento houver sido estpulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útl
do mês subsequente ao vencido.
• Quantfcação – o empregado tem o direito de saber quais os valores e parcelas lhe estão sendo pagas
agora, e serão pagas futuramente. Por resultado lógico, é vedado pelo ordenamento pátrio o salário
complessivo (Súmula 91 do TST).
• Essencialidade – é necessário para a caracterização da relação de emprego, que é onerosa (Art. 2º e 3º,
CLT).
• Reciprocidade – o contrato de trabalho é sinalagmátco, e a todo trabalho de igual valor corresponderá
salário igual (Arts. 460 e 461, CLT).
– CLT - Art. 5º - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distnção de sexo.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CLASSIFICAÇÃO do SALÁRIO

• Quanto ao posicionamento original da parcela no conjunto do Direito:

• parcelas salariais de caráter tpico — são as modalidades de remuneração que decorrem do


contrato de trabalho como sua consequência natural. Incluem-se nesta modalidade o salário
básico, os adicionais, as gratfcaçaes, entre outros;

• parcelas salariais de caráter apenas compatvel com o Direito do Trabalho — são as modalidades
de remuneração que têm origem em outros ramos do Direito, mas que foram, com o passar do
tempo, sendo assimiladas pelo Direito do Trabalho e consideradas como forma de remuneração
de alguns tpos de trabalhadores. Como exemplo, a doutrina cita as comissaes, que têm origem
no Direito Comercial.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CLASSIFICAÇÃO

• Quanto à origem de fxação da parcela remuneratória:

• parcelas salariais espontâneas — aquelas estpuladas a partr da vontade das partes, seja
unilateralmente pelo empregador ou bilateralmente;

• parcelas salariais imperatvas — aquelas decorrentes de previsão em normas jurídicas, podendo


ser oriundas de normas autônomas (convenção ou acordo coletvo de trabalho) ou de normas
heterônomas (leis).
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CLASSIFICAÇÃO

• Quanto à forma/natureza do pagamento da parcela:

• salário pago em dinheiro — o valor em pecúnia (moeda corrente) pago pelo empregador como
contraprestação pelos serviços é a forma comum, normal, de pagamento do salário;
– VEDADO O PAGAMENTO DE SALÁRIO EM MOEDA ESTRANGEIRA – Salvo se a obrigação tver de ser cumprida no
exterior (Art. 1º, Decreto-Lei nº 857/1969).
– CLT - Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
– Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artgo considera-se como não feito.

• salário pago em utlidades — o legislador permite que o pagamento do salário seja feito por
meio do fornecimento pelo empregador ao empregado de bens in natura.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CLASSIFICAÇÃO

• Quanto ao modo de aferição:

• salário por unidade de tempo — é aquele que é fxado a partr do período de tempo que o
empregado fca à disposição do empregador, ou seja, existe uma correspondência entre a
jornada de trabalho e o salário;
• salário por unidade de obra — é aquele que adota como parâmetro de fxação a produção do
empregado. A produção alcançada pelo empregado é o critério utlizado para o cálculo do valor
fnal do salário;
• salário por tarefa — trata-se de modalidade mista, é aquele que é fxado levando-se em conta
tanto o critério tempo, como o critério quantdade de produção, sendo determinada pelo
empregador uma tarefa mínima que deve ser cumprida pelo empregado em um determinado
período de tempo.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CLASSIFICAÇÃO
• Quanto à forma de composição:
• salário fxo — é aquele pago diretamente ao empregado em importância fxa, podendo ser parte
em dinheiro e parte em utlidades;
• salário variável — é aquele usado em situaçaes específcas, geralmente comissaes (vendas) ou
prêmios e gratfcaçaes (etc...) (produção), sempre garantda a percepção do salário mínimo ou
piso salarial, caso o montante a receber seja inferior;
• salário misto — trata-se de modalidade mista, quando o salário é composto por parcela fxa e
parcela variavel.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• CLASSIFICAÇÃO
• IMPORTANTE - Apesar de caracterizarem, de certa forma, modos de aferição de
valores pagos ao empregado pelo empregador, não se confundem
com as modalidades anteriormente indicadas:
• salário básico — é o valor fxado no contrato de trabalho e que corresponde à
contraprestação pelos serviços. A este valor podem ser somados outros, compondo-se,
assim, o complexo salarial do empregado. No entanto, o salário básico é a “plataforma”,
estpulada quando da contratação do empregado e sobre a qual incidirão reajustes e outras
parcelas de natureza salarial;
• salário complessivo — consiste em pagamento ao empregado de valor único com a
pretensão de quitar não só o salário, mas também diversos ttulos decorrentes do contrato
de trabalho. A fxação do valor do salário é feita previamente (à forfait), evitando-se o
cálculo posterior e individualizado do que realmente deve ser pago ao empregado por
vários ttulos.
– Súmula nº 91 do TST - SALÁRIO COMPLESSIVO (mantda) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - Nula é a cláusula
contratual que fxa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou
contratuais do trabalhador.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• FORMALIDADES PARA O PAGAMENTO DAS PARCELAS SALARIAIS
• Meios de pagamento do salário
– CLT - Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
– Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artgo considera-se como não feito.
– VEDADO O PAGAMENTO DE SALÁRIO EM MOEDA ESTRANGEIRA – Salvo se a obrigação tver de ser cumprida no exterior (Art. 1º,
Decreto-Lei nº 857/1969 e Art. 5º, Lei nº 7064/1982).
– PAGAMENTO EM CHEQUE - Portaria MTb n. 3.281, de 7 de dezembro de 1984.
• Periodicidade de pagamento de parcelas salariais
– CLT - Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estpulado por período superior a
1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratfcações.
– CLT - Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultmada a transação a que se referem.
– § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem
respeito proporcionalmente à respectva liquidação.
– § 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida
por este artgo
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• FORMALIDADES PARA O PAGAMENTO DAS PARCELAS SALARIAIS
• Prova do pagamento do salário
– CLT - Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto,
mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
– Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fm em nome de cada
empregado, com o consentmento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.

– Tempo e local do pagamento


– CLT - Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estpulado por período superior a
1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratfcações.
– § 1º Quando o pagamento houver sido estpulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útl do mês
subsequente ao vencido.
– CLT - Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útl e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou
imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artgo
anterior.
– CLT - Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultmada a transação a que se referem.
– § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem
respeito proporcionalmente à respectva liquidação.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• FORMALIDADES PARA O PAGAMENTO DAS PARCELAS SALARIAIS
• Não complessividade no pagamento
– O recibo de pagamento deve especifcar claramente todas as verbas que foram objeto do pagamento, mediante o
rótulo que lhes é oferecido (salário-base, gratfcação de função, adicional de transferência etc.), não sendo
admissível a compressão de todas as verbas sem a necessária discriminação. (Súmula 91 do TST).

– Pagamento de parcelas salariais para empregado menor


– CLT - Art. 439 - É lícito ao menor frmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do
contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais,
quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.
– CLT - Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• COMPONENTES DA REMUNERAÇÃO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA REMUNERATÓRIA

• As parcelas de natureza remuneratória podem ser divididas em três grupos distntos:


• Salário-base: a retribuição outorgada pelo empregador em virtude do núcleo básico de
atvidades correspondentes à ocupação do empregado.
• Complementos salariais: a retribuição outorgada pelo empregador pelo trabalho prestado pelos
empregados em circunstâncias adicionais àquelas originalmente ajustadas.
• Suplementos salariais: a retribuição outorgada por terceiros com os quais os empregadores
mantêm relaçaes mercants com o objetvo de incentvar os empregados a bem exercer suas
funçaes.(gorjetas , gueltas).
*Neste partcular – suplementos- o terceiro paga a parcela e o empregador é obrigado a utlizar tal
valor pago como base de pagamento de outros direitos??? A famosa integração?
• Pesquisa on line em sala de aula.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Salário-base
• É a unidade básica de retribuição pelo trabalho acertado.
• Quando um empregado é contratado, estpula-se um valor como retribuição pelos serviços que
compaem o plexo mínimo de suas atvidades.
• Será classifcado conforme diferentes critérios.
• Quanto ao modo de aferição, poderá ser salário por unidade de tempo, salário por unidade de
obra, ou salário por tarefa.
• Quanto à forma de composição, poderá ser salário fxo, salário variável, ou salário misto.
– CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: [...] VII - garanta de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
– Garanta do padrão salarial mínimo
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Complementos salariais
• Parcelas que complementam o salário-base.
• Decorrem de fatos geradores específcos, previstos em leis, regulamentos, contratos coletvos
ou individuais, e são pagos diretamente pelos empregadores em virtude da ocorrência desses
fatos.
• Complementos salariais próprios - verbas que incrementam o salário-base, mas que, como
qualquer outro complemento salarial tpico, desaparecem da remuneração na medida em que
fenecem os correspondentes fatos geradores.
• Complementos salariais impróprios - verbas que incrementam o salário-base, mas que
incrustam-se na remuneração independentemente do fenecimento dos seus fatos geradores.
– Consttuem, na verdade, acréscimos ao salário-base disfarçados de complemento salarial.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Complementos salariais
• Adicionais
• Os adicionais consistem em parcelas contraprestatvas suplementares devidas ao empregado
em virtude do exercício do trabalho em circunstâncias tpifcadas mais gravosas.
• Embora sendo salário, os adicionais não se mantêm organicamente vinculados ao contrato,
podendo ser suprimidos, caso desaparecida a circunstância tpifcada ensejadora de sua
percepção durante certo período contratual.
• Tais parcelas salariais sempre terão caráter suplementar com respeito à parcela salarial principal
recebida pelo empregado
– Jamais assumindo (ao contrário das comissaes, por exemplo) posição central na remuneração obreira.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Complementos salariais
• Adicionais
• Legais - Os adicionais legais se aplicam a qualquer empregado, desde que situado o obreiro nas
circunstâncias legalmente tpifcadas.
– Adicional de insalubridade
– Adicional de periculosidade
– Adicional noturno
– Adicional de hora extra
– Adicional de transferência
• Convencionais – Os adicionais convencionais são aqueles criados pela normatvidade infralegal
(CCT ou ACT), ou pela vontade unilateral do empregador ou bilateral das partes contratuais.
– Adicional por tempo de serviço (quinquênios, triênios, biênios).
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• INSALUBRIDADE

• CLT

• Art. . 189 - Serão consideradas atvidades ou operaçaes insalubres aquelas que, por sua natureza,
condiçaes ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites
de tolerância fxados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

• Art. . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atvidades e operaçaes insalubres e adotará
normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• Parágrafo único - As normas referidas neste artgo incluirão medidas de proteção do organismo do
trabalhador nas operaçaes que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

• NR 1 - 1.5.2 Para fns de caracterização de atvidades ou operaçaes insalubres ou perigosas, devem ser
aplicadas as disposiçaes previstas na NR-15 – Atvidades e operaçaes insalubres e NR-16 – Atvidades e
operaçaes perigosas.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• INSALUBRIDADE

• CLT
• Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; (Incluído pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977)
• II - com a utlização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de
tolerância. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notfcar as empresas, estpulando prazos para
sua eliminação ou neutralização, na forma deste artgo. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade fsica, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
• Art.196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condiçaes de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data
da inclusão da respectva atvidade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artgo 11.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

• Súmula nº 80 do TST - INSALUBRIDADE (mantda) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003


A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executvo
exclui a percepção do respectvo adicional.
• Súmula nº 289 do TST - INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantda) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003 - O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de
insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relatvas ao uso
efetvo do equipamento pelo empregado.
• Súmula nº 248 do TST - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantda) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - A
reclassifcação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satsfação do respectvo
adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutbilidade salarial.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• INSALUBRIDADE

• CLT
• Art. 192 - O exercício de trabalho em condiçaes insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério
do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectvamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10%
(dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifquem nos graus máximo, médio e mínimo.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

• Súmula vinculante 4, STF - Salvo nos casos previstos na Consttuição, o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substtuído por decisão judicial.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PERICULOSIDADE

• CLT

• Art. 193. São consideradas atvidades ou operaçaes perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)
• I - infamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
• II - roubos ou outras espécies de violência fsica nas atvidades profssionais de segurança pessoal ou patrimonial.
(Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
• § 1º - O trabalho em condiçaes de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o
salário sem os acréscimos resultantes de gratfcaçaes, prêmios ou partcipaçaes nos lucros da empresa.
(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• § 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao
vigilante por meio de acordo coletvo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
• § 4o São também consideradas perigosas as atvidades de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº
12.997, de 2014)

• NR 1 - 1.5.2 Para fns de caracterização de atvidades ou operaçaes insalubres ou perigosas, devem ser aplicadas as
disposiçaes previstas na NR-15 – Atvidades e operaçaes insalubres e NR-16 – Atvidades e operaçaes perigosas.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PERICULOSIDADE

• CLT

• Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à
sua saúde ou integridade fsica, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

• Art.196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condiçaes de insalubridade ou periculosidade serão devidos
a contar da data da inclusão da respectva atvidade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as
normas do artgo 11. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

• Súmula nº 364 do TST - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE


(inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
• I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente,
sujeita-se a condiçaes de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em
14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003)
• II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletva de trabalho fxando o adicional de periculosidade em
percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela consttui
medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantda por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e
193, §1º, da CLT).
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• INSALUBRIDADE e PERICULOSIDADE

• CLT

• Art. . 195 - A caracterização e a classifcação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do


Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profssionais interessadas requererem ao
Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetvo de
caracterizar e classifcar ou delimitar as atvidades insalubres ou perigosas. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• § 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de
grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artgo, e, onde não houver, requisitará
perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
• § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fscalizadora do Ministério do Trabalho,
nem a realização ex ofcio da perícia. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
• § 4º Antes de aceso um forno, serão tomadas precauçaes para evitar explosaes ou retrocesso de chama.
(Incluído pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967)
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Complementos salariais
• Gratfcações
• As gratfcaçaes consistem em parcelas contraprestatvas pagas pelo empregador ao empregado
em decorrência de um evento ou circunstância tda como relevante pelo empregador
(gratfcaçaes convencionais) ou por norma jurídica (gratfcaçaes normatvas).
– 13º SALÁRIO (GRATIFICAÇÃO NATALINA)
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Complementos salariais
• Comissões ou percentagens
• As comissaes consistem em parcelas contraprestatvas pagas pelo empregador ao empregado
em decorrência de uma produção alcançada pelo obreiro no contexto do contrato, calculando-
se, variavelmente, em contrapartda a essa produção.
– CLT
– Art. 466 - O pagamento de comissaes e percentagens só é exigível depois de ultmada a transação a que se referem.
– § 1º - Nas transaçaes realizadas por prestaçaes sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissaes
que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectva liquidação.
– § 2º - A cessação das relaçaes de trabalho não prejudica a percepção das comissaes e percentagens devidas na
forma estabelecida por este artgo.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Entende-se como de natureza não salarial toda verba que, não tendo o propósito de retribuir o
trabalho, apenas objetva indenizar prejuízos perpetrados pelo empregador, ressarcir gastos com
a execução do serviço ou atuar como penalidade.
• Nesse âmbito também estão inseridas demais verbas que a própria lei, por algum motvo,
entendeu por bem inttular como “não salarial”.
– Essas verbas não compaem o universo daquilo que a lei inttula como remuneração, nem
são compreendidas como rendimento para qualquer fm.
– indenizações
– penalidades
– ressarcimentos
– não salariais por força de lei
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Indenizações

• reparatórias - objetvam o restabelecimento do status quo ante.


• compensatórias - visam ao oferecimento de uma contrapartda diante da inviabilidade da
reparação.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Penalidades

• A penalidade tem o objetvo de sancionar o transgressor de um comando legal ou contratual.


• Multas moratórias – aplicadas em razão da demora no cumprimento das obrigaçaes.
• Multas compensatórias - aplicadas com o objetvo de compensar a outra parte pelo prejuízo
causado em decorrência da inadimplência ou da infração.

• Exemplos constantemente dizem respeito às multas moratórias dos arts. 467 e 477 da CLT.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Ressarcimentos

• Reposição de algo que foi gasto pelo empregado em favor do empregador.


• Admite-se a mesma ideia diante de situaçaes em que o empregado recebe antecipadamente
valores para despender em favor do empreendimento, mediante futura prestação de contas.

• Entre as verbas que recebem o rótulo de ressarcimento podem ser citadas a ajuda de custo, a
verba de representação, a verba de quilometragem e as diárias de viagem.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Basta que a lei considere a parcela como de natureza não salarial para que assim seja entendida.
• Não importa se seus atributos indiquem ser ela evidentemente retributiva do trabalho do
empregado.
– O que importa é aquilo que a lei prevê.

• ATENÇÃO: Afirmar que uma verba não tem natureza remuneratória não significa necessariamente dizer que ela é isenta
de tributação.
– Sustenta-se isso porque o tratamento trabalhista de não integração de determinada vantagem ao salário não conduz à
conclusão de que esta mesma vantagem é isenta de tributos. Em outras palavras: a atribuição de natureza não
remuneratória a determinado haver não é mais garantia de não incidência de tributos.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA
• Não salariais por força de lei
– CLT
– Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as
gorjetas que receber.
– § 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
– § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não
integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
– Art. 458 - [...]
– § 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
– I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;
– II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
– III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
– IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
– V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
– VI – previdência privada;
– VII – (VETADO)
– VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
– § 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para
qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
– Lei 8212/1991 - Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Prêmio (ou bônus)
• Valor aferido pelo empregado que deriva de fatores de ordem pessoal do empregado ou de um grupo de
empregados, tais como: produção, efciência, assiduidade etc. Geralmente, é pago em função da produção
do trabalhador.
– CLT
– Art. 457 – [...] § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.
– § 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor
em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente
esperado no exercício de suas atvidades.
• Abono
• Quantias pagas em dinheiro como antecipação ou adiantamento salarial.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Salário-família
• É benefcio previdenciário pago com periodicidade mensal e valor fxo (arts. 65 a 70, Lei
8.213/91, e arts. 81 a 92, Decreto 3.048/99).
• Concedido a trabalhador avulso ou segurado empregado urbano ou rural, incluído no conceito
legal de baixa renda, que tenham como dependente flho ou equiparado de qualquer condição
até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade.
– CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: [...]
– XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
• Os doméstcos, por força da EC n. 72/2013 e da Lei Complementar n. 150/2015, também tem
direito ao benefcio previdenciário.
• Os valores do salário-família são atualizados por ato administratvo, sendo possível a consulta
pelo site www.previdenciasocial.gov.br.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Partcipação nos lucros ou resultados
– CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: [...]
– XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme definido em lei;

– Lei nº 10.101/2000 - Dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras
providências.
– Art. 1º Esta Lei regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de
integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7o, inciso XI, da
Constituição.
– Art. 3º A participação de que trata o art. 2º não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer
empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da
habitualidade.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Partcipação nos lucros ou resultados
– Lei nº 10.101/2000 - Dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências.
– Art. 2º A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos
procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo:
– I - comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva
categoria;
– II - convenção ou acordo coletivo.
– § 1º Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos
substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento
do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre
outros, os seguintes critérios e condições:
– I - índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;
– II - programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
– Art. 3º [...]
– § 2º É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da
empresa em mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a 1 (um) trimestre civil.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Partcipação nos lucros ou resultados
– Lei nº 10.101/2000 – Art. 2º [...]
– § 3º Não se equipara a empresa, para os fins desta Lei:
– I - a pessoa física;
– II - a entidade sem fins lucrativos que, cumulativamente:
– a) não distribua resultados, a qualquer título, ainda que indiretamente, a dirigentes, administradores ou empresas vinculadas;
– b) aplique integralmente os seus recursos em sua atividade institucional e no País;
– c) destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao poder público, em caso de encerramento de suas atividades;
– d) mantenha escrituração contábil capaz de comprovar a observância dos demais requisitos deste inciso, e das normas fiscais,
comerciais e de direito econômico que lhe sejam aplicáveis.
– O empregado eventualmente desligado em data anterior à distribuição dos lucros tem direito ao recebimento proporcional da PLR.
Este é o entendimento constante da Súmula 451 do TST, fundada no princípio da isonomia de tratamento jurídico.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• PARCELAS DE NATUREZA NÃO REMUNERATÓRIA

• Não salariais por força de lei


• Abono pecuniário de férias
– CLT
– Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tver direito em abono
pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
– Art. 144. O abono de férias de que trata o artgo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato
de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletvo, desde que não excedente de vinte dias do
salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho.

• A verba em exame não será considerada como parcela de natureza salarial, não incidindo,
consequentemente, sobre ele o FGTS, a contribuição previdenciária (vide o § 9º, letra e, n. 6, do
art. 28 da Lei n. 8.212/91), nem o imposto de renda (vide o art. 1º da Instrução Normatva RFB
936/2009, DOU, 6-5-2009).
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO

• Salário-base
• Salário In natura (Utlidades) - Em lugar de dinheiro, o empregador disponibiliza utlidades em
favor de seus empregados.
– Utlidades são bens suscetveis de apreciação econômica que poderiam ser adquiridos pelos empregados mediante
os salários recebidos, mas que, por um ajuste com os empregadores, são-lhes oferecidos como substtuintes do
dinheiro.
– O mais importante critério de caracterização das utlidades é o da destnação:
• Se a utlidade for destnada ao trabalhador além dos limites de seu contrato de emprego, podendo ele usar e
dispor dela como se a tvesse adquirido diretamente, terá natureza salarial.
• Se a utlidade outorgada pelo empregador visar ao serviço em qualquer dimensão ou extensão, terá natureza
não salarial e, consequentemente, não poderá ser integrada à remuneração.

REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO
• Salário-base
• Salário In natura (Utlidades)
– CLT - Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitdo o pagamento com bebidas alcoólicas
ou drogas nocivas.
– § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada
caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). [...]
– § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utlidade deverão atender aos fns a que se destnam e
não poderão exceder, respectvamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.
– § 4º - Tratando-se de habitação coletva, o valor do salário-utlidade a ela correspondente será obtdo mediante a
divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utlização da
mesma unidade residencial por mais de uma família.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• ELEMENTOS INTEGRANTES DO SALÁRIO
• Salário-base
• Salário In natura (Utlidades)
– Art. 458 - [...] - § 2º Para os efeitos previstos neste artgo, não serão consideradas como salário as seguintes utlidades concedidas
pelo empregador:
– I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utlizados no local de trabalho, para a prestação do
serviço;
– II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relatvos a matrícula, mensalidade,
anuidade, livros e material didátco;
– III – transporte destnado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
– IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
– V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
– VI – previdência privada;
– VII – (VETADO)
– VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
– § 5o O valor relatvo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas
com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo
quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito
nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...

• SALÁRIO MÍNIMO

• CF/1988
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
• [...]
• IV - salário mínimo , fxado em lei, nacionalmente unifcado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitvo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fm;
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...

• SALÁRIO MÍNIMO
• CLT
• Art. 76 - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo
empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distnção de sexo, por dia
normal de serviço, e capaz de satsfazer, em determinada época e região do País, as suas
necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
• Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça,
será garantda ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por
dia normal da região, zona ou subzona.
• Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha
direito a percentagem for integrado por parte fxa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantdo
o salário-mínimo, vedado qualquer desconto em mês subseqüente a ttulo de compensação.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...
• SALÁRIO MÍNIMO
• CLT
• Art. 81 - O salário mínimo será determinado pela fórmula Sm = a + b + c + d + e, em que "a",
"b", "c", "d" e "e" representam, respectvamente, o valor das despesas diárias com
alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte necessários à vida de um trabalhador
adulto.
• § 1º - A parcela correspondente à alimentação terá um valor mínimo igual aos valores da lista
de provisões, constantes dos quadros devidamente aprovados e necessários à alimentação
diária do trabalhador adulto.
• § 2º - Poderão ser substtuídos pelos equivalentes de cada grupo, também mencionados nos
quadros a que alude o parágrafo anterior, os alimentos, quando as condições da região, zona
ou subzona o aconselharem, respeitados os valores nutritvos determinados nos mesmos
quadros.
• § 3º - O Ministério do Trabalho, Industria e Comercio fará, periodicamente, a revisão dos
quadros a que se refere o § 1º deste artgo.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...

• SALÁRIO MÍNIMO
• CLT
• Art. 82 - Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salário
mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd
representa o salário em dinheiro, Sm o salário mínimo e P a soma dos valores daquelas
parcelas na região, zona ou subzona.
• Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por
cento) do salário mínimo fxado para a região, zona ou subzona.
• Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o
executado na habitação do empregado ou em ofcina de família, por conta de empregador que
o remunere.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...

• SALÁRIO MÍNIMO

• Súmula Vinculante nº 4 - STF


• Salvo nos casos previstos na Consttuição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substtuído por decisão judicial.

• Precedente Representatvo - INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES.


IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
O sentdo da vedação constante da parte fnal do inciso IV do art. 7º da CF/1988 impede que o salário mínimo possa ser aproveitado como fator de indexação (...).
A norma consttucional tem o objetvo de impedir que aumento do salário mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o
acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário mínimo, o que signifcaria obstaculizar a implementação da polítca salarial prevista no
art. 7º, IV, da Consttuição da República. O aproveitamento do salário mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com
qualquer outro objetvo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Consttuição do Brasil.
• [RE 565.714, rel. min. Cármen Lúcia, P, j. 30-4-2008, DJE 147 de 8-8-2008, republicação no DJE 211 de 7-11-2008, Tema 25.]
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...
• SALÁRIO PROFISSIONAL

• É o mínimo fiado por Lei para trabalhadores de determinada profssão, legalmente


regulamentada.
• O salário profssional é necessariamente superior ao salário mínimo vigente.

• Eiemplos:
– Médicos e Dentstas (Lei nº 3.999/1961)
– Engenheiros (Lei nº 4.950-A/1966)
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...
• PISO SALARIAL
• É o mínimo fiado por via negocial, através de negociação coletva de trabalho (Convenção
Coletva de Trabalho ou Acordo Coletvo de Trabalho, para trabalhadores de determinada
categoria ou empresa.
• O piso é necessariamente superior ao salário mínimo vigente.

– CF/1988
– Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
– [...]
– V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
trabalho;
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...
• PISO SALARIAL REGIONAL
• Lei Complementar nº 103/2000 - Autoriza os Estados e o Distrito Federal a insttuir o piso
salarial a que se refere o inciso V do art. 7o da Consttuição Federal, por aplicação do disposto no
parágrafo único do seu art. 22.
– Art. 1º - Os Estados e o Distrito Federal fcam autorizados a insttuir, mediante lei de iniciatva do Poder Eiecutvo,
o piso salarial de que trata o inciso V do art. 7o da Consttuição Federal para os empregados que não tenham piso
salarial defnido em lei federal, convenção ou acordo coletvo de trabalho.

– CF/1988
– Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
– [...]
– V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...
• SALÁRIO NORMATIVO
• É o mínimo fiado por sentença normatva para determinada categoria de trabalhadores,
resultante de processo de dissídio coletvo.
– Traduz, assim, o patamar salarial mínimo aplicável no conteito da categoria representada pelo respectvo
sindicato obreiro partcipe na relação processual de dissídio.

• Temos, portanto, o salário normatvo é fiado pela Justça do Trabalho, ao julgar dissídio
coletvo.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
• Outras denominações importantes...
• Salário de Contribuição - corresponde ao salário do trabalhador desde que não passe do teto de
R$ 5.839,45¹ (em 2019).
– O salário-de-contribuição possui um limite mínimo e máximo, nos termos do art. 28, §3º e 5º da Lei 8.212/1991,
sendo:
– Limite mínimo do salário-de-contribuição: salário mínimo;
– Limite máximo do salário-de-contribuição: valor máximo do salário-de-contribuição da tabela do INSS.

• Salário de Benefcio - é a média aritmétca simples dos salários de contribuição dos maiores
salários de contribuição correspondentes a 80% de todo período contributvo.
ATIVIDADE EXTRA CLASSE
PARA PRÓXIMO ENCONTRO
• DE ACORDO COM O ASSUNTO RETRIBUIÇÃO AO TRABALHO(SALÁRIO E
REMUNERAÇÃO), ELABORE EM FOLHA FRENTE E VERSO (MANUSCRITO
E PARA ENTREGA):
• QUADRO 1 > QUAIS SÃO AS PARCELAS ENTENDIDAS COMO SALÁRIO
BASE E QUAIS SÃO AS PARCELAS QUE INTEGRAM ESSA BASE PARA O
PAGAMENTO DE FÉRIAS MAIS 1/3; 13º SALÁRIO E FGTS.
• QUADRO 2 > DA REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO QUAIS PARCELAS
SÃO CONSIDERADAS COMO “SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO” PARA A
PREVIDÊNCIA SOCIAL E PARA QUÊ A PREVIDÊNCIA UTILIZA TAL SALÁRIO.

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