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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - DIREITO DO TRABALHO I – DIR427

PROFESSORA. FERNANDA MARIA FRANCISCHINI SCHMITZ - PERÍODO 2019/2

REM UNERAÇÃO e SALÁRIO – Texto 1


REMUNERAÇÃO = salário + gorjetas

Conceito
Compreende-se remuneração do empregado, para os efeitos legais, além do salário devido e pago
diretamente pelo empregador, como os valores in natura (valores diretos) e os valores pagos por terceiros
– gorjetas (valores indiretos).

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e
pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não
se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e
previdenciário.
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também
o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos
empregados.
§ 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em
dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado
no exercício de suas atividades.

a) Gorjeta
São valores pagos por terceiros, estranhos à relação de emprego e por mera liberalidade. Integram
a remuneração do empregado e não compõe as verbas salariais (Súm. 354 TST). Seu caráter
remuneratório, no entanto, produz o efeito de integrá-las às parcelas calculadas sobre a remuneração.
Ex. FGTS, férias, gratificação natalina. O conceito de gorjeta, doutrinariamente, se divide em próprias e
impróprias, de acordo com que são concedidas. São consideradas próprias quando concedidas
espontaneamente e de forma direta ao empregado, e impróprias, quando consta na nota de serviço e
destinam-se à divisão igualitária entre os trabalhadores. Juridicamente não é feita distinção entre as duas.
a.1) Gueltas: Correspondem a valores pagos por fornecedores do empregador e com o consentimento
deste, como forma de estímulo a venda de determinado produto ou serviço.
OBS. Embora a interpretação da Súmula 354 do TST siga para a incomunicabilidade entre gorjeta e
salário, há reflexos como a composição do salário contribuição do empregado para fins previdenciários
e para FGTS.

Sum. 354 do TST - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneament e
pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso
prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

BONIFICAÇÕES CONCEDIDAS POR TERCEIROS EM VIRTUDE DO CONTRATO DE TRA BALHO. ‘GUELTAS’.


NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO. No caso, como eram pagas indiretamente por
entidades associadas à empregadora, as ‘gueltas’ integram a remuneração, nos termos do artigo 457, caput, da
CLT, pois têm natureza remuneratória, e não salarial. Esta Corte tem se posicionado no sentido de que a referida
parcela equipara-se à gorjeta, uma vez que paga por terceiros e com habitualidade, como vantagem pecuniária a
título de incentivo ao emprega- do, impondo-se a aplicação, por analogia, do entendimento exarado na Súmula 354
desta Corte. Por- tanto, por assimilarem juridicamente às gorjetas, as referidas comissões produzem os mesmos
efeitos contratuais. (...) (RR 1003-51.2010.5.05.0009, Rel. Min. Cláudio Mascarenhas Brandão, 7a T., DEJT
22.04.2016).
b) Salário
A palavra salário deriva do latim salarium, que teve sua origem na palavra salis, que significa sal. O
sal era a moeda oferecida pelos romanos para pagar seus domésticos e soldados. Salário é a importância
paga pelo empregador como contraprestação ao serviço prestado (direta) ou, ainda, da disponibilidade
ao trabalho (interrupções). Assim, somente é salário o que sai das mãos do empregador em decorrência
do contrato de trabalho. Enquanto remuneração corresponde ao gênero, salário é uma das espécies.

A palavra salário provém do grego hals e do latim sal, salis de que derivou sala- rium. Antigamente, a retribuição
do trabalho dos domésticos era feita mediante troca de uma determinada quantidade de sal. 1

Características do salário

a) Caráter alimentar
Como, em regra, o salário é fonte de subsistência do trabalhador e sua família o salário é
impenhorável, irredutível e irrenunciável, possuindo preferência nos precatórios e na falência (até 150
salários mínimos), como algumas consequências desta característica.

Lei 11.101/05 - Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários -mínimos por credor,
e os decorrentes de acidentes de trabalho;
CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e
à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por
invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos
com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. § 2º Os débitos
de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do
precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre
todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste
artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório.

b) Caráter “forfetário”
Significa que o salário é uma obrigação absoluta do empregador, independentemente de seu
desempenho econômico em determinado período, pois é ele que assume os riscos da atividade
econômica.
CLT
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissi onais liberais, as
instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem
trabalhadores como empregados.
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídi ca própria, estiverem
sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia,
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de
emprego
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das
empresas dele integrantes.

1
LEITE, Carlos Bezerra. Curso de direito do trabalho, 7. edição.. Saraiva, 1/2016. [Minha Biblioteca].
Sum. nº 173 do TST - Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício com a cessação das atividades da
empresa, os salários só são devidos até a data da extinção.

SALÁRIO. CARÁTER FORFETÁRIO. Diante do caráter forfetário dos salários e da alteridade do contrato de
trabalho, havendo a entrega da prestação, impõe-se ao empregador o cumprimento da contraprestação, pouco
importando sua situação econômico-financeira, dado que, no direito do trabalho, o princípio da hipossuficiência
econômica somente alcança a pessoa do trabalhador, em razão da natureza alimentar dos salários . TRT-19 -
REMESSA EX OFFICIO REO 980200100619004 AL 00980.2001.006.19.00-4 (TRT-19)

c) Indisponibilidade
O salário não pode ser objeto de renúncia ou de transação lesiva ao empregado, pois se insere no
conjunto de direitos indisponíveis que lhe são assegurados pelo ordenamento jurídico..

CF - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: (...)VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

d) Periodicidade
O contrato de trabalho tem como característica ser de trato sucessivo. Sua obrigação renasce após
cada cumprimento. Esta mesma característica aparece no pagamento do salário, que respeitará uma
periodicidade, em geral, não superior a um mês.

CLT - Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por
período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

e) Pós-numeração
O pagamento é devido após a execução do trabalho, ou seja, o pagamento é feito em relação a
um período vencido, e não em relação ao período vincendo.

CLT - Art. 459 – (...)


§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil
do mês subsequente ao vencido.

f) Natureza composta
O salário compõe-se não só de uma parcela básica (salário-base), mas também de diversas outras
frações econômicas de natureza salarial (adicionais, gratificações, comissões etc.).

CLT - Art. 457 – (...)


§ 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.

g) Tendência à determinação heterônoma


Significa que as partes contratantes, embora possam estabelecer os valores conforme a sua vontade,
não possuem ampla liberdade em sua fixação diante das leis, ex. Salário mínimo.
Princípios de Proteção Salarial

Tanto a Convenção nº 951 da OIT como a Constituição Federal2 e a CLT garantem a proteção
ao salário. Esta proteção aparecerá de diferentes formas:

a) Irredutibilidade salarial

O art. 7º, inciso VI da Constituição Federal incorporou o princípio da irredutibilidade salarial..


Segue a mesma garantia o artigo 468 da CLT que proíbe alteração lesiva ao trabalhador no contrato de
trabalho. No entanto, há restrições à regra da irredutibilidade, como nos casos de Acordo ou Convenção
Coletiva, previsto no próprio inciso; e nas parcelas salariais “condicionadas” (exemplo adicionais). Ver
artigo 483, d e g da CLT.

CF - Art. 7º (...) VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;


CLT Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena
de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado revert a
ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
§ 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à
manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemen te do
tempo de exercício da respectiva função.

b) Intangibilidade e descontos

Segundo o artigo 462 da CLT e a Súmula 342 do TST, somente poderão ser realizados os
descontos expressamente previstos em lei ou convenção coletiva; O empregador somente poderá efetuar
descontos no salário do empregado quando resultar de adiantamentos, de dispositivo de lei ou de
contrato coletivo. A proibição é a regra. A autorização, uma exceção. O adiantamento (também conhecido
como “vale”) é a antecipação do salário que o empregador faz no decorrer do mês (dias 15 ou 20), sendo,
portanto, lícito, quando do pagamento do salário correspondente (até o 5º dia útil do mês seguinte), o
empregador deduzir aquele valor já adiantado por ele. Qualquer desconto sofrido pelo empregado, se
legalmente previsto, não implicará em prejuízo, alteração contratual ou fraude às leis trabalhistas.
Desconto previsto em lei, por exemplo, ocorre com a contribuição sindical (também conhecida como
imposto sindical) devida pelo empregado à entidade sindical representante de sua categoria profissional.

CLT - Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou convenção coletiva.
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido
acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços
destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os
empregados se utilizem do armazém ou dos serviços.
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazém ou serviços não mantidos pela empresa,
é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam
vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados .
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos
empregados de dispor do seu salário.

1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D41721.htm#convencao95 – acesso em 10/02/19


2CF - Art. 7º São direitos dos trab alhadores urb anos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...)
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa
TST Súmula nº 342 - Desconto Salarial - Plano de Assistênci a Descontos salariais efetuados pelo empregado r,
com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica,
médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativa associativa
dos seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto pelo Art. 462 da CLT,
salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.

Descontos por cláusulas coletivas:

OJ SDC 17, TST: “As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer
título, obrigando trabalhadores não sindicaliza- dos, são ofensivas ao direito de livre assoc iação e sindicalização,
constitucional- mente assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos
valores eventualmente descontados”.

No mesmo sentido, o posicionamento do STF quanto à contribuição confederativa:

Súmula 666, STF: “A contribuição confederativa de que trata o art. 8o, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados
ao sindicato respectivo”

A regra da intangibilidade do salário, foi mitigada pela Lei n. 13.467/2017 especificamente em relação aos
chamados empregados “hipersuficientes” (que tenham diploma de nível superior e recebam salário igual ou superior
a duas vezes o valor do teto dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social), que podem negociar livrement e
com seus empregadores, entre outros temas relativos a remuneração e salário, sobre remuneração por
produtividade, incluídas as gorjetas percebidas, e remuneração por desempenho individual, sobre prêmios de
incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em planos de incentivo, e sobre participação nos lucros
ou resultados. Assim, será válida pactuação sobre previsão e autorização de descontos no salário efetuada por tais
empregados.

CLT - Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas
em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art.
611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso
de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Notícias TST
Acordo que prevê desconto de vale -alimentação como punição viola programa alimentar
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho declarou a nul idade de dois
parágrafos do acordo coletivo firmado entre a Horizonte Logística Ltda. e o sindicato repres entante dos empregados
em Belém (PA). Eles permitiam o desconto do valor do vale-alimentação referente ao dia de falta ao serviço,
justificada ou não, e às datas em que o empregado pedisse na Justiça o recebimento de horas extras com o
argumento de não ter usufruído integralmente o intervalo intrajornada.
A decisão supera o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), que julgou improcedent e
a ação anulatória proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) quanto aos parágrafos 3º e 5º da cláusula 5ª
do acordo, com vigência de 2016 a 2017. Para o TRT, a relativização do direito ao vale-alimentação pode ser objeto
de negociação coletiva. O MPT recorreu ao TST, argumentando que a redução autorizada pela norma coletiva
desvirtua a finalidade do
vale-alimentação e pune duplamente o empregado, “que, além de não gozar do intervalo intrajornada, tem
descontado do seu salário parte do valor do benefício”.
A relatora do recurso ordinário, ministra Kátia Magalhães Arruda, explicou que a Horizonte Logística participa do
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei 6.321/1976. Ele permite a dedução de imposto
sobre a renda das empresas participantes e tem por objetivo a melhoria da situação nutricional dos empregados .
Para contribuir com a concessão do benefício, o recebedor do vale-alimentação paga até 20% do custo direto da
refeição.
A ministra disse que uma portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho (órgão do Ministério do Trabalho) veda à
empresa participante do PAT suspender, reduzir ou suprimir o benefício a título de punição ao empregado, “como
em casos de faltas, atrasos ou atestados médicos”, bem como utilizá-lo como premiação. Também é proibido utilizar
o PAT em qualquer condição que desvirtue sua finalidade – assegurar a saúde e prevenir as doenças profissionais
daqueles que estão em efetiva atividade. De acordo com a relatora, as restrições impostas no acordo "não guardam
nenhuma pertinência com a saúde do empregado, desvirtuando, visivelmente, o propósito do PAT”.
Com esses fundamentos, a SDC, por unanimidade, deu provimento ao recurso ordinário do Ministério Público do
Trabalho para declarar a nulidade dos parágrafos 3º e 5º da cláusula 5ª. Processo: RO-747-44.2016.5.08.0000
http://www.tst.jus.br/en/web/guest/noticias?

c) Impenhorabilidade

O Código de Processo Civil, embora mantenha a regra da impenhorabilidade dos vencimentos,


salários e similares, anteriormente prevista, estabelece o limite de 50 salários-mínimos mensais para a
proteção (art. 833, IV, § 2º, CPC). Assim, torna-se penhorável o rendimento mensal superior a 50
salários-mínimos, ainda que o crédito executado não possua natureza alimentar.

CPC - Art. 833. São impenhoráveis:


(...)IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as
pensões, os pecúlios e os montepios, b em como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2o; (...)
§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação
alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários -
mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e no art. 529,
Obs. Artigos 528 e 529 referem-se a pensão alimentícia.

d) Isonomia salarial

Segundo os artigos 7º, XXX da Constituição Federal e os artigos 460 e 461 da CLT (equivalência e
equiparação salarial), os empregados que cumprem a mesma função, na mesma localidade e com o
mesmo empregador, devem receber salários iguais.

CF – Art. 7º (...) XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
CLT - Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o emprega do
terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for
habitualmente pago para serviço semelhante.
CLT - Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo
estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. §
1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma
perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior
a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de
carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários,
dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por
apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão
competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.
§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando
vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em
ação judicial própria.
§ 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagament o
das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento)
do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Notícias TST
Gerente consegue diferenças salariais após rebaixamento de agência
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho deferiu a gerente geral de agência da Caixa Econômica Federal
(CEF) o pagamento das diferenças entre os pisos salariais a que teve direito antes e depois de o banco reb aixar o
nível das agências de Porto Alegre (RS) e região. Como a medida da Caixa importou em redução de salário, sem
mudança nas atividades e no local de serviço, a Turma concluiu que houve alteração de contrato prejudicial ao
empregado, a qual é ilícita nos termos do artigo 468 da CLT.
O gerente atuava em diversas agências da CEF em Porto Alegre e região metropolitana desde 1996. Seis anos
depois (2002), a Caixa classificou as agências e os postos de atendimento com as letras de A a D, conforme a
região geográfica de atuação no mercado. As com registro A tinham maior relevância econômica e estratégica para
a instituição. A classificação seguia até a letra D em ordem decrescente quanto à importância. O valor do piso
salarial dos gerentes variava de acordo com a relevância das áreas.
Em 2002, a Caixa atribuiu nível “A” às agências de Porto Alegre e região, mas, em 2003, as rebaixou para a letra
B, circunstância que motivou o empregado a apresentar a reclamação trabalhista. Ele pediu o pagamento da
diferença de valor entre os pisos, com a alegação de que se reduziu o salário, sem a diminuição das atividades e
com o trabalho na mesma agência. O empregado considerou que a alteração foi prejudicial e em desacordo com a
CLT.
O juízo da 17ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS) deferiu o direito às diferenças até 30/6/2010, pois em 1º/7,
segundo o gerente, houve mudança no plano de funções gratificadas que trouxe isonomia ao sistema de pisos.
Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) reformou a sentença para julgar improcedente o pedido.
O TRT considerou que a distinção salarial foi legítima, pois a Caixa, de forma objetiva, levou em consideração o
desempenho nas áreas geográficas. E “a atitude de aplicar soluções diferentes para empregados que estão
submetidos a condições de trabalho diversas não caracteriza discriminação salarial”, entendeu o Tribunal Regional.
TST
O relator do recurso de revista do gerente ao TST, desembargador convocado Ubirajara Carlos Mendes, afirmou
que a jurisprudência desse Tribunal considera lícita a definição de diferentes níveis de remuneração dos cargos
comissionados, conforme critérios geográficos e econômicos das agências. No entanto, “a reclassificação da
agência bancária em que o empregado comissionado trabalha não pode implicar a redução do salário dele, quando
mantido o exercício de idênticas funções na mesma agência, pois resulta em alteração prejudicial do contrato de
trabalho”, concluiu.
Com esses argumentos, a Quarta Turma, por unanimidade, restabeleceu a sentença, na parte em que foi deferido
o pedido de diferenças salariais decorrentes da reclassificação da região de mercado, de A para B, até 30/6/2010.
Processo: ARR-1015-34.2011.5.04.0017
http://www.tst.jus.br/en/web/guest/noticias?

e) Patamar salarial mínimo

Determina a existência de um padrão salarial mínimo, podendo ser genérico, quando referente a todo
mercado, ou especial, quando abrange determinadas categorias ou profissões regulamentadas.

CF - Art. 7º (...)IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquis itivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim;
CF - Art. 7º (...) V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
Sum. 370 do TST - Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950-A/1966 não estipulam a jornada reduzida,
mas apenas estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas
para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado
o salário mínimo/horário das categorias.
Formas de aferição do salário

Pode ser fixo ou variável. Salário fixo é a contraprestação garantida e invariável, salvo faltas e
atrasos do empregado. Salário variável ou aleatório é aquele submetido a uma condição, normalmente
à produção do trabalhador. O pagamento do salário poderá ser ajustado de diversas formas, qual seja
por módulo de tempo, produção, ou tarefa.

a) Salário por unidade de tempo: Nesta modalidade, o pagamento do salário corresponde à


contraprestação referente ao período trabalhado pelo empregado ou em que este se colocou à disposição
do empregador. Pode ser estipulado por mês, por quinzena, por semana, por dia, ou por hora. Nesta
modalidade, a produtividade do empregado é desprezada, calculando-se apenas o passar do tempo. O
critério de remuneração por unidade de tempo não se confunde com os períodos de pagamento. (art.
459 da CLT)

b) Salário por unidade de obra: O salário por produção é calculado a partir do número de unidades
produzidas pelo empregado, não se levando em conta o tempo gasto para a execução do serviço e sim
o próprio serviço realizado. Neste caso, o número de peças produzidas será multiplicado pelo valor
unitário (tarifa) da peça produzida. Essa modalidade de pagamento do salário pode se revelar, de certa
forma, prejudicial à saúde e à segurança do empregado, ao incentivá-lo a prestar serviços além de suas
forças físicas e psíquicas, com o fim de receber maior remuneração, levando-o à exaustão ou
esgotamento, com as péssimas consequências disso decorrentes. O fato de o empregado ter o salário
fixado por produção, não exime o empregador de observar as normas limitadoras da jornada de trabalho.
Ao estipular o pagamento do salário por produção o empregador se submete a dois limites, a saber:
b.1) deve garantir o pagamento do salário mínimo da categoria profissional do empregado,
independentemente do resultado da produção;

CF - Art. 7º (...)VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

b.2) o empregador não pode, na pratica, reduzir drasticamente a quantidade de trabalho oferecida ao
empregado, provocando redução importante no seu patamar salarial.

CLT - Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: (...)
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.

h) Salário por tarefa: O salário por tarefa é uma forma mista de salário, o salário é pago pela combinação
do critério de unidade de tempo com o critério de unidade de produção, de forma que o
empregado tem determinada tarefa para cumprir em uma dada unidade de tempo. Cumprida a tarefa
neste tempo, ou o empregado é dispensado do serviço até o fim da unidade de tempo; ou continua
trabalhando e será remunerado por este acréscimo de produção como hora extraordinária. Neste
caso, também o salário mínimo da categoria profissional deve ser garantido.

Formas de pagamento do salário

a) Moeda corrente do país

De regra, o pagamento do salário é realizado em moeda corrente do país, conforme o artigo 463
da CLT. O pagamento em moeda estrangeira é considerado como não realizado. Na zona urbana poderá
ocorrer pagamento em cheque ou por meio de depósito do valor em conta corrente bancária
conforme Portaria MTE 3.281/84. É admitido o pagamento do salário em utilidades, até o máximo de
70% do valor total. É a hipótese em que o empregador fornece alimentação, habitação, vestuário e outras
prestações in natura, conforme artigo. 458 da CLT.
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação,
habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornec er
habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas
nocivas.
§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada
caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82)
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas
pelo empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para
a prestação do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a
matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transport e
público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
VII – (VETADO)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e
não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a
divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da
mesma unidade residencial por mais de uma família.
§ 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico -
hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não
integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na
alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.

PN 65, TST: “O pagamento do salário será efetuado em moeda corrente e no horário de serviço, para isso permitid o
o seu prolongamento até duas horas após o término da jornada de trabalho”.

b) data do pagamento dos salários

O pagamento dos salários não pode ser estipulado por prazo superior a um mês, com exceção de
pagamento de comissões, percentagens e gratificações. Quando estipulado por mês, deverá ser pago
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (artigo 459 da CLT). Ver artigo 466 da CLT, que
trata do pagamento das comissões. Conforme o artigo 467 da CLT, em caso de rescisão de contrato de
trabalho e não havendo controvérsia sobre parte da importância das verbas rescisórias, o empregador é
obrigado a pagar ao empregado, quando do comparecimento em audiência, a parte incontroversa das
verbas rescisórias, sob pena de ser condenado a pagá-las acrescidas de 50%.

CLT Art. 466. O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se
referem.
§ 1º Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões
que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.
§ 2º A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na
forma estabelecida por este artigo.
CLT Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a
parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento.
c) Recibo de Pagamento

Conforme o artigo 464 da CLT, o pagamento dos salários deverá ser feito contra recibo, devendo
nesse constar às parcelas de forma discriminada, elaborado em duas vias, ficando a primeira em poder
do empregador e a segunda com o empregado. Em se tratando de empregado analfabeto, o pagamento
será efetuado mediante sua impressão digital ou, não sendo essa possível, assinatura a seu rogo, por
terceiros e com testemunhas.

CLT Art. 464. O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando
de analfabeto, mediante a sua impressão digital, não sendo esta possível, a seu rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em
nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.

Notícias TST
Recibo de pagamento de salário sem assinatura do empregado não serve como prova
De acordo com a CLT e a jurisprudência do TST, o recibo somente é válido se assinado.
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que os recibos sem as sinatura do empregado
apresentados em juízo pela Tecsis Tecnologia e Sistemas Avançados S. A. sejam desconsiderados na apuraç ão
dos valores devidos a um operador de produção. A decisão segue a jurisprudência do TST que somente considera
válido, como meio de prova, o recibo assinado ou o comprovante de depósito bancário.
Recibos apócrifos
O operador pleiteou na reclamação trabalhista o reconhecimento do direito a diversas parcelas que, segundo ele, a
empresa não pagava integralmente, como horas extras e adic ional noturno. A empresa foi condenada pelo juízo de
primeiro grau, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) reformou a sentença com base
na documentação apresentada pela empresa.
Para o TRT, o fato de os recibos serem apócrifos não os tornava imprestáveis como meio de prova. “Não há nem
mesmo indícios de que os documentos tenham sido produzidos de má-fé, unilateralmente, ou que não retratem a
realidade”, registrou a decisão. “Nesse cenário, cabia ao autor produzir prova robusta de que não recebeu os valores
ali constantes, ônus do qual não se desincumbiu”.
CLT
O relator do recurso de revista do operador, ministro José Roberto Freire Pimenta, assinalou que o TST, com base
no artigo 464 da CLT, firmou o entendimento de que a comprovação do pagamento somente será válida se o recibo
estiver devidamente assinado ou se for apresentado respectivo comprovante de depósito. Assim, a decisão do TRT
em sentido contrário violou esse dispositivo.
A decisão foi unânime.
Processo: ARR-11174-59.2014. 5.15.0135

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