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Trabalho Temporário - D-073.

841-1974
Capítulo V
Do Contrato de Trabalho Temporário
Art 21. - A empresa de trabalho temporário é obrigada a celebrar contrato individual
escrito de trabalho temporário com o trabalhador, no qual constem expressamente os
direitos ao mesmo conferidos, decorrentes da sua condição de temporário.
obs.dji.grau.1:  Contrato de trabalho por prazo determinado - L-009.601-1998
obs.dji.grau.6: Contrato de Prestação de Serviço Temporário - TT; Disposições Gerais
- TT; Disposições Transitórias - TT; Empresa Tomadora de Serviço ou Cliente - TT;
Empresa de Trabalho Temporário - TT; Trabalho Temporário - TT; Trabalhador
Temporário - TT
 
Art 22. - É nula de pleno direito qualquer cláusula proibitiva da contratação do
trabalhador pela empresa tomadora de serviço ou cliente.
 
Art 23. - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho temporário pela
empresa:
I - ato de improbidade;
II - incontinência de conduta ou mau procedimento;
III - negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão da empresa de
trabalho temporário ou da empresa tomadora de serviço ou cliente e quando constituir
ato de concorrência a qualquer delas, ou prejudicial ao serviço;
IV - condenação criminal do trabalhador, passada em julgado, caso não tenha havido
suspensão da execução da pena;
V - desídia no desempenho das respectivas funções;
VI - embriaguês habitual ou em serviço;
VII - violação de segredo da empresa de serviço temporário ou da empresa tomadora de
serviço ou cliente;
VIII - ato de indisciplina ou insubordinação;
IX - abandono do trabalho;
X - ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou
ofensas nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem;
XI - ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra superiores
hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem;
XII - prática constante de jogo de azar;
XIII - atos atentatórios à segurança nacional, devidamente comprovados em inquérito
administrativo.
obs.dji.grau.2: Art 25, TT
 
Art 24. - O trabalhador pode considerar rescindido o contrato de trabalho temporário
quando:
I - forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes ou alheios ao contrato;
II - for tratado pelos seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
III - correr perigo manifesto de mal considerável;
IV - não cumprir a empresa de trabalho temporário as obrigações do contrato;
V - praticar a empresa de trabalho temporário ou a empresa tomadora de serviço ou
cliente, ou seus propostos, contra ele ou pessoa de sua família, ato lesivo da honra e boa
fama;
VI - for ofendido fisicamente por superiores hierárquicos da empresa de trabalho
temporário ou da empresa tomadora de serviço ou cliente, ou seus propostos, salvo em
caso de legitima defesa própria ou de outrem;
VII - quando for reduzido seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a
reduzir sensivelmente a importância dos salários;
VIII - falecer o titular de empresa de trabalho temporário constituída em firma
individual.
§ 1.º - O trabalhador temporário poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir
o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a
continuação do serviço.
§ 2.º - Nas hipóteses dos itens IV e VII, deste artigo, poderá o trabalhador pleitear a
rescisão do seu contrato de trabalho, permanecendo ou não no serviço até final decisão
do processo.
obs.dji.grau.2: Art 25, TT
 
Art 25. - Serão considerados razões determinantes de rescisão, por justa causa, do
contrato de trabalho temporário, os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 23 e
24, ocorridos entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário e entre aquele e a
empresa tomadora ou cliente, onde estiver prestando serviço.
obs.dji.grau.1: Art 23 e 24, TT

- Índice Fundamental do Direito

Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários -


Grades

Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998 - D-002.490-1998 - Regulamento


Dispõe sobre o contrato de trabalho por prazo determinado e dá outras providências.
O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
 
Art. 1º As convenções e os acordos coletivos de trabalho poderão instituir contrato de
trabalho por prazo determinado, de que trata o art. 443 da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, independentemente das condições estabelecidas em seu § 2º, em
qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou estabelecimento, para admissões que
representem acréscimo no número de empregados.
obs.dji.grau.1: Art. 7º, XXVI, Direitos sociais - Direitos e garantias fundamentais - CF;
Art. 443, caput e § 2º , Contrato individual de trabalho - Consolidação das leis do
trabalho - DL-005.452-1943; Contrato de trabalho por prazo determinado - D-002.490-
1998 - regulamento
obs.dji.grau.2: Art. 3º; Art. 3º, Contrato de trabalho por prazo determinado - D-
002.490-1998 - regulamento; Art. 4º, § 2º; Art. 4º, § 3º; Art. 6º, Contrato de trabalho por
prazo determinado - D-002.490-1998 - regulamento; Art. 7º; Arts. 9º, 10 e 11, Contrato
de trabalho por prazo determinado - D-002.490-1998 - regulamento ; Arts. 272 e 273,
Custeio da seguridade social - Regulamento da Previdência Social - D-003.048/1999;
Regulamento da Previdência Social - D-003.048/1999; Trabalho Temporário - D-
073.841-1974 - Regulamento
obs.dji.grau.3: Contratação por tempo determinado - L-008.745-1993
obs.dji.grau.4: Contrato por tempo determinado; Determinado; Prazo (s)
§ 1º As partes estabelecerão, na convenção ou acordo coletivo referido neste artigo:
I - a indenização para as hipóteses de rescisão antecipada do contrato de que trata este
artigo, por iniciativa do empregador ou do empregado, não se aplicando o disposto nos
arts. 479 e 480 da CLT;
obs.dji.grau.1: Arts. 479 e 480, Rescisão - Contrato individual de trabalho -
Consolidação das leis do trabalho - DL-005.452-1943
II - as multas pelo descumprimento de suas cláusulas.
§ 2º Não se aplica ao contrato de trabalho previsto neste artigo o disposto no art. 451 da
CLT.
obs.dji.grau.1: Art. 451, Contrato individual de trabalho - Consolidação das leis do
trabalho - DL-005.452-1943
§ 3º (vetado)
§ 4º São garantidas as estabilidades provisórias da gestante; do dirigente sindical, ainda
que suplente; do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de
prevenção de acidentes; do empregado acidentado, nos termos do art. 118 da Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, durante a vigência do contrato por prazo determinado,
que não poderá ser rescindido antes do prazo estipulado pelas partes.
obs.dji.grau.1: Art. 118, Disposições diversas relativas às prestações - Planos de
Benefícios da Previdência Social - L-008.213-1991
 
Art. 2º Para os contratos previstos no artigo anterior, são reduzidas, por dezoito meses,
a contar da data de publicação desta Lei: (Alterado pela MP-002.164-041-2001)
I - a cinqüenta por cento de seu valor vigente em 1º de janeiro de 1996, as alíquotas das
contribuições sociais destinadas ao Serviço Social da Indústria - SESI, Serviço Social
do Comércio - SESC, Serviço Social do Transporte - SEST, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial - SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial -
SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - SENAT, Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária - INCRA, bem como ao salário educação e para o
financiamento do seguro de acidente do trabalho;
II - para dois por cento, a alíquota da contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço - FGTS, de que trata a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990.
obs.dji.grau.1: Fundo de garantia do tempo de serviço - L-008.036-1990
obs.dji.grau.2: Art. 2º, § 4º, Contribuição Social do Salário-Educação - D-003.142-
1999 - Regulamento; Art. 4º; Art. 4º, Contrato de trabalho por prazo determinado - D-
002.490-1998 - regulamento; Art. 4º, § 2º; Art. 7º, Contrato de trabalho por prazo
determinado - D-002.490-1998 - regulamento; Art. 8º, Contrato de trabalho por prazo
determinado - D-002.490-1998 - regulamento; Art. 13, Contrato de trabalho por prazo
determinado - D-002.490-1998 - regulamento
Parágrafo único. As partes estabelecerão, na convenção ou acordo coletivo, obrigação
de o empregador efetuar, sem prejuízo do disposto no inciso Il deste artigo, depósitos
mensais vinculados, a favor do empregado, em estabelecimento bancário, com
periodicidade determinada de saque.
 
Art. 3º O número de empregados contratados nos termos do art. 1º desta Lei observará
o limite estabelecido no instrumento decorrente da negociação coletiva, não podendo
ultrapassar os seguintes percentuais, que serão aplicados cumulativamente:
obs.dji.grau.1: Art. 1º
obs.dji.grau.2: Art. 4º, § 1º, II; Art. 7º
I - cinqüenta por cento do número de trabalhadores, para a parcela inferior a cinqüenta
empregados;
II - trinta e cinco por cento do número de trabalhadores, para a parcela entre cinqüenta e
cento e noventa e nove empregados; e
III - vinte por cento do número de trabalhadores, para a parcela acima de duzentos
empregados.
Parágrafo único. As parcelas referidas nos incisos deste artigo serão calculadas sobre a
média aritmética mensal do número de empregados contratados por prazo
indeterminado do estabelecimento, nos seis meses imediatamente anteriores ao da data
de publicação desta Lei.
obs.dji.grau.2: Art. 4º, Contrato de trabalho por prazo determinado - D-002.490-1998 -
regulamento
 
Art. 4º As reduções previstas no art. 2º serão asseguradas desde que, no momento da
contratação:
obs.dji.grau.1: Art. 2º
obs.dji.grau.2: Art. 7º
I - o empregador esteja adimplente junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
II - o contrato de trabalho por prazo determinado e a relação mencionada no § 3º deste
artigo tenham sido depositados no Ministério do Trabalho.
§ 1º As reduções referidas neste artigo subsistirão enquanto:
I - o quadro de empregados e a respectiva folha salarial, da empresa ou estabelecimento,
forem superiores às respectivas médias mensais dos seis meses imediatamente
anteriores ao da data de publicação desta Lei; e
II - o número de empregados contratados por prazo indeterminado for, no mínino, igual
à média referida no parágrafo único do art. 3º.
obs.dji.grau.1: Art. 3º
§ 2º O Ministério do Trabalho tomará disponíveis ao INSS e ao Agente Operador do
FGTS as informações constantes da convenção ou acordo coletivo de que trata o art. 1º
e do contrato de trabalho depositado, necessárias ao controle do recolhimento das
contribuições mencionadas, respectivamente, nos incisos I e II do art. 2º desta Lei.
obs.dji.grau.1: Art. 1º; Art. 2º, I e II
§ 3º O empregador deverá afixar, no quadro de avisos da empresa, cópias do
instrumento normativo mencionado no art. 1º e da relação dos contratados, que conterá,
dentre outras informações, o nome do empregado, número da Carteira de Trabalho e
Previdência Social, o número de inscrição do trabalhador no Programa de Integração
Social - PIS e as datas de início e de término do contrato por prazo determinado.
obs.dji.grau.1: Art. 1º
§ 4º O Ministro do Trabalho disporá sobre as variáveis a serem consideradas e a
metodologia de cálculo das médias aritméticas mensais de que trata o § 1º deste artigo.
 
Art. 5º As empresas que, a partir da data de publicação desta Lei, aumentarem seu
quadro de pessoal em relação à média mensal do número de empregos no período de
referência mencionado no artigo anterior terão preferência na obtenção de recursos no
âmbito dos programas executados pelos estabelecimentos federais de crédito,
especialmente junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -
BNDES.
 
Art. 6º O art. 59 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT passa a vigorar com a
seguinte redação: (alteração já processada na referida norma)
obs.dji.grau.1: Art. 59, Jornada de trabalho - Consolidação das leis do trabalho - DL-
005.452-1943
 
Art. 7º O descumprimento, pelo empregador, do disposto nos arts. 3º e 4º desta Lei
sujeita-o a multa de quinhentas Unidades Fiscais de Referência - UFIR, por trabalhador
contratado nos moldes do art. 1º, que se constituirá receita adicional do Fundo de
Amparo ao Trabalhador - FAT, de que trata a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990.
obs.dji.grau.1: Art. 1º; Art. 3º; Art. 4º; Seguro-desemprego, abono salarial, fundo de
amparo ao trabalhador (FAT) - L-007.998/1990
obs.dji.grau.2: Art. 12, Contrato de trabalho por prazo determinado - D-002.490-1998 -
regulamento
 
Art. 8º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta dias, contado a
partir da data de sua publicação.
 
Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 
Art. 10. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 21 de janeiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.
Fernando Henrique Cardoso

Contrato a termo incerto

É admitida a celebração de contrato de trabalho a termo incerto nas seguintes


situações:

a) Substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se encontre impedido


de prestar serviço ou em relação ao qual esteja pendente em juízo acção de apreciação a
licitude do despedimento;

b) Actividades sazonais;

c) Execução, direcção e fiscalização de trabalhos de construção civil, obras públicas,


montagens e reparações industriais, incluindo os respectivos projectos outras
actividades complementares de controlo e acompanhamento, bem como os outros
trabalhos de análoga natureza e temporalidade, tanto em regime de empreitada como de
administração directa;

d) Desenvolvimento de projectos, incluindo concepção, investigação, direcção e


fiscalização, não inseridos na actividade corrente da entidade empregadora;

Duração

O contrato de trabalho a termo incerto dura por todo o tempo necessário a substituição
do trabalhador ausente ou a conclusão da actividade, tarefa ou obra cuja execução
justifica a sua celebração.

Caducidade

O contrato caduca quando, prevendo-se a ocorrência do facto referido no artigo


anterior, a entidade patronal comunique ao trabalhador o termo do mesmo, com a
antecedência mínima de 7, 30 ou 60 dias, conforme o contrato tenha durado até seis
meses a dois anos ou por período superior.

Tratando-se de situações que dêem lugar à contratação de vários trabalhadores, a


comunicação a que se refere o número anterior deve ser feita, sucessivamente, a partir
da verificação da diminuição gradual da respectiva ocupação, em consequência da
normal redução da actividade, tarefa ou obra para que foram contratados.

A inobservância do pré-aviso a que se refere o ponto 1 implica para a entidade


empregadora o pagamento da retribuição correspondente ao período de aviso prévio em
falta.

A cessação do contrato confere ao trabalhador o direito a uma compensação


correspondente a dois dias de remuneração de base por cada mês completo de duração,
calculada segundo a fórmula:

rmhg = (rmmg x 12 meses) : (52 semanas x n)

Legenda:

rmhg = remuneração mínima horária garantida.


rmmg = remuneração mensal mínima garantida.
n= período normal de trabalho semanal.

Conversão do contrato

O contrato converte-se em contrato sem termo se o trabalhador continuar ao serviço


decorrido o prazo do aviso prévio ou, na falta deste, passados quinze dias sobre a
conclusão da actividade, serviço ou obra para que haja sido contratado ou sobre o
regresso do trabalhador substituído.
Quando o contrato se converte aplica-se no que respeita à contagem da antiguidade do
trabalhador o início da prestação do trabalho.

Contrato de trabalho a termo

A celebração do contrato de trabalho a termo só é admitida nos casos seguintes:

a) Substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se encontre impedido


de prestar serviço ou em relação ao qual esteja pendente em juízo acção de apreciação a
licitude do despedimento;

b) Acréscimo temporário ou excepcional da actividade da empresa;

c) Actividades sazonais;

d) Execução de uma tarefa ocasional ou serviço determinado precisamente definido e


não duradouro;

e) Lançamento de uma nova actividade de duração incerta, bem como o início de


laboração de uma empresa ou estabelecimento;

f) Execução, direcção e fiscalização de trabalhos de construção civil, obras públicas,


montagens e reparações industriais, incluindo os respectivos projectos outras
actividades complementares de controlo e acompanhamento, bem como os outros
trabalhos de análoga natureza e temporalidade, tanto em regime de empreitada como de
administração directa;

g) Desenvolvimento de projectos, incluindo concepção, investigação, direcção e


fiscalização, não inseridos na actividade corrente da entidade empregadora;

h) Contratação de trabalhadores à procura do primeiro emprego ou de desempregados


de longa duração ou noutras situações previstas em legislação especial de política de
emprego;

i) Após a reforma do trabalhador, se este continuar a trabalhar, o contrato passa


automaticamente a ser a termo por um período de 6 meses renovável por iguais períodos
(ver contratos após a reforma, uma vez que este é um contrato a termo com diversas
especificidades);

j) É admitida a celebração de contrato de trabalho a termo incerto nas situações


previstas nas alíneas a), c), f) e g).

A celebração de contratos a termo fora dos casos previstos no número anterior importa a
nulidade da estipulação do termo.
É importante ter presente que não basta a indicação de uma das situações descritas
supra, é necessário que elas realmente existam, uma vez que caso a entidade
empregadora não consiga provar que está efectivamente naquelas condições o contrato é
considerado sem termo.

Como se faz e o que deve constar de um contrato de trabalho a termo

O contrato de trabalho a termo, certo ou incerto, está sujeito à forma escrita, devendo
ser assinado por ambas as partes e conter as seguintes indicações:

a) Nome ou denominação e residência ou sede dos contraentes;

b) Categoria profissional ou funções ajustadas e retribuição do trabalhador;

c) Local e horário de trabalho;

d) Data de início do trabalho;

e) Prazo estipulado com indicação do motivo justificativo ou, no caso de contratos a


termo incerto, da actividade, tarefa ou obra cuja execução justifique a respectiva
celebração ou o nome do trabalhador substituído;

f) Data da celebração.

Na falta da referência exigida pela alínea d), considera-se que o contrato tem início na
data da sua celebração.

Considera-se contrato sem termo aquele em que falte a redução a escrito, a assinatura
das partes, o nome ou denominação, bem como as referências exigidas na alínea e) do
Nº 1 ou, simultaneamente, nas alíneas d) e f) do mesmo número.

A indicação do motivo justificativo da celebração do contrato deve mencionar


concretamente os factos e circunstâncias que integrem esse motivo, sob pena de não ser
atendível.
Quando não seja reduzido à forma escrita ou quando o motivo não for atendível o
contrato é considerado sem termo.

Obrigações resultantes da admissão de trabalhadores a termo

A entidade empregadora é obrigada a comunicar à comissão de trabalhadores, no prazo


de cinco dias úteis, a admissão de trabalhadores em regime de contrato de trabalho a
termo.

Os trabalhadores admitidos a termo são incluídos, segundo um cálculo efectuado com


recurso à média do ano civil anterior, no total dos trabalhadores da empresa para
determinação das obrigações sociais ligadas ao número de trabalhadores ao serviço.
Duração e Renovação

A estipulação do prazo tem de constar expressamente do contrato.

Caso se trate de contrato a prazo sujeito a renovação, esta não poderá efectuar-se para
além de duas vezes e a duração do contrato terá por limite, em tal situação, três anos
consecutivos.

Nos casos de lançamento de uma nova actividade de duração incerta, bem como o
início de laboração de uma empresa ou estabelecimento, a duração do contrato, haja ou
não renovação, não podem exceder dois anos.

Considera-se como um único contrato aquele que seja objecto de renovação.

O contrato caduca no termo do prazo estipulado desde que a entidade empregadora


comunique ao trabalhador até oito dias antes de o prazo expirar, por forma escrita, a
vontade de o não renovar.

A falta de comunicação referida no número anterior implica a renovação do contrato


por período igual ao prazo inicial.

A caducidade do contrato confere ao trabalhador o direito a uma compensação


correspondente a dois dias de remuneração de base por cada mês completo de duração,
calculada segundo a fórmula: (rmhg = rmmg x 12 meses / 52 semanas x n), (rmhg =
remuneração mínima horária garantida).

A cessação, por motivo não imputável ao trabalhador, de um contrato de trabalho a


prazo que tenha durado mais de doze meses impede uma nova admissão, a termo certo
ou incerto, para o mesmo posto de trabalho antes de decorridos três meses.

O contrato converte-se em contrato sem termo se forem excedidos os prazos de duração


fixados de acordo com o disposto supra, contando-se a antiguidade do trabalhador desde
o início da prestação do trabalho.

Preferência na admissão

Até ao termo de vigência do respectivo contrato o trabalhador tem, em igualdade de


condições, preferência na passagem ao quadro permanente, sempre que a entidade
empregadora proceda a recrutamento externo para o exercício, com carácter
permanente, de funções idênticas aquelas para que foi contratado.

A violação desta preferência obriga a entidade empregadora a pagar ao trabalhador uma


indemnização correspondente a meio mês de remuneração de base.

Férias
Aqui as férias variam conforme os contratos durarem:

para aqueles contratos em que a duração seja inferior a um ano, inicial ou renovada, o
período de férias é de 2 dias por cada mês de trabalho.

Para aqueles contratos a prazo que ultrapassem um ano, o período de férias é igual ao
dos contratos sem prazos, isto é, 22 dias úteis.

Cessação

Aos contratos de trabalho a termo aplicam-se as disposições gerais relativas à cessação


do contrato(ver justa causa e cessação nos contratos de trabalho), com as alterações
constantes dos números seguintes:

1- Sendo a cessação declarada ilícita, a entidade empregadora será condenada:

a) Ao pagamento da importância correspondente ao valor das retribuições que o


trabalhador deixou de auferir desde a data do despedimento até ao termo certo ou
incerto do contrato, ou até à data da sentença, se aquele termo ocorrer posteriormente;

b) A reintegração do trabalhador, sem prejuízo da sua categoria, caso o termo do


contrato ocorra depois da sentença.

2 - Da importância calculada nos termos da alínea a) do número anterior é deduzido o


montante das importâncias relativas a rendimentos de trabalho auferidos pelo
trabalhador em actividades iniciadas posteriormente à cessação do contrato.

3 - No caso de rescisão com justa causa por iniciativa do trabalhador, este tem direito a
uma indemnização correspondente a mês e meio de remuneração de base por cada ano
de antiguidade ou fracção, até ao limite do valor das remunerações de base.

4 - No caso de rescisão sem justa causa por iniciativa do trabalhador, deve este avisar a
entidade empregadora com a antecedência mínima de 30 dias se o contrato tiver duração
igual ou superior a 6 meses, ou de 15 dias, se for de duração inferior.

5 - Se o trabalhador não cumprir, total ou parcialmente, o prazo de aviso prévio


decorrente do estabelecido no número anterior, pagará à entidade empregadora, a título
de indemnização, o valor da remuneração de base correspondente ao período de aviso
prévio em falta.

6 - No caso de contratos a termo incerto, para o cálculo do prazo de aviso prévio a que
se refere o N.º 5 atender-se-á ao tempo de duração efectiva do contrato.

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