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Direito do Trabalho
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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Prof. Luiz Henrique Dutra
Sumário
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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Art. 47 da CLT - O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do
art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais)
por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.
§ 1º Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final
da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado,
quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte.
§ 2º A infração de que trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla
visita.
Art. 47-A da CLT - Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o
parágrafo único do art. 41 desta Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de R$
600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado.
OBS: As indenizações dos art. 47 e 47-A da CLT, não são para o empregado, mas
sim para o governo, como forma de multa.
Súmulas 225 do STF - Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira
profissional.
Atenção!
1.2 Empregado
Diferentemente, a relação de emprego é firmada mediante contrato de trabalho e
assinatura da Carteira de Trabalho do empregado mediante o preenchimento dos requisitos. O
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conceito e requisitos para que ocorra a configuração do vínculo de empregado estão previstos
no art. 3 da CLT, o qual segue transcrição:
Art. 3º da CLT - Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de
trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Atenção!
Ter exclusividade não é requisito para configuração de vínculo. Todos os elementos devem
estar presentes de forma concomitante para configurar o vínculo de emprego, como é o caso
do policial militar que será considerado empregado se preenchidos todos os requisitos (Súmula
n. 386 do TST), in verbis:
Atenção!
Não há distinção entre trabalho no domicílio do empregado a distância e o trabalho exer-
cido na Empresa, conforme dispõe o artigo 6º da CLT:
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Estudante
Parte Instituição
concedente de Ensino
b) Requisitos de validade
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O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, desde que observados os
seguintes requisitos:
Atenção!
c) Principais obrigações
Listam-se as principais obrigações e restrições instituídas pela Lei n. 11. 788/2008,
principalmente para a parte concedente (CAIRO Jr., 2015, P. 160):
• Limitação do número de estagiários por estabelecimento, salvo no caso de estudantes de
nível superior e de nível profissional: de 1 a 5 empregados – 1 estagiário | de 6 a 10
empregados – até 2 estagiários | de 11 a 25 empregados – até 5 estagiários;
• Prazo máximo de dois anos, salvo quando se tratar de estagiário portador de necessida-
des especiais;
• Reserva de 10% das vagas de estágio para estudantes portadores de necessidades es-
peciais;
• Obrigações especificas para a parte concedente, como por exemplo: a indicação de em-
pregado de seu quadro pessoal, com formação ou experiência profissional na área de
conhecimento desenvolvida no curso do estágio, para orientar e supervisionar até 10 es-
tagiários simultaneamente, e o envio à instituição de ensino, com periodicidade mínima
de 6 meses, de relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário.
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Art. 1º - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada,
prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição
privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais,
científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.
Trata-se de contrato formal efetivado por instrumento escrito, denominado pela lei de
termo de adesão, entre a entidade e o prestador de serviço voluntário, com o registro do objeto
e as condições de seu exercício. A entidade que se beneficia do serviço voluntário fica obrigada
a ressarcir o trabalhador pelas despesas necessárias à sua consecução, desde que haja
comprovação do desembolso respectivo. (CAIRO Jr., 2015, p. 169).
Atenção!
O trabalho voluntário é admitido em entidades privadas, desde que não possuem fins lu-
crativos e tenham objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assis-
tência social, inclusive mutualidade.
1.3.3 Autônomo
A prestação de serviços autônomos é aquela que é executada por conta e risco da pessoa
do trabalhador, ou simplesmente trabalho por conta própria. Representa uma das espécies do
gênero relação de trabalho lato sensu, da qual faz parte, também, as relações derivadas do
contrato de empreitada, do contrato de representação comercial, da prestação de serviços dos
profissionais liberais, como advogados, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, desde que
não haja subordinação. (CAIRO Jr., 2015, p. 148)
Para Sérgio Pinto Martins (2005, P. 186), trabalhador autônomo é “a pessoa física que
presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os
riscos de sua atividade econômica”.
Sintetizando: Existe ausência de subordinação jurídica para o trabalhador autônomo.
Art. 442-B da CLT - A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as
formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a
qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
1.3.4 Eventual
Como já exposto, a não-eventualidade na prestação de serviços constitui elemento
caracterizador da relação empregatícia. Se o empresário necessita por em marcha uma atividade
eventual, qual seja, que não tenha caráter de permanência, no que se refere ao objeto do seu
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1.3.5 Avulso
Trabalhador avulso é aquele que presta serviços para terceiros, por intermédio de uma
terceira pessoa.
O art. 7º, XXXIV da CF, garante “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso”.
De acordo com os arts. 643, § 3º da CLT e 652, V da CLT, a Justiça do Trabalho é
competente para julgar as ações dos trabalhadores avulsos.
Art. 643 da CLT - Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores
bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades
reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o
presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do trabalho.
§ 3º - A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra -
OGMO decorrentes da relação de trabalho.
1.4 Empregador
O Empregador está previsto no art. 2º da CLT, conforme segue transcrição abaixo:
Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
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Atenção!
Um cuidado que deve o aluno ter ao analisar uma questão sobre empregador é que o risco
do negócio é exclusivo seu, não podendo haver a transferência de prejuízos para o empregado.
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As revistas íntimas não podem ser feitas tanto em mulheres (Art. 373-A, VI da CLT), como
em homens, por violarem a intimidade do empregado.
A revista não pode ser realizada em local não apropriado e na presença de clientes, pois
se torna vexatória.
b.2) Monitoramento de Atividade no Computador: Poderá o empregador monitorar a ativi-
dades do empregado no computador.
O empregador deverá tomar cuidado de não fazer um controle vexatório e quanto a dados
pessoais do empregado, pois um dos princípios da República Federativa do Brasil é a dignidade
da pessoa humana.
O telefone e o sistema utilizados para acesso à Internet são do empregador. Assim, o
recebimento da comunicação é do empregador e não do empregado, como na hipótese de ques-
tões relacionadas apenas com o serviço.
b.3) Instalação de Câmeras e Microfones: Considera-se lícita a instalação de câmeras ou
microfones no local de trabalho para fiscalizar o empregado, desde que não a intimidade do
trabalhador, nem sejam vexatórios.
Será vedado ao empregador utilizar de tais mecanismos em locais de intimidade do em-
pregado, como banheiros, vestiários, etc.
b.4) Exames Toxicológicos: É um dever de o motorista profissional submeter-se a exames
toxicológicos com janela de detecção mínima de 90 dias e programa de controle de uso de droga
e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos uma vez
a cada dois anos e seis meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame obrigatório previsto
no Código de Trânsito, desde que realizado nos últimos 60 dias.
Os pilotos de avião também devem se submeter a exames toxicológicos, pois põem em
risco a segurança das pessoas.
A recusa do empregado em submeter-se ao teste e ao programa de controle de uso de
droga e de bebida alcoólica será considerada infração disciplinar, passível de punição nos termos
da lei (parágrafo único do art. 235-B da CLT).
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ordens de serviço, que devem ser cumpridas, salvo se ilegais ou imorais. Logo, o empregador
pode estabelecer penalidades a seus empregados. (MARTINS, 2016, p. 338).
O empregado poderá ser advertido (verbalmente ou por escrito) e suspenso. Não poderá
ser multado, salvo o atleta profissional. Como sinônimo de advertência são usadas as palavras
admoestação, repreensão. A advertência muitas vezes é feita verbalmente. Caso o empregado
reitere o cometimento de uma falta, aí será advertido por escrito. Na próxima falta, deveria ser
suspenso. O empregado não poderá, porém, ser suspenso por mais de 30 dias, o que importará
a rescisão injusta do contrato de trabalho (Art. 474 da CLT). Normalmente o empregado é sus-
penso por 5 dias. (MARTINS, 2016, p. 338-339).
Lei 13.271/16: Dispõe sobre a proibição de revista íntima de funcionárias nos locais de
trabalho e trata da revista íntima em ambientes prisionais.
Art. 1º - As empresas privadas, os órgãos e entidades da administração pública, direta e
indireta, ficam proibidos de adotar qualquer prática de revista íntima de suas funcionárias
e de clientes do sexo feminino.
Art. 2º - Pelo não cumprimento do art. 1o, ficam os infratores sujeitos a:
I - multa de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao empregador, revertidos aos órgãos de prote-
ção dos direitos da mulher;
II - multa em dobro do valor estipulado no inciso I, em caso de reincidência, independen-
temente da indenização por danos morais e materiais e sanções de ordem penal.
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I - A empresa devedora.
II - Os sócios atuais; e
III - Os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar
comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Atenção!
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