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4. A autotutela atualmente
5. Jurisdição
O período do império romano, que deu-se entre 27 a.C. a 565 d.C., pode
ser divido em dois períodos: o principado e o dominato, mas esta classificação
não será utilizada no presente artigo a fim de simplificar o entendimento da
história romana.
O importante a salientar-se sobre o exercício do poder jurisdicional é que
ele volta a ser concentrado na figura de uma pessoa, assim como ocorria na
monarquia. No entanto, neste período a concentração se dá na figura do
imperador. A partir do momento em que o procedimento, até então bipartido,
passa a desenrolar-se, desde sua instauração, até o final, diante de uma única
autoridade estatal, que é o magistrado, a decisão desse não corresponde mais
apenas à um parecer jurídico de um cidadão autorizado pelas leis, mas se torna
um comando vinculante de um órgão estatal.
(TUCCI; AZEVEDO, 1996) defende avançar o fenômeno da
“judicialização da jurisdição”, que corresponde ao monopólio da atividade
jurisdicional pelo Estado e, que, no Império Romano, ocorreu no período
chamado de cognição extraordinária ou cognitio extra ordinem.
Com a unificação das instâncias, e consequente atuação de apenas um
órgão judicial estatal presente durante todo o desenrolar da solução do litígio, a
ideia de monopólio da jurisdição pelo Estado se concretiza e ganha força no
processo de formação do pensamento jurídico. O período da cognição
extraordinária pautou-se pela ingerência estatal no processo e agigantamento
da figura do Estado-juiz (ALVIM, 2000).