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El derecho dúctil
7 – O estado constitucional
O Estado constitucional representa uma mudança capital, genética.
Pela primeira vez na época moderna, a Lei vem submetida a uma relação de adequação,
e portanto de subordinação, a uma instância mais alta de direito estabelecido pela constituição.
Há quem diga que os estados constituintes nada mais são do que uma continuação
história dos estados de direito, sendo o último grau do governo das leis e não dos homens.
Entretanto, o autor faz ressalva de que o Estado Constitucional, mais do que uma
continuação do Estado Liberal, se trata de uma profunda transformação, que afeta inclusive o
conceito de direito.
Essa mudança de conceito que tirou do Estado a autoridade de “senhor do direito” para
apenas “senhor da lei” trouxe diversas preocupações aos positivistas. Não só defender o direito
das incursões da política, mas também a “positividade” do direito perante a destrutiva
incidência do direito natural.
O autor defende que os positivistas entediam a questão equivocadamente, já que a
constitucionalização representa o intento de “positivar” o que durante séculos se considerou
como prerrogativa do direito natural, a saber: a determinação da justiça e dos direito humanos.
A constituição, com efeito, não transcente do direito legislativo, não se colocando em
uma dimensão independente da vontade criadora dos homens e, portanto, não precede da
experiência jurídica positiva.
A constituição é, por definição, uma criação política, não o simples reflexo de uma ordem
natural, mas sim, a máxima de todas as criações políticas.