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Primeiro surge o direito internacional público, mas o Estado, de acordo com alguns autores, o

Estado que deveria ser o a única forma de direito.

Kelsen parte da norma fundamental, constituição, é válida, visto que é globalmente válida,
tendo efetividade geral e está no topo hierárquico, servindo de subordinação às outras leis.

No que diz respeito ao Direito Internacional Consuetudinário Geral é a norma fundamental.


Assim, abaixo desse Direito, há o princípio da efetividade, se o Estado respeitar, a constituição
é válida. É denominado de monismo primado da Ordem Internacional. Assim, configura-se
uma estrutura de subordinação.

A estrutura de Kelsen se dá pela unidade de diferença que identifica o problema do sistema


júridico entre lícito e ilícito. E isso é possível pelo conjunto de leis, precedentes
jurisprudenciais, contratos e dogmáticas jurídicas, explicitando o que é lícito e ilícito, utilizado
pelos juízes e tribunais. Vale ressaltar que os juízes e tribunais não podem decidir com base
social e econômica, mas podem ter sensiblidade desses aspectos, sendo que cabem a eles
controlar o que é lícita e ilícito.

Os modelos pluralistas debatem com o monismo do Direito Internacional Público, sendo que
os primeiros argumentam que o Estado e o Direito Internacional apresentam matérias
próprias, tendo dificuldade em identificar a coordenação. No entanto, na realidade, há um
emaranhado de leis e direitos, pois não só se subordinam, mas podem se complementar os
vácuos entre as leis.

Há várias vertentes do pluralismo jurídico, sendo o Pluralismo jurídico sociológico:

A) O Direito alternativo, que seria a criação de novas leis de autoregulação privado, se


distanciando das leis estatais, que não têm muita legitimidade a certos povos. Assim,
pode-se elucidar algumas críticas ao pluralismo no Estado periférico, como
características do Estado periférico e seu Direito, no que diz respeito à sua
legitimidade e à sua capacidade de autogoverno que exclui o Direito Estatal. Ademais,

O Pluralismo jurídico transnacional pós-moderno identifica o Direito Global Heterárquico,


onde o direito não pode ser localizado, pois há um emaranhado de subordinação entre os
direitos e a economia, pela lex mercatoria, apesar que não necessariamente ter relações
jurídicas, e conduz soluções para as expectativas dos participantes do direito internacional,
e a lex esportiva.

A corrupção sistêmica no Estado periférico se caracteriza pela noção de “corrupção” do


sistema, ou seja, do processo legal, como a compra de sentença ou de diploma. Há dois
tipos de corrupção no plano operativo, como a compra de diplomas (eventual), no plano
estrutural, como ocorre com a milícia no Rio de Janeiro (estabilizada) e corrupção
sistêmica, em sentido estrito. Assim, cabe ao direito definir o que é lícito e ilícito, que seria
código fraco, e há desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres, pois os mais ricos
conseguem ter êxito na corrupção.

A corrupção pode chegar a um patamar de expressão como identidade nacional e


singularidade cultural. É uma patologia, mas visto como uma normalidade por Marcelo
Neves, mas para Luhman é um “problema moral”. Há o problema da exclusão nos países
periféricos, porque deveria ter inclusão dos menos privilegiados, a partir da inclusão
jurídico-política, com o efetivo uso do direito, política mediado pela constituição. Além
disso, há dois tipos de excluídos, o primeiro diz respeito aqueles que estão acima do
sistema social e apresentam direito, e não pode-se impor leis normativas, ao passo que os
subcidadãos são aqueles que se apresentam deveres e o sistema social não pode
providenciar seus direitos. Os sobrecidadãos são mais poderosos que os subcidadãos, pela
sua capacidade de influência, mas não é um conceito estático. Apesar de ter a constituição
que intermediam o sistema jurídico e político.

A Constituição, muitas vezes, se apresentam sem muito compromisso com as instituições,


sendo vista, muitas vezes, como simbólica. Assim, apesar de esconder uma realidade, ela
cria uma ilusão do estado constitucional, podendo ser usada como argumento de
transgressão da normatividade. A exemplo da constituição de 1988, que foi feita para um
futuro distante, com igualdade que, na realidade, não existe.

O Judiciário assume instrumentalmente a diferença política entre “amigo/inimigo”, que


não poderia acontecer. Os tribunais e juízes estão acima da Constituição e das leis, papel
de sobrecidadãos, porque detem o poder judiciário e podem julgar pelos seus interesses.
Ademais, houve, infelizmente, a judicialização da política e politização do judiciário. Déficit
reflexivo: neoconstitucionalismo, constituição dirigente e presidencialismo de coalizão. Os
representantes dos subcidadãos passam a ser vistos como inimigos e devem ser
neutralizados como subcidadãos. Da constitucionalização simbólica à degradação
constitucional, visto que suas normas normativas não estão sendo mais respeitadas e
seguidas.

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