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de 1988
Para um Estado fazer bom uso social de sua Soberania é fundamental que se estabeleça
uma estrutura escalonada na ordem jurídica. Dentro da concepção do filósofo suíço
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em sua obra: Do Contrato Social, 1762, nos mostra
claramente essa necessidade, discordando de Thomas Hobbes, ele endente que é o povo
que deve fazer e aplicar suas leis.
Em nosso Estado temos como ápice da pirâmide hierárquica nossa Constituição Federal
(Promulgada e publicada no Diário Oficial da União nº191-A de 5 de Outubro de 1998),
uma Constituição Kelsiana , pois é a nossa Carta Magna, criada pelo Estado em nome
do povo.
É desse modo que se atende aos constantes anseios sociais, sempre de maneira
hierárquica, pois só assim o Governo vigente manterá sua credibilidade como
administrador público.
1.1 A Constituição
Assim o Direito cria uma espécie de "manual de condutas", onde se constitui a forma
correta de se criar novas normas e as in promulgare.
A produção de uma norma requer uma condição primordial: ela deve ser criada de
acordo com uma norma anterior que aceite a probabilidade de uma nova criação.
Essa relação de normas criadas para regulamentar normas pode ser figurada pela
imagem espacial da supra-infra-ordenação.
Assim também é possível compreender que uma norma superior é capaz de criar suas
ramificações (sempre que a norma compreender essa possibilidade), que são as normas
inferiores. Com base nessas ramificações chegamos as normas fundamentais, que
ajudam a manter a ordem pública, criando uma interconexão entre a norma superior e a
inferior.
Logo, se subentende que nenhuma norma que venha a ser criada poderá se sobrepor a
Constituição, e se mesmo assim ocorrer a criação de uma "norma"que se sobreponha
sobre a Lei Magna a mesma será nula, não terá efeito legal, será in revocare.
As normas encontradas nos artigos da Constituição não poderão ser revogadas através
de leis simples, mas assim através de processo especial e severo, dessa forma o Direito
sempre usará de seu dinamismo particular e muito peculiar para compreender a hora e
forma exata para que seja instaurado um "processo de renovação Constitucional", junto
ao Parlamento legislador da Constituição.