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Aula 3

DESIGN DE
Prof. Dr. Diogo Caldas
CARREIRA
JURÍDICA
E-mail: diogo.caldas@uva.br
A FUNÇÃO JURISDICIONAL

•o Poder Judiciário possui a função precípua de julgar os conflitos de interesses que


surgem na sociedade, fazendo aplicar a lei ao caso concreto.

•Falamos em função “precípua” ou principal, pois cada um dos respectivos poderes


também possui, além da respectiva função principal, as funções secundárias ou
“anômalas”, que correspondem às funções precípuas dos demais poderes.

•Assim, o Judiciário, além da sua função principal (exercício da função jurisdicional),


também possui função legislativa (por exemplo, na elaboração dos regimentos internos
dos Tribunais) e administrativa (organização dos respectivos cargos e funcionários);
A JURISDIÇÃO

•“é uma das funções da soberania do Estado. Função de poder, do Poder Judiciário.
Consiste no poder de atuar o direito objetivo, que o próprio Estado elaborou,
compondo os conflitos de interesses e dessa forma resguardando a ordem jurídica e
a autoridade da lei.

•A função jurisdicional é, assim, como que um prolongamento da função legislativa


e a pressupõe. No exercício desta, o Estado formula as leis, que são as regras gerais
e abstratas reguladoras da conduta dos indivíduos, tutelares de seus interesses e que
regem a composição dos respectivos conflitos; no daquela, especializa as leis,
atuando--as em casos ocorrentes” (Prof. Moacyr Amaral dos Santos)
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
a)substitutividade: a função jurisdicional é substitutiva, pois o Estado, quando da
ocorrência de uma lide, “substituiu” a atividade das partes na aplicação da lei, ou seja,
como o Estado reservou para si o “poder” de dizer o direito para a solução da lide,
proibindo o particular de realizar a “justiça pelas próprias mãos”.

b)imutabilidade: as decisões proferidas pelo Poder Judiciário, quando no exercício da


função jurisdicional, não podem ser revistas ou alteradas, nem sequer por outro poder
estatal. Isso se dá em razão das decisões do Judiciário serem dotadas do efeito da coisa
julgada, que resulta na imutabilidade dos efeitos das decisões.
c)natureza declaratória: Cabe ao Judiciário a competência apenas a aplicação
do direito já preexistente à situação em lide (subsunção forçada da norma ao
fato).

d)existência de uma “lide”: a função jurisdicional contenciosa está


intimamente ligada a existência de uma lide (conflito de interesses qualificado
por uma pretensão resistida).

e) exclusividade: aptidão para a coisa julgada material. Somente a atividade


jurisdicional tem a capacidade de tornar-se indiscutível. Única função do Estado que
pode ser definitiva.
f) imparcialidade: terceiro que é estranho ao conflito. Não pode ser interessado no
resultado do processo.

g) monopólio do Estado: só o Estado pode exercer a jurisdição. Estado é que julga e


que diz quem pode julgar. Não precisa ser um órgão estatal julgando. Por esse motivo,
a arbitragem é jurisdição, porque foi o Estado que disse quem julga.

h) inércia: jurisdição age por provocação, sem a qual não ocorre o seu exercício. Está
praticamente restrita à instauração do processo, porque, depois de instaurado, o
processo deve seguir por impulso oficial.

i) Unidade da jurisdição: a jurisdição é una, mas o poder pode ser dividido em


pedaços, que recebem o nome de competência.
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO

a)inércia: a atividade jurisdicional desenvolve-se somente quando provocada.

b)inevitabilidade: não se pode opor qualquer instituto para impedir que a jurisdição
alcance os seus objetivos e produza os seus efeitos; os quais independerão da vontade
ou da aceitação das partes;

c)indelegabilidade: as atribuições do Judiciário só podem ser exercidas pelos seus


respectivos órgãos,

d)juiz natural: só pode atuar como juiz quem se enquadre em órgão judiciário previsto
de modo expresso em norma jurídica constitucional. Referido princípio proíbe a
existência dos chamados tribunais de exceção
e)duplo grau de jurisdição: a parte que não obteve a satisfação de sua pretensão em
primeiro grau pode provocar um novo exame de seu processo por um órgão de segundo
grau, diverso daquele que julgou anteriormente.

f)investidura: a jurisdição só pode ser exercida por quem dela se ache legitimamente
investido;

g)aderência ao território: os Magistrados só possuem poder dentro dos limites


territoriais, só podendo praticar atos processuais dentro de um determinado limite
territorial;
h)inafastabilidade: também chamado de princípio do controle jurisdicional, visa
garantir a todos o acesso ao Poder Jurisdicional; nem mesmo o juiz pode deixar de
decidir alegando lacuna ou obscuridade da lei.
COMPETÊNCIA
•Competência, que é a atribuição a um dado órgão do Poder Judiciário daquilo que lhe está afeto,
em decorrência de sua atividade jurisdicional específica, dentro do Poder Judiciário,
normalmente excluída a legitimidade simultânea de qualquer outro órgão do mesmo poder.

•A competência jurisdicional é, na verdade, o limite da jurisdição do juiz, ou seja, é a limitação


do poder do juiz de dizer o direito.

• competência do juiz é atribuída pela Constituição Federal, pelas Leis de Organização Judiciária,
e pela legislação correlata (os Códigos de Processo Penal e Processo Civil).
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
•O poder judiciário é aquele responsável por interpretar e julgar as causas. Seu
funcionamento se dá por meio de instâncias.

• A primeira instância é o órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada


ao Poder Judiciário.

•As decisões por ela proferidas poderão ser submetidas à apreciação da instância
superior, composta por órgãos colegiados. Em outras palavras, se trata da garantia do
duplo grau de jurisdição.

•Além dos recursos, cabe às instâncias superiores, em decorrência de sua competência


originária, apreciar ações em razão da matéria ou dos cargos ocupados pelos envolvidos.
COMPOSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
A ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO:
ESTADUAL E FEDERAL

•A organização do Poder Judiciário está baseada na divisão da competência entre os


vários órgãos que o integram nos ramos estadual e federal.

•A Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não compreendidas na competência da


Justiça Federal, comum ou especializada. É, deste modo, competência residual.

• os Estados possuem sua Justiça Militar, na qual a função é julgar os crimes próprios
cometidos pelos policiais militares. artigos 125 a 126 da Constituição.
•A Justiça Federal é formada pelos tribunais regionais federais e juízes federais.

•Sua competência é de julgar ações em que a União, as autarquias ou as empresas


públicas federais forem interessadas.

•Existe a Justiça federal comum e a especializada, que é composta pelas Justiças do


Trabalho, Eleitoral e Militar.

•Sua competência está fixada nos artigos 108 e 109 da Constituição.


JUSTIÇA ELEITORAL
• A Justiça Eleitoral, que também integra a Justiça Federal especializada,
regulamenta os procedimentos eleitorais, garantindo o direito constitucional ao
voto direto e sigiloso.

•A ela compete organizar, monitorar e apurar as eleições, bem como diplomar os


candidatos eleitos.

•A Justiça Eleitoral tem o poder de decretar a perda de mandato eletivo federal e


estadual e julgar irregularidades praticadas nas eleições.

•Ela é composta por juízes eleitorais que atuam na primeira instância e nos tribunais
regionais eleitorais (TRE), e por ministros que atuam no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Está regulada nos artigos 118 a 121 da Constituição.
JUSTIÇA DO TRABALHO
•A Justiça do Trabalho, um dos três ramos da Justiça Federal da União especializada, é
regulada pelo artigo 114 da Constituição Federal.

•A ela compete julgar conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e patrões,


incluindo aqueles que envolvam entes de direito público externo e a administração
pública direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

•Ela é composta por juízes trabalhistas que atuam na primeira instância e nos tribunais
regionais do Trabalho (TRT), e por ministros que atuam no Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
JUSTIÇA MILITAR
•A Justiça Militar é outro ramo da Justiça Federal da União especializada.

• Ela é composta por juízes militares que atuam em primeira e segunda instância e por
ministros que julgam no Superior Tribunal Militar (STM).

• A ela cabe processar e julgar os crimes militares definidos em lei (artigo 122 a124 da
Constituição).
TRIBUNAIS REGIONAIS
FEDERAIS – TRFS
•Os TREs possuem a competência desses tribunais processar e julgar em segunda
instância os julgados de primeira instância pelos juízes federais da sua área.
EM CUMPRIMENTO À DISPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL, O
TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS – EXTINTO PELA CARTA
DE 1988 – EDITOU A RESOLUÇÃO Nº 1/88,62 QUE DEFINIU:
a)o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com a composição inicial de 18 magistrados,
sede em Brasília e jurisdição sobre o Distrito Federal e os Estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia,
Roraima e Tocantins;

b)o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com a composição inicial de 14 magistrados,


sede no Rio de Janeiro e jurisdição sobre os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo;

c)o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com a composição inicial de 18 magistrados,

sede em São Paulo e jurisdição sobre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul ;
d)o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com a composição inicial de 14
magistrados, sede em Porto Alegre e jurisdição nos Estados do Rio Grande do
Sul, Paraná e Santa Catarina; e

e)o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com a composição inicial de dez


juízes, sede em Recife e jurisdição sobre os Estados de Pernambuco, Alagoas,
Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO
TRABALHO – TRTS
•Os TRTs que fazem parte da Justiça do Trabalho no Brasil, em conjunto com as Varas

do Trabalho e com o Tribunal Superior do Trabalho.

•Usualmente, correspondem à segunda instância na tramitação, mas detém

competências originárias de julgamento, em casos de dissídios coletivos, ações

rescisórias, mandados de segurança, entre outros.


TRIBUNAIS REGIONAIS
ELEITORAIS – TRE
•Os TREs possuem a
responsabilidade pela organização,
fiscalização e execução do processo
eleitoral nas áreas sob sua jurisdição.

•artigos 118 a 121 da Constituição.


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
•Tribunal Superior Eleitoral possui a finalidade de acompanhar a legislação eleitoral
juntamente com os Tribunais Regionais Eleitorais.

• É responsável de expedir instruções para a execução da lei que rege o processo


eleitoral.

•Desse modo, garante a organização das eleições e o exercício dos direitos políticos
da população.

•É o órgão máximo da Justiça Eleitoral, composto por sete membros, com mandatos
de dois anos cada um, sendo três ministros do STF, dois ministros do STJ e dois
advogados.
• Cabe ao TSE, entre outras atribuições previstas no Código Eleitoral, julgar os
recursos decorrentes das decisões dos tribunais regionais eleitorais (TREs),
inclusive sobre matéria administrativa.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
– TST
•O TST tem como principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista no país.
Possui o poder de julgar recursos contra decisões de Tribunais Regionais do Trabalho
-TRTs e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, também de
mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias.

•artigo 114 da Constituição Federal.

•Tem a função de uniformizar as decisões sobre ações trabalhistas, consolidando a


jurisprudência (repetição de decisões judiciais sobre um mesmo tema).
•São 27 ministros escolhidos entre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos,
nomeados pelo presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal.

•No TST são julgados vários tipos de processos, como: recursos de revista, recursos
ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e dissídios coletivos de
categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança,
embargos opostos às suas decisões e ações rescisórias.
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
•O Superior Tribunal Militar possui funções judiciais e administrativas, mas é
especializada em processar e julgar crimes que envolvam militares como da Marinha,
Exército e Aeronáutica.

•artigo 122 a124 da Constituição

•Composto por 15 ministros vitalícios.

•Três deles são escolhidos entre almirantes de esquadra da Marinha, quatro entre
oficiais-generais do Exército, três entre tenentes brigadeiro do ar da Aeronáutica e cinco
ministros civis.
•Importante ressaltar que, embora seja um tribunal superior, há revisão dos
processos finalizados na Justiça Militar da União, uma vez que o órgão também
funciona como segundo grau desse ramo do Poder Judiciário.
STJ
•O STJ é a corte responsável por disciplinar a interpretação da lei federal em todo o
Brasil, seguindo os princípios constitucionais. Portanto, é a última instância da Justiça
brasileira para as causas infraconstitucionais, sendo o órgão de convergência da Justiça
comum.

•O STJ, que uniformiza o direito nacional infraconstitucional, é composto por 33


ministros nomeados pelo presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pela
própria Corte. Os ministros do STJ também têm de ser aprovados pelo Senado antes da
nomeação pelo presidente do Brasil. O Conselho da Justiça Federal (CJF) funciona
junto ao STJ e tem como função realizar a supervisão administrativa e orçamentária da
Justiça Federal de primeiro e segundo graus
•A Constituição prevê que os ministros tenham origem diversificada: um terço deve ser
escolhido entre desembargadores federais, um terço entre desembargadores de justiça e,
por fim, um terço entre advogados e membros do Ministério Público.
ORGANIZAÇÃO
A) Plenário

•O Plenário é composto por todos os ministros do STJ.

• Os magistrados convocados não participam de suas reuniões.

• O órgão possui competência administrativa: elege membros para os cargos diretivos


e de representação, vota mudanças no regimento e elabora listas tríplices de
indicados a compor o tribunal.
B) Corte Especial

•A Corte Especial é composta pelos 15 ministros mais antigos do Tribunal e julga as


ações penais contra governadores e outras autoridades.

•A Corte também é responsável por decidir recursos quando há interpretação


divergente entre os órgãos especializados do Tribunal.

• Saiba mais a respeito no Guia Prático de Julgamentos do órgão.


SEÇÕES E TURMAS

•As três seções do STJ são especializadas. Dentro de cada especialidade, elas julgam
mandados de segurança, reclamações e conflitos de competência. Elas também são
responsáveis pelo julgamento dos recursos repetitivos.

•Cada Seção reúne ministros de duas Turmas, também especializadas. As Seções são
compostas por dez ministros e as Turmas por cinco ministros cada.

•Nas Turmas são julgados os recursos especiais sem caráter repetitivo, habeas corpus
criminais, recursos em habeas corpus, recursos em mandado de segurança, entre
outros tipos de processo.
STF
•O STF é órgão máximo do Poder Judiciário. Entre suas principais atribuições está a
de julgar:

•ações diretas de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual;

•ações declaratórias de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal

•a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria


Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

•infrações penais comuns, o presidente da República e seu vice, os membros do


Congresso Nacional, seus próprios ministros e o procurador-geral da República.
COMPETÊNCIAS
•Com base nisso, ele tem por competência julgar diversas ações, como exemplo:
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI);
2. Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC);
3. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).
4. Extradição solicitada por Estado estrangeiro.

•Ademais, ele também julga remédios constitucionais e alguns outros recursos, como o habeas corpus,
habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção, petição, agravo de instrumento, entre outros.

•Como exemplo, podemos citar o HC do ex-presidente do Lula, que foi negado pelo STF em abril desse ano
(2018).
•Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o
Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros.

•Dá-se o nome de Foro Especial por Prerrogativa de Função ou, popularmente de


“Foro Privilegiado”, as garantias constitucionais aos cargos anteriormente citados.
Então, por exemplo, se o presidente da República for acusado de qualquer tipo de
crime, ele não responderá na Justiça Comum, mas sim no STF.
•Tal órgão também possui autoridade para propor alguns tipos de projetos de lei, como
exemplo: projeto sobre criação ou extinção de cargos; e projeto de lei complementar
sobre o Estatuto da Magistratura; fixação da remuneração dos seus membros;
alteração da organização e da divisão do Judiciário.
ORGANIZAÇÃO
•Os ministros do STF são nomeados pelo presidente da república seguindo as regras
estabelecidas pelo art. 101 da Constituição Federal, onde os escolhidos devem estar
entre os cidadãos com mais de 35 e menos de 75 anos de idade, possuindo notório
saber jurídico e tendo boa reputação.

•Depois de ser indicado pelo presidente, para tornar-se ministro é necessário que a
escolha seja aprovada por maioria absoluta do Senado Federal.
•A suprema corte está “subdivida” em três categorias.

•O presidente da corte é escolhido por voto secreto entre os ministros e tem por função
tanto guiar as sessões do tribunal, como também de desempatar questões que
eventualmente fiquem empatadas.

•o presidente do STF preside também o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, e é a


quarta pessoa na linha a ocupar o cargo de presidente da república na ausência do
presidente.
•O plenário é a corte completa, composta pelos 11 ministros, normalmente o órgão
estará reunido em plenário quando for julgar alguma ação com declaração de
inconstitucionalidade.

•As turmas são compostas por cinco ministros cada, ficando o presidente fora, e
essas são presididas pelo ministro mais antigo, as turmas julgam as ações que não
ocorrem declaração de inconstitucionalidade.
•Relatores

•Para o STF, os relatores são ministros que analisam detalhadamente um processo,


acompanha cada passo das investigações e posteriormente faz um relatório sobre o
caso para a apresentação no julgamento.

•O relator dirige o processo, analisando por exemplo os pedidos dentro das


investigações, autorizando ou não uso de determinadas coisas como grampos
telefônicos, acréscimos de testemunhas e etc.

•As funções mais específicas dos relatores do STF estão designadas nos art. 21 e 22
do regimento interno do STF.
Ministro Luiz Fux Presidente (03/03/2011)

Ministro Gilmar Mendes (20/06/2002)

Ministro Flávio Dino (21/02/2024)

Ministra Cármen Lúcia (21/06/2006)

Ministro Dias Toffoli (23/10/2009)

Ministra Rosa Weber (19/12/2011)

Ministro Roberto Barroso (26/06/2013)

Ministro Edson Fachin (16/06/2015)

Ministro Alexandre de Moraes (22/03/2017)

Ministro Nunes Marques (05/11/2020)

Ministro André Mendonça(16/12/2021)


CNJ
•Missão: promover o desenvolvimento do Poder Judiciário em benefício da sociedade,
por meio de políticas judiciárias e do controle da atuação administrativa e financeira.

•Visão de futuro: órgão de excelência em governança e gestão do Poder Judiciário, a


garantir eficiência, transparência e responsabilidade social da Justiça brasileira.

•Criação do Conselho Nacional de Justiça

•O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004 e instalado em 14 de junho de 2005, nos termos do art. 103-B da Constituição
Federal. Trata-se de um órgão do Poder Judiciário com sede em Brasília (DF) e
atuação em todo o território nacional
O QUE CNJ FAZ?
Transparência e controle:

• Na Política Judiciária: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento


do Estatuto da Magistratura, expedindo atos normativos e recomendações.

• Na Gestão: definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de


avaliação institucional do Poder Judiciário.

• Na Prestação de Serviços ao Cidadão: receber reclamações, petições eletrônicas e


representações contra membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem
por delegação do poder público ou oficializado.
• Na Moralidade: julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, podendo
determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas.

• Na Eficiência dos Serviços Judiciais: realizar, fomentar e disseminar melhores


práticas que visem à modernização e à celeridade dos serviços dos órgãos do
Judiciário. Com base no relatório estatístico sobre movimentação processual e
outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional em todo o País, formular e
executar políticas judiciárias, programas e projetos que visam à eficiência da justiça
brasileira.
COMPOSIÇÃO DO CNJ
•Conforme o art. 103-B da Constituição Federal de 1988, o Conselho Nacional de Justiça
compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma)
recondução, sendo:

1. o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

2. um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

3. um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

4. um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

5. um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;


6. um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

7. um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

8. um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

9. um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;

10. um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da


República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
11. dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil;

12. dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
• O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas
suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
• Entre os direitos e deveres dos conselheiros, estabelecidos pelo Regimento Interno
do CNJ, estão, entre outros:
a) elaborar projetos, propostas ou estudos sobre matérias de competência do CNJ e
apresentá-los nas sessões plenárias ou reuniões de Comissões, observada a pauta
fixada pelos respectivos Presidentes;
b) requisitar de quaisquer órgãos do Poder Judiciário, do CNJ e de outras autoridades
competentes as informações e os meios que considerem úteis para o exercício de
suas funções;
c) propor à Presidência a constituição de grupos de trabalho ou Comissões necessários à
elaboração de estudos, propostas e projetos a serem apresentados ao Plenário do CNJ;
d) propor a convocação de técnicos, especialistas, representantes de entidades ou
autoridades para prestar os esclarecimentos que o CNJ entenda convenientes;
e) pedir vista dos autos de processos em julgamento.
f) participar das sessões plenárias para as quais forem regularmente convocados;
g) despachar, nos prazos legais, os requerimentos ou expedientes que lhes forem
dirigidos;
h) desempenhar as funções de Relator nos processos que lhes forem distribuídos.

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