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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA DA

CÍVEL DA COMARCA DE TUBARÃO/SC

Autor: FULANO DE TAL

Réu: CICLANO DE TAL

FULANO DE TAL, XXX, XXX, XXX, CPF XXX, RG XXX, residente e domiciliado na
cidade de Imbituba/SC, por meio de seu advogados (documento incluso), com escritório
localizado em Tubarão/SC, vem perante Vossa Excelência, propor:

AÇÃO INDENIZATÓRIA

Em face de CICLANO DE TAL, XXX, XXX, XXX, CPF XXX, RG XXX, residente
e domiciliado na cidade de Tubarão/SC, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos que
ora passa a expor:

I-DOS FATOS

O autor se envolveu em acidente de trânsito na data de 10/01/2021, por volta


das 15:00 horas, enquanto trafegava com o seu veículo VW/Gol, placas XXX-0000,
na BR 101, KM 202,5, trecho correspondente à cidade de São José/SC. Segundo
consta do Boletim de Ocorrência n. 0001-2020, o veículo conduzido pelo réu
(GM/Corsa, placa YYY-1111), não percebeu que os veículos que seguiam na sua
frente reduziram a velocidade, vindo a colidir na traseira do veículo dedo autor, que
com o impacto colidiu no carro à sua frente (FIAT/Uno, placa ZZZ-2222), de
propriedade de BELTRANO DE TAL. Tal colisão causou danos ao veículo de do
autor, além de prejudicar o desempenho da atividade profissional deste
representante comercial. Nos seis meses anterior ao acidente, aliás, auferiu renda
mensal média de aproximadamente R$ 4.000,00 mensais.
II- DO DIREITO

II.I- DA RESPONSABILIDADE DE INDENIZAR

Segundo consta do Boletim de Ocorrência n. 0001-2020, o veículo


conduzido pelo réu (GM/Corsa, placa YYY-1111), não percebeu que os veículos,
ou seja, por desatenção não percebeu que os veículos que seguiam na sua frente
reduziram a velocidade, vindo a colidir na traseira do veículo do autor. Ao agir com
negligência no trânsito violou leis e pôs a vida de terceiros em risco, o réu e condutor
do veículo cometeu ato ilícito, como dispõe o artigo 186 do Código Civil Brasileiro:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito

A Constituição Federal garante o direito à indenização, seja ela moral


ou material, quando violados os direitos a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, conforme disposto em seu artigo 5º, inciso X:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;

Caracterizado o cometimento do ato ilícito e causado o dano, fica o


réu obrigado a reparar, independente de culpa nos casos previstos em lei,
conforme o artigo 927 do mesmo Código:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

II.I.I- DOS DANOS MATERIAIS


Como dito anteriormente, o autor depende do desempenho da sua
atividade profissional de representante comercial para viver, na qual nos
últimos 6 meses recebeu uma média mensal de R$4.000,00 (quatro mil
reais). Assim, o prejuízo causado do período do dia do acidente 10/01/2021
até a data da reparação do automóvel no dia 30/01/2021, totalizaram 20 dias
de trabalho perdidos, devendo ser indenizado no valor de R$ .2.660,00 (dois
mil e seiscentos e sessenta reais), à título de Lucros cessantes, ou seja, o que
deixou de ganhar nesse tempo que não pode trabalhar em decorrência do
acidente.

Ressalta-se também que o autor deve ser ressarcido pelo réu o


equivalente ao valor do conserto do automóvel do autor, que conforme as
notas fiscais de serviço (NF A-01) e de peças (NF B-02), (documento anexo) foram
gastos o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil e reais), visto que há a
responsabilidade de ressarcir, eis que a culpa foi única e exclusivamente do
réu condutor.

II.I.II- DO DANO MORAL

Além dos danos materiais, o autor também faz jus aos danos morais,
levando em conta o transtorno causado e desgaste com toda a mudança de
rotina e com as despesas de deslocamento causada pela falta do veículo, que
se deu por culpa exclusiva do réu. O Superior Tribunal de Justiça, na Súmula
37 dispõe:

Súmula 37 – São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do
mesmo fato.

Os pressupostos para que exista a responsabilidade civil são a ação


ou omissão do agente, a culpa do agente, a relação de causalidade entre o
comportamento do agente e o dano causado e o dano efetivo.
A fixação dos valores indenizatórios pelos danos morais causados
não diminui o abalo e os transtornos causados pelo acidente. O valor
repararia os prejuízos psíquicos do autor.
III- DOS PEDIDOS

Ante o exposto requer:


a) A citação dos réus, para responder a presente ação, sob pena de revelia,
confissão e preclusão ficta;
b) A procedência de todos os pedidos;
c) A condenação do réu ao pagamento de .2.660,00 (dois mil e seiscentos e
sessenta reais), à título de Lucros cessantes
d) A condenação do réu ao pagamento dos danos materiais emergentes
causados acidente, cujo conserto custou o valor de R$5.000,00(cinco mil
reais), (notas fiscais em anexo).
e) A condenação do réu ao pagamento de R$ 3.000.,00 (três de reais), a fim
de indenizar o autor pelos danos morais, ou outro valor que Vossa
Excelência entender conveniente, de acordo com seu prudente arbítrio;
f) A produção de todos os meios de prova admitidas em direito, em especial
documental, testemunhal e todas as outras que Vossa Excelência entender
necessárias para o deslinde do feito.
i) A condenação dos réus ao pagamento de custas e despesas processuais,
bem como ao pagamento de honorários advocatícios, de acordo com o
disposto no artigo 20, parágrafo 3º do Código de Processo Civil.
j) sejam as intimações processuais efetivadas em nome do advogado VITOR
MENDES DOS SANTOS, inscrito na OAB/SC nº 66784, email:
vitormendesadvogado@gmail.com, nos precisos termos do Art. 272, § 5 do
CPC/2015, sob pena de nulidade.

I.III-DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 10.660,00 (dez mil e seiscentos e


sessenta reais).

Termos em que, pede deferimento.


Tubarão, 17 de março de 2023.

VITOR MENDES DOS SANTOS


OABSC n. 66784

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