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JOÃO SILVA, brasileiro, maior e capaz, motorista de táxi, devidamente inscrito no CPF
000.000.000-00 e RG 0000 SESDEC/RO, residente e domiciliado na Rua xxxxxxxx, xx, xxxxxx,
Porto Velho/RO, CEP xx.xxx-xxx, vem propor
Em face de
DA JUSTIÇA GRATUITA
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O autor opta pela realização de audiência de conciliação, conforme preconiza o art. 319,
inc. VII do CPC, razão pela qual requer a citação do réu, por carta (CPC, art. 247, caput) para
comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c § 5º).
1 – DOS FATOS
O autor trabalha como motorista de táxi na cidade de Porto velho há 22 anos, sempre
com o seu veículo e sua credencial em dia, tendo a profissão de taxista e consequentemente
seu veículo, como a sua única fonte de renda, tendo em média uma retirada de R$3.500,00
(três mil e quinhentos reais) por mês.
No dia 20 de dezembro de 2023, João vinha com seu veículo táxi em uma via principal
quando de repente, um veículo Hilux, dirigido pelo réu, que ao tentar cruzar a via principal,
acerta bem no meio do veículo de João deixando totalmente destruído.
O autor, vendo que seu veículo não poderia mais circular, teve que o levar para sua
casa. Passados mais de 20 dias sem respostas, teve que ir em busca do proprietário do veículo
que causou o acidente, visto que ele teve toda a culpa.
Quando o autor entrou em contato com o réu, ele lhe perguntou se já tinha feito o
orçamento do dano, e em ato contínuo, o autor apresentou alguns orçamentos, sendo eles: o
primeiro no valor de R$ 7.800,00, o segundo no valor de R$8.900,00 e o terceiro no valor de R$
6.950,00, sendo todos de empresa de sua inteira confiança.
Assim, passados mais de 10 dias, o autor procurou novamente o réu para arcar com os
prejuízos. Chegando no local combinado, o réu recebe o autor de forma áspera lhe agredindo
verbalmente, inclusive lhe chamando de vagabundo usurpador. Tudo isso aconteceu na frente
de várias pessoas, ofendendo diretamente sua honra e ferindo seu âmago. Em seguida, o réu
afirmou que não ia mais pagar nada, pois não era sua obrigação e que cada um arcasse com
seu prejuízo.
Agora, mais de 60 dias do acontecido e com o seu veículo parado, o autor não viu
outra alternativa, a não ser buscar este Poder Judiciário, para ter seus direitos garantidos.
2 – DOS FUNDAMENTOS
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo.
Desse modo, é dever arcar com a indenização material almejada, mesmo se não
comprovada sua culpa no evento, sendo suficiente a mera criação do risco, em virtude do
exercício de atividade econômica.
O dano emergente é um tipo de dano material que se caracteriza por ser um prejuízo
efetivo e atual, ou seja, algo que a vítima perdeu em decorrência de um ato ilícito ou de um
evento danoso. O conserto do veículo do autor, se enquadra perfeitamente no dano material
emergente, pois foi danificado no acidente, necessitando de reparos.
O artigo 402 do Código Civil, descreve exatamente as perdas e danos. Como já narrado,
o autor teve seu veículo completamente destruído, devendo o réu indenizar e arcar com topas
as despesas com o conserto do veículo, que ficou num total de R$30.000,00 (trinta mil reais).
2.2.2 – LUCROS CESSANTES
O veículo está parado há mais de 60 dias e sem previsão de reparo. O autor aufere em
média, R$3.500,00 (três mil e quinhentos reais) por mês. Como não existe a previsão de reparo,
o autor requer uma indenização por danos materiais na modalidade lucros cessantes no valor
de R$20.000,00 (vinte mil reais).
Diante do exposto e das provas anexas, o autor pleiteia uma indenização para reparação
desses danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais).
3 – DOS PEDIDOS
Nesses termos,
Pede deferimento
OAB RO 0000