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I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A parte autora declara que não possui condições de arcar com as custas processuais e
com os honorários sucumbenciais sem sacrifício da sua própria subsistência ou de seus
familiares, vez que se encontra desempregado. Trata-se da necessária observância aos
princípios constitucionais indisponíveis, posto que o indeferimento inviabilizaria o acesso à
justiça e estaria em desconformidade com o princípio constitucional da inafastabilidade ao
acesso à justiça acerto no artigo 5ª, inciso XXXV, da Constituição Federal.
Por preencher o autor os requisitos legais então previstos, vez que pobre na forma da
lei, desde logo suplica que lhe seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do
art. 98 do CPC/2015.
II – DOS FATOS
No dia 28 de agosto de 2023, por volta das 19h00min, a parte autora se dirigia a casa
da sua namorada conduzindo o seu veículo automotor, um I/NISSAM 350Z, placa
XXXXXX, cor preto, quando de foi surpreendido pela batida de outro veículo da mesma
natureza em alta velocidade, um FORD/KA, placa XXXXXX, cor azul, de propriedade da
parte ré, Maria José Gomes.
Embora o acidente não tenha gerado vítimas fatais, os danos materiais foram graves.
O veículo da parte autora teve a traseira do carro completamente destruída, conforme fotos
em anexo. Foi lavrado Boletim de Ocorrência de acidente de trânsito sem vítimas, de acordo
com a documentação anexada.
Até o presente momento, a parte autora, vítima do acidente, não teve qualquer
amparo em favor da reparação dos danos causados, se quer alguma demonstração de
arrependimento sincero e desculpas. O valor do conserto é estimado em R$ 21.440,00 (vinte
e um mil quatrocentos e quarenta e quatro reais), conforme orçamento em anexo.
Vale salientar, que a parte autora possui apenas esse veículo automotor e que o utiliza
como transporte para o trabalho e afazeres do dia a dia, tendo em vista que o seu local de
trabalho é, consideravelmente, distante de onde reside atualmente, sendo assim, além dos
prejuízo material evidente, tal situação tornou também inviável a rotina da parte autora.
III – DO DIREITO
De acordo com o dito alhures, a colisão resultou danos materiais à parte autora, tendo
o mesmo feito orçamento na concessionária do seu veículo, o qual estipulou um valor de
R$21.440,00 (vinte e um mil quatrocentos e quarenta e quatro reais). Além disso, em razão
do autor trabalhar em local distante, sendo dependente de seu veículo para comparecer ao
trabalho, o mesmo teve sua rotina prejudicada, além de levar faltas no trabalho pelo período
em que o carro se encontra impossibilitado de trafegar.
Desta feita, percebe-se que o prejuízo causado ao autor, vai além de atingir
unicamente o prejuízo material, em razão de ter ficado exposto a situação constrangedora
com o seu empregador e afazeres cotidianos prejudicados, tendo sua moral abalada. As
consequências do dano causado ao veículo do autor, sem dúvidas, repercutiram além da
esfera material, como também na emocional e psíquica do demandante.
Ademais, se torna evidente o dever do réu em reparar o dano causado, tendo em vista
sendo de sua exclusiva culpa o acidente automobilístico, posto que, de acordo com o CTB:
Nesse sentido, o CC/02 estabelece em seu art. 186 que quem, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Isto posto, faz-se mister o dever de reparar o dano causado, conforme preceitua o Art.
927, in verbis:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( Arts. 186 e 187 ), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Por conseguinte, tendo em vista que, conforme dito na exposição dos fatos, o veículo
que provocou o acidente automobilístico ser de propriedade de uma locadora, essa responde
objetivamente e solidariamente pelos danos decorridos, em que pese não ter concorrido com
culpa ou dolo no prejuízo causado, conforme determina o artigo 927, parágrafo único do CC:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
V – DOS PEDIDOS
E. Procedência da ação para que seja declarada a responsabilidade objetiva dos réus.
F. A condenação dos réus ao pagamento do dano moral no valor de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), e ao título dos descontos por falta valor R$ 1.000,00 (hum mil reais).
Dá à causa o valor de R$. 27.440,00 (vinte e sete mil quatrocentos e quarenta reais), com
base no art. 291, inciso IV do CPC.
Advogado
OAB/RN