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JANEIRO
Processo nº XXXXXXXXXXXXXX
MARCOS ALVES DE OLIVEIRA, devidamente qualificado nos autos, vem, respeitosamente, por
intermédio de seu advogado infra-assinado, nos autos da AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
POR ACIDENTE DE TRÂNSITO que lhe move JULIA ARAGÃO DO SANTOS, também
qualificada, apresentar a sua CONTESTAÇÃO com RECONVENÇÃO, com fulcro no art. 335 e
seguintes do Código de Processo Civil, o que faz, articuladamente, nos seguintes e melhores
termos de direito.
I – DA TEMPESTIVIDADE
II - PRELIMINARMENTE
DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA
A parte autora declara que dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de
Janeiro, quando se envolveu em um acidente de trânsito com o veículo do réu. Em
consequências do acidente, sofreu danos materiais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reis),
valor que foi utilizado para consertar o veículo.
Além disso, afirmou que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria
dirigindo acima da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos danos
materiais sofridos.
Ora excelência, não existe qualquer direito a ser reparado à autora. Conforme se
verá, a autora, além de ter avançado o sinal vermelho, estava, inclusive, embriagada.
IV - DO MÉRITO
O réu não pode ser culpado de uma conduta que ele não contribuiu para o deslinde
dos fatos, uma vez que a parte autora foi a única responsável pelo resultado, não sendo
imputável ao Réu a culpa pelo ocorrido, conforme clara disposição do Código Civil:
"Art. 13. O resultado, (...), somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido."
O Código Civil permite que: “Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano”.
Embora o réu tenha excedido o limite de velocidade em 5%, esse valor é irrisório,
não sendo motivo preponderante para o acontecimento da acidente. Pelos motivos aduzidos,
improcedente os pleitos da autora.
V - DA RECONVENÇÃO
VI – DOS PEDIDOS
a) Deve ser acolhida a preliminar, intimando a parte autora à complementar as custas.
b) No mérito, pelas razões de direito aduzidas nesta contestação, deve o pedido da presente
ação ser jugado improcedente em todos os seus termos.
c) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente.
d) Quanto a reconvenção, requer que seja julgada procedente, para condenação da autora
reconvinda ao pagamento da indenização no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
e) Por fim, requer a condenação da parte autora em custas processuais e honorários
advocatícios.
Nestes termos,
Pede deferimento.