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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO

__ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PIRAPORA DO


OESTE/XX

JÚNIOR, menor impúbere, nascido em 01/04/2007, brasileiro, solteiro,


estudante, portador do RG... SSP/XX, inscrito no CPF n°..., neste ato representado por
sua genitora – BELTRANA, brasileira, viúva, professora, portadora do RG... SSP/XX,
inscrita no CPF n°..., endereço eletrônico: beltrana@email.com, ambos domiciliados na
Rua..., n°..., Bairro..., CEP ..., Pìrapora Do Oeste/XX, através de seus advogados
(doc.01), com escritório na..., n°..., Bairro..., CEP:..., na cidade..., e-mails:
adv1@email.com.br e adv2@email.com.br, local onde receberão as intimações, vêm,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor: AÇÃO INDENIZATÓRIA
POR DANOS MATERIAIS, MORAIS e ESTÉTICOS, com fulcro nos 186, e 927
do Código Civil, em face de FULANO, brasileiro, casado, empresário, portadora do
RG... SSP/XX, inscrita no CPF n°..., domiciliado na Rua..., n°..., Bairro..., CEP...,
Pìrapora Do Sul/XY, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I – DOS FATOS

O Autor e seu pai, no dia 01/04/2022, voltavam para casa quando foram
atropelados pelo Réu (boletim de ocorrência em anexo, doc.02). Tal fato ocorreu às 19h,
na avenida principal da cidade de Pirapora do Oeste/XX, e teve como testemunhas um
casal que andava pela calçada (qualificação das testemunhas e anexo, doc.03). Frisa-se
que as vítimas atravessavam a pista pela faixa de pedestre e quando o semáforo para os
carros estava no vermelho.
Logo a polícia militar e o SAMU foram acionados, e uma vez que estavam no
local, foi constato que o Requerido se encontrava alterado – alcoolizado. Apesar do
resgate diligente, o genitor do Autor veio a óbito (certidão em anexo, doc.04), ademais o
Requerente teve a mão direita amputada devido aos graves ferimentos (laudo médico
em anexo, doc.05).
Assim, devido ao acidente, o Autor teve sua família mutilada, perdendo todo os
cuidados que provia seu genitor, bem como foi afastado do estágio que exercia na
orquestra da prefeitura como violinista, como também ficou com uma lesão permanente.
Salienta-se que o Réu, não colaborou em nenhum momento com tratamento e
demais despesas realizadas pelo Autor.
Portanto, não restaram alternativas ao Requerente senão de buscar o Poder
Judiciário para obter a condenação da Requerido pelos danos materiais, morais e
estéticos causados pela conduta ilícita do Réu.

II – DO DIREITO
DOS DANOS SOFRIDOS

II.I DOS DANOS MATERIAIS

Trata-se de ação indenizatória que busca a condenação do Réu em danos


materiais, morais e estéticos decorrentes de sua conduta ilícita.
A esse respeito o artigo 186 do Código Civil prevê:

´´Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito.´´

No caso em tela, o Requerido violou o dever jurídico lato sensu de cuidado que
permeia todas as relações civis causando um dano gravíssimo, como também
descumpriu várias normas de trânsito. Ao contrário, teria evitado o acidente. De acordo
com o artigo 26, 28, 29 e 70 do Código de Trânsito Brasileiro, temos que:

´´ Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:

I - Abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito
de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas
ou privadas;
[...]

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo,
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação
obedecerá às seguintes normas:
[...]
II - O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o
seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no
momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as
condições climáticas;
[...]
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo,
em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela
segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela
incolumidade dos pedestres.

Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas


delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com
sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.

Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de


passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia,
mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.´´

Inclusive o aludido código prevê como infração gravíssima de trânsito a conduta


de avançar sinal vermelho e dirigir sobre efeitos de substancia alcoólica:

´´Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância


psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008)

Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória,


exceto onde houver sinalização que permita a livre conversão à direita prevista no art.
44-A deste Código: (Redação dada pela Lei nº 14.071, de 2020)

infração - gravíssima;´´

No presente caso, observamos de forma cristalina, que o Requerido não manteve


o cuidado necessário que a condução de um veículo automotor requer. E que seu ato
culposo (culpa lato senso), no mínimo imprudente, infringiu graves danos ao Autor.
Logo, o que se busca é uma reparação civil. A esse respeito estipula o artigo 927 do
Código Civil:

´´Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.´´

Trata-se da responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana. Que conforme


nos auxilia os doutrinadores Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona (Manual de direito civil
– volume único, 4ªed. 2020): ´´Assim, se o prejuízo decorre diretamente da violação de
um mandamento legal, por força da atuação ilícita do agente infrator (caso do sujeito
que bate em meu carro), estamos diante da responsabilidade extracontratual.´´

Nesse sentido, a legislação civil estipula que a indenização será concedida


conforme a extensão do dano (artigo 944 CC). Por isso, seguem os prejuízos materiais
que a conduta culposa do Requerido causou.

Apesar de ter sido atendido por um hospital municipal, o Autor teve gastos com
remédios e outros tratamentos que não foram encontrados no serviço público
(comprovantes anexados doc.06) no total de R$ X reais (valor por extenso).

O funeral do pai do Autor, vítima do mesmo acidente, também foi arcado pela
sua família (comprovantes anexados doc.07), e teve como valor R$ Y reais (valor por
extenso).

Outrossim, a família do Requerido perdeu os cuidados que o pai, vítima fatal do


acidente, provia com seu estipendio de professor (carteira de trabalho em anexo doc.08).
Por isso, requer-se também o valor de Z salários mínimos, a título de pensão, pelo
período de T anos – correspondente a expectativa média de vida de um morador de
Pirapora do Oeste/XX.

Portanto, requer-se a condenação do Requerido em danos matérias no valor total


de: R$ X+Y reais (valor total por extenso e corrigido pelo IPCA), mais juros de mora
devidos desde a data do acidente (artigo 398 CC), bem como a pensão no valor de Z
salários mínimos por T anos.
II.II - DOS DANOS MORAIS

Há tempos a doutrina se debruça no estudo dos danos morais. E tradicionalmente


ligava tal prejuízo a ´´dor ou sofrimento emocional´´. No conceito de Yussef Said
Cahali [1998], "a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na
vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a
integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos,
classificando-se desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral
(honra, reputação, etc.), dano que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor,
tristeza, saudade, etc.), dano moral que provoca direta ou indiretamente dano
patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)".

Entretanto, tal entendimento se mostrou pouco apropriado, uma vez que deixava
de abarcar várias possibilidades de lesão a direitos da personalidade que não resultam
em ´´dor´´ ou ´´mazelas ´´ necessariamente. Como bem elucida, Rogério Donnini
[Responsabilidade civil na pós-modernidade: felicidade, proteção, enriquecimento com
causa e tempo perdido, 2015]: ´´Condicionar o arbitramento de danos morais à dor, ao
sofrimento e à aflição da vítima ou de seus parentes, consiste em descaracterizar e
restringir os direitos da personalidade, uma vez que os danos extrapatrimoniais podem
não ser necessariamente vinculados a esses sentimentos.´´

Nesse sentido, estabelece o enunciado n° 445, da V Jornada de Direito Civil:

´´O dano moral indenizável não pressupõe necessariamente a verificação de


sentimentos humanos desagradáveis como dor ou sofrimento.´´

O autor do enunciado, Felipe Teixeira Neto, destacou a tendência, tanto na


doutrina, quanto na jurisprudência, de o dano moral ser considerado como violação ao
direito à dignidade humana. Juristas como Maria Celina Bodin de Moraes e Sérgio
Cavalieri Filho são fortes expoentes nesta conceituação, que tem por consequência o
entendimento de que toda circunstancia que atinja o ser humano em sua dignidade será
automaticamente considerada como causadora de dano moral a ser reparado1.

Nas palavras de Rogério Donnini [2015]: “A cláusula geral da dignidade


humana, na realidade, emana para as relações de Direito Civil e os direitos da
personalidade exercem função primordial, mesmo porque, além da prevenção de danos
à pessoa (art. 12 do CC), é a partir da violação desses direitos que surge o dever de
repará-los, mediante a fixação de uma quantia indenizatória. Em outras palavras, o dano
moral aparece a partir da transgressão a qualquer direito da personalidade”.

Ou seja, existe rol ilimitado de direitos que ultrapassa os previstos no art. 5º da


Constituição Federal e nos art. 11 a 21 do Código Civil, não sendo possível falar em
dignidade humana sem a observância dos direitos da personalidade, pois é o
cumprimento destes que garante aquela. Desse modo, tem-se que a compreensão de
dano moral abrange toda lesão extrapatrimonial que viole direitos da personalidade, e é
a responsabilidade civil por este dano que garante a dignidade humana.

Em consonância com o tema, o seguinte julgado e entendimento da Corte


Superior:

Processo: STJ AgInt no AgInt no REsp 1593182 / RS


AGRAVO INTERNO NOAGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL
2016/0100324-6. Órgão julgador: T2 – Segunda Turma. Data do Julgamento:
09/11/2021.Data da Publicação/Fonte; DJe 16/12/2021.

Ementa:
ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO
NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS
DECORRENTES DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA ÉPOCA DA DITADURA
MILITAR. ANISTIA. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
CUMULAÇÃO COM A REPARAÇÃO ECONÔMICA DECORRENTE DA LEI N.
10.559/2002. POSSIBILIDADE. SÚMULA 37 DO STJ.
1. A Corte de origem negou a pretensão autoral ao afirmar que, "em que pese a injusta
demissão do autor à época, a reparação econômica alcançada na forma da Lei n.
10.559/2002 abrange os danos materiais e morais sofridos em decorrência da

1 CANDIA, Ana Carolina Nilce Barreira. Inadimplemento contratual e danos morais. Revista Âmbito
Jurídico de 01/07/2017. https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/inadimplemento-contratual-e-
danos-morais/. Acessado em: 17/04/22.
perseguição política, não havendo falar em indenização por danos morais com base nos
mesmos fatos".
2. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça, com amparo na Súmula 37 do STJ,
firmou a orientação de que "inexiste vedação para a acumulação da reparação
econômica com indenização por danos morais, porquanto se trata de verbas
indenizatórias com fundamentos e finalidades diversas: aquela visa à recomposição
patrimonial (danos emergentes e lucros cessantes), ao passo que esta tem por
escopo a tutela da integridade moral, expressão dos direitos da personalidade"
(REsp 1.664.760/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe
30/6/2017). Precedentes.
3. Nos termos da Sumula 37 do STJ: "São cumuláveis as indenizações por dano
material e dano moral oriundas do mesmo fato".
4. Embargos de declaração acolhidos, com efeito modificativo, para dar provimento ao
recurso especial e determinar o retorno dos autos a origem, para que se pronuncie
quanto à procedência do pedido autoral.

A previsão Constitucional dos danos morais, como direito fundamental,


encontra-se nos incisos V e X do artigo 5°, que estabelecem:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização


por dano material, moral ou à imagem;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;

Já a Codificação Civil, brilhantemente, reconhece de forma expressa a


reparabilidade dos danos morais em:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito”.

No caso em tela, verificamos claramente que a atuação do Requerido causou


violação a dignidade do Autor. O acidente culposo de trânsito, atingiu direitos da
personalidade como: a honra subjetiva do Autor [correspondente ao sentimento pessoal
de estima ou à consciência da própria dignidade (Pablo Stolze; Rodolfo Pamplona
Filho, 2020)] ou seja, Autoestima – pois perdeu os cuidados e o afeto de seu genitor,
estando ainda na fase da adolescência; tendo além disso uma lesão permanente em seu
corpo – dano a vida, a incolumidade física. Frisa-se: toda a sua vida intima foi
completamente alterada / abalada por causa do acidente – tendo que se adaptar a
deficiência de um membro, parou de praticar o ofício que mais amava a música,
perdeu a companhia e instrução ímpar de um pai. Angustia, tristeza e impotência
nem de longe refletem os males sentidos.

Dentro desse tema, através da súmula 37 o STJ pacificou o entendimento que


são cumuláveis as indenizações por dano material e moral oriundos do mesmo fato.
Inclusive, vem decidindo que a responsabilidade por danos morais, em caso de morte, é
in re ipsa: ´´ Inegável que estas circunstâncias determinam significativo abalo
emocional. Sobre o assunto (dano moral devido pela morte de pais ou filhos), o
Superior Tribunal de Justiça determina que "quanto ao dano moral, em si mesmo, não
há falar em prova; o que se deve comprovar é o fato que gerou a dor, o sofrimento.
Provado o fato, impõe-se a condenação, pois, nesses casos, em regra, considera-se o
dano in re ipsa" (AgRg no AREsp n. 259.222/SP, 3a Turma, rel. Min. Sidnei Benetti, j.
19.02.2013). [...]"

Assim, provado o fato, e tendo vista também os seguintes Enunciados das


Jornadas de Direito Civil:

´´Enunciado 379: o art. 944, caput, do Código Civil não afasta a possibilidade
de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil.
Enunciado 458: o grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta
intencional, deve ser levado em conta pelo juiz para a quantificação do dano moral.´´

Requer-se a Vossa Excelência a condenação do Réu em danos morais valor de R$


M reais (valor por extenso), tendo em vista a compensação, a função punitiva e a
gravíssima conduta do Réu, com correção monetária desde a data do arbitramento.

II.III DOS DANOS ESTÉTICOS


É pacifico o entendimento da possibilidade de cumulação da indenização por
dano moral e dano estético (súmula 387 STJ). Trata-se de espécie autônoma de dano
que gera deformidade, alteração morfológica no indivíduo (deficiência, marcas,
cicatrizes, etc.).
No corrente caso, o Requerido, fazia estágio remunerado como violinista na
prefeitura e recebia uma importância no valor de R$ K reais (valor por extenso),
conforme contrato em anexo (doc.08). Desse modo, como o Autor foi inabilitado para
sua função laboral, requer-se a condenação no pagamento de pensão vitalícia, a título de
danos estéticos, com base no artigo 950 do CC, no valor de no valor de R$ K reais
(valor por extenso).

II.IV DO REQUERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA GRATUIDADE DA


JUSTIÇA

Requer o Autor, a Vossa Excelência, os benefícios da gratuidade da Justiça, por


não dispor de condições para arcar com as custas do processo sem prejudicar o
orçamento doméstico, conforme declaração que segue junto a esta (doc.09).
Ressalte-se que o benefício da gratuidade da justiça é direito conferido a quem
não tem recursos financeiros de obter a prestação jurisdicional do Estado, arcando com
os ônus processuais correspondentes. Trata-se de mais uma manifestação do princípio
da isonomia ou igualdade jurídica (CF/88, Art. 5º, caput), pelo qual todos devem
receber o mesmo tratamento perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Tal
princípio é complementado por vários incisos do artigo supra: XXXIV, LXXIV,
LXXVI e LXXVII; bem como do CPC no artigo 98 e seguintes.
Destarte, requer-se a Vossa Excelência que defira o presente pedido de
gratuidade com base e fundamento nas normas legais acima elencadas, por ser questão
de direito e de justiça.

III – DOS PEDIDOS


Diante de todo o exposto, requer-se a Vossa Excelência:

A) Que receba a presente AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS,


MORAIS e ESTÉTICOS, e que ao final da demanda essa seja julgada TOTALMENTE
PROCEDENTE;
B) Que o Requerido seja citada, no endereço fornecido, para participar da audiência de
conciliação;

C) A condenação do Réu em danos matérias no valor total de: R$ X+Y reais (valor total
por extenso e corrigido pelo IPCA), mais juros de mora devidos desde a data do
acidente (artigo 398 CC), bem como a pensão no valor de Z salários mínimos por T
anos;

D) A condenação do Réu em danos morais valor de R$ M reais (valor por extenso),


tendo em vista a compensação, a função punitiva e a gravíssima conduta do Réu, com
correção monetária desde a data do arbitramento;

E) A condenação do Réu no pagamento de pensão vitalícia, a título de danos estéticos,


no valor de no valor de R$ K reais (valor por extenso);

F) Seja ainda condenada a Réu ao pagamento das custas e despesas processuais, bem
como ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais arbitrados por Vossa
Excelência; {juizado especial não tem custas e honorários na 1ª instância, mesmo assim
é salutar colocar}

G) A concessão da justiça gratuita; {juizado especial não tem custas e honorários na 1ª


instância, mesmo assim é salutar colocar}

H) A intimação do Ministério Público, com base no inciso II do artigo 178 do CPC.

Requer-se provar o alegado por todos os meios de prova moralmente legítimos,


ainda que não especificados em lei, desde que hábeis para provar a veracidade dos fatos
alegados. Em especial, o boletim de ocorrência, o laudo e as testemunhas relacionadas.

Dá-se a causa, o valor de R$ X+Y+Z+K reais (valor por extenso) – referente a soma dos
danos materiais, morais e estéticos.

Nestes termos,
Espera deferimento.
Local..., data...

... ...
OAB/... OAB/...

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