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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA......

VARA CÍVEL COMARCA DE


SANTO ÂNGELO

Denise sobrenome(....), brasileira, desempregada, estado


civil(...), CPF nº (...), RG nº(...), residente e domiciliada na
Rua (...) nº(...), CEP(...) na cidade de Santo Ângelo/RS,
endereço eletrônico (...), por seus procuradores, conforme
procuração em anexo vem, respeitosamente perante
Vossa Excelência propor

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E


MATERIAIS

Em face de Sílvio sobrenome (...), brasileiro, Advogado


com inscrição nº (...) estado civil (...), CPF nº (...), RG n º
(...), com endereço não sabido, diante dos fatos e
fundamentos que passa a expor.

I- DOS FATOS

No dia 10 de abril de 2022 a autora, encontrava-se na cidade de Ijuí, se


deslocava para o casamento de sua filha Luiza, sofreu um acidente de
automóvel ás 17 horas com outro veículo que era conduzido pelo réu, que
colidiu no veículo da autora em virtude de não ter tomado os cuidados
necessários no transito, tendo em vista que, estava em alta velocidade e
ingressou em via preferencial, o que ocasionou o acidente, conforme boletim
de ocorrência.

Após o ocorrido, o réu nem se quer prestou auxílio a autora, que sofreu lesões
devido ao impacto, e ainda proferiu ofensas a mesma, referindo que, por ser
mulher, ela não sabia dirigir, proferiu ainda palavras de baixo calão, o que
deixou a autora profundamente abalada e veio a desmaiar naquele momento,
devido ao forte estresse do momento, sendo que foi socorrida por pessoas que
estavam no local, as quais lhe prestaram os primeiros socorros.
Devido ao acidente que a autora veio a sofrer, não pode comparecer ao
casamento de sua filha, evento o qual foi pensado e planejado durante muitos
anos pela família, pois, teve deslocamento de vértebra na coluna e devido a
lesão na cabeça, ficou sob cuidados médicos, a impossibilitando de
comparecer ao evento tão esperado.

Como se não bastasse todo o transtorno momentâneo, a autora ainda teve que
passar três meses de repouso, teve que abandonar seus afazeres habituais,
pois não podia praticar qualquer atividade que exigisse movimentação, além de
gastos em torno de R$3.000,00 (três mil reais) com medicação,
acompanhamento médico e psicológico.

Ainda, teve gastos para consertar seu veículo Ford Focus 2019 que teve um
montante de R$5.000,00 (cinco mil reais). A autora entrou em contato com o
réu, sendo que o mesmo referiu que não iria cobrir os gastos relacionados a
colisão, tão pouco as despesas médicas que a autora teve em decorrência do
acidente.

Assim, insatisfeita diante da inércia do réu em reparar os danos morais, pois


encontra-se até hoje inconformada em não ter conseguido participar do tão
sonhado casamento da filha e os danos materiais causados, socorre-se a
autora ao poder judiciário, com vistas a obter a necessária tutela jurisdicional.

II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS E LEGAIS

A presente demanda trata de pedido de indenização por danos morais e


materiais, com embasamento legal no Código civil, na Constituição Federal e
no Código de Processo Civil.

Tem-se por cristalino que o réu não manteve a observância aos cuidados
indispensáveis á segurança do trânsito, agindo com total falta de atenção,
posto que ignorou a sinalização, avançando com imprudência.

O artigo 5º, inciso X da Constituição Federal dispõe:


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, assegurado o direito à
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.

O ato ilícito é conduta conflitante com o ordenamento jurídico, violar direito é,


via de regra, transgredir norma imposta. Nesta linha, traz o artigo 186 do
Código Civil em seu texto que, aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito, e em decorrência do ato ilícito
praticado, segundo o artigo 927 do mesmo diploma jurídico, traz que o mesmo
fica obrigado a repará-lo.

A conduta praticada pelo réu, conforme dispositivos avocados, afrontou direito


da autora causando-lhe dano, o que, por conseguinte carece de reparação.
Logo, as provas anexadas aos autos deixam claro que o impacto ocorreu na
pista da mão de direção da autora, em razão do réu ter cruzado a via
preferencial por onde a autora conduzia o seu veículo.

Estando certos de que, se não fosse o comportamento de deatenção do réu,


o acidente não teria ocorrido, na medida em que tentou atravessar via
preferencial sem se precaver dos cuidados necessários.

Daí porque se afigura inafastável o dever reparatório.

Na esfera do dano moral, podemos defini-lo como sendo aquele que acarreta
abalo psíquico, ou seja, que acarreta um distúrbio anormal na vida da vítima,
condicionando-o ao sofrimento, humilhação, constrangimento, etc, o que
ocorreu no momento do acidente, desencadeando um grande abalo
emocional na autora, inclusive deixando-a em um forte estado de nervosismo
que acabou fazendo com que a mesma viesse a desmaiar pelo tamanho
abalo causado pelo réu nas palavras cruéis que lhe proferiu naquele
momento.
Ainda, tem de se mencionar o abalo da autora por não poder comparecer ao
tão sonhado casamento de sua filha em razão das suas fraturas e seu estado
emocional, a ação imprudente do réu lhe custou a sua participação em um
dos atos mais marcantes e importantes da vida de sua filha e também da
própria.

Nesse sentido, destaca-se ainda o dispositivo legal do artigo 944 do CPC que
diz que a indenização mede-se pela extensão do dano.

Assim, considerados os aspectos acima e a situação socioeconômica da Ré,


tem-se por razoável e proporcional a fixação do quantum indenizatório em
(R$...).

III- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante de todo exposto, REQUER:

1- A citação do réu por carta AR, para contestar no prazo previsto em lei;

2- A procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento no valor de R$


5.000 por danos materiais, comprovados por meio de nota fiscal em anexo;

3- Condenar a Ré ao pagamento de R$ 3.000,00 referente aos medicamentos,


acompanhamento médico e psicológico;

4- Condenar o réu ao pagamento de R$ (...) referente aos danos morais;

5- A condenação da Ré ao pagamento de todas e quaisquer custas e


despesas processuais, bem como, de honorários sucumbenciais de 20%
sobre o valor total da condenação em conformidade com o
artigo 84 e 85 do CPC/2015;
6- A autora possui interesse em realização de audiência de conciliação;

7- Requer ainda, que as futuras intimações e notificações sejam todas feitas


em nome dos procuradores subscritos.

8- Requer, por fim, comprovar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos.

Dá-se ao valor da causa R$(......)

Local e Data

Advogado

OAB

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