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NPJ

NOME: GABRIEL TEIXEIRA DE OLIVEIRA CARLOS


MATRÍCULA: 20232000295

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO

Volta Redonda, 04 de setembro


2023
AO DOUTO JUIZO DA VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE
FLORIANOPOLIS - SC

CARLOS SOUTI, brasileiro, casado, profissão, inscrito no CPF sob o Nº,


endereço eletrônico, residente e domiciliado na rua, n, bairro, cidade de Florianópolis -
SC, vem respeitosamente, por meio do seu advogado, com procuração anexo, com
endereço profissional na rua, bairro, cidade e endereço eletrônico, em atendimento ao
inciso V do art. 77 do CPC propor:

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO

em face de CAROLINA RUMER SOUTO, brasileira, casada, profissão, inscrita sob o


CPF Nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada na rua, bairro, Florianópolis - SC,
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS:

Vem informar que as custas foram devidamente recolhidas conforme guia de


recolhimento em anexo.

II. DOS FATOS:


O autor e a ré casaram-se em 22/09/2020, conforme certidão de casamento em
anexo.
Ocorre que em dezembro de 2022 o autor descobriu por meio de cartas, fotos e
depoimentos, todos em anexo, que a ré trabalhava até o ano de 2015, ano em que
começaram a namorar, em uma casa de prostituição. Além disso, o (nome da
testemunha) afirmou ao autor que havia sido cliente da ré em 2016, enquanto ainda
namoravam o autor e a ré.
O autor perdeu toda a confiança na ré, sendo impossível a convivência do autor e
da ré. Diante disso, vem requerer a anulação do casamento.
III. DOS FUNDAMENTOS:

III.I. DO DIREITO À ANULAÇÃO DO CASAMENTO:


O código civil diz que o casamento por vício de vontade é anulável,
conforme o art. 1.550, III do CC. O mesmo instrumento conceitua em seu artigo
1.556 que o vício de vontade se configura no erro essencial quanto a pessoa do
outro. O art. 1.557, I do CC diz ser erro essencial, entre outras hipóteses, o erro
que recai sobre a honra e a boa fama. Portanto, é direito expresso no CC do autor
em anular o casamento objeto desta demanda.
‘’Assim, o comportamento pessoal e social do cônjuge,
anterior ao casamento, descoberto pelo seu parceiro, poderá, a
depender da sua gravidade, resultar na invalidade
matrimonial.’’(GAGLIANO, Pablo Stolze e FILHO, Rodolfo
Pamplona. Manual de Direito Civil Volume Único, pág. 1230, 2ª
edição, 2018. Editora Saraiva Jur.)
Além disso, Pablo Estolze elenca expressamente em seu Manual:
‘’[...] má vida ou prostituição da mulher anterior ao ato nupcial
[...]’’ (GAGLIANO, Pablo Stolze e FILHO, Rodolfo Pamplona. Manual
de Direito Civil Volume Único, pág. 1230, 2ª edição, 2018. Editora
Saraiva Jur.)

III.II. DA TEMPESTIVIDADE:
O Código Civil, em seu artigo 1.560, III, afirma que o prazo para a
propositura da demanda decai em 3 (três) anos a contar do casamento, ou seja,
no dia 29/09/23.
III.III. DA DIVISÃO DE BENS:
Na anulação do casamento por culpa de um dos cônjuges o CC prevê, em
seu art. 1564, I, que o cônjuge culpado perderá todas as vantagens havidas do
cônjuge inocente. Portanto, o carro no valor de R$ 30.000,00, adquirido em
11/12/2020 e a doação da tia no valor de 120.000,00 não se comunicam a ré.
Vale ressaltar que a doação da tia do autor possui cláusula de
incomunicabilidade, portanto, é incomunicável por si mesma. Já os bens
adquiridos por ela, ou seja, 50% de R$ 50.000,00 devem ser partilhados. O
apartamento de R$ 550.000,00 não será partilhado, pois foi adquirido antes da
constância do casamento.
IV. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO:

O autor se manifesta a favor da designação de audiência de mediação e


conciliação.
V. DOS PEDIDOS
a) Que seja designada a audiência de conciliação e mediação;

b) A citação da parte ré, para que compareça à audiência e querendo apresente


a sua defesa, sob pela de confissão e revelia, em não comparecendo;

c) Que seja decretado a anulação do casamento, sendo julgado procedente o


pedido, seja restaurado o estado civil de solteiro do autor;

d) Que seja partilhado a doação no valor de R$ 50.000,00 em 50% para cada


uma das partes

e) Que seja oficiado o Cartório de Registro Civil para que proceda e formalize
todos os atos que forem necessários para a decretação de averbação da
anulação do casamento, conforme consta na Lei nº 6.015/73 nos arts. 97, 99
e 100;

f) Que a parte ré seja condenada ao pagamento das custas e honorários


advocatícios.

VI. DAS PROVAS

O Autor vem requerer a determinação de produção e juntada de todas as provas


de fatos e direito legalmente permitidas, em especial a certidão de casamento e os
documentos referentes ao patrimônio.

VII. VALOR DA CAUSA

Atribui-se o valor da causa R$ 175.000,00 (cento e setenta e cinco mil reais).

Cidade e Data
Nestes termos pede deferimento

Advogado
OAB

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