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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...

VARA
DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE BOA VISTA – RR.

(...)

MARIA, brasileira, solteira, tendo mantido união estável, profissão ..., portadora
da cédula de identidade RG nº ..., inscrita no CPF nº ..., endereço eletrônico ..., com
endereço na Rua ... vem, por seu advogado, com fundamento nos artigos 693 e seguintes
do CPC, art. 226, § 2º, da CF e artigos 1.723 e seguintes do CC, propor:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE


UNIÃO ESTÁVEL

Em face de JOSÉ, brasileiro, solteiro, que mantinha união estável com a autora,
profissão ..., portador da cédula de identidade RG nº ..., inscrito no CPF nº ..., endereço
eletrônico ..., com endereço na Rua ..., pelos motivos abaixo expostos.

I. DOS FATOS
A Autora e o Réu mantiveram união estável durante 15 (quinze) anos, se
conheceram e iniciaram namoro no ano de 2.000, noivaram no ano seguinte – 2.001 e
decidiram morar juntos em 2.003, passando a conviver sob mesmo teto e a serem
apresentados como marido e mulher para a sociedade, bem como adquiriram bens durante
a convivência.
Entretanto, após o décimo ano da união, as brigas foram aumentando e
desgastando a relação, logo, em consequência disso, separaram-se de fato em 2018 , com
a saída do réu do, até então, lar comum. Contudo, ainda que o fim da relação tenha sido
de forma amigável, as partes não conseguiram chegar a uma composição a respeito da
divisão dos bens em comum.
Dessa forma, não restou outra alternativa à autora, senão recorrer ao Poder
Judiciário para reconhecimento e dissolução da união estável.
I. DO DIREITO
Autora e Réu conviveram maritalmente pelo período de 15 (quinze) anos,
durante a união o casal manteve convivência publica, sendo apresentados como marido e
mulher em eventos familiares e profissionais, enfim, para toda a sociedade, como
comprovam as fotos em anexo, configurando sua relação uma união estável, visto que
constam todos os requisitos dispostos no art. 1.723 do CC, vejamos: “É reconhecida como
entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”.
Neste sentido, cumpre ressaltar que desde o ano de 2.003 passaram a morar sob
o mesmo teto, bem como adquiriram bens na constância da relação, sobretudo um imóvel,
onde o réu declarou no referido documento de compra a existência da união estável,
conforme cópia em anexo. Além disso, era beneficiária do seguro de vida e acidentes
pessoais do réu (doc. em anexo).
Entretanto, o desgaste da relação tornou insustentável a convivência e
manutenção da vida em comum, e como resultado, a autora e o réu se separaram de fato
em 2.019. Dessa forma, com fundamento no art. 226, § 3º, da CF e art. 1.723, do CC, por
estarem presentes os requisitos legais, há que ser declarada a união estável entre Autora
e Réu, a partir de janeiro de 2.003, para que, em decorrência desta, surtam os efeitos legais
pertinentes até dezembro de 2.018, quando ocorreu a separação de fato da união.
Assim, conforme disposto no artigo 1.725 do CC, quando não houver contrato
escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais na união estável o
regime de comunhão parcial de bens. Neste sentido, conforme dispõem os artigos 1658 e
seguintes do Código Civil, comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância
do relacionamento, logo, deverão ser partilhados ao término do vínculo.
Em virtude disso, traz-se ao presente feito a descrição do único imóvel a ser
partilhado, com os bens móveis nele presentes, tendo em vista que as partes adquiriram
de forma conjunta durante a união estável (doc. em anexo)
a) Imóvel localizado na cidade de Boa Vista-RR, no qual reside a Requerente.

II. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


Em face do exposto, é a presente para requerer:
a) A procedência do pedido para que seja declarada a existência de união estável a
partir de janeiro de 2003 até dezembro de 2018, quando houve a dissolução,
reconhecendo assim o direito da Autora à meação dos bens moveis e imóveis
adquiridos de forma onerosa, durante a constância da união estável;
b) A citação do Réu para comparecer em audiência de conciliação a ser designada
por Vossa Excelência, nos termos do art. 695, § 1º, do CPC;
c) Condenação do Réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios;
d) Juntada da guia de custas devidamente recolhidas;
e) Produção de todos os meios de prova em direito admitidos;
f) A tramitação dos autos em segredo de justiça, nos termos do art. 189, I, do CPC.

Informa ainda, em atenção ao art. 77, V, do CPC, que todas as intimações deverão ser
feitas em nome de seu advogado ..., com endereço profissional na Rua ..., onde recebe
intimações no endereço ... (procuração anexa).

Dá-se à causa o valor de R$ ...

Termos em que, pede deferimento.

Local e data ...

Advogado ...
OAB nº ...

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