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BACHARELADO EM DIREITO
SALVADOR
2023
ADRIELE DE JESUS SILVA SOAR
ALANA TARSILA DA SILVA BAHIA
ANA LUIZA BARRETO NUNES
JUAN DIAS LIMA
PAULA VITÓRIA ROCHA FERNANDES
SALVADOR
2023
AO DOUTO JUÍZO DA ____ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA
COMARCA DE ______
João, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob
o nº, residente e domiciliado na Rua __, nº, Bairro, CEP, Cidade, Estado, com
endereço eletrônico registrado como ___, por intermédio de seu advogado que esta
subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
com fulcro nos arts. 186 e 927 do CC e art. 37, § 6º da CF, propor
1. PRELIMINARMENTE.
Inicialmente, requer, com fulcro na Lei 1.060/50, combinada com os artigos 98 a 102
do Código de Processo Civil, o deferimento da assistência jurídica gratuita, uma vez
que a parte autora da presente ação não possui condições de arcar com os
pagamentos das despesas processuais, assim como os honorários de
sucumbência, sem que isto lhe cause prejuízo próprio ou para seus familiares, já
que hipossuficiente na forma da lei, (declaração de hipossuficiência em anexo).
1.2– DA COMPETÊNCIA
Conforme disciplina o artigo 53, no seu inciso V, do Código de Processo Civil, será
competente o juízo do domicílio do autor ou do lugar do ato ou fato nas ações em
que se discuta reparação de dano, decorrentes de acidente de veículos. Nesta
senda, é competente o juízo da Comarca de ..., para processamento e julgamento
do presente feito, tendo em vista o fato ter ocorrido nesta cidade, conforme cópia do
Boletim de Ocorrência anexado a presente exordial.
2. DOS FATOS
Diante dessa situação, o autor esperou que o condutor do ônibus parasse o coletivo
para conter a situação, no entanto, o motorista que trabalha para empresa ré
mencionou para o autor que não poderia interromper o trajeto para expulsar os
agressores do veículo, dessa forma, o autor registrou um boletim de ocorrência
contra a ré que alega não ter nenhuma responsabilidade referente ao ocorrido,
tendo em vista que não podem controlar as ações dos passageiros e que não deve
ser responsabilizada por atitudes de terceiros.
Para Maria Helena Diniz, o dano moral vem a ser: “a lesão de interesses não
patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocada pelo fato lesivo”. Para a
doutrina, existem inúmeras definições do dano moral. Pablo Stolze e Rodolfo
Pamplona o conceituam como “lesão de direito cujo conteúdo não é pecuniário, nem
comercialmente redutível a dinheiro” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 55).
Dessa forma, a indenização por dano moral significa, portanto, a imposição de pena
pecuniária de caráter compensatório para a vítima, tendo em vista o dano causado
pela omissão voluntária (descrita no artigo 186, do CC) da empresa Ré diante da
discriminação e lesões sofridas pelo autor dentro do transporte público.
Ademais, a ofensa foi tamanha que, além de simples dano, se desdobra, no âmbito
penal, em crime de Injúria, o que por serem crimes, em essência, são atos ilícitos.
Nos termos do artigo 140 do Código Penal, com agravamento descrito no parágrafo
3°.
(...)
Portanto, conclui-se que o Autor merece ser indenizado já que sofreu lesão à sua
integridade física e psíquica decorrente do dano moral que poderia ter sido evitado
caso a empresa ré não tivesse se omitido. Em decorrência do fato ocasionado
contra a sua honra e integridade física, a Requerente experimentou e experimenta
situação dolorosa, angustiante, além de muita tristeza e sofrimento, tendo sua moral
e honra abaladas face a situação que enfrentou, sem ao menos obter apoio da
empresa responsável pelo transporte, sendo suficiente a ensejar danos morais, a
qual não pode ser compensada por valor inferior ao quantum indenizatório de
R$ ..... (.......), que se apresenta como quantia equilibrada, razoável e suficiente a
amenizar a dor sofrida pelo Requerente, sem implicar no seu enriquecimento sem
causa, constituindo também em sanção pecuniária ao causador do acidente, além
de atender ao caráter compensatório e punitivo inerentes à reparação pecuniária
moral, tal como definido pela doutrina e jurisprudência pátrias.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.”
4. DOS PEDIDOS
Termos em que,
Advogado - OAB/UF