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RECURSO INOMINADO
o que faz com fulcro no art. 41 e segs. da Lei dos Juizados Especiais (Lei nº.
9.099/95), em virtude dos argumentos fáticos e de direito expostas nas RAZÕES
ora acostadas.
Outrossim, ex vi legis, solicita que Vossa Excelência declare os
efeitos com que recebe o recurso evidenciado, determinando, de logo, que o
Recorrido se manifeste acerca do presente e, depois de cumpridas as
formalidades legais, seja ordenada a remessa destes autos, com as Razões do
recurso, à Egrégia Turma Recursal do Estado do Paraná.
Requer também o deferimento dos benefícios da justiça gratuita,
pois, o recorrente não dispõe de recursos financeiros para fazer frente às despesas
do recurso pelo que, DECLARA desde já a pobreza nos termos da lei, não
dispondo de condições para arcar com o pagamento das custas processuais,
depósito recursal, sem comprometer seu sustento e dos seus, sob
responsabilidade civil e criminal e perda dos benefícios da Assistência Judiciária
Gratuita (art. 98, CPC), sendo por esta razão deixa de juntar as guias de
recolhimento
a) Tempestividade
O recurso ora agitado deve ser considerado como tempestivo,
porquanto o Recorrente fora intimado da sentença recorrida por meio do Diário
da Justiça, o qual circulou no dia 21/08/2023.
Portanto, à luz do que rege o art. 42 da Lei dos Juizados Especiais,
plenamente tempestivo este Recurso Inominado, quando interposto nesta data,
dentro do decêndio legal.
b) Justiça Gratuita
A parte Recorrente não possui condições para custear o processo,
pois, não tem condições de arcar com custas processuais, sem prejuízo de sua
manutenção.
Desta forma, desde já, requer-se o benefício da justiça gratuita,
conforme estabelece do art. 98 do CPC, por ser a parte Recorrente pobre nos
termos da Lei e, como prova do alegado junta os documentos anexos.
c) Considerações iniciais
O Recorrente ajuizou ação de reparação de danos morais, sob o
fundamento de inserção indevida do nome do mesmo junto aos órgãos de
restrições, em virtude de contratação nunca realizada com a ora recorrida.
Sobreveio sentença do juízo monocrático de origem, o qual
determinou o pagamento de indenização pela Recorrida no montante de R$
5.000,00 (cinco mil reais).
O Recorrente, todavia, entende que a decisão combatida condenou
a Recorrida em montante ínfimo, escapando, assim, do caráter reparatório e
pedagógico almejado com a querela.
Não há, assim, obediência aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade, maiormente em razão, como dito, do diminuto valor condenatório
imposto à parte Ré.
Com efeito, essa é a razão que leva o Recorrente a interpor o
presente recurso, qual seja majorar o valor da quantia fixada a título de reparação
de danos morais.
"A vítima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho patrimonial
efetivo, mas ofendida em um bem jurídico que em certos casos pode ser
mesmo mais valioso do que os integrantes de seu patrimônio, deve receber
uma soma que lhe compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo
juiz, atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as posses
do ofensor e a situação pessoal do ofendido. Nem tão grande que se
converta em fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne
inexpressiva." (Responsabilidade civil. 2.ª ed. Rio de Janeiro : Forense, 1990,
p. 67).
e) Conclusão
Ante o exposto requer-se primeiramente que seja concedida a
assistência judiciária gratuita, haja vista, que a parte Recorrente não tem
condições de arcar com custas processuais, sem prejuízo ao seu sustento e de sua
família, nos termos do art. 98 do CPC.
Requer também, o conhecimento e provimento do presente
recurso, para que seja parcialmente reformada a r. sentença para MAJORAÇÃO
DOS DANOS MORAIS FIXADOS EM SENTENÇA, em importe não inferior a
R$12.000,00 (doze mil reais).
Posto que, a reforma da r. decisão recorrida restabelecerá o direito
do consumidor e, inclusive, encontra-se fundamentada nos pilares
constitucionais, fazendo surgir a mais DIGNA JUSTIÇA.