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Poder Judiciário
JUSTIÇA ESTADUAL
Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins
PRIMEIRO GABINETE DA 1ª TURMA RECURSAL

RECURSO INOMINADO CÍVEL Nº 0006287-77.2017.8.27.2710/TO


RELATORA: JUÍZA LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS
RECORRENTE: MANOEL DA LUZ FERREIRA DA COSTA (AUTOR)
RECORRIDO: TELEFONICA BRASIL S.A. (RÉU)

RELATÓRIO

Tratam-se os presentes autos sobre Recurso Inominado interposto contra sentença que julgou parcialmente
procedente os pedidos autorais, nos seguintes termos:

“a) acolho o pedido da parte autora para declarar a inexistência de débitos gerados pela parte Requerida em nome de
MANOEL DA LUZ FERREIRA DA COSTA referente ao contrato 0225761158; b) acolho parcialmente o pedido da parte
autora para condenar a parte Requerida a pagar a importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) , a título de danos morais, à
parte Requerente. “.

Em expediente recursal aponta a parte recorrente-autora pela majoração dos danos morais para o patamar
de R$10.000,00 (dez mil reais) com atualização monetária desde o evento danoso, conforme súmula 54 STJ, tendo em
vista que as Turmas Recursais do Estado Do Tocantins têm adotado este entendimento.”.

Recurso devidamente contra-arrazoado.

É o que importa a relatar.

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal intrínseco e extrínseco, conheço do presente


recurso. Defiro a gratuidade da justiça.

Pois bem. O cerne do presente recurso cinge-se ao  quantum  estabelecido para a indenização por danos
morais devida à recorrente.

Quanto ao valor estabelecido no caso em apreço para a indenização decorrente de danos morais sofridos
pela recorrente, entendo que a fixação em R$5.000,00 (cinco mil reais), em razão de negativação indevida, mostra-se
módica e não se revela razoável e proporcional, razão pela qual deve ser o quantum indenizatório majorado para a R$
10.000.00 (dez mil reais).

A negativação indevida, uma vez ausentes os motivos para a anotação, afeta diretamente a personalidade
da vítima, além da ofensa latente em sua moral e dignidade. Além disso, ao fixar o valor indenizatório, deve-se ter em
conta os princípios incidentes sobre a matéria, com base na capacidade econômica das partes e o efeito pedagógico da
medida, conforme dispõe o art. 944 do Código Civil, a fim de desestimular práticas como a verificada nos autos.

Portanto, a majoração para R$ 10.000,00 (dez mil reais) da indenização pelos danos morais sofridos pela
recorrente mostra-se razoável e proporcional ao direito debatido no processo, não acarretando enriquecimento ilícito e
atendendo ao caráter punitivo/pedagógico que tal condenação deve ter.

A propósito, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins vem considerando a quantia de R$


10.000,00 (dez mil reais) razoável e harmônica com o desconforto psíquico causado em decorrências de inscrições
indevidas em cadastros de inadimplentes. Veja-se:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA E DÉBITOS C/C


COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL E PEDIDO LIMINAR PARA RETIRADA DO NOME DO SPC, SERASA. DANO
MORAL PRESUMIDO. FRAUDE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EMPRESA CONTRATANTE. AUSÊNCIA DE
EXCLUDENTES DA VALORES FIXADOS A TÍTULO DE DANOS MORAIS. PRIMEIRO RECURSO DE APELAÇÃO
PROVIDO, SENDO DESPROVIDO O SEGUNDO RECURSO MANEJADO. 1. A inscrição indevida de nome do consumidor
em órgãos de proteção ao crédito por dívida que não existe (oriunda de fraude), ou não restou comprovada, é ilegal, e enseja
a reparação por dano moral. 2. Dano puro ou in re ipsa configurado, o qual não depende da existência de reflexos
patrimoniais nem da prova dos incômodos sofridos. 3.  Mostra-se módica a fixação dos danos morais no valor de R$
5.000,00 (cinco mil reais), em razão de negativação indevida, devendo ser majorado este valor para R$ 10.000,00 (dez mil
reais), o qual se revela razoável e proporcional ao direito debatido no processo, não acarretando enriquecimento ilícito de
0006287-77.2017.8.27.2710 2713515
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quem recebe, atendendo o caráter punitivo/pedagógico que tal condenação deve ter. 4. Provimento da apelação interposta
por MÉRCIO MERCES PEREIRA DOS SANTOS, para majorar o valor atribuído aos danos morais o qual deverá passar
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para R$ 10.000,00 (dez mil reais). Negado provimento ao recurso interposto pela empresa
CLARO S/A. Em atenção ao disposto no art. 85, §11º do NCPC, e segundo o que preceitua o Enunciado Administrativo nº.
7/STJ, majoro os honorários advocatícios para 20% (vinte por cento) sobre o valor total da condenação. (TJTO AP 0005049-
05.2017.827.0000, Rel. Desa. MAYSA ROSAL, 4ª Turma da 1ª Câmara Cível, julg. 26/04/2017). (g.n.)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO COM PEDIDO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO INDEVIDA
DO NOME DA RECORRIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DÍVIDA PAGA. DANO MORAL IN RE IPSA.
RECURSO IMPROVIDO. 1. A inscrição indevida do nome da apelada nos cadastros de inadimplentes, por si só, enseja
indenização, sendo desnecessária a comprovação do prejuízo, por ser presumida a sua ocorrência, configurando, assim, o
chamado dano moral in re ipsa. 2.  Na fixação de indenização por danos morais, são levadas em consideração as
peculiaridades da causa. Nessas circunstâncias, considerando a gravidade do ato, o potencial econômico do ofensor, o
caráter pedagógico da indenização e os parâmetros adotados em casos semelhantes, não se mostra desarrazoada ou
desproporcional a fixação do quantum indenizatório em R$ 10.000,00 (dez mil reais). Sentença mantida. 3. Recurso
conhecido e improvido. (TJTO AP 00107484020188270000, Rel. Des. JOCY GOMES DE ALMEIDA, 5ª Turma da 1ª Câmara
Cível, julg. 15/04/2020) (g.n.)

APELAÇÃO CÍVEL. RECURSO ADESIVO. AÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C


INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. MANUTENÇÃO INDEVIDA DA RESTRIÇÃO CADASTRAL. DANO MORAL IN RE
ISPSA. MONTANTE INDENIZATÓRIO. JUSTA REPARAÇÃO. ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. PRINCÍPIO DA
CAUSALIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. 1. Os documentos
juntados aos autos demonstram que as partes firmaram um Instrumento Particular de Confissão de Dívida e, em decorrência
da mora no pagamento de uma das parcelas, precisamente a de novembro/2016, o nome do devedor foi levado ao cadastro de
restrição ao crédito. Até aí não houve qualquer lesão a ser indenizada. 2. Todavia, posteriormente o devedor adimpliu o
débito em atraso e ainda assim a instituição financeira manteve a negativação por mais três meses, sobrevindo daí a ilicitude
da conduta da casa bancária, que não providenciou a retirada da inscrição com a mesma agilidade com que a promoveu. 3.
A manutenção indevida nos cadastros de proteção ao crédito gera dano moral in re ipsa, isto é, independentemente da prova
objetiva do abalo ou do constrangimento ocorrido, e acarreta o dever de indenizar. 4.  No caso sub judice, a indenização
estabelecida em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) pelo magistrado de primeiro grau não é suficiente para compensar a dor
causada à vítima e desestimular a prática de atos da mesma natureza, de forma que, neste ponto, a decisão de primeiro
grau merece ser alterada. Afinal, montante superior tem sido amiúde fixado por este Tribunal nos casos de ação
indenizatória por inscrição irregular nos cadastros de proteção ao crédito. 5. Assim, consideradas as circunstâncias de fato
da causa, a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) revela-se razoável e harmônica com o desconforto psíquico causado ao
autor.  6. No que tange à condenação ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, é sabido que, de
acordo com o pacífico entendimento de nossos Tribunais, essa se pauta pelo princípio da causalidade, ou seja, aquele que
deu causa à demanda é que deve suportar as despesas deles decorrentes. Logo, como visto, neste caso, o Banco Bradesco,
cuja conduta deu azo à propositura da ação, deve arcar com o ônus da sucumbência. 7. Considerando que o procedimento de
origem foi relativamente singelo, uma vez que não houve audiência de instrução, o feito não demandou perícias ou a
produção de outras provas mais elaboradas, não acarretou a interposição de recursos no curso do processo e nem houve
necessidade de alegações finais, os honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atualizado da
condenação atende aos requisitos estabelecidos no novo CPC. 8. Apelação Cível a que se NEGA PROVIMENTO. Recurso
Adesivo PARCIALMENTE PROVIDO para aumentar a indenização para R$ 10.000,00 (dez mil reais). 9. Honorários
advocatícios majorados para 13% (treze por cento) sobre o valor atualizado da condenação. (TJTO AP0029760-
40.2018.827.0000 , Rel. Desa. MAYSA VENDRAMINI ROSAL, 4ª Turma da 1ª Câmara Cível, julg. 01/02/2019) (g.n.)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C.C. INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. CONTRATAÇÃO EFETUADA EM FRAUDE. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DO PEDIDO E
CONDENAÇÃO DAS RÉS NO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NA QUANTIA DE R$ 10.000,00
(DEZ MIL REAIS). DESNECESSIDADE DA PROVA DO PREJUÍZO (IN RE IPSA). VALOR ARBITRADO PROPORCIONAL
AO ABALO SOFRIDO. DOCUMENTO EM FASE RECURSAL. OPORTUNIDADE DURANTE O TRANSCURSO DO
PROCESSO. SENTENÇA MANTIDA. O dano moral decorrente da inscrição indevida em cadastro de inadimplente é
considerado in re ipsa, isto é, não se faz necessária a prova do prejuízo, que é presumido e decorre do próprio fato. No
tocante a tese de que existe a possibilidade de juntar documento em fase recursal, deve-se leva em conta que o documento
deve ser novo, ou seja, não se encaixa neste requisito o documento que já existe no momento em que a parte tem a
oportunidade de apresentá-lo. Ressai dos autos que o parte requerida BV FINANCEIRA S/A não trouxe aos autos o contrato
celebrado pela requerente, no momento apropriado, prova indispensável a validar a negociação, conforme aliás observou o
magistrado de primeiro grau na sentença. Portanto, não merece acolhida a referida tese. A indenização por dano moral deve
ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento indevido,
devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte empresarial das partes, às
suas atividades comerciais e, ainda, ao valor do negócio. Há de orientar-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e
pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade da vida,
notadamente à situação econômica atual e às peculiaridades de cada caso. Valor fixado na sentença no patamar de
R$10.000,00 (dez mil reais), há de ser mantido. Por oportuno, atenta às diretrizes legais, nos termos do parágrafo 11º do
artigo 85 do Novo Código de Processo Civil, fixo estes honorários em mais 5% (CINCO por cento) sobre o valor da
condenação. (TJTO AP 0006725-51.2018.8.27.0000, Rel. Des. MOURA FILHO, 1ª Turma da 2ª Câmara Cível, julg.
19/09/2018) (g.n.)".

0006287-77.2017.8.27.2710 2713515
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O valor arbitrado não foi razoável e em harmonia com os parâmetros adotados pelo TJTO e Tribunais
Superiores, tendo   razão plausível para majorar o valor arbitrado, posto que não foi arbitrado em harmonia ao artigo
944 p. único do Código Civil.

Precedentes das 10 Turmas Julgadoras do TJTO: 1ª Turma da 1ª Câmara Cível, TJTO - AP 0009743-  80.2018.8.27.0000,
Rel.ª JUÍZA CELIA REGINA REGIS, julgado em 30/05/2018). 2ª Turma da 1ª Câmara Cível, AP 0016031-
49.2015.827.0000, Relª.  em substituição JUÍZA EDILENE PEREIRA DE AMORIM A. NATÁRIO, julgado em 04/05/2016; 3ª
Turma da 1ª Câmara Cível, AP 000649577.2016.827.0000, Rel. DESª JACQUELINE ADORNO, julgado em 07/12/2016; 4ª
Turma da 1ª Câmara Cível, AP 0005049- 05.2017.827.0000, Rel. DESª. MAYSA VENDRAMINI ROSAL, julgado em
26/04/2017; 5ª Turma da 1ª Câmara   Cível, AP 0018826- 86.2019.827.0000, Rel.ª DESª ETELVINA MARIA SAMPAIO
FELIPE, julgado em 12/08/2019; 1ª Turma da 2ª Câmara Cível, AP 0031497- 44.2019.827.0000, Rel. DES. MOURA FILHO,
julgado em 18/03/2020; 2ª Turma da 2ª Câmara Cível, AP 0017434- 48.2018.827.0000, Rel. DES. MARCO VILLAS BOAS,
julgado em 30/01/2019; 3ª Turma da 2ª Câmara Cível, AP 0026333- 98.2019.827.0000, Rel. DESª ÂNGELA MARIA
RIBEIRO PRUDENTE, julgado em 12/12/2019; 4ª Turma da 2ª Câmara Cível, AP 0018778- 35.2016.827.0000, Rel. Des.
 HELVÉCIO MAIA, julgado em 03/05/2017; 5ª Turma da 2ª Câmara Cível, AP 0013992- 45.2016.8.27.0000, Rel. DES. JOÃO
RIGO GUIMARÃES, julgado em 30/01/2019.

O mero protesto indevido prescinde da comprovação do dano, pois este é in re ipsa, decorre do próprio
fato.

Cabe ainda frisar que o STJ tem firmado convicção que é razoável condenação por protesto indevido   até
50 salários mínimos a condenação por dano moral em razão de protesto indevido, a depender do caso concreto e as
consequências advindas a pessoa submetida ao constrangimento, seja pessoa física ou jurídica.

A propósito, confira-se o precedente   colhido no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.122.748 -


SC (2017/0156021-5), verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.


IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7 DO STJ. ALÍNEA  C. INCIDÊNCIA. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS.
I- Tendo o Tribunal de origem decidido com base no complexo fático-probatório delimitado e avaliado nas instâncias
ordinárias, nova análise sobre o tema encontra óbice no teor da Súmula 7 desta Corte Superior.

II- O óbice da Súmula 7 do STJ é aplicável também ao recurso especial fundado no artigo 105, III, "c", da Constituição.

III- Não se divisa, nas razões deste regimental, argumentos aptos a modificar o decisum agravado, razão pela qual deve ser
mantido por seus próprios fundamentos.

IV- Agravo regimental a que se nega provimento.

(AgRg no Ag nº 1.276.510/SP, Rel. Ministro PAULO FURTADO (Desembargador Convocado do TJ/BA), DJe 30/6/2010).

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTE DE INCLUSÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE
INADIMPLENTES - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO.INSURGÊNCIA
RECURSAL DA RÉ.

1. O STJ já firmou entendimento que "nos casos de protesto indevido de título ou inscrição irregular em cadastros de
inadimplentes, o dano moral se configura in re ipsa, isto é, prescinde de prova, ainda que a prejudicada seja pessoa jurídica"
(REsp 1059663/MS, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe 17/12/2008). Precedentes.

2. A indenização por danos morais, fixada em quantum em conformidade com o princípio da razoabilidade, não enseja a
possibilidade de interposição do recurso especial, ante o óbice da Súmula n. 7/STJ.

3.  Este Tribunal Superior tem prelecionado ser razoável a condenação no equivalente a até 50 (cinquenta) salários
mínimos por indenização decorrente de inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito.

Precedentes( grifo nosso).”

Dessa forma, reputa-se verdadeira as alegações da recorrente, quanto aos aspectos fáticos que encadearam
a negativação.

Diante do exposto, voto no sentido de conhecer o recurso e DAR-LHE PROVIMENTO, a fim reformar
parcialmente a sentença para majorar a indenização fixada a título de danos morais para a monta de R$ 10.000,00 (dez
mil reais). Deixo de fixar honorários advocatícios haja vista inexistência de recorrente vencido, teor do art. 55 da lei
9.099/95.

Documento eletrônico assinado por LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS, Juíza Relatora, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de
dezembro de 2006 e Instrução Normativa nº 5, de 24 de outubro de 2011. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço
eletrônico http://www.tjto.jus.br, mediante o preenchimento do código verificador 2713515v3 e do código CRC 006bcfe6.

Informações adicionais da assinatura:

Signatário (a): LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Data e Hora: 31/5/2021, às 14:13:55

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