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ATIVIDADE DIRIGIDA III

(sábado) – 12/11/2022 (envio até 13.11 às 23h59)

Acadêmica: Fernanda Luiza Gräf Schakofski

- Atividade dirigida (1ª – 1, 0)

-Apontamentos sobre: 7.2 Impostos. 7.3 Taxas e Contribuições de


melhoria. (máximo 03 laudas)
-Pesquisa de 03 Jurisprudências (2015 em diante) e comentários,
relacionados com os apontamentos (acima) (máximo 02 laudas) -Pesquisa
de 03 questões (2015 em diante e múltipla escolha) e comentários,
relacionados com os apontamentos (acima) (máximo 02 laudas)

-Obs1: Fonte “Times New Roman”; tamanho “12”; espaçamento “0.00”;


entrelinhas “simples”; e arquivo editável “.doc” ou “.odt” (preferência .odt)

-Obs2: Os apontamentos servirão de subsídio DURANTE as avaliações,


podendo ser utilizado pelo acadêmico durante a avaliações.

- Critérios objetivos de avaliação da atividade dirigida :


Conteúdo Até 13.11 Apó 13.11 até
s 06.1 2
Envio no prazo 0,2 0,0
Apontamentos 0,0 - 0,2 0 ,0 - 0, 2
Jurisprudência 0,0 - 0,2 0 ,0 - 0, 2
Questões 0,0 - 0,2 0 ,0 - 0, 2
Contextualização 0,0 - 0,2 0 ,0 - 0, 2
Total 1ª (1,0 em 10) 0,2 - 1,0 (1ª avaliação) 0 ,0 – 1,8 (1ª avaliação
)
Comentários do professor:
Impostos; Taxas e Contribuições de melhoria

Segundo o artigo 3º do CTN, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda


ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (lançamento).
O STF entende que são 05 (cinco) os tributos no Brasil- Empréstimos Compulsórios,
Contribuições, e os que serão objeto do estudo proposto- Impostos, as Taxas e as
Contribuições de Melhoria, os quais poderão ser instituídos pela União, Estados, DF e
Municípios, é o que dispões ao artigo 145 da CF.

Arrt. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

IMPOSTO: Art. 16, CTN– Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
É tributo não vinculado a uma atividade estatal. Nesta medida atrela-se a ação do
particular. “Nós agimos, nós pagamos”.
Quando pagamos o IPTU? Quando nos tornamos proprietários de imóvel.
Quando pagamos o IPVA? Quando nos tornamos proprietários de carro. Em nenhum
dos casos o ESTADO agiu, e sim nós agimos.
Imposto – não vinculados; não tem destinação prévia na lei que o institui. Não há uma
destinação específica para os recursos recursos; são utilizados para financiar serviços
universais, como educação e segurança.
Os Impostos podem ser classificados em:

A) Impostos diretos e indiretos


Diretos: quando contribuintes arcam com a contribuição, como no IR, IPTU, IPVA,
ITBI, ITCMD
Indiretos: quando o tributo é cobrado sobre uma mercadoria ou serviço e é incorporado
no valor final, como ICMS e IPI.

B) Impostos pessoais e reais


Impostos pessoais: levam em conta condições particulares do contribuinte, qualidades
pessoais e juridicamente qualificadas do SP, possuindo caráter eminentemente subjetivo
(Ex. IR).
Impostos reais: são aqueles que levam em consideração a matéria tributária, o próprio
bem/coisa (res, em latim), sem cogitar condições pessoais do contribuinte (Ex. IPI,
ICMS, IPTU, IPVA, ITR, IOF, c/ exceção IR).

C) Impostos fiscais e extrafiscais –


Impostos fiscais são aqueles que, possuindo intuito estritamente arrecadatório, devem
prover de recursos o Estado (Ex. IR, ITBI, ITCMD, ISS).
Impostos extrafiscais são aqueles com finalidade reguladora (ou regulatória) de
mercado ou da economia de um país (Ex. II, IE, IPI, IOF)

D) Impostos proporcionais, progressivos e seletivos : São técnicas de


exteriorização do P. da capacidade contributiva, concretizando o postulado da
isonomia tributária:
Progressividade: é a técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumentos se dá
na medida em que se majora a BC do gravame, sem haver, é claro, uma relação de
proporcionalidade. “quanto mais se ganha, mais se paga”. Ex. ITR, IPTU, IR, ITCMD
(STF-2013).
Proporcionalidade: é o meio de exteriorização da capacidade contributiva, que se
revela pela técnica de incidência de alíquotas fixas (únicas). Ex. ICMS, IPI, ITBI.
Seletividade: é a forma de concretização do postulado da capacidade contributiva e
certos tributos indiretos. A técnica de incidência revela que as alíquotas podem variar na
razão inversa da essencialidade do bem. Ex. ICMS e IPI

TAXAS: “O Estado age, e nós pagamos”. Art. 77. CTN. As taxas cobradas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
As taxas tem uma ligação direta com serviços públicos específicos, prestados ao
contribuinte ou colocados à sua disposição; pensemos logo no exemplo dado várias
vezes em aula - a taxa paga para se tirar um passaporte, só vai pagar essa taxa quem for
emitir um passaporte, não se estende aos demais; outro exemplo é a taxa de lixo, que
todos usufruem, portanto todos pagam, e ainda as custas processuais são tributos na
espécie taxas.

TAXA DE SERVIÇO – art. 79, CTN e art. 145, II, CF – A utilização do serviço público
poderá ser efetiva (ou seja, o serviço público vem e eu usufruo e pago em dinheiro). A
utilização do serviço público poderá ser potencial (ou seja, vem o serviço público e eu
não usufruo mas mesmo assim pago). FRUÍVEL – desfrutar, gozar, utilizar (vantagens,
benefícios etc. Verbo no infinitivo), não utiliza o serviço, mas mesmo assim pago.
Serviço público Específico – Singular “ut singuli” é aquele prestado em unidades
autônomas de utilização, identificando-se o SP. A taxa da coleta de lixo é coletado no
meu imóvel. QUEM?
Serviço público Divisível – é aquele passível de quantificação (quantificável). A taxa da
coleta de lixo é conforme o tamanho do imóvel. QUAL?

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – Art. 81 e 82, CTN e art. 145, III, CF/88 -A


CM é tributo vinculado a atividade estatal, à semelhança taxas. “O Estado age, e nós
pagamos”.
Contribuições de melhorias são um tipo de tributo semelhante às taxas, porque
costumam ser fixas e estão ligadas a uma contraprestação do governo. A diferença, no
entanto, é que elas vão resultar em benefícios ao cidadão, não apenas em um serviço em
si. 

*Art. 145.CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir


os seguintes tributos:
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
*Art. 81. CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
E se a obra pública desvaloriza o imóvel? Não tem CM, pois o FG da CM não é a
realização da obra em si, mas sua consequência.
A Base de cálculo será se acordo com o quanto de valorização se teve para o imóvel.
(Valor imóvel após a obra – o valor do imóvel antes da obra = BC). Será feito de forma
individualizado a valorização de casa por casa e a soma do valor cobrado dos
contribuintes (casa por casa) não pode passar do valor que custou a obra - chama-se
“sistema de duplo limite”.
Deve vir por meio de lei específica, publicado edital antes do início da obra, caso
contrário será indevida a cobrança.
Jurisprudências

1. Núm.:50063402720218210017 Tipo de processo: Apelação Cível Tribunal: Tribunal de Justiça do


RS
Classe CNJ: Apelação Relator: Laura Louzada Jaccottet Órgão Julgador: Segunda Câmara Cível
Comarca de Origem: LAJEADO Seção: CIVEL Assunto CNJ: Taxas Decisão: Acordao
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO
FISCAL. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. AUSÊNCIA DE PUBLICAÇÃO PRÉVIA DE LEI
ESPECÍFICA E DE EDITAL DA OBRA. NULIDADE.. NEGARAM PROVIMENTO À APELAÇÃO.
UNÂNIME. (Apelação Cível, Nº 50063402720218210017, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Laura Louzada Jaccottet, Julgado em: 26-10-2022). Data de Julgamento: 26-10-2022
Publicação: 27-10-2022

Em suma, não poderia ter ocorrido tal cobrança, uma vez que não
observados os requisitos dos arts. 81 e 82, incisos I e II, do Código Tributário Nacional.
O Município primeiro, executou a pavimentação asfáltica para, depois, fazer o
sancionamento da lei que autorizava a benfeitoria e como já estudado em aula para que
seja instituída a contribuição de melhoria, necessária é a edição
de uma lei específica para cada obra, em atendimento ao art. 150, inciso I, da
Constituição Federal, bem como ao art. 82 do Código Tributário Nacional. Além da
previsão em lei específica, há a necessidade de publicação de edital, consoante
estabelece o art. 5º do Decreto-Lei n. 195/1967, sob pena de nulidade do lançamento, e
no caso em tela o edital trazido pelo exequente, aponta que a obra já havia sido
executada quando de sua publicação, assim como foi tardia a Lei Municipal que
autorizou a cobrança de contribuição de melhoria em decorrência da execução da
pavimentação, impedindo a possibilidade de impugnação prévia pelos contribuintes. 

Núm.:50034519720198210073 Tipo de processo: Apelação Cível Tribunal: Tribunal de Justiça do


RS Classe CNJ: Apelação Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício Órgão Julgador: Primeira
Câmara Cível Comarca de Origem: TRAMANDAÍ Seção: CIVEL Assunto CNJ: IPTU/ Imposto
Predial e Territorial Urbano Decisão: Acordao
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.
IPTU. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO CREDOR FIDUCIÁRIO. NÃO CONFIGURAÇÃO. O
RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DO IPTU E DA TAXA DE COLETA DE LIXO É O
PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL CONSTANTE NO REGISTRO DE IMÓVEIS. INTELIGÊNCIA
DOS ARTS. 34 DO CTN. NA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, A PROPRIEDADE DO IMÓVEL
PERMANECE COM O CREDOR FIDUCIÁRIO, SOB CONDIÇÃO RESOLUTIVA, ENQUANTO
QUE O DEVEDOR FIDUCIANTE DETÉM TÃO-SOMENTE A POSSE DIRETA DO BEM, DE
FORMA QUE AMBOS SÃO RESPONSÁVEIS, SOLIDARIAMENTE, PELO PAGAMENTO DO
IPTU. EM SENDO O CREDOR FIDUCIÁRIO PROPRIETÁRIO SOB CONDIÇÃO
RESOLUTÓRIA E POSSUIDOR INDIRETO DO BEM, ENCONTRA-SE ELE LEGITIMADO
PARA RESPONDER PELAS DÍVIDAS TRIBUTÁRIAS EM QUESTÃO. EXCLUSÃO DOS
ENCARGOS MORATÓRIOS. INOVAÇÃO RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. APELAÇÃO
PARCIALMENTE CONHECIDA E DESPROVIDA.(Apelação Cível, Nº 50034519720198210073,
Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício, Julgado
em: 28-10-2022). Data de Julgamento: 28-10-2022 Publicação: 28-10-2022.

O responsável pelo pagamento do IPTU é o proprietário do imóvel


constante no Registro de Imóveis, conforme o disposto no artigo 34 do Código
Tributário Nacional. Em se tratando de direito real, a transferência de propriedade do
imóvel, e, por consequência, a transferência da responsabilidade pelo pagamento dos
tributos, exige a sua devida averbação no álbum imobiliário, conforme o art. 1.245 do
Código Civil.
No caso discutido nesta apelação, o apelante diz que não é o responsável
pelo pagamento do IPTU e nem da taxa de coleta de lixo, porém, na alienação
fiduciária, a propriedade do imóvel permanece com o credor fiduciário, sob condição
resolutiva, enquanto que o devedor fiduciante detém tão-somente a posse direta do bem.
Assim, em sendo o credor fiduciário proprietário sob condição resolutória e possuidor
indireto do bem, resta ele legitimado para responder pelas dívidas tributárias em
questão.
Bem como também estudado em sala de aula a título de exemplo; se eu
tenho um imóvel e eu alugo ele para outra pessoa, no contrato feito entre as partes fica
acordado que o locatário é quem irá arcar com as despesas de taxa de lixo e IPTU mas
ele acaba não pagando, a execução fiscal cairá sobre mim, proprietária do imóvel.

Núm.:70079584934 Tipo de processo: Apelação Cível Tribunal: Tribunal de Justiça do RS


Classe CNJ: Apelação Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício Órgão Julgador: Primeira
Câmara Cível Comarca de Origem: RODEIO BONITO Seção: CIVEL Assunto
CNJ: Impostos Decisão: Acordao
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO
FISCAL. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. MUNICÍPIO DE RODEIO BONITO.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESUNÇÃO DA VALORIZAÇÃO DO IMÓVEL. REALIZAÇÃO DE
PROVA TÉCNICA PARCIAL, RETARDATÁRIA E SEM INDIVIDUALIZAÇÃO DO IMÓVEL.
INSUBSISTÊNCIA. APELO PROVIDO.(Apelação Cível, Nº 70079584934, Primeira Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício, Julgado em: 21-11-
2018). Data de Julgamento: 21-11-2018Publicação: 03-12-2018

A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras


públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado
Inicialmente, cumpre referir que o Município cumpriu as exigências
legais, relativas à publicação prévia de lei específica enunciando os limites geográficos
a serem pretensamente beneficiados pela obra pública, publicação de editais e
notificação do contribuinte.
A lei não autoriza a cobrança com base na valorização presumida do
imóvel que o laudo técnico apresentado, realizado após passados mais de quinze anos
da realização da obra pública, por servidor integrante do quadro municipal, com
estimativa de valorização das propriedades “por amostragem” (e não de forma
individualizada), não tem o condão de convalidar cobrança prévia.
Como já mencionado nos apontamentos acima, a base de cálculo será se acordo com o
quanto de valorização se teve para o imóvel. (Valor imóvel após a obra – o valor do
imóvel antes da obra = BC). Será feito de forma individualizado a valorização de casa
por casa e a soma do valor cobrado dos contribuintes (casa por casa) não pode passar do
valor que custou a obra - chama-se “sistema de duplo limite”.
QUESTÕES

1- O Município Alfa realizou obras nas praças públicas de determinado bairro,


incluindo iluminação e arborização. Tais obras acarretaram a valorização imobiliária de
dezenas de residências daquela região. Em decorrência disso, o município instituiu
contribuição de melhoria. Sobre a contribuição em questão, segundo o CTN, assinale a
afirmativa correta.

A É inválida, pois deveria ter sido instituída pelo Estado Beta, onde está localizado o
Município Alfa.
B É válida, porque foi instituída para fazer face ao custo de obra pública da qual
decorre a valorização imobiliária.
C É válida, mas poderia ter sido instituída independentemente da valorização dos
imóveis dos contribuintes.
D É inválida, porque deveria ter, como limite individual, o valor global da despesa
realizada pelo Poder Público na obra e não a valorização de cada imóvel.

https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes/e3b5e231-1a

A alternativa correta é a letra B, a contribuição de melhoria é válida pois está de acordo


com o que estabelece o Art. 81. CTN - A contribuição de melhoria cobrada pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

2- José, preocupado com o meio ambiente, faz uso de um processo caseiro de


transformação do lixo orgânico em adubo, bem como separa o lixo inorgânico,
destinando-o à reciclagem. Por isso, sempre que os caminhões que prestam o serviço
público de coleta de lixo passam por sua casa, não encontram lixo a ser recolhido. José,
então, se insurge contra a cobrança da taxa municipal de coleta de lixo proveniente de
imóveis, alegando que, como não faz uso do serviço, a cobrança em relação a ele é
indevida.
Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta.

A Por ser a taxa de um tributo contraprestacional, a não utilização do serviço pelo


contribuinte retira seu fundamento de validade.
B A coleta de lixo domiciliar nessas condições não configura a prestação de um serviço
público específico e divisível, sendo inconstitucional.
C Por se tratar de serviço público prestado à coletividade em geral, no interesse da
saúde pública, seu custeio deve ocorrer por meio dos recursos genéricos auferidos com
a cobrança de impostos.
D A cobrança é devida, pois o serviço está sendo potencialmente colocado à disposição
do contribuinte.
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes/8a2a367c-99
A alternativa correta é a letra D. O art. 145, II (parte final), da CF/88 é claro em dizer
que disponibilidade do serviço potencialmente colocado à disposição do contribuinte é
passivo de cobrança. Independentemente de José utilizar ou não o serviço que está a sua
disposição, irá pagar a referida taxa. A cobrança da taxa de coleta de lixo é devida, pois
o serviço está sendo potencialmente colocado à disposição do contribuinte.
Ainda: Art. 77 CTN- As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

3- Lucas tomou posse, com ânimo de dono, de mansão em área urbana que pertencera a
seu falecido tio, localizada em zona nobre da cidade. A fiscalização, tendo feito
diligência no local, identificou Lucas como possuidor e também a existência de algumas
esculturas de alto valor no jardim do imóvel. Em razão desta inspeção, o Fisco
Municipal inscreveu Lucas no cadastro de contribuintes de IPTU na condição de
responsável tributário, sem revestir a condição de contribuinte; recalculou o valor venal
do imóvel, levando em consideração as esculturas presentes no jardim; e, conforme
previsão em lei municipal, passou a aplicar alíquota diferenciada mais elevada de IPTU,
em razão da localização do imóvel em área nobre. À luz da Constituição Federal e do
Código Tributário Nacional, é correto afirmar que:

A as esculturas presentes no imóvel devem ser consideradas na fixação do valor venal


do imóvel para fins de IPTU. 
B a aplicação de alíquota diferenciada de IPTU, em razão da localização do imóvel em
área nobre, viola a Constituição.  
C Lucas não é contribuinte de IPTU, por ser mero possuidor. 
D a inscrição de Lucas no cadastro de contribuintes, na condição de responsável
tributário, é inadequada.
E o único contribuinte deste IPTU é o espólio do tio de Lucas. 

https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/156c6687-8a

A resposta correta é a letra D. O responsável pelo pagamento do IPTU é


o proprietário do imóvel constante no Registro de Imóveis, conforme o disposto no
artigo 34 do Código Tributário Nacional. Em se tratando de direito real, a transferência
de propriedade do imóvel, e, por consequência, a transferência da responsabilidade pelo
pagamento dos tributos, exige a sua devida averbação no álbum imobiliário.

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