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TEORIA GERAL DO
PROCESSO (aula
04)
PROFESSORA: GLEYCE JACQUELINE RIBEIRO
gleycejacqueline@gmail.com
JURISDIÇÃO
FUNÇÕES DO ESTADO
LEGISLATIVA
EXECUTIVA
JUDICIÁRIA
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04/09/2023
JURISDIÇÃO
FUNÇÕES DO ESTADO
JURISDIÇÃO
FUNÇÕES DO ESTADO
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JURISDIÇÃO E EQUIVALENTES
JURISDICIONAIS
A palavra jurisdição vem do latim ius (direito) e
dicere (dizer), querendo significar a “dicção do
direito”, correspondendo à função jurisdicional,
que, como as demais, emana do Estado.
Atualmente, além do Estado-juiz, apenas pessoas
ou instituições autorizadas pelo Estado podem fazer
justiça, como acontece com os árbitros, cuja
atividade é toda ela regulada por lei (Lei n.
9.307/96, alterada pela Lei n. 13.129/15).
JURISDIÇÃO E EQUIVALENTES
JURISDICIONAIS
Segundo Carreira Alvin, “A jurisdição é uma função
do Estado, pela qual este atua o direito objetivo na
composição dos conflitos de interesses, com o fim de
resguardar a paz social e o império do direito. No
exercício desta função, o juiz não atua
espontaneamente, devendo, para tanto, ser
provocado (Ne procedat iudex ex officio- Não
proceda o juiz de ofício) por quem tenha interesse
envolvido em lide.”
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JURISDIÇÃO E EQUIVALENTES
JURISDICIONAIS
A jurisdição é uma atividade complementar da legislativa, cuja
existência seria dispensável se os preceitos legais fossem
voluntariamente cumpridos pelos seus destinatários, mas acontece que
não são, em virtude da diversidade de interesses em lide.
Com a jurisdição, o Estado-juiz garante a sua autoridade de Estado-
legislador, fazendo com que se realizem, no mundo dos fatos, as
consequências práticas dos preceitos enunciados pelas normas de
direito.
A legislação é uma atividade que independe de provocação de quem
quer que seja, sendo, por isso, automovimentada, operando o Estado-
legislador na exata medida das necessidades sociais e coletivas do
grupo social.
JURISDIÇÃO E EQUIVALENTES
JURISDICIONAIS
As distinções entre a atividade jurisdicional e a administrativa nestes
termos:
a) o juiz age atuando a lei; a Administração age de conformidade
com a lei;
b) o juiz considera a lei em si mesma; o administrador considera a lei
como norma de sua própria conduta;
c) a administração é uma atividade primária ou originária; a jurisdição é
uma atividade secundária;
d) quando a Administração julga, julga sobre sua própria atividade;
quando a jurisdição julga, julga sobre uma atividade alheia e sobre uma
vontade de lei concernente a outrem.
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JURISDIÇÃO E EQUIVALENTES
JURISDICIONAIS
Os “equivalentes jurisdicionais” são meios pelos quais se pode atingir a
composição (rectius, resolução) da lide por obra dos próprios litigantes,
como a transação, ou com o auxílio de um particular, desprovido de
poder jurisdicional, como na mediação.
JURISDIÇÃO E EQUIVALENTES
JURISDICIONAIS
A conciliação é um instituto que participa do funcionamento
da justiça, remontando à antiga Lei n. 968/49, que
estabeleceu uma fase preliminar de conciliação ou acordo,
nas causas de desquite litigioso ou de alimentos, inclusive os
provisórios, cujo art. 1º dispunha que, nessas causas, o juiz,
antes de despachar a petição inicial, logo que esta lhe fosse
apresentada, promoveria todos os meios para que as partes
se reconciliassem ou transigissem, nos casos e forma em que a
lei permite a transação.
. A mediação é uma prática exercida fora do âmbito e do
controle do poder judiciário. Busca restaurar o diálogo entre
as partes, para que elas mesmas cheguem a um acordo, que
poderá ser levado ou não ao Judiciário para homologação.
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JURISDIÇÃO- CARACTERÍSTICAS
JURISDIÇÃO- CARACTERÍSTICAS
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JURISDIÇÃO- CARACTERÍSTICAS
Outras características
a) um órgão adequado, distinto dos que exercem as funções de
legislar e administrar, colocado em posição de independência,
para exercer o seu ofício imparcialmente;
Características da Jurisdição
1. Substitutividade: Estado substitui as partes na resolução dos litígios
2.1. Congruência: Magistrado deve agir dentro dos limites dos pedidos
2.2. Impulso oficial: Não é necessário solicitar ao magistrado o andamento
do processo.
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Características da Jurisdição
3) Secundariedade: o autor precisa comprovar o seu interesse de agir, a
necessidade e utilidade de se recorrer ao judiciário para satisfazer a
pretensão.
Características da Jurisdição
6) Inafastabilidade da tutela jurisdicional:
Está relacionada ao acesso à justiça - art. 5º, XXXV, CF/88,
CPC:
Ademais, mesmo que não exista norma aplicável ao caso, o magistrado deve
proferir uma decisão, já que o juiz não se escusa de julgar invocando lacuna
de Lei. (COSTA, 2023) - PRINCÍPIO DO NON LIQUET - ART. 108
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Características da Jurisdição
7) Imperatividade: Coercitividade das decisões judiciais, que obrigam os
litigantes. Seria inútil a substitutividade das partes pelo E stado, que
formula uma decisão imutável, se não fossem assegurados meios de
coerção para impor o cumprimento do que se decidiu.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
Princípio da investidura - a jurisdição só pode ser
legitimamente exercida por quem tenha sido dela investido
por autoridade competente do Estado, de conformidade
com as normas legais.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
Princípio da aderência ao território- Este princípio significa que a
jurisdição pressupõe um território sobre o qual é exercida, não
se podendo falar em jurisdição, senão enquanto correlata com
determinada área territorial do Estado. É também chamado de
princípio da improrrogabilidade da jurisdição.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
Princípio do juízo natural- em face desse princípio, não
pode haver lugar para tribunais ou juízos de exceção,
como tal considerado todo aquele que vier a ser
constituído post factum (depois do fato), para julgar um
fato já ocorrido ao tempo da sua constituição.
Todos têm, em igualdade de condições, direito a um
julgamento por juiz independente e imparcial, segundo as
normas legais e constitucionais. O juiz (rectius, juízo) natural
é sinônimo de juiz legal ou juiz constitucional, competente
para processar e julgar ao tempo em que ocorre o fato a
ser processado e julgado.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
Princípio da inércia - não pode haver “jurisdição sem ação”,
pois a jurisdição depende de provocação do interessado no
seu exercício, não sendo, de regra, automovimentada.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
Princípio do acesso à justiça- A simples faculdade acesso
à justiça acabou erigida num princípio, segundo o qual a
todos é assegurado o acesso ao Judiciário, para defesa de
seus direitos; servindo a expressão “acesso à Justiça” para
determinar duas finalidades básicas do sistema jurídico:
a) primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a todos
(gratuidade da Justiça e assistência gratuita);
b) b) segundo, deve ele produzir resultados que sejam
individual e socialmente justos.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA
JURISDIÇÃO
Princípio da nula poena sine iudicio- Este princípio é
exclusivo da jurisdição penal, significando que nenhuma
sanção penal pode ser imposta sem a intervenção do juiz,
através do competente processo. Nem com a
concordância do próprio infrator da norma penal, pode ele
sujeitar-se voluntaria e extrajudicialmente à sanção penal
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Quanto à gradação
Quanto à gradação dos seus órgãos: jurisdição inferior e
jurisdição superior.
A jurisdição inferior é a que se exerce na primeira instância,
por juízo que conhece e julga, originariamente, as causas;
A jurisdição superior é a exercida nos tribunais, por força de
recurso interposto em causa já sentenciada, como
consequência do duplo grau ou por força de remessa
necessária.
Quanto à matéria
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Quanto à origem
Quanto à origem: jurisdição legal e jurisdição convencional.
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Quanto à forma
Quanto à forma: jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária.
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