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Guião de Visionamento – Invictus (2009)

Direção: Clint Eastwood

Atores:

Morgan Freeman – Nelson Mandela, o presidente.

Matt Damon – François Pienaar, o capitão da equipe de rugby sul-africano, os Springboks.

Resumo:

Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela tinha consciência que a África do Sul continuava
sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A pr oximidade da Copa
do Mundo de Rugby, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o
desporto para unir a população.

1. Elabore um breve resumo do filme.

2. Com base em que valores se pretendia “justificar” a prática do apartheid?

3. A forma mais eficaz de educar é através do exemplo. Como educa, Nelson Mandela, através
do exemplo? Explique.

4. De acordo com os valores morais dominantes nos países europeus, como é avaliada, do
ponto de vista moral, a prática do segregacionismo?

5. Na sua opinião, haverá ações que possam ser moralmente boas ou más,
independentemente do contexto cultural? Porquê?

6. Indique uma cena do filme que justifique a seguinte afirmação: a defesa das ideias do
relativismo moral e cultural conduz ao conformismo.

7. Explique o significado do título atribuído ao filme: "Invictus".

8. Gostou do filme? Explique porquê.


Textos de Apoio

Poema “Invictus” de William E. Henley


Do fundo desta noite que persiste Al ém deste oceano de l amúria,
A me envolver em breu – eterno e espesso, Somente o Horror das trevas s e divisa;
A qua lquer deus – s e algum a caso existe, Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Por mi nha alma insubjugável agradeço. Nã o me a medronta, nem me martiriza.

Na s garras do destino e s eus estragos, Por s er es treita a senda – eu não declino,


Sob os golpes que o acaso atira e acerta, Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Nunca me l amentei – e a inda tra go Eu s ou dono e senhor de meu destino;
Mi nha ca beça – embora em sangue – ereta. Eu s ou o comandante de minha alma.

O problema da objetividade dos juízos morais

O problema da objetividade dos juízos morais pode formular-se assim: há juízos de valor
morais objetivos ou todos os juízos de valor morais são ou subjetivos ou culturalmente
relativos?

Três teorias: o Subjetivismo Moral (SM), o Relativismo Cultural (RC) e o Objetivismo Moral
(OM).

O SM defende que todos os juízos de valor são subjetivos, pois são reflexos dos gostos e
preferências de cada pessoa. Como isso depende do individuo, não há, segundo esta teori a,
pessoas que estejam erradas, e nenhuma pessoa tem mais razão que as outras.

O RC afirma que todos os juízos de valor são culturalmente relativos, pois são relativos às
sociedades e não existe nenhuma sociedade mais correta ou errada que outra. Alguém só
pode estar errado se os juízos de valor em que acredita forem diferentes daqueles que são
aceites pela sociedade a que pertence.

O OM diz que alguns, não todos, juízos de valor são objetivos. Ou seja, se um juízo de valor
verdadeiro for x e alguém afirmar y, então, independentemente da sua sociedade ou gostos,
está errada, e só está correta, se e só se afirmar x.

Atitudes face à diversidade cultural

Existem diferentes formas de responder à diversidade cultural:

1) aceitar os outros como iguais a nós, promovendo a igualdade e a justiça entre as diversas
etnias (multicultralismo);

2) defender a diferenciação étnica, promovendo a superioridade da nossa cultura


relativamente às outras (etnocentrismo). Segundo o etnocetrismo, as culturas não só são
diferentes como aquela na qual estamos inseridos é superior a todas as outras. Esta perspetiva
leva a que os etnocentristas se tornem racistas, xenófobos ou chauvinistas, pessoas que
odeiam praticamente tudo aquilo que é diferente deles próprios.

3) ser tolerante para com as outras culturas, respeitá-las e reconhecer nelas a posse de uma
riqueza diferente da minha que embora não pretenda “misturar”, posso aceitar a sua
coexistência (relativismo cultural).

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