Você está na página 1de 23

MATERIAL DE APOIO

ONIPOTENTES,
DEPRIMIDOS E EXCITADOS:
SUBJETIVIDADE ATUAL EM ANÁLISE
COM NINA SAROLDI
Este material de apoio foi preparado pela curadoria da Casa do Saber e tem
como objetivo acompanhar você ao longo da sua jornada de aprendizagem
nos cursos, masterclasses e palestras disponíveis na plataforma de streaming
Casa do Saber +.

Procuramos trazer aqui pontos importantes abordados ao longo das aulas e


também outras informações que possam te auxiliar na compreensão dos
conhecimentos tratados no curso.

Com o intuito de expandir o conteúdo que foi abordado nos cursos, incluímos
aqui algumas referências bibliográficas, audiovisuais e também indicações
dos professores e professoras.

Conectamos neste material o universo de conteúdo produzido pela Casa do


Saber. Preparamos uma curadoria exclusiva de cursos e indicamos vídeos do
canal no YouTube relacionados ao tema do curso que você está assistindo.

Além disso, você pode acessar o Quero Saber, o blog de conhecimento da


Casa do Saber.

Esperamos que este material de apoio sirva como importante ferramenta que
possa potencializar o seu processo de aprendizagem e
de educação continuada.

Curadoria Casa do Saber.


curadoria@casadosaber.com.br
O CURSO

Onipotência, depressão, excitação, sensacionalismo: o que está em jogo na


nossa formação e existência como sujeitos hoje? Quais desafios, angústias e
dramas internos surgem a partir de nossas relações com os outros e o
ambiente no contexto contemporâneo?

O curso apresenta interpretações possíveis sobre os desafios da subjetividade


contemporânea a partir das pistas deixadas por Freud em seu clássico “O
Mal-Estar na Civilização” (1930) - mais especificamente a ideia de um “supereu
da cultura”. As aulas analisam modificações recentes na própria ideia de
subjetividade e seus processos de formação, contando com instrumentos do
próprio Freud, mas também de nomes contemporâneos, como Slavoj Zizek,
Zygmunt Bauman, Byung-chul Han e Christoph Türcke, entre outros.
AULA A AULA

Aula 1 | O mal-estar na cultura

● A civilização é o resultado da renúncia à satisfação direta das pulsões


sexuais.
● A agressividade primitiva do homem, antes orientada para fora, foi
redirecionada para dentro.
● A religião foi a grande promotora da introjeção da agressividade .
● O mal-estar é inerente à cultura, ele a habita.
● O primeiro obstáculo à felicidade reside em nossa própria constituição
psíquica, ao passo que a infelicidade nos visita com muito mais
frequência.
● A dor pode ter como origem o próprio corpo; o mundo exterior, que
pode se voltar contra nós com forças sobre as quais não temos o
mínimo controle; e o relacionamento com outros seres humanos.
● A felicidade é um problema da economia da libido de cada um, não há
receita que seja universalmente aplicável. Tudo depende do quanto de
satisfação se consegue obter no mundo ao redor; do quanto de força se
dispõe para modificá-lo, de modo a fazê-lo se enquadrar nos nossos
desejos.
● Na cultura, os ideais éticos formam uma barreira para o escoamento da
agressividade. Em cada indivíduo, esta tarefa é feita pelo “ideal do eu”
ou “supereu”.
● A ética é, em última instância, uma tentativa de livrar a civilização da
tendência inata dos homens para a agressão mútua.
● O desiderato de Freud é que haja uma acomodação entre as
premências individuais e culturais no futuro da civilização.
● O sentimento de culpa se origina, inicialmente, do medo da autoridade
(pais, professores, sacerdotes) e, posteriormente, do medo do supereu.
Ele se relaciona à necessidade de punição.
● A chamada consciência é uma disposição para sentir culpa! Ela é fruto
do amor, e o sentimento de culpa é inevitável diante da convivência
com o outro. Em relação à culpa, não faz diferença termos feito ou
termos desejado fazer o mal.
● Mau é tudo o que nos ameaça a partir da perda do amor, do
desamparo.
● Algumas características do supereu se deixam perceber mais
facilmente no comportamento da comunidade cultural do que no do
indivíduo.
● Teria uma origem semelhante à do supereu do indivíduo, e seria
formado pela forte influência exercida por grandes líderes que, não raro,
foram maltratados em vida, como Jesus Cristo.
● Tal como o supereu individual, o supereu da cultura estabelece
“rigorosas exigências ideais”. É mais fácil verificar as propriedades dessa
instância crítica no comportamento coletivo (e nas expressões culturais
e artísticas) do que no do indivíduo isolado.
● Ama o próximo como a ti mesmo!
● Nos tempos de Freud: renuncia!

Aula 2 | Supereu da cultura hoje

● Supereu que ordena o gozo.


● Desprestígio da ideia de renúncia ao princípio do prazer. Crença
ingênua de que os valores da cultura (limpeza, beleza e ordem) serão
impostos sem coerção.
● O mundo capitalista do trabalho está vinculado à ética do ascetismo. O
mundo do consumo a uma ética do direito ao gozo. Uma certa
perversão tende a virar ideal social a serviço da ampliação do processos
de consumo.
● A dor é referida a uma perda. No caso do luto a perda é clara; no caso da
melancolia ela é enigmática.
● Depressão do latim Depremere: pressão de fora, achatamento, queda.
● Para Freud, o luto é o modelo do trabalho psíquico diante da elaboração
de uma perda.
● O melancólico está absorvido nesse trabalho, invisível aos olhos dos que
o cercam. O mundo interno cresce de tal modo que demandas do
exterior se tornam pouco significativas, quando não irritantes.
● A morte, a separação, a desistência, o desaparecimento, o exílio,
posições sociais e profissionais, bens, patrimônio. Perder faz parte da
vida, mas a maneira como cada um reage a isso difere enormemente.
● O luto pode ser bem ou mal sucedido. Bem sucedido, reenvia o sujeito
ao mundo. Se o sujeito não consegue elaborar a perda e realizar o
trabalho de luto ele pode desenvolver, a partir dela, um quadro
melancólico. Nesse caso supõe-se que o objeto perdido teria a função
de suporte ao sujeito, fornecendo um ancoramento sem o qual este
ficaria à deriva.
● O supereu da cultura, na época de Freud, tinha como base uma
sociedade disciplinar, repressiva e impositiva, que exigia a renúncia
como mecanismo “adaptativo”.
● Hoje vivemos, nas palavras de Byung-Chul Han, em uma “sociedade do
desempenho”, que se descola – tanto quanto possível – da
“negatividade” das regras, e se promove como uma sociedade da
liberdade.
● Por mais que queira atingir metas e encontrar a gratificação do
repouso, o narcisista contemporâneo é coagido, pelo imperativo de
desempenho, a produzir sem parar. Concorrência consigo mesmo:
burnout.
● “Nos círculos virtuais, o eu pode mover-se praticamente desprovido do
“princípio de realidade”, que seria um princípio do outro e da
resistência”.

Aula 3 | Práticas obsessivas e rituais religiosos

● Efeito calmante da repetição de gestos e palavras, que cumprem o


duplo papel de descarga energética e medida de proteção. Solução de
compromisso entre as pulsões recalcadas (egoístas e sexuais) e sua
descarga.
● Prática obsessiva torna-se uma melancólica religião privada.
● O rito estereotipado das religiões, no qual cada elemento é dotado de
forte carga simbólica, transforma-se em uma miríade de ritos diferentes
realizados na solidão e com elementos escolhidos sem critério aparente.
● Mecanismo psíquico do deslocamento, exacerbando a importância de
detalhes. Ex: deslocamento da representação do ex-marido para a
poltrona…
● Nas religiões, o cerimonial apaziguador do obsessivo equivale aos mais
variados rituais, nos quais a repetição é um elemento crucial: terços,
novenas, mantras, danças com movimentos repetitivos, orações,
“pontos” do candomblé.
● Quem dá suporte tanto às práticas religiosas quanto aos atos
obsessivos é o sentimento de culpa inconsciente. É ele o núcleo de
ambas as vivências, o que garante a moralidade mínima necessária para
a convivência em comunidade (O mal-estar na cultura).
● A neurose obsessiva é causada por um recalcamento mal-feito de
determinada disposição pulsional. Tensão devido à tentação de ceder...
● “Homem dos ratos” (1909)
● Ligação entre culpa e desejo na neurose obsessiva.
● Prioridade ao registro do pensamento, que se torna “mágico” (ver
mulheres nuas = morte do pai).
● O próprio Länzer nunca havia presenciado ou sofrido o abuso, mas sim
escutado o relato de um oficial que defendia a aplicação de castigos
físicos no exército: a inserção de um rato vivo no ânus do supliciado.
Além de ser perseguido por esta imagem, Länzer sofria do temor
constante de que tal castigo seria aplicado às duas pessoas mais
importantes de sua vida, o pai e a dama que admirava.
● Entre o Raio e o Trovão
● Em uma ocasião em que caía uma forte tempestade, Länzer se viu
obrigado a contar até quarenta ou cinqüenta no intervalo entre o raio e
o trovão.
● Tentativa de aplacar a aflição e o prazer causados pela presença da
mulher.
● Tentativa de controlar o fenômeno natural; ilusão de que ELE estava
provocando, com a contagem, o estrondo do trovão.
● O estabelecimento de relações causais cuja lógica não se enxerga, “algo
acontecerá com meu pai se eu casar com a dama”, evidencia a
dificuldade que o obsessivo enfrenta quando precisa assumir seu
desejo como seu, quando se vê na situação de ter de fazer uma escolha
a partir de seu desejo.
● Do Pai Como Representante Da Lei Ao Contrato “Cnpj”
● No caso clínico “o homem dos ratos”, Freud mostra que os conflitos
internos remetem a figuras de autoridade que encarnavam a instância
psíquica do supereu, espécie de “juiz” do aparelho psíquico. Pai
admirado e temido. Os oficiais superiores. Relação com estruturas
hierárquicas e fixas, que exigem adaptação do sujeito (e de sua
dinâmica psíquica) ao seu funcionamento.
● A sociedade atual é cada vez mais (des-) regulada pelos contratos
privados, de pessoa a pessoa, que dependem das condições do “aqui e
agora”, seja na esfera do trabalho, seja na das relações pessoais.
● Os conflitos de Länzer se centravam na figura do pai como
representante de uma lei maior, universal, na qual seria possível se fiar
para resolver outros potenciais conflitos. Hoje, em sociedades anônimas
e em contratos sem pessoas físicas, quem pode mediar, em última
instância, os conflitos?
● Devir obsessivo e consumismo
● Profundamente “desapegado”, o consumidor não se fixa em nenhum
objeto, porque seu gozo consiste em deslizar de um para o outro sem
jamais encontrar o objeto que satisfaz, aquele que colocaria um fim –
ainda que temporário, devido à própria estrutura do desejo – à série.
● A Wishlist: enchê-la ou esvaziá-la?
● O gozo, que tanto sofrimento causava a Länzer, a primazia psíquica do
mecanismo de deslocamento, que muitas vezes o paralisava, talvez não
faça mais sofrer desse jeito hoje em dia. Essa errância de objeto a objeto
parece ter se tornado uma segunda natureza na sociedade
contemporânea.
● Os rituais apaziguadores, formas de defesa contra a angústia, deixam
muitas vezes o espaço íntimo – Freud se refere ao cerimonial de se
preparar para dormir, por exemplo – e ocupam os lugares privilegiados
da sociedade “excitada” (Türcke, 2002): as redes sociais, as academias de
ginástica, os restaurantes, os escritórios, as salas de aula.
● O devir obsessivo, a corrida de objeto a objeto não se dá mais no espaço
marginal da “religião privada”, ela ocupa a cena pública e é
transfigurada em “flexibilidade”. A aparente falta de apego, a dificuldade
das pessoas de fazerem escolhas a partir de seu desejo, deixam de ser
vistas como neurose e passam a ser uma espécie, talvez, de virtude
adaptativa.

Aula 4 | Cultura excitada e desatenta

● No ambiente em que vivemos, marcado pelos milhares e minúsculos


choques audiovisuais, o TDAH não se destaca como uma doença em
um ambiente saudável e “atento”.
● A cultura digital inverteu um processo que se perde nas brumas da
história: excitação traumática – construção de imagens – rituais e
repetições que servem ao controle da excitação, à busca do sossego.
● A inquietude, a excitação, a produtividade constante e o excesso de
estímulos sensoriais nos envolvem.
● A linguagem publicitária é o idioma atual: é preciso “postar” toda sorte
de informações, pessoais e profissionais, comentar, fotografar e exibir
sua própria existência.
● Inversão da lógica da repetição: não se trata mais de garantir o controle
sobre os estímulos, controle este que conduz à capacidade de refletir.
“Dispersão concentrada”.
● O TDAH seguirá sendo um fenômeno obscuro, “multifatorial”, se não o
relacionarmos à cultura do déficit de atenção.
● As crianças diagnosticadas com o mal são uma caricatura de cada um
de nós.
● Importância da repetição para o estabelecimento das culturas
humanas. Repetição e atenção aparecem intimamente ligadas ao
longo da história.
● Quando se vislumbra a perda da atenção, torna-se necessário estudá-la
e reverter o processo. A proposta do autor é “Estudos Rituais: esboço de
uma disciplina escolar”.
● “Multitarefa” não designa a capacidade de concentrar-se igualmente
em várias tarefas simultâneas (Participar de uma reunião checando
Emails...). “Multitarefa” significa a possibilidade de alternar rapidamente
a atenção de um objeto a outro.
● Byung Chul-Han observa que jogos de computador geram uma
atenção ampla, porém rasa, semelhante à atenção de um animal
selvagem. E, como Türcke, ressalta que os desempenhos culturais da
humanidade (ciência, filosofia, arte) dependem de uma atenção
profunda, dependem de CONTEMPLAÇÃO.
● O computador processa uma imensidão de dados porque está livre de
alteridade. A IA compila o que os seres humanos criam.
● “O narrativo perde enormemente em significado. Hoje tudo é tornado
enumerável, a fim de poder ser convertido na linguagem do
desempenho e da eficiência. Assim, hoje, tudo aquilo que não é
enumerável cessa de ser.”
● A arqueologia mostra que o homem foi se estruturando a partir de ritos,
dos quais a base é o ritual do sacrifício.
● Ao querer se livrar da crueldade e do sofrimento, o homem usa da
crueldade e do sofrimento no próprio ritual, sacrificando sempre
grandes animais e mesmo homens (Freud: paradoxos do tratamento,
“doença artificial” em Recordar, repetir, elaborar).
● Por pior que seja, o ritual do sacrifício é uma medida de proteção
necessária para o homem primitivo.
● Freud: a compulsão à repetição dos traumatizados de guerra era uma
forma de “tratar” o sistema nervoso prejudicado pela via da repetição e
do controle dos estímulos (Além do Princípio do Prazer, 1918).
● Analogamente, o homem primitivo deve ter aprendido a conter o medo
da natureza realizando rituais de sacrifício que, tais como sonhos
traumáticos, atualizam e “expurgam” o sofrimento.
● Origem da arte como “asilo”, domesticação do que gera medo.
● Os rituais abriram o espaço da imaginação humana coletiva, que
permite ao homem o exercício da interpretação.
● Sacrifício: comunidade, o sacrificado e o destinatário do sacrifício (deus
ou deuses). Sem esta triangulação, não haveria cultura (a constelação
edípica seria um caso especial de triangulação...).
● As religiões são, em última instância, fruto da capacidade coletiva de
prestar atenção ao destinatário do sacrifício (o sagrado).
SOBRE A PROFESSORA

Nina Saroldi é diretora da Escola de Engenharia de Produção com ênfase em


Produção Cultural na Unirio.

É doutora em teoria psicanalítica pela UFRJ, com pesquisa de pós-doutorado


em sociologia da cultura pela Hochschule für Grafik und Buchkunst em
Leipzig, Alemanha, sob orientação de Christoph Türcke. Mestre (PUC-RJ) e
graduada (UFRJ) em filosofia.

É organizadora e autora da coleção "Para ler Freud", da editora Civilização


Brasileira.
CURSOS DA CASA DO SABER +
VÍDEOS NO CANAL NO YOUTUBE
PARA VOCÊ CONTINUAR APRENDENDO

INDICAÇÕES DA PROFESSORA
A CURADORIA INDICA
A coleção Para Ler Freud é organizada por Nina Saroldi, professora
da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e da
Casa do Saber no Rio de Janeiro desde a sua fundação, em 2006.

A seguir, deixamos um breve depoimento da professora contando


um pouco sobre a histórica da coleção, que a curadoria da Casa do
Saber mais do que indica.
“Em 2006, recebi de Luciana Villas-Boas o convite para organizar uma
coleção de divulgação da obra de Freud. Apesar de sentir o peso da
responsabilidade, aceitei, de cara, o desafio.
Naquele momento, o mercado editorial se mobilizava para aproveitar a
oportunidade da entrada da obra freudiana em domínio público, e várias
novas traduções estavam sendo preparadas para a ocasião. Concebi o
projeto como um grande panfleto libertário em torno daquele que nos
ensinou o quanto somos opacos para nós mesmos e para os outros,
eternamente referidos à criança que fomos e nunca deixamos de ser.
Meu desejo era que os livros da coleção revelassem o quanto a chamada
“saúde psíquica” é radicalmente singular, impossível de ser capturada por
fórmulas de autoajuda e slogans publicitários de bem viver, que
mostrassem o quanto Freud, em sua simplicidade surpreendente, só
queria mesmo que seus pacientes recuperassem a capacidade de
trabalhar e amar.
Hoje, passados dezesseis anos e dezoito títulos publicados, acho que
atingimos – e vamos continuar atingindo – aquele propósito”.

Nina Saroldi, novembro de 2022.


ANOTAÇÕES

___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

Você também pode gostar