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TEMA: CULTIVO DA ESPIRITUALIDADE, CULTURA DE PAZ E COMUNICAÇÃO

NÃO VIOLENTA

ABERTURA

Mantra: https://youtu.be/J6fF72kYv-U

Fala Inicial:
Prezados líderes do Colégio Marista, é uma grande alegria recebê-los neste encontro
dedicado ao cultivo da espiritualidade, à promoção de uma cultura de paz e à prática
da comunicação não violenta. Nossa jornada como líderes estudantis nos chama a
ser exemplos de empatia e compreensão, buscando inspiração na espiritualidade
para guiar nossas ações.
Que este encontro seja só de encerramento, mas de início de uma jornada
significativa e enriquecedora.

Mantra: "Om Shanti, Shanti, Shanti." – A palavra "Om" é considerada um som


primordial e espiritual, enquanto "Shanti" significa "paz" em sânscrito (língua indiana
antiga).

- Entra a imagem do pacificador, faz a leitura, deposita a imagem no ambiente e


acenda uma vela. (faz isso com todos os pacificadores)

-Pacificadores:

1. Jesus Cristo – É considerado o maior líder do mundo, a sua mensagem de amor,


perdão e paz influenciou milhões, promovendo a paz e inspirando princípios de
não violência.
2. Santa Dulce dos Pobres – Freira brasileira dedicada aos necessitados,
exemplificou o cuidado e compaixão, contribuindo para a paz social e alívio do
sofrimento.
3. São Francisco de Assis – Foi pioneiro do serviço aos pobres e criação de paz
através da simplicidade e compaixão, deixando um legado de harmonia com a
natureza.
4. Malala Yousafzai
5. – Jovem ativista paquistanesa, que defende incansavelmente o direito à educação
das meninas, se tornou um símbolo global da não violência e da luta pela
igualdade de gênero e educação para todos.
6. Mahatma Gandhi – Líder do movimento de independência da Índia, conhecido por
suas táticas de resistência não violenta.
7. Nelson Mandela – Lutou contra o apartheid na África do Sul, promovendo a
reconciliação e a igualdade, sendo um ícone global de resistência pacífica e
justiça.
8. Martin Luther King Jr. – Líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos,
advogado da não violência como meio de alcançar a igualdade racial.
9. Dom Helder Câmara – foi um líder religioso brasileiro que advogou pelos direitos
humanos, justiça social e paz, inspirando a não violência e a solidariedade em
sua luta pela paz.

MEDITAÇÃO DA PAZ

- Inicie uma meditação guiada focada na paz interior e na paz no mundo. Guie os
participantes para respirar profundamente, relaxar e visualizar um mundo pacífico e
harmonioso.

- Encoraje os participantes a se concentrarem em sentimentos de amor, compaixão e


perdão durante a meditação.

- Após a meditação, dê um tempo para reflexão pessoal e compartilhamento opcional


sobre as experiências.

LEITURA E REFLEXÃO

A PAZ, CAMINHO DE ESPERANÇA FACE AOS OBSTÁCULOS E PROVAÇÕES

A paz é um bem precioso, objeto da nossa esperança; por ela aspira toda a
humanidade. Depor esperança na paz é um comportamento humano que alberga
uma tal tensão existencial, que o momento presente, às vezes até custoso, «pode ser
vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros dessa meta, se
esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho».[1] Assim, a esperança
é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os
obstáculos parecem intransponíveis.
A nossa comunidade humana traz, na memória e na carne, os sinais das
guerras e conflitos que têm vindo a suceder-se, com crescente capacidade
destruidora, afetando especialmente os mais pobres e frágeis. Há nações inteiras que
não conseguem libertar-se das cadeias de exploração e corrupção que alimentam
ódios e violências. A muitos homens e mulheres, crianças e idosos, ainda hoje se
nega a dignidade, a integridade física, a liberdade – incluindo a liberdade religiosa –, a
solidariedade comunitária, a esperança no futuro. Inúmeras vítimas inocentes
carregam sobre si o tormento da humilhação e da exclusão, do luto e da injustiça, se
não mesmo os traumas resultantes da opressão sistemática contra o seu povo e os
seus entes queridos.
As terríveis provações dos conflitos civis e dos conflitos internacionais,
agravadas muitas vezes por violências desalmadas, marcam prolongadamente o
corpo e a alma da humanidade. Na realidade, toda a guerra se revela um fratricídio
que destrói o próprio projeto de fraternidade, inscrito na vocação da família humana.
Sabemos que, muitas vezes, a guerra começa pelo facto de não se suportar a
diversidade do outro, que fomenta o desejo de posse e a vontade de domínio. Nasce,
no coração do homem, a partir do egoísmo e do orgulho, do ódio que induz a destruir,
a dar uma imagem negativa do outro, a excluí-lo e cancelá-lo. A guerra nutre-se com a
perversão das relações, com as ambições hegemónicas, os abusos de poder, com o
medo do outro e a diferença vista como obstáculo; e simultaneamente alimenta tudo
isso.
Como fiz notar durante a recente viagem ao Japão, é paradoxal que «o nosso
mundo viva a dicotomia perversa de querer defender e garantir a estabilidade e a paz
com base numa falsa segurança sustentada por uma mentalidade de medo e
desconfiança, que acaba por envenenar as relações entre os povos e impedir a
possibilidade de qualquer diálogo. A paz e a estabilidade internacional são
incompatíveis com qualquer tentativa de as construir sobre o medo de mútua
destruição ou sobre uma ameaça de aniquilação total. São possíveis só a partir duma
ética global de solidariedade e cooperação ao serviço dum futuro modelado pela
interdependência e a corresponsabilidade na família humana inteira de hoje e de
amanhã».[2]
Toda a situação de ameaça alimenta a desconfiança e a retirada para dentro da
própria condição. Desconfiança e medo aumentam a fragilidade das relações e o risco
de violência, num círculo vicioso que nunca poderá levar a uma relação de paz. Neste
sentido, a própria dissuasão nuclear só pode criar uma segurança ilusória.
Por isso, não podemos pretender manter a estabilidade no mundo através do
medo da aniquilação, num equilíbrio muito instável, pendente sobre o abismo nuclear
e fechado dentro dos muros da indiferença, onde se tomam decisões
socioeconómicas que abrem a estrada para os dramas do descarte do homem e da
criação, em vez de nos guardarmos uns aos outros.[3] Então como construir um
caminho de paz e mútuo reconhecimento? Como romper a lógica morbosa da
ameaça e do medo? Como quebrar a dinâmica de desconfiança atualmente
prevalecente?
Devemos procurar uma fraternidade real, baseada na origem comum de Deus
e vivida no diálogo e na confiança mútua. O desejo de paz está profundamente
inscrito no coração do homem e não devemos resignar-nos com nada de menos.

"A paz entre países deve descansar no respeito dos direitos de todos os
povos. A paz não é apenas a ausência de guerra; é a virtude de quem se opõe a
toda guerra." Mahatma Gandhi

A paz verdadeira vai além da mera ausência de conflito armado, exigindo


respeito pelos direitos de todas as pessoas e a resistência a todas as formas de
guerra. Ele enfatiza a importância da não violência e da justiça como fundamentos da
paz duradoura.

-Os líderes são convidados a escreverem, a partir do texto lido/escutado uma


mensagem curta sobre a cultura de paz.
-Tempo para escreverem e vão escrevendo ao som do mantra
https://youtu.be/J6fF72kYv-U

ORAÇÃO PELA PAZ E ENCERRAMENTO

- Partilha do que escreveram e ao final, oração pela paz.


ORAÇÃO PELA PAZ

Senhor, fazei de nós, educandos,


instrumentos de vossa paz.
Cremos que nos chamais a ser embaixadores da esperança,
compartilhando com todas as pessoas
o desejo de construir um mundo novo.

Neste momento, Senhor,


ajudai-nos a sustentar a esperança, mesmo quando a situação
não é favorável.
Dai-nos a vossa Paz,
guiai-nos para a busca da Paz.

Abri os nossos olhos e o nosso coração


e dai-nos a coragem de dizer:
não queremos mais guerra!
Não queremos mais a violência!
Curai os corações feridos
pelo ódio e pela indiferença.
Fortalecei aqueles
que buscam o diálogo e a reconciliação.

Que a nossa Boa Mãe,


a quem sempre recorremos,
não despreze nossas súplicas
e nos livre de todo perigo,
olhe para nossos irmãos que sofrem
e lhes conceda serenidade.

É o que pedimos a vós, Senhor,


que viveis e reinais para sempre. Amém!

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