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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024

Tema: Fraternidade e Amizade Social


Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
Texto-Base: principais ideias

INTRODUÇÃO À CAMPANHA DA FRATERNIDADE (CF)


A Campanha da Fraternidade é uma expressão de Pastoral de Conjunto, pois trata-se de uma
ação evangelizadora de toda a Igreja Católica Apostólica Romana presente no território brasileiro.
Visto que "evangelizar é renovar toda a vida da sociedade a par'r de dentro, não de maneira
decora'va”, a CF é uma campanha de evangelização.
Desde 1962, na Arquidiocese de Natal, e de 1964 em todo o Brasil, a CF obje'va alcançar o
coração dos cristãos, fazendo-os retornar ao coração do Evangelho. A CF é uma campanha
quaresmal, que une às exigências da oração, do jejum e da esmola, uma questão humana e social
relevante, inspirando a conversão pessoal, comunitária e social
A Campanha da Fraternidade é o modo brasileiro de celebrar a Quaresma, que não a esgota
mas aponta, a par'r de uma situação específica, o que o pecado pode fazer quando não o
enfrentamos.

OBJETIVOS DA CF 2024
O Obje'vo Geral é: Despertar para o valor e a beleza da fraternidade humana, promovendo
e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que, em Jesus Cristo, a paz seja realidade entre
todas as pessoas e povos.
Os Obje'vos Específicos são: analisar as diversas formas da mentalidade de indiferença,
divisão e confronto e suas consequências; compreender as principais causas da atual mentalidade
de oposição e conflito; iden'ficar inicia'vas de comunhão e reconciliação, capazes de es'mular a
cultura do encontro; redescobrir, a par'r da Palavra de Deus, a fraternidade, a amizade social e a
comunhão como elementos cons'tu'vos de todo ser humano; acolher o magistério da Igreja sobre
a fraternidade universal; aprofundar a compreensão da comunhão e da fraternidade como caminho
para a realização pessoal e para a paz; conscien'zar sobre a necessidade de construir a unidade em
meio à pluralidade, superando divisões e polarizações; es'mular a espiritualidade, os processos, os
hábitos e as estruturas de comunhão na Igreja e na sociedade; incen'var e promover inicia'vas de
reconciliação entre pessoas, famílias, comunidades, grupos e povos.

INTRODUÇÃO AO TEMA DA CF 2024: Fraternidade e Amizade Social


A amizade é um dom de Deus e um fenômeno humano universal. Desde os clássicos gregos,
a amizade é modelo das relações pessoais, familiares, polí'cas e ins'tucionais. Santo Tomás de
Aquino entende a amizade como uma virtude polí'ca necessária para o bem viver na sociedade. Os
filósofos da modernidade abandonaram o tema clássico da amizade e tentaram lançar outros
fundamentos para a vida em sociedade: o medo recíproco, o binômio amigo-inimigo, sociedade
fechada e aberta.
O Papa Francisco, com a Encíclica Fratelli Tu propõe seu projeto de fraternidade alicerçado
na amizade social e no amor polí'co, sendo o diálogo o caminho para a cultura do encontro. Amizade
social é o amor estendido a todos, rompendo muros e criando pontes, superando imposições e indo
além dos interesses individuais, para construir uma comunidade onde todos se acolhem e valorizam
a vida e seu desenvolvimento integral.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
Texto-Base: principais ideias

I - VER: ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO? (Gn 4,9)

Somos todos irmãos


A pergunta de Deus a Caim: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9) recorda que somos todos
irmãos, possuidores da mesma dignidade, com a mesma natureza e origem, a mesma vocação e
des'no: viemos da Trindade e para ela voltaremos.
As diferenças, divergências e oponências não podem impedir de cumprir o mandamento do
amor. É preciso compreender que a subje'vidade é um valor, as diferenças não são um problema, e
a solução não é a homogeneidade de pensamento. A par'r da doutrina da imago Dei, deve-se
eliminar toda forma social ou cultural de discriminação, para acolher, conhecer e apreciar o outro
como irmão.

Sinais de divisões e inimizades, sombras de um mundo fechado


Existem muitas situações de desrespeito à vida e à dignidade humana: violência, tráfico,
corrupção, fome. Impera a intolerância e o desejo de eliminar o diferente, seja de forma real ou
virtual (cultura do cancelamento). Famílias e comunidades experimentam divisões, separações e
afastamentos. A rejeição ao diferente ocorre por questões de raça, social, polí'ca, de sexualidade e
até mesmo religiosas, gerando grupos fechados, que se tornam uma desculpa para o egoísmo social
e a autoproteção de seus interesses. Há a exploração do outro como mercadoria, rejeição gratuita
que gera o ódio. Diante da insegurança, a cultura das armas é uma falsa solução, e é preciso anunciar
o Evangelho da Paz. Também é fundamental afirmarmos a nossa pertença a nossa Casa Comum, em
uma mesma família humana.

Marcas da nossa sociedade


Vivemos numa sociedade dividida, que elimina o diferente; absolutamente desigual, fruto de
um sistema econômico que existe à custa de sacriJcios humanos; excludente dos considerados
improdu'vos. Prevalece a obsessão pelo próprio bem-estar sobre a felicidade da humanidade
par'lhada.

A crise do pertencimento e a questão das idenAdades


Os processos de interação, que ocorriam orgânica e lentamente, foram impactados com o
advento das tecnologias midiá'cas, que alteraram o tempo e o espaço. Vivemos uma crise da
estabilidade da iden'dade, que deixou de ser algo seguro e permanente, sendo subs'tuído pela
performance, uma interpretação, maleável e dinâmica. E também uma crise de pertencimento, pois
o individual prevalece sobre o comunitário (família, escola, religião, polí'ca, organizações sociais),
gerando o identarismo, um sectarismo que exclui e impede o diálogo.
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Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
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A síndrome de Caim
Essa realidade de ódio e aversão ao próximo é o que Papa Francisco chamou de “terceira
guerra mundial em pedaços”, onde a individualização gera o desrespeito à vida, numa “globalização
da indiferença”. Vivemos a Síndrome de Caim, pois não nos sen'mos mais responsáveis pelos outros.
A diferença torna-se ameaça e o adversário vira inimigo; a a'tude inicial é de afastamento, podendo
chegar ao combate e à destruição. Sendo a paz um dom de Deus, a ausência de paz é sinal de que
foi rompida a unidade da humanidade com Deus. Mais do que falar de Deus e usar Seu nome em
vão, é preciso conhecer Seu rosto revelado em Jesus Cristo.
Ignorando que individualidade e fraternidade se complementam, muitos assumem a
inimizade social como critério determinante, como ocorre na corrupção e no bullying. O isolamento
precisa ser superado pela proximidade, e a cultura do confronto pela cultura do encontro.

Causas que geram e alimentam a inimizade


A individualidade foi desfigurada num indivíduo solitário e autossuficiente, com uma
subje'vidade violenta. Os grandes ideais foram abandonados, comprometendo a noção de
cole'vidade. Busca-se a aglu'nação social criando um inimigo comum, defendendo que o conflito é
produ'vo e a guerra gera o progresso; trata-se de uma ideologia da negação que torna invisível a
inimizade social. As leis da compe'ção e da meritocracia põem uma pessoa contra a outra,
normalizando o desejo de eliminar o outro para o próprio bem.

A questão fundamental
A valorização da individualidade, que é uma conquista, transformou-se num hiper
individualismo, que fecha as pessoas em si mesmas, esquecendo um valor maior, que podemos
traduzir em fraternidade, amizade, gratuidade. Ignora-se o sofrimento causado pelos desafios
sociais e ambientais. Vivemos fisicamente próximos, mas existencialmente distantes, esquecendo
que tudo está interligado na Casa Comum.

Um tema transversal e um caminho a seguir


A cisão entre a obsessão pelo próprio bem-estar e a felicidade da humanidade par'lhada é
fruto da alterofobia, ou seja, medo, aversão e rejeição a tudo que é outro, que não sou eu mesmo.
É preciso revigorar a consciência de que somos uma única família humana, sem espaço para a
globalização da indiferença, superando a cultura dos muros. O remédio para a alterofobia, a
Síndrome de Caim, é a amizade social.

Sinais que suscitam e sustentam a amizade social


O ímpeto da comunhão, da fraternidade e da amizade social está inscrito em nossa natureza
gerada no amor da Trindade. Temos muitos sinais de esperança: o desenvolvimento das tecnologias
de comunicação traz grandes possibilidades de diálogo e conexão, de encontro e de solidariedade;
a disposição à solidariedade do povo brasileiro, que deve ser mais que gestos esporádicos e ser uma
luta contra as causas estruturais da desigualdade e da negação dos direitos; a pluralidade, vista como
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Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
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dom do Criador, favorece o caminhar juntos, valorizando as diferenças; os gestos de doação durante
a pandemia, os movimentos sociais, poetas sociais que proclamam a esperança, as associações
comunitárias e grupos de entreajuda; as propostas do Papa Francisco: o Pacto Educa'vo Global, a
Economia de Francisco e o processo de escuta Sinodal; e também a vida e inicia'vas das comunidade
eclesiais.

II - ILUMINAR: “VÓS SOIS TODOS IRMÃOS E IRMÃS” (Mt 23,8)

O capítulo 23 do Evangelho de Mateus reúne orientações de Jesus aos discípulos sobre a vida
fraterna. Denuncia os fariseus pela incoerência entre a fé ensinada e o que viviam, e por
instrumentalizarem a fé, transformando a Lei de Deus, o caminho da vida, em fonte de segregação.
Jesus transforma a lógica da Lei em lógica da graça, e propõe um caminho é'co: a fraternidade. Os
cristãos devem se configurar a Cristo na vivência da compaixão, serviço, misericórdia, fraternidade,
para permanecerem unidos pelos vínculos do amor, reunidos na mesa da Nova Aliança.

Um único Mestre: Jesus


O Otulo de rabi, atribuído a quem ensinava, implicava superioridade. A centralidade de Jesus
como único Mestre e Senhor leva os membros da comunidade a se sen'rem irmãos, iguais; gera
fraternidade.

Um único Pai: o do céu


Na comunidade de Mateus, Pai é o nome de Deus. Por isso a sacralidade e autoridade que
ninguém podia ter. Entre os judeus, pai era o Otulo dado aos antepassados, numa estrutura
patriarcal. Jesus rompe com essa desigualdade e propõe que Deus seja o único Pai, e que todos
sejam irmãos, sem divisões.

Um único guia: O Espírito que gera a diversidade de carismas e ministérios


A diversidade de ministérios, dom do Espírito, não implica domínio ou superioridade, pois
todo poder ou autoridade deve ser efe'vado como serviço.

No lugar de Deus ou do irmão?


O livro do Gênesis aborda temas profundos como a criação e a vocação do ser humano.
Mostra que o mal tem raízes na quebra das relações fraternas: Adão e Eva desejam ocupar o lugar
de Deus e rompem a comunhão com Ele; Caim, incapaz de se alegrar com Abel, já o mata no coração
antes de 'rar sua vida, como revela sua resposta a Deus: “Acaso sou o guarda do meu irmão?” (Gn
4,9). A conduta humana implica colocar-se no lugar do outro e sen'r-se responsável por ele; decidir
sobre a vida do outro é querer ocupar o lugar de Deus. Romper as relações fraternas gera a morte
do outro e também de si mesmo.
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Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
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“Estou procurando meus irmãos” (Gn 37,16)
Na história de José vemos que o ciúme por ele ser o filho predileto de Jacó gera o
rompimento da fraternidade. Quando as diferenças são vistas como ameaças, a morte prevalece.
Apesar de odiado pelos irmãos, José quer encontrá-los, num caminho de reconciliação, que salva a
família da fome. Em Lc 15, o filho mais velho não aceita que o irmão seja reves'do de uma nova
dignidade; não entra na festa - sinal de comunhão - e não aceita que o irmão seja diferente. O pai,
por sua vez, reafirma a fraternidade e convida o filho mais velho a se reconciliar com o irmão. Pelo
ba'smo, fomos reves'dos da mesma túnica da vida em Cristo, com igual dignidade. As diferenças
não indicam precedência, mas a especificidade dos serviços.

“Onde quer que permaneças, permanecerei conAgo” (Rt 1,16)


A amizade fraterna de Rute para com sua sogra Noemi revela a beleza dos vínculos que
nascem das escolhas: do amor sobre a indiferença, da reconciliação diante do conflito, do diálogo
nas diferenças. Indo além dos vínculos de sangue ou pátria, priorizam a compaixão e a fraternidade,
superando as divisões e gerando a amizade social. Também a Carta a Filemon registra a amizade de
Paulo com Onésino, nascida na solidariedade, e com Filemon, fruto da fé. A amizade de Rute resgata
Noemi e a amizade de Paulo resgata Onésimo.

“Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)


A Lei de Deus, entendida pelos fariseus em perspec'va exterior, recebe seu sen'do pleno
em Jesus Cristo, no caminho da fraternidade. Ele amplia os laços familiares de sangue ao nível da
fraternidade universal, tendo como critério fazer a vontade do Pai (Mt 12,49-50), a qual concre'zou
em seu ministério, na acolhida, na misericórdia, na par'lha, na doação da vida.

“Já não vos chamo servos (...). Eu vou chamo amigos” (Jo 15,15)
No Evangelho de João a amizade (no grego philos) é a vivência do amor do discípulo. Embora
imperfeito em comparação com o amor de Deus, é um convite a imitar o amor de Jesus, sendo seu
sinal no mundo. Como o ramo unido à videira, o discípulo deve viver unido a Cristo, vivendo o
mandamento do amor, que se expressa no serviço e na entrega de si mesmo. No amor-amizade de
Jesus com Lázaro, Marta e Maria contemplamos o encontro que supera as relações superficiais, a
compaixão que ajuda a superar conflitos, os sinais da salvação. Na Primeira Carta de São João vemos
que aquele que ama o irmão permanece na luz, e quem não ama o irmão que vê, não poderá amar
a Deus, que não vê.

O testemunho dos santos


Muitos santos são exemplos de fraternidade e amizade social: São Gregório Nazianzeno e
São Basílio de Cesareia, São João Crisóstomo e a diaconisa Olímpia, São Bento e Santa Escolás'ca,
São Francisco de Assis e Santa Clara. Não há san'dade no ódio, na indiferença e na exclusão, mas
somente na fraternidade e amizade, até ao mais repugnante, como o leproso na vida de São
Francisco.
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Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
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A Vida Religiosa Consagrada: testemunho de fraternidade e amizade social
A vida fraterna nas ordens e congregações religiosas são preciosas experiências de comunhão
e de missão, no serviço a Deus e ao próximo.

Espiritualidade de comunhão
São João Paulo II propôs fazer da Igreja a casa e escola de comunhão, assumindo a
espiritualidade de comunhão como princípio educa'vo, tendo o olhar da comunhão voltado para o
mistério da Trindade, acolhendo o irmão na unidade do Corpo Mís'co de Cristo, vendo o que nele
há de posi'vo, para acolhê-lo e valorizá-lo, ajudando-o a carregar seus fardos.

Cultura do respeito, do diálogo, da amizade


Papa Bento XVI, na Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2009,
destacava aos jovens o valor da amizade nas redes sociais digitais, como caminho para crescer como
seres humanos. A amizade é um grande bem humano, quando os amigos se encorajam mutuamente
no desenvolvimento dos dons, colocando-os a serviço da comunidade humana.

A fraternidade está no coração do Evangelho


Papa Francisco, na Evangelii Gaudium, ensina que no coração do Evangelho está a vida
comunitária e o compromisso com os outros. Deus, em Cristo, redime não somente cada pessoa,
mas as relações sociais entre os homens. O mistério trinitário revela que fomos criados à imagem
dessa comunhão divina e por isso não nos realizamos sozinhos. No irmão está o prolongamento
permanente da Encarnação, pois o que fazemos ao irmão, é a Cristo que o fazemos.

Ouvir o que o Espírito diz às Igreja (cf. Ap. 3,13)


A amizade social é o caminho indicado para a Igreja no Brasil, que no processo sinodal, rompe
a indiferença e o individualismo e busca superar mazelas e conflitos intraeclesiais, como o
clericalismo e as disputas de poder.

III - AGIR: “ALARGA O ESPAÇO DA TUA TENDA” (Is 54,2)

O profeta Isaías anuncia ao povo no exílio da Babilônia um novo êxodo, convidando a “alargar
a tenda”, a par'r dos três elementos da sua estrutura: as lonas estendidas para a convivência e
proteção, acolhendo os que ainda estão fora; as cordas, que mantêm as lonas unidas e em equilíbrio
diante das tensões; e as estacas que dão solidez a par'r dos fundamentos da fé.
Para a Igreja ser uma morada ampla mas não homogênea, aberta a todos e em movimento,
acolhendo e dando espaço à diversidade, concre'zando a fraternidade e a amizade social, é preciso
alargar a tenda nos três âmbitos: pessoal, comunitário-eclesial e social.
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Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
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Pessoal: realizar a Coleta da Solidariedade; resgatar a iden'dade pessoal e o conhecimento
de si mesmo; cul'var uma espiritualidade de comunhão; iden'ficar as “nossas guerras”, para que o
mal em nós não cresça; reagir como o bom samaritano: ver, sen'r compaixão e cuidar do outro;
olhar cada pessoa com amor; promover a cultura do encontro; formar-se para a abertura à
diversidade; dialogar sempre; apostar em uma educação para a liberdade e o respeito às pessoas;
incen'var a exigência do amor cristão, que acolhe a todos; incen'var encontros interpessoais, que
vivenciem o amor e o respeito mútuo; ser um agente de reconciliação e de paz; ir ao encontro de
todos os vizinhos; celebrar a vida do outro; par'cipar de inicia'vas como “É tempo de cuidar”;
“Pacto pela vida e pelo Brasil”; “Pacto Educa'vo Global”; “Economia de Francisco e Clara”, etc.
Comunitário-eclesial: promover a Coleta da Solidariedade; empreender a conversão
pastoral; inves'r numa espiritualidade de comunhão; ser “Igreja em saída”; favorecer os centros de
escuta e formar pessoas para ouvir o diferente; trabalhar com os grupos extra eclesiais que cuidam
dos mais vulneráveis; lutar pela igualdade de oportunidades para todos; educar para o bom uso das
redes sociais; es'mular a amizade social entre os sacerdotes, os(as) consagrados(as); pra'car o
ecumenismo e o diálogo interreligioso; implantar as Escolas de Perdão e Reconciliação (EsPeRe);
celebrar o Dia Internacional da Amizade, em 20 de julho; abordar a CF na catequese e na pregação,
de forma oportuna; desmascarar as a'tudes de ódio e exclusão na comunidade, ajudando na
conversão; inves'r em espaços comunitários de comunhão e par'cipação; ser presença de
fraternidade e reconciliação em conflitos nas escolas e outros ambientes educa'vos; fomentar
espaços para a escuta das pessoas em grupos de par'lha de experiências diversas; promover
pequenos grupos de ajuda mútua, de solidariedade e caridade; fazer um levantamento das
pastorais, ONGs e outras ins'tuições que promovem a solidariedade; promover estudo e par'lha da
Doutrina Social da Igreja; incen'var a par'cipação a'va das famílias nas comunidades escolares;
apoiar inicia'vas de formação de professores para que sejam mediadores de conflito; estabelecer
parcerias na educação e promoção dos Direitos Humanos para todos; capacitar os agentes para
enfrentar e responder aos discursos de ódio em suas a'vidades diárias; fortalecer o ensino religioso
nas escolas.
Social: valorizar o voluntariado e o serviço comunitário; implementar e popularizar a Jus'ça
Restaura'va; promover a discussão de temas atuais, como a migração e o preconceito; promover as
pastorais e movimentos que cuidam dos excluídos e desprovidos de dignidade; condenar as
experiências autoritárias e ditatoriais; promover a democracia e a paz par'cipando de organismos
de Direitos Humanos; apoiar as ins'tuições públicas de denúncia de crimes de ódio e intolerância;
promover as ins'tuições que cuidam da cultura da paz; estabelecer um observatório da Amizade
Social; conscien'zar e formar as pessoas para o bom uso dos recursos digitais; incen'var as redes
de comunicação popular, para a construção das contranarra'vas ao ódio e à discriminação.

Conclusão
Deus nos fez Seus filhos, e assim somos irmãos; fez-nos únicos e diferentes. Nossas diferenças
são riquezas que não devem nos separar mas, no diálogo, promover a cultura do encontro.
Importa fazer da CF um instrumento de comunhão e formação das consciências e do
comportamento cristão, para edificar a fraternidade e a amizade social.
Que Maria, nossa Mãe, nos eduque a sermos irmãos e discípulos de Jesus e irmãos e amigos
de todas as pessoas e povos, na construção do Reino de Deus.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
Texto-Base: principais ideias

IDENTIDADE VISUAL DA CF 2024 (Cartaz)


1. O Tema: “Fraternidade e Amizade Social”, recorda que devemos transformar a divisão em
fraternidade; subs'tuir a indiferença e o ódio por amizade social;
2. O Lema: "Vós sois todos irmãos e irmãs" (cf. Mt 23,8) é a Palavra de Deus, iluminadora da realidade
e desafiadora da nossa conversão
3. A casa: referência ao lar, onde acolhemos os irmãos e amigos para a par'lha do alimento e da
vida. É referência à Igreja, Casa de Deus e também referência à Terra, nossa Casa Comum, da qual
devemos cuidar.
4. A mesa: rodeados de amigos, par'lhamos o alimento, a bebida, boas risadas e a vida. Remete ao
Sacramento da amizade de Deus conosco e de nós todos com Ele.
5. Personagens: cada uma com suas singularidades, todas se apoiam alegremente.
6. As janelas: abrem a cena para o mundo, realidade rural e urbana, especialmente aos que estão
privados da mesa de todos; abrem inclusive para o ambiente socioambiental, para a Criação.
7. O Papa com sua bengala: assumindo suas limitações, é aquele que propõe para o mundo o tema
da amizade social. Com seu amor fraternal, Francisco está sempre disposto a par'cipar da nossa
vida e construir pontes.
8. A cruz de Dom Helder: recorda as semelhanças entre esses dois grandes homens de Deus e da
nossa história. Há 60 anos a CF era celebrada e vivenciada pela primeira vez em âmbito nacional,
criada por D. Eugênio Sales e tornada nacional por D. Helder Câmara.
9. Os alimentos: Opicos da dieta mediterrânica, recordam as refeições de Jesus. Cinco pães e dois
peixes, o fruto da videira, o azeite, a romã e o cálice de vinho, recordam sua presença em meio à
comunidade.
10. A coleta: gera o Fundo Diocesano e o Fundo Nacional de Solidariedade, que socorrem centenas
de projetos sociais.

Elaborado por: Pe. Marcio Coelho (São Carlos – SP)

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