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OBJETIVOS DA CF 2024
O Obje'vo Geral é: Despertar para o valor e a beleza da fraternidade humana, promovendo
e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que, em Jesus Cristo, a paz seja realidade entre
todas as pessoas e povos.
Os Obje'vos Específicos são: analisar as diversas formas da mentalidade de indiferença,
divisão e confronto e suas consequências; compreender as principais causas da atual mentalidade
de oposição e conflito; iden'ficar inicia'vas de comunhão e reconciliação, capazes de es'mular a
cultura do encontro; redescobrir, a par'r da Palavra de Deus, a fraternidade, a amizade social e a
comunhão como elementos cons'tu'vos de todo ser humano; acolher o magistério da Igreja sobre
a fraternidade universal; aprofundar a compreensão da comunhão e da fraternidade como caminho
para a realização pessoal e para a paz; conscien'zar sobre a necessidade de construir a unidade em
meio à pluralidade, superando divisões e polarizações; es'mular a espiritualidade, os processos, os
hábitos e as estruturas de comunhão na Igreja e na sociedade; incen'var e promover inicia'vas de
reconciliação entre pessoas, famílias, comunidades, grupos e povos.
A questão fundamental
A valorização da individualidade, que é uma conquista, transformou-se num hiper
individualismo, que fecha as pessoas em si mesmas, esquecendo um valor maior, que podemos
traduzir em fraternidade, amizade, gratuidade. Ignora-se o sofrimento causado pelos desafios
sociais e ambientais. Vivemos fisicamente próximos, mas existencialmente distantes, esquecendo
que tudo está interligado na Casa Comum.
O capítulo 23 do Evangelho de Mateus reúne orientações de Jesus aos discípulos sobre a vida
fraterna. Denuncia os fariseus pela incoerência entre a fé ensinada e o que viviam, e por
instrumentalizarem a fé, transformando a Lei de Deus, o caminho da vida, em fonte de segregação.
Jesus transforma a lógica da Lei em lógica da graça, e propõe um caminho é'co: a fraternidade. Os
cristãos devem se configurar a Cristo na vivência da compaixão, serviço, misericórdia, fraternidade,
para permanecerem unidos pelos vínculos do amor, reunidos na mesa da Nova Aliança.
“Já não vos chamo servos (...). Eu vou chamo amigos” (Jo 15,15)
No Evangelho de João a amizade (no grego philos) é a vivência do amor do discípulo. Embora
imperfeito em comparação com o amor de Deus, é um convite a imitar o amor de Jesus, sendo seu
sinal no mundo. Como o ramo unido à videira, o discípulo deve viver unido a Cristo, vivendo o
mandamento do amor, que se expressa no serviço e na entrega de si mesmo. No amor-amizade de
Jesus com Lázaro, Marta e Maria contemplamos o encontro que supera as relações superficiais, a
compaixão que ajuda a superar conflitos, os sinais da salvação. Na Primeira Carta de São João vemos
que aquele que ama o irmão permanece na luz, e quem não ama o irmão que vê, não poderá amar
a Deus, que não vê.
Espiritualidade de comunhão
São João Paulo II propôs fazer da Igreja a casa e escola de comunhão, assumindo a
espiritualidade de comunhão como princípio educa'vo, tendo o olhar da comunhão voltado para o
mistério da Trindade, acolhendo o irmão na unidade do Corpo Mís'co de Cristo, vendo o que nele
há de posi'vo, para acolhê-lo e valorizá-lo, ajudando-o a carregar seus fardos.
O profeta Isaías anuncia ao povo no exílio da Babilônia um novo êxodo, convidando a “alargar
a tenda”, a par'r dos três elementos da sua estrutura: as lonas estendidas para a convivência e
proteção, acolhendo os que ainda estão fora; as cordas, que mantêm as lonas unidas e em equilíbrio
diante das tensões; e as estacas que dão solidez a par'r dos fundamentos da fé.
Para a Igreja ser uma morada ampla mas não homogênea, aberta a todos e em movimento,
acolhendo e dando espaço à diversidade, concre'zando a fraternidade e a amizade social, é preciso
alargar a tenda nos três âmbitos: pessoal, comunitário-eclesial e social.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
Texto-Base: principais ideias
Pessoal: realizar a Coleta da Solidariedade; resgatar a iden'dade pessoal e o conhecimento
de si mesmo; cul'var uma espiritualidade de comunhão; iden'ficar as “nossas guerras”, para que o
mal em nós não cresça; reagir como o bom samaritano: ver, sen'r compaixão e cuidar do outro;
olhar cada pessoa com amor; promover a cultura do encontro; formar-se para a abertura à
diversidade; dialogar sempre; apostar em uma educação para a liberdade e o respeito às pessoas;
incen'var a exigência do amor cristão, que acolhe a todos; incen'var encontros interpessoais, que
vivenciem o amor e o respeito mútuo; ser um agente de reconciliação e de paz; ir ao encontro de
todos os vizinhos; celebrar a vida do outro; par'cipar de inicia'vas como “É tempo de cuidar”;
“Pacto pela vida e pelo Brasil”; “Pacto Educa'vo Global”; “Economia de Francisco e Clara”, etc.
Comunitário-eclesial: promover a Coleta da Solidariedade; empreender a conversão
pastoral; inves'r numa espiritualidade de comunhão; ser “Igreja em saída”; favorecer os centros de
escuta e formar pessoas para ouvir o diferente; trabalhar com os grupos extra eclesiais que cuidam
dos mais vulneráveis; lutar pela igualdade de oportunidades para todos; educar para o bom uso das
redes sociais; es'mular a amizade social entre os sacerdotes, os(as) consagrados(as); pra'car o
ecumenismo e o diálogo interreligioso; implantar as Escolas de Perdão e Reconciliação (EsPeRe);
celebrar o Dia Internacional da Amizade, em 20 de julho; abordar a CF na catequese e na pregação,
de forma oportuna; desmascarar as a'tudes de ódio e exclusão na comunidade, ajudando na
conversão; inves'r em espaços comunitários de comunhão e par'cipação; ser presença de
fraternidade e reconciliação em conflitos nas escolas e outros ambientes educa'vos; fomentar
espaços para a escuta das pessoas em grupos de par'lha de experiências diversas; promover
pequenos grupos de ajuda mútua, de solidariedade e caridade; fazer um levantamento das
pastorais, ONGs e outras ins'tuições que promovem a solidariedade; promover estudo e par'lha da
Doutrina Social da Igreja; incen'var a par'cipação a'va das famílias nas comunidades escolares;
apoiar inicia'vas de formação de professores para que sejam mediadores de conflito; estabelecer
parcerias na educação e promoção dos Direitos Humanos para todos; capacitar os agentes para
enfrentar e responder aos discursos de ódio em suas a'vidades diárias; fortalecer o ensino religioso
nas escolas.
Social: valorizar o voluntariado e o serviço comunitário; implementar e popularizar a Jus'ça
Restaura'va; promover a discussão de temas atuais, como a migração e o preconceito; promover as
pastorais e movimentos que cuidam dos excluídos e desprovidos de dignidade; condenar as
experiências autoritárias e ditatoriais; promover a democracia e a paz par'cipando de organismos
de Direitos Humanos; apoiar as ins'tuições públicas de denúncia de crimes de ódio e intolerância;
promover as ins'tuições que cuidam da cultura da paz; estabelecer um observatório da Amizade
Social; conscien'zar e formar as pessoas para o bom uso dos recursos digitais; incen'var as redes
de comunicação popular, para a construção das contranarra'vas ao ódio e à discriminação.
Conclusão
Deus nos fez Seus filhos, e assim somos irmãos; fez-nos únicos e diferentes. Nossas diferenças
são riquezas que não devem nos separar mas, no diálogo, promover a cultura do encontro.
Importa fazer da CF um instrumento de comunhão e formação das consciências e do
comportamento cristão, para edificar a fraternidade e a amizade social.
Que Maria, nossa Mãe, nos eduque a sermos irmãos e discípulos de Jesus e irmãos e amigos
de todas as pessoas e povos, na construção do Reino de Deus.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
Texto-Base: principais ideias