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Oração da Campanha da Fraternidade

Deus Pai, vós criastes todos os seres


humanos com a mesma dignidade.
Vós os resgatastes pela vida, morte e
ressurreição do vosso Filho, Jesus
Cristo, e os tornastes filhos e filhas,
santificados no Espírito.
Oração da Campanha da Fraternidade

Deus Pai, vós criastes todos os seres


humanos com a mesma dignidade.
Vós os resgatastes pela vida, morte e
ressurreição do vosso Filho, Jesus
Cristo, e os tornastes filhos e filhas,
santificados no Espírito.
Ajudai-nos, nesta Quaresma, a
compreender o valor da amizade
social e a viver a beleza da
fraternidade humana aberta a
todos, para além dos nossos
gostos, afetos e preferências,
num caminho de verdadeira
penitência e conversão.
Inspirai-nos um renovado compromisso
batismal com a construção de um mundo
novo, de diálogo, justiça, igualdade e
paz, conforme a Boa Nova do Evangelho.
Ensinai-nos a construir uma
sociedade solidária, sem
exclusão, indiferença, violência e
guerras.
E que Maria, vossa Serva e
nossa Mãe, nos eduque para
fazermos vossa santa
vontade. Amém!
DESPERTAR para o valor e a beleza da
fraternidade humana, promovendo e fortalecendo
os vínculos da amizade social, para que, em Jesus
Cristo, a paz seja realidade entre todas as
pessoas e povos.
1) ANALISAR as diversas formas da mentalidade de indiferença, divisão e
confronto em nossos dias e suas consequências para toda a humanidade,
inclusive na dimensão religiosa.
2) COMPREENDER as principais causas da atual mentalidade de oposição e
conflito, geradora da incapacidade de ver nas outras pessoas um irmão e irmã.
3) IDENTIFICAR iniciativas de comunhão, reconciliação e fraternidade, capazes de
estimular a cultura do encontro.
4) REDESCOBRIR, a partir da Palavra de Deus, a fraternidade, a
amizade social e a comunhão como elementos
constitutivos de todo ser humano.
5) ACOLHER o magistério da Igreja sobre a fraternidade universal, como ajuda ao
discernimento nas inúmeras situações de conflito e divisão.
6) APROFUNDAR a compreensão da comunhão e da fraternidade como caminho
para a realização pessoal e para a paz em todas as situações da vida.
7) CONSCIENTIZAR sobre a necessidade de construir a unidade em meio à
pluralidade, superando divisões e polarizações.
8) ESTIMULAR a espiritualidade, os processos, os hábitos e as
estruturas de comunhão na Igreja e na sociedade.
9) INCENTIVAR e PROMOVER iniciativas de reconciliação entre
pessoas, famílias, comunidades, grupos e povos.
Seus elementos:
1) O Tema
2) O Lema
3) A casa
4) A mesa
5) As diversas personagens
6) As janelas
7) O Papa com sua bengala
8) A cruz de Dom Helder
9) Os alimentos
10) A coleta
 Transformamos o diferente, divergente e
o
oponente em inimigo para podermos eliminá-lo;
 Impera entre nós a intolerância;
 Nas redes sociais, divulgamos mensagens
discriminatórias e intolerantes e praticamos o
cancelamento;
 Fora do ambiente digital, aumenta a violência, o
ódio, o homicídio e as guerras;
 O diálogo é cada vez mais raro e escasso;
 As famílias se dividem, rompem relações
por razões ideológicas;
 As comunidades estão em conflito, defendendo
opostos em nome do mesmo Evangelho;
 O rancor, a inimizade, o
afastamento das pessoas
cresce vertiginosamente;
 O racismo é cada vez
mais praticado; 9
A aporofobia cresce;
 Também o feminicídio e a eliminação das
pessoas que vivem uma orientação sexual
diversa;
 Por motivos políticos, abandona-se o bem
comum do todo e prioriza-se a parte, a minha
parte, a parte com a qual eu me identifico sem
consciência crítica;
 Por motivos religiosos, se difama, se persegue,
se calunia, se destrói e se mata;
 Os interesses valem mais que os valores;
 O outro se tornou mercadoria;
 Julgamentos precipitados,
rejeição gratuita, ódio
desmedido, combate a
pessoas por causas de
suas ideias e propostas e a
banalização da morte
tornam-se corriqueiros;
10
 Falta compromisso com a verdade em nome de
interesses individuais ou de grupos (fake news);
 Creches e escolas são atacadas por pessoas
armadas;
 A violência é normalizada, com a facilitação da
posse de armas e o seu incentivo;
 Assédio moral e sexual, defesa do aborto,
devastação ambiental, bullying, intolerância
religiosa, tráfico de drogas, tráfico de pessoas,
situações análogas ao trabalho escravo,
discurso de ódio, corrupção e fome;
 Há uma crise de que gera o
pertencimento
identitarismo;
 Há uma de “globalização
da indiferença”;
 Nossa sociedade
está desigual e
dividida,
excludente. é

Texto-Base, nn. 24-63 11


QUE OUTROS SINTOMAS VOCÊ SENTE NA
SOCIEDADE ATUAL E QUE PODEM AJUDAR A
DESCOBRIR A DOENÇA QUE PADECEMOS?
 Mt 23,8: “Vós sois todos irmãos e irmãs”;
 Gn 3,15: “Vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus,
conhecedores do bem e do mal”;
 Gn 4,9: “Onde está o teu irmão? Não sei. Acaso sou
guarda do meu irmão?”
 Gn 37,16: “Estou procurando meus irmãos”;
 Rt 1,16: “Onde quer que permaneças, permanecerei
contigo”;
 Jo 15,15: “Já não vos chamo servos. Eu vos chamo
amigos”;
 O testemunho dos santos e da VC;
 O magistério dos papas;
 Fratelli Tutti (Assis, 03/10/2020).

Texto-Base, nn. 86-122 17


ALTEROFOBIA
MEDO, REJEIÇÃO OU AVERSÃO A TUDO
AQUILO QUE É OUTRO, TUDO O QUE NÃO SOU
EU MESMO E É DIFERENTE DE MIM.

Nome científico: Síndrome de Caim

16
Texto-Base, n. 73. 53-63
HIPER INDIVIDUALISMO
O VALOR QUE CONQUISTAMOS – A
INDIVIDUALIDADE/SUBJETIVIDADE – TORNOU-
SE O NOSSO LIMITE, FECHAMO-NOS EM NÓS
MESMOS, SUPERVALORIZAMO-NOS.

Texto-Base, n. 68 17
 A destruição da coletividade e a construção
de um eu
autossuficiente (autorreferencialidade);
 O desaparecimento dos grandes sonhos,
projeto e ideais;
 A construção “inimigo comum” como
elemento aglutinador da sociedade;
 A crença de que o
conflito é produtivo e a
Guerra, necessária para
o progresso;
 A meritocracia.

20
Texto-Base, n. 123-131
• O remédio é a AMIZADE
SOCIAL, que “alarga o
espaço de nossas tendas”
(cf. Is 54,2), abre-nos ao
acolhimento do outro, seja ele
quem for e, assim, ataca
frontalmente o mal que
padecemos.

21
Texto-Base, n. 123-131
AMIZADE SOCIAL É:
 “amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço” (FT, 1);
 “uma fraternidade aberta, que permite reconhecer, valorizar e amar

todas as pessoas, independente das sua proximidade física (FT, 1);


 “um amor desejoso de abraçar a todos” (FT, 3);
 “comunicar com a vida o amor de Deus, recusando
impor doutrinas por meio de uma guerra dialética” (FT, 4);
 “viver livre do desejo de domínio sobre os outros” (FT, 4);
 “o amor que se estende para além das fronteiras” (FT, 99),

“a todo ser vivo” (FT, 59);


a nossa “vocação para formar uma comunidade feita de irmãos que se
acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros” (FT, 96);
 “a capacidade diária de alargar o meu círculo, chegar àqueles que

espontaneamente não sinto como parte do meu mundo de interesses,


embora se encontrem perto de mim” (FT, 97);
 “amor que implica algo mais do que uma série de ações benéficas. As

ações derivam de uma união que propende cada vez mais para o outro,
considerando-o precioso, digno, aprazível e bom, independentemente
das aparências físicas ou morais. Amor ao outro por ser quem é impele-
nos a procurar o melhor para a sua vida. Só cultivando essa forma de
nos relacionarmos é que tornaremos possível
aquela amizade social que não exclui ninguém e a
fraternidade aberta a todos” (FT, 94).
 Chegamos a um momento decisivo da nossa CF, o AGIR. Somente a ação é capaz de
converter o juízo. É acima de tudo a ação e não apenas o argumento que rompe as
bolhas. É hora de agir juntos! Propor e realizar ações com aqueles que são diferentes de
nós.
 É necessário “alargar a tenda”, a partir dos três elementos da sua estrutura. O primeiro
são as lonas. É preciso estendê-las, para que protejam os que estão fora. O segundo
são as cordas, que mantêm juntas as lonas. Elas devem aumentar-se para manter a
justa tensão. O terceiro são as estacas, os fundamentos da fé. Alargar a tenda exige
acolher outros na Igreja, dando espaço à sua diversidade.
 Alargar os espaços das nossas tendas significa que, sejamos capazes de reagir com

um novo sonho de fraternidade e amizade social.


 Para a precisamos pensar nos âmbitos da
comunidade e sociedade. pessoa,
ação
grupo, comunidade e instituiçãoDiante das sugestões,
é convocada a discernir cada pessoa,
a respeito do
que fazer concretamente para transformar a sua realidade.
a) Realizar a Coleta Nacional da Solidariedade; j) Apostar em uma educação para a liberdade e o
b) Buscar e resgatar a identidade pessoal e o respeito às pessoas;
conhecimento de si mesmo; k) Incentivar a exigência do amor cristão, que acolhe a
c) Cultivar uma espiritualidade de todos como Jesus;
d) comunhão;
Identificar as “nossas guerras”, falsidades, ambições l) Incentivar encontros interpessoais, que vivenciem o
para que o mal em nós não cresça; amor e o respeito mútuo;
e) Reagir como o bom samaritano: ver, sentir m) Ser um agente de reconciliação e de paz;
compaixão e cuidar do outro; n) Ir ao encontro de todos os vizinhos;
f) Olhar cada pessoa com amor; o) Celebrar a vida do outro;
g) Promover a cultura do encontro; p) Participar de iniciativas como “É tempo de cuidar”;
h) Formar-se para a abertura à diversidade; “Pacto pela vida e pelo Brasil”; “Pacto Educativo
i) Dialogar sempre; Global”; “Economia de Francisco e Clara”, etc.
a) Promover a Coleta Nacional da Solidariedade; participação, sejam oportunidades reais de construção coletiva;
b) Empreender a conversão pastoral; p) Ser presença de fraternidade, reconciliação e mediação de conflitos
c) Investir numa espiritualidade de comunhão; nas escolas e outros ambientes educativos;
d) Ser “Igreja em saída”; q) Fomentar espaços para a escuta das pessoas em grupos de partilha de
e) Favorecer os centros de escuta e formar pessoas para ouvir o diferente; experiências diversas;
f) Buscar os grupos extra eclesiais que cuidam dos mais vulneráveis e r) Promover pequenos grupos de ajuda mútua, de solidariedade e
com eles pensar o todo da ação; caridade;
g) Lutar pela igualdade de oportunidades para todos; s) Fazer um levantamento das pastorais, ONGs e outras instituições que
h) Educar para o bom uso das redes sociais,; promovem a solidariedade;
i) Estimular a amizade social entre os sacerdotes, os(as) consagradas; t) Promover espaços de estudo e partilha da Doutrina Social da Igreja;
j) Praticar o ecumenismo e o diálogo interreligioso; u) Incentivar a participação ativa das famílias nas comunidades
k) Implantar as Escolas de Perdão e Reconciliação (EsPeRe); escolares;
l) Celebrar o Dia Internacional da Amizade, em 20 de julho; v) Apoiar iniciativas de formação de professores para que sejam
m) Abordar a CF na catequese e na pregação, de forma oportuna; mediadores de conflito
w) Estabelecer parcerias na educação e promoção dos Direitos Humanos
n) Desmascarar as atitudes de ódio, exclusão e cancelamento que ocorram na x) Capacitar os agentes para enfrentar e responder aos discursos de ódio
emcomunidade, ajudando em um processo de conversão; para todos;
suas atividades diárias;
o) Investir esforços para que os espaços comunitários de comunhão y) Fortalecer o ensino religioso nas escolas.
e
a)Valorizar o voluntariado e o serviço comunitário; ódio e intolerância;
b)Implementar e popularizar a Justiça Restaurativa; h) Promover as instituições que cuidam da cultura da paz;
c) Promover a discussão de grandes temas do momento, i) Estabelecer um observatório da Amizade Social;
como a migração e o preconceito; j) Conscientizar e formar as pessoas para o bom uso dos
d) Fomentar e promover as pastorais e movimentos que recursos digitais;
cuidam de todos os excluídos e desprovidos de k) Fomentar e incentivar as redes de comunicação popular
dignidade; e comunitárias, para a construção das contranarrativas
e) Condenar todas as experiências autoritárias e ao ódio e discriminação;
ditatoriais; l) Orientar para a busca do bem comum e reconstruir a
f) Promover a democracia e a paz participando de ordem política e social, o tecido das suas relações, o seu
organismos de Direitos Humanos; projeto humano.
g) Apoiar as instituições públicas de denúncia de
crimes de

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