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ÍNTRODUÇÃO

O refúgio é um meio ou lugar físico ou mental, pelo qual as


p e s s o a s p r o c u r a m p r o t e g e r - s e d e situações consideradas desagradáveis
para elas mesmas, tais como conflito familiar, conflito de idadeo u d e
interesses materiais e morais. Onde para tal sobretudo na
a d o l e s c ê n c i a o u n a j u v e n t u d e a s formas usadas para se defender
podem ser atitudes negativas ou agressivas, o uso do preconceito,
acrença em alguma coisa ou a dedicação a religião, o que em muitos
casos quando não acompanhadotornar-se prejudicial.

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II- DESENVOLVIMENTO
1- DEFINIÇÃO
O termo
religião
advém do latim
religio
que, vulgarmente, significa prestar culto a uma divindade;é um conjunto de
crenças sobre as causas da natureza, a finalidade da vida e do
universo. Quando éconsiderada como um agente sobrenatural
funciona como uma mensagem educativa no âmbito dasolidariedade,
perdão, paz e reconciliação, amor ao próximo, respeito ao alheio, fé,
não-violência,tolerância, irmandade, fidelidade, esperança, perseverança,
entre muitos outros valores.
Crença:
Define-se como um princípio orientador, uma máxima, em relação a uma fé ou
paixão poralguma coisa; proporciona significados e direcções de vida variadas.

O
refúgio
é um meio ou lugar físico ou mental, pelo qual as pessoas procuram proteger-se
desituações consideradas desagradáveis para elas mesmas, tais como conflito
familiar, conflito de idadeou de interesses materiais e morais. Os rigores
da ciência e da tecnologia desvendam-nos muitas
maravilhas e verdades, mas nãopodem, como disse certo escritor:
"fazer a ligação ao propósito, à intimidade e à emoção—àquilo
querealmente importa no quotidiano das pessoas." As maiores conquistas
humanas passam muitas vezespela inspiração religiosa.G r a n d e p a r t e d a
arte mais refinada do mundo, ao nível da arquitetura, música e
l i t e r a t u r a encontra-se revestida pela beleza das aspirações espirituais. Os
escritos sagrados são como moldurasé t i c a s q u e i n s p i r a m a t o s d e
sacrifício, integridade e amor. A religião fornece às sociedades
umaaspiração moral partilhada, incita ao compromisso social s
e m a c o m p u l s ã o l e g a l , i n c e n t i v a a o cumprimento voluntário da lei e
recorda-nos da nossa dignidade inata. A crença na Deidade motiva aspessoas a
ultrapassarem o desespero da morte e transforma o sofrimento em algo bom.Os
valores da sociedade estão enraizados nos trilhos da religião. As
nossas aspirações modernasrelativamente aos direitos humanos, ao
altruísmo e à ajuda humanitária, têm precedentes religiosos.P o r d e t r á s d o s
esforços de alimentar os pobres, dar teto aos sem-abrigo e
c u i d a r d o s e n f e r m o s , encontra-se quase sempre um ministério
religioso. A confiança nos nossos alicerces cívicos depende das disciplin
as espirituais da honestidade,empatia e reciprocidade. Todos beneficiam
quando vivemos à altura destes ideais. O jornalista secular Will Saletan
escreveu: "A religião é o veículo por meio do qual a maioria das pessoas aprende
e praticaa moralidade. Em última instância, é nossa aliada.”

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A religião é um refugio na medida em que o homem, depois de caminhar em
trilhos dolorosos ecometer grandes pecados na sua vida, procura o caminho
límpido para a sua salvação. Este caminho éJesus e constate-se que é o único
amigo com quem podemos realmente contar. As pessoas encontramem Deus e
na religião um meio de as levarem à paz.
2- A RELIGIÃO NA ANTIGUIDADE
Se analisarmos a história das antigas civilizações, como o
E g i p t o , C h i n a , G r é c i a e R o m a , percebemos que estas
eram politeístas, ou seja, possuíam vários deuses que
eram temidos pelos seusadoradores; estes esforçavam-se para não os
ofender ou irritar, devido ao medo que tinham em serpunidos.
Sacerdotes, especialmente treinados para interpretar a vontade divina,
ensinavam ao povocomo viver conforme a vontade dos deuses e, também,
como homenageá-los. Esta actividade permitiaque os sacerdotes obtivessem um
grande poder. Hoje em dia, as pessoas de todas as partes do mundo
encontram refúgio em Deus e na fé das suascomunidades. Oitenta e
quatro porcento da população mundial identifica-se com determinado
gruporeligioso. O mundo não está a afundar-se na descrença, pois essa
crença está a tornar-se mais rica,pluralista e complexa. Somos
todos mordomos da sociedade e as nossas escolhas
determinam aquiloe m q u e n o s t o r n a m o s . O t r i l h o d a r e l i g i ã o
d e v e s e r c u l t i v a d o e n u t r i d o c o n s t a n t e m e n t e . N e n h u m jardim
consegue cuidar de si próprio.
3- MAS AFINAL, QUAL É A IMPORTÂNCIA DA RELIGIÃO?
“A fé capacita-nos para ver o invisível, abraçar o impossível, e dá esperança no
incrível." –
Samuel Rodriguez
O nosso mundo moderno oferece-nos mais opções e possibilidades do que
nunca antes. A ciência ea tecnologia ampliam continuamente o nosso
conhecimento, e a diversidade de visões religiosas nomundo continua a
crescer. Os nossos horizontes parecem estender-se mais longe e mais rápido do
quenós somos capazes de assimilar. Mas, no final, continuamos a ser as mesmas
criaturas espirituais. Aolongo das nossas viagens o anseio interior
perdura. As religiões partilham uma visão comum: há algo de incompleto sobre
nós. E assim ansiamos pelaplenitude. Se cada pergunta tivesse uma resposta
pronta, não seriam necessárias as orações. Se toda ador tivesse uma cura
fácil, não haveria sede de salvação. Se cada perda fosse restaurada,
não haveriad e s e j o d e a l c a n ç a r o c é u . E n q u a n t o e s t a s n e c e s s i d a d
e s p e r m a n e c e r e m , t a m b é m p e r m a n e c e r á a religião. É uma parte
natural da vida. Ser humano significa experimentar a incerteza, o sofrimento e
amorte. A religião, no entanto, é uma escola para fazer com que o caos faça
sentido, é um hospital paracurar as feridas invisíveis, uma tábua de salvação que
nos dá uma segunda
hipótese. Acerca deste ponto, o Rabi David Wolpe ensinou que a religião "tem a
capacidade de penetrar nummundo onde existe grande dor, sofrimento e perda,
e trazer à tona significado, propósito e paz. "

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Embora a religião atenda a essas necessidades, não foi criada por causa delas. A
religião não é apenasu m a r e s p o s t a a o s o f r i m e n t o h u m a n o . É
transcendente ao ser humano, ela provém de uma
fontesuperior. A história mostra que homens e mulheres, nos
b o n s e n o s m a u s m o m e n t o s , b u s c a m a verdade fora de si mesmos,
bem como dentro de si. E seguem as respostas que recebem. Além disso, a
religião é a reunião de pessoas únicas numa comunidade de crentes. Mas se
a religiãoganhar o coração de apenas uma só pessoa, não consegue
sustentar a comunidade. As experiênciasespirituais de cada indivíduo
podem ser tão diferentes quanto os próprios indivíduos. Por
"vermosatravés de um vidro escuro," a maioria das coisas na vida desce até à
fé. Em última análise, em todosos momentos de procura do divino, é o
indivíduo que filtra os detalhes, pesa a evidência, e decides o b r e o s
assuntos de maior importância.” Esta disputa é o processo da
f é . L u d w i g W i t t g e n s t e i n escreveu: "Crer em Deus significa ver que os
factos do mundo não são o fim da questão." A vida humana é sobre
significados. A nossa natureza leva-nos a perguntas do foro espiritual
e dop r o p ó s i t o d a v i d a . A R e l i g i ã o o f e r e c e u m e s p a ç o o n d e a s
r e s p o s t a s e o s s i g n i f i c a d o s p o d e m s e r procurados, encontrados e
finalizados. Essa ligação entre a religião e o propósito continua até hoje.Quer se
trate de estilos de vida saudáveis, de confiança social ou de doações de
caridade, as ciênciassociais atestam acerca de uma infinidade de formas em
que religião beneficia os indivíduos. De acordocom um estudo recente, por
exemplo, "aqueles que demonstram estar confiantes na existência
deDeus revelam possuir um maior sentido do seu propósito.”Isto é
particularmente relevante hoje em dia. O nosso encontro com a vida moderna
muitas vezes éu m f l a s h d e i m a g e n s q u e b r i l h a m e d e s a p a r e c e m -
t ã o r i c o à s u p e r f í c i e , t ã o n e g l i g e n c i a d o n o s alicerces. Mas a
religião e a espiritualidade inspiram a escavações mais profundas e
ligam-nos aosfundamentos morais que sustentam o melhor da nossa
humanidade partilhada. Ao longo da sua vida, Will Durant, um historiador
de ideias e de culturas, ficou maravilhado com opoder da fé religiosa. Ele
próprio, no entanto, não tinha nenhuma crença definitiva a respeito de Deus.No
final da sua vida de aprendizagem e de observação, voltou a sua
atenção para o significado
dai g r e j a . N a s s u a s r e f l e x õ e s , d e m o s t r o u q u e m e s m o u m a
p e s s o a a g n ó s t i c a p o d e s e n t i r o a p e l o permanente da religião
quando perante o desconhecido: “Estes pináculos das igrejas, apontando
para o alto em todos os lugares, ignorando o desespero epromovendo a
esperança, estas torres altas da cidade, ou simples capelas nas colinas
- sobem a cadapasso da Terra para o céu, em todas as aldeias de todas
as nações, desafiando a dúvida e convidandoos corações cansados para
serem consolados. Será tudo uma vã desilusão? Não há nada além da vida,a não
ser a morte, e nada além da morte, a não ser a decadência? Não podemos saber.
Mas enquanto ohomem sofrer, estes pináculos permanecerão.” Instituições e
ideias florescerão enquanto satisfazerem
as necessidades reais e duradouras. Casocontrário, tenderão a morrer de
“causas naturais”. Mas a religião não morreu. Na década de 1830, aoescrever
num momento, em que o seu país natal, a França, estava a desligar-se
da religião, Alexis deT o c q u e v i l l e e s c r e v e u q u e " a a l m a t e m
necessidades que devem ser satisfeitas."Ele provou
estarcorreto. Ao longo dos séculos, as tentativas de silenciar
e s t a s n e c e s s i d a d e s f a l h a r a m . A R e l i g i ã o fornece a estrutura para esse
anseio, e as igrejas são a casa da família da fé.
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Apesar de serem construídas de madeira, pedra e aço, as igrejas representam al
go profundo daalma humana, algo que almejamos descobrir. Mais do que
qualquer coisa feita pelo homem, a religiãodá sentido e forma à busca individual
pelo significado.
III- CONSIDERAÇÕES FINAIS
No entanto, pertencer a uma sociedade e desfrutar dos seus benefícios é um
"pau de dois gumes" —repleto de deveres para com os outros e de
direitos para connosco. Por alguma razão esta sabedoriaa n t i g a , q u e
cruza épocas e culturas, é conhecida como a "Regra de Ouro".
“ F a z a o s o u t r o s o q u e gostarias que te fizessem a ti” é a base da moralidade
cívica. Religiosos e seculares concordam que estaobrigação mútua expõe
uma verdade relativa à dignidade inerente a cada indivíduo e à
consciênciamoral que orienta as nossas escolhas. Enquanto os seres
humanos continuarem a organizar-se emsociedades, a trabalharem as suas
diferenças e a dependerem da boa vontade uns dos outros, o sal dareligião
desempenhará um papel importante na preservação do que é bom.
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IV- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1.Samuel Rodriguez, “Religious Liberty and Complacent Christianity,”
(“A LiberdadeReligiosa e o Cristianismo Complacente)," The Christian Post, 10 de setembro,
2013.2.“Why Faith Matters: Rabbi David J. Wolpe (A Importância da Religião: Rabbi
David J.Wolpe) palestra proferida na Universidade de Emory, 21 de outubro, 2008.3 . 1
C o r í n t i o s 1 3 : 1 2 . 4.Ludwig Wittgenstein, estrato do diário pessoal (8 de Julho,
1916). P.74e5.Stephen Cranney, “Do People Who Believe in God Report More
Meaning in Their Lives?The Existential Effects of Belief,”(“As pessoas que acreditam em Deus
revelam possuir ummaior sentido do propósito das suas vidas? Os efeitos existenciais da crença”),
Jornal para oEstudo Científico da Religião, 4 de setembro, 2013.6.Will e Ariel Durant,
Dual Autobiography (NovaYork: Simon & Schuster, 1977).7. Alexis de Tocqueville,
Democracy in America (Chicago, Illinois: University of ChicagoPress, 2000), 510.

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