Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia

Curso de Bacharelado em Teologia

Matéria: Oficina: Religiosidade e Estatutos de Inclusão

Professor: F. Diassis Andrade
Aluno: Fernando Yshac Laureano Yancachajlla
Data: 05 / 03 / 2024

INFORME DE LEITURA

Livro: Discussões sobre Fé e Liberdade: Defendendo o Direito de Professar,

Praticar e Promover Sua Crença
Autoria: John Graz
Páginas: 23, 38, 71, 84, 112-113

Palavras do autor/pgs. Comentário sobre a ideia

No Artigo 18 da Declaração Universal A liberdade de escolha é algo divino
dos Direitos Humanos, a liberdade que já se aplicava ao ser humano até
religiosa é definida como um direito antes da criação. Deus em sua
tanto comunitário quanto individual. infinita misericórdia nos concede o
Na Bíblia a liberdade de escolha é dom da escolha propondo sempre o
um dom do nosso Criador. Pela melhor caminho, o que conduz a vida
criação, somos livres para escolher. eterna. Na vida cotidiana também é
Esse dom não tem condições. É o da mesma forma, a liberdade
produto do amor de Deus por Suas religiosa que cada indivíduo tem, em
criaturas. A liberdade de escolha é qual religião quer estar, que caminho
essencial para a nossa dignidade quer seguir, cada um é livre pra
humana. (Pg. 23, parágrafo 6) escolher. Seja ele sozinho ou
seguindo o rumo da comunidade.
Gosto muito como meu falecido O episódio de Auschwitz foi um
amigo John Weidner concluiu seu marco na história da liberdade
testemunho no livro The Courage to religiosa, pois demonstrou o quão
Care. Ele escreveu: ‘’durante nossas longe o ser humano pode ir, ao ponto
vidas, cada um de nós enfrenta uma de proibir tal liberdade. Muitas vezes
escolha: pensar somente em si nos questionamos se estamos
mesmo, servir, ser útil àqueles que fazendo o suficiente pelas pessoas
estão em necessidade.... Se eu tenho que sofrem essa discriminação e
um herói, é Deus, que me tem me essa pressão na sociedade. E talvez
ajudado a cumprir a minha missão, a a resposta seja: Não!. Sempre há
cumprir meus deveres, a fazer o que algo a ser feito a mais por essa
tenho de fazer. Mas para mim causa, nossos esforços não tem
mesmo, sou uma pessoa simples. impactado o mundo como deveria,
Durante a guerra, fiz o que penso mostrando-lhes a incredulidade e a
que todos deveriam ter feito.’’ (Pg. loucura que é, destratar pessoas de
38, parágrafo 2) outras religiões.
As pessoas não devem ser obrigadas Uma questão interessante muito vista
a pertencer a qualquer organização; nos dias de hoje, são estratégias
elas são seres humanos com usadas nas formas de atrair e de
permissão para fazer sua própria capturar a atenção das pessoas para
escolha. Deixe-as escolher! Deixe-as nossa religião. Isso não é errado!.
obter informação e educação. Deixe- Porém quando se acaba
as crescer e se tornar responsáveis. ultrapassando o limite da escolha
Atacar a religião de outros não é a pessoal, aí que mora o Perigo!. A
melhor maneira de compartilhar sua pessoa em sua sã consciência tem o
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fé. Mentir sobre os outros para obter poder de decidir se aceita ou não as
mais membros é em si uma negação nossas crenças. Quando forçamos e
da verdade. Não dar às pessoas o obrigamos alguém mesmo sendo
direito de obter conhecimento, sem querer acabamos nos tornando
discriminando-as e perseguindo-as, é perseguidores dessa pessoa. Muitas
em si mesmo contrário aos valores vezes querendo tomar o lugar do
religiosos básicos que são o amor ao Espírito Santo e fazer a pessoa
próximo e o amor a Deus. (Pg. 71, escolher a nossa religião, contra a
parágrafo 3) vontade dela. Se ela aceitar, que seja
por livre e espontânea vontade e
sendo guiada pelo Espírito Santo.
Ellen G. White foi ainda mais precisa É interessante perceber que muitas
quando escreveu: ‘’sou instruída a vezes quando vamos tratar de um
dizer a nosso povo: sede cautelosos. determinado tema para persuadir um
Ao apresentar a mensagem, não indivíduo sobre a nossa religião,
façais investidas pessoais a outras acabamos mencionando outras
igrejas, nem mesmo à católica religiões, fazendo isso com o objetivo
romana. Os anjos de Deus veem, nas de demonstrar seus pontos fracos ou
diversas denominações, muitos que querendo diminuir a reputação do
só podem ser alcançados com a mesmo, como um tipo de
maior precaução. Sejamos, portanto, comparação. Mas isso não deveria
cuidadosos com nossas palavras.’’ ser feito como se fosse algo correto,
(Pg. 84, parágrafo 4) pois não é! A própria profetiza do
Senhor nos alerta quanto a isso. Para
sermos cautelosos, afinal na maioria
dos casos, isso causa uma série de
conflitos entre as duas
denominações, demonstrando o
desrespeito que uma denominação
tem pela outra.
Dr. Beach escreveu: ‘’O cristianismo Deus nos deu os mandamentos
não é uma religião de individualismo baseados no amor, Amar a Deus e
isolado ou de introversão; é uma Amar ao Próximo. A Igreja Adventista
religião de comunidade. Os dons e as do Sétimo Dia deve ser um
virtudes cristãs têm implicações referencial nessa questão, em um
sociais. Devoção a Jesus Cristo mundo onde pessoas de diferentes
significa devoção a todos os filhos de religiões e crenças se odeiam e se
Deus, e devoção gera atacam, o povo escolhido de Deus
responsabilidade pelo bem-estar de deveria mostrar algo diferente ao
outros.’’ (Pg. 112-113, parágrafo 4) acolher e amar as pessoas que estão
ou não na mesma religião. Afinal a
salvação é disponível para todos, o
fato de sermos adventistas não nos
torna melhores que ninguém! Todos
somos pecadores e carecemos da
graça de Deus.

Sobre o informe de leitura:

1. Se deve expressar de maneira sucinta (breve) a ideia central do autor(a) à
medida que for lendo o livro em pelos menos cinco quadrantes.
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2. Em diálogo com o autor, desenvolva a ideia do mesmo com as suas próprias

palavras (respeitando a ideia original do autor), caso você não esteja de
acordo, faça o comentário de maneira apropriada e respeitosa.