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A Liturgia judaizante nas igrejas evangélicas

A introdução de práticas judaizantes nos cultos é a nova onda que assola as igrejas
evangélicas. O que mais nos entristece é a falta de entendimento bíblico que paira sobre
as mentes que se dizem seguidoras de Cristo. Examinar a Palavra de Deus continua
sendo a regra bíblica única e final para análise  e julgamento de práticas e doutrinas
ensinadas dentro da igreja. Entretanto, parece que a Bíblia Sagrada está sendo um tanto
"desconhecida" de alguns dirigentes evangélicos. Tudo que represente uma nova
"atração" é imediatamente incorporada e sem nenhum questionamento. É a igreja
seguindo as mesmas regras ditadas pelo mundo da "moda". Não sabem viver se inventar
coisas novas. Deveriam, sim, abandonar essas práticas, para retornar ao modelo de
igreja maravilhosa dos tempos apostólicos.

Exemplos de práticas judaicas


   * Músicos tocando de costas para a congregação, como  "levitas de Deus" do Antigo
Testamento
   * Uso do Shofar para invocar a presença divina e liberar unção
   * Guardar o sábado  como o "dia do Senhor"
   * Adoção do calendário de  festas judaicas
   * Adotar o Kipá e o Talit,  as vestimentas judaicas utilizadas na liturgia das sinagogas 
* Presença de símbolos judaicos na igreja: a bandeira de Israel, o Menorah ou a
Estrela de Davi dentre tantos outros mais
   * Adotar a Arca da Aliança como simbologia visível  da presença do poder divino na
igreja
   * Utilizar nomenclatura judaica para designar níveis de autoridade na igreja (ex.:
rabinos, levitas)

Tudo que é novo deve ser incorporado aos cultos?


A Palavra de Deus nos orienta a examinar tudo e reter apenas o que for bom e bíblico.
Na contramão seguem milhões de evangélicos abraçando qualquer coisa, simplesmente
porque é novidade. Esse não é comportamento que agrade a Deus, fique bem claro.

Mas o que a Bíblia noz diz a respeito das práticas do judaísmo?


O  judaísmo segue práticas do Antigo Testamento que não são lícitas aos seguidores de
Cristo. Essa é uma lição clara que pode ser vislumbrada no conflito que ocorreu entre os
apóstolos Pedro e Paulo. Pedro, que convivia bem com os gentios, quando se via
cercado pelos judeus, mudava seu comportamento. Por isso Paulo, ao vê-lo em agir
contra a verdade do Evangelho, o repreendeu dizendo: Se tu, sendo judeu, vives como
os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Isso
fica bem claro ao examinarmos Gálatas 2:14:
E acrescentou:
"o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos
também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas
obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada." - Gálatas
2:16
Se as obras da lei, por um lado, não nos justificam, por outro podem nos desviar do alvo
principal: obediência e prática do Evangelho. Então, tome cuidado com suas obras,
principalmente com as contrárias aos ensinamentos genuinamente bíblicos.
Advertências aos Senhores Pastores brasileiros
Senhores Pastores do Brasil, tenham a bondade de examinar mais as Escrituras. Vós
cuidais ter nelas a vida eterna. Nada lhe deve ser tirado, acrescentado ou torcido. As
práticas da Lei e do judaísmo não podem justificar e tornar melhor essa ou aquela igreja.
Cristo deixou -no Evangelho- tudo que nos é necessário saber para o seguirmos
corretamente. E isso tem que nos bastar. Como seguir o Evangelho na prática é
dificultoso, pois exige mudança de hábitos, pensamentos e comportamentos, muitos
acabam por adotar subterfúgios que se tornam heresias e falsas doutrinas. Toda essa
invencionice é contrária ao Evangelho, o qual por si só nos é suficiente para nossa
justificação. Tudo o mais são doutrinas falsas e heréticas que fatalmente irão assolar as
igrejas aonde quer que forem adotadas.

Porque as práticas do judaismo são contrárias à Bíblia?


A liturgia do judaísmo terminou com o fim do ministério e morte de João Batista, e foi
isso confirmado por Jesus Cristo:  A lei e os profetas duraram até João; desde então é
anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele. Lucas
16:16. Jesus veio nos trazer uma Nova Aliança não baseada nas práticas da Lei e, menos
ainda, na liturgia judaica, mas no seu sangue. Não podemos ensinar que as práticas do
Velho Testamento servem para nossa justificação. 

A justificação pela Nova Aliança


A justificação pela Nova Aliança é contrária à do Antigo Testamento. Naquele, as
"obras da Lei" serviram de aio (cuidador) até a vinda de Cristo, nosso professor, explica
o apóstolo Paulo: a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé
fôssemos justificados. Gálatas 3:24 Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo
de aio. Gálatas 3:25

A lição dada pela Lei


A lição a ser tirada é que a Lei, mesmo quando ensina as profecias, os princípios de
sabedoria, as regras morais e de bons costumes, sempre está apontando para o Cristo
que "havia de vir" e que seria o modelo perfeito a ser ouvido e seguido por todos os que
almejassem a salvação e a vida eterna. Isso foi revelado a Moisés como profecia para
nós, hoje, como igreja: "O Senhor vosso Deus levantará de entre vossos irmãos um
profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que
toda a alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo." - Atos
3:22-23

Alimpais-vos do fermento para que sejais uma nova massa


Não é possível ser uma "nova criatura" se não nos limparmos do fermento que está
degenerando a massa. Se você está procurando ser uma nova massa, jamais o será
enquanto estiver contaminado com todo esse "fermento" que está destruindo a grande
massa de evangélicos.
O Evangelho deve ser seguido como ele é. Se sua igreja não o ensina e o reverencia
desse modo, tome a decisão bíblicamente correta: não siga tais igrejas, siga o Evangelho
de Jesus Cristo. As "igrejas" falharão, mas o Evangelho de Cristo não falhará, "pois é o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do
grego".- Romanos 1:16
"Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito
diz às Igrejas"
Pr. Wagner Cipriano

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