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Universidade Montemorelos

RESUMO DO LIVRO A TEOLOGIA DO APÓSTOLO PAULO

Trabalho
apresentado em cumprimento parcial
dos resquisitos da cadeira de
Cartas Paulinas

Por

Edvaldo Bande

Bongo, 29 de Setembro de 2023


INTRODUÇÃO

Paulo é considerado o maior téologo cristão de todos os tempos. Sua teologia é

muito profunda e reflete da melhor forma os princípios fundamentais da fé cristã.

Acreditamos ser Cristo o fundador do Cristianismo, mas alguns historiadores e até não

cristãos, vão dizer que Paulo teve uma grande influência na expansão do Cristianismo,

levando o mesmo para uma esfera internacional e colocou o Cristianismo como uma fé

racional e intelectual.

Paulo nasceu em Társis e era hebreu bem como romano de nascença. Formou-se

na seita dos fariseus, em Jerusalém, aos pés do grande mestre Gamaliel e se tornou

notável. Com o desenvolvimento do cristianismo em Jerusalém, se tornou o maior

persguidor dos cristãos. Foi autorizado pelo Sumo sacerdote a prender os cristãos em

Damasco, quando foi chamado por Jesus e se tornou apóstolo.

Este resumo está baseado no livro Teologia do apsotólo Paulo de James Dunn,

um comentário bíblico onde apresenta de forma detalha vários aspectos desta teologia

que sendo o autor deve ser estuda por cada nova geração de teólogos. O presente

resumo tem como teve entender o que é a teologia de Paulo


RESUMO DO LIVRO A TEOLOGIA DO APÓSTOLO PAULO

A teologia de Paulo é apresentada como sendo a primeira teololização do Novo

Testamento, considerada como fundamental para a compreensão do pensamento

coerente do cristianismo.

Os evangelhos nos trazem uma abordagem que nos aproximam mais de Cristo,

seu ministério e seus ensinos, sem os sinóticos não teríamos uma compreensão clara de

quem é Jesus e como seu deu incío o cristianismo. O Actos dos Apóstolos nos traz o

desenvolvimento do cristianismo, como se deu o início dos primeiros trabalhos dos

apóstolos, seu alcance em outras fronteiras fora de Jerusalém. As cartas gerais, foram

cartas pastorais, que nos mostra de forma clara a vida da igreja e a preocupação dos

apóstolos como o bem estar dos cristãos naquela época. Mas as cartas paulinas são

singulares.

Não podemos negar que algumas cartas de Paulo, foram cartas pessoais, que

nele se encontram informaçãos que seriam para consumo de individuos que ele desejava

comunicar, porém, sua mensagem é desapaxionada e sistemáticas, mostrara uma

argumentação teológica profunda e gerou uma abordagem do cristianismo mais

intelectual.

Ao longo da história do cristianismo, a teologia Paulo teve sempre um olhar

particular. Foi a base da teologia de Ireneu, Origenes e outros pais da igreja, que

encontraram na teologia de Paulo, argumentos teologicos muito consistentes para

enfretarem as heresias que se apresentavam já na sua época. Tal teologia não se limitou

neste período, Santo Agostinho considerava a teologia paulina como sendo a base

fundamental da teologia cristão, e assim sendo a teologia paulina foi a base teologia da

idade medieval. Segui-se a história, onde podemos destacar a Reforma Protestante,


sabemos como toda certeza que foram as cartas de Paulo, especialmente o livro de

Romanos a base da teologia da reforma. Foi neste livro de onde Martinho Lutero

fundamento as suas 95 teses sobre a justificação pela fé.

A teologia de Paulo é sem dúvida o maior tratado teológico que o cristianismo já

teve. Vários têm sidos os estudos empenhados ao longo dos tempos para se

compreender o folêgo da teologia paulina. Seu conteúdo tem sido estudado até em

faculdades não teológicas, como o objectivo de se perceber a suas estratégia de

argumentação. James Duun argumenta que cada nova geração de teólogos cristãos

deveriam dedicar-se engenhosamente na tentativa de chegar ao fôlego da compreensão

da teologia de Paulo.

Procaremos agora definir a teologia de Paulo e como ela deve ser comprendida.

A definição de teologia é muito complexa, James Dunn coloca isso muito bem, quando

afirma que é necessário que a definição seja mais completa possível, afirma que uma

definição muito simples e refinada tem poucos apoiantes. A palavra teologia vem do

grego logos, que pode ser traduzido como palavra ou discurso, e theos que significa

Deus. Neste sentido teologia vai significar o discurso sobre Deus, e tudo que está

envolvido directamente como Deus. Assim, quando falamos de teologia, está se

discutindo questões sobre a articulação coerente da fé e da prática religiosa que a fé

professa.

Em síntese, quando falamos da teologia de Paulo estamos falando sobre a

perspectiva de Paulo em relação a fé cristã e a prática religiosa desta fé. Na tentativa de

defender a teologia de Paulo, surgem alguns problemas que James Dunn coloca em três

questionamentos. O primeiro pensamento é se a teologia de Paulo é um diálogo que ele

estabeleceu com o distinatário da carta ou foi um tratado de teologia, em segundo lugar


faz-se uma crítica da da abordagem de Paulo, e se questiona se o conteúdo das cartas de

Paulo são argumentos teológicos ou religiosos.

Sobre o primeiro ponto em análise, James Dunn faz menção que essa discussão

da característica distintiva da teologia paulina tem causado grandes tensões no seio de

eruditos. A questão que se coloca aqui é se os argumentos de Paulo podem ser

considerados teologia bíblica ou histórico e teologia dogmática. Nomes como William

Wrede, Krister Stendahl, ou Heikki Raisanen, defende que a teologia do Novo

Testamento, especialmente a teologia paulina, não passam de uma descrição, uma forma

de fenomenologia de estudos religiosos, e não um estudo teológico proprimente dito.

Assim para esse grupo, os escritos de Paulo, são na verdade instruções pastorais e não

mais do que isso.

Porém diante dessa situação de grande tensão, surge ainda um segundo grupo

onde podemos destacar Adolph Schaltter e Alan Richardson, que não aceitariam que

carécter histórico da teologia bíblica a separa da teologia dogmática, ainda nesse grupo

podesse destacar Karl Barth e Rudolph Bultmann com sua insistência em que a palavra

de Deus, ainda soa através das palavras de Paulo, ou agora as reproposições de teologia

bíblica.

Para a resolução deste conflito, precisamos entender que as cartas de Paulo são

comunicações altamente pessoais e não tratados desapaixonados. Nessas cartas

reiteradamente se trata de questões de importância fundamental, claramente

consideradas questões de vida e de morte para os seus destinatários, Paulo em suas

cartas deixa claro e visível que todo o seu conteúdo, são uma defesa e exposições da

verdade do evangelho conforme se pode ver em Gálatas 2:5, 14. Podemos admitir que o

conteúdo de Paulo pode ser também um exercício descritivo, mas dizer que é somente
um exercício descritivo, não é coerente em si, uma vez que nos próprios escritos, faz a

reivindicação interior da significação exestencial da sua mensagem.

James Dunn afirma que pela razão exposta no parágrafo acima, é impossível

penetrar no mundo do seu pensamento, ainda que brevemente, isso para não falar em

discutir a interpretação do que ele diz. Aqui temos uma evidência muito profunda acerca

da teologia de Paulo, pois os próprios eruditos concordam que é impossível penetrar até

ao fôlego do pensamento de Paulo, ainda que brevemente, isso sem falar da maneira

como se deve interpretar o que ele diz, sem portanto, fazer uma valiação detalhada da

teologia de seus argumentos e de suas opiniões expressas em sua carta.

Com essa nota, fica resolvida o primeiro questionamento aqui apresentado,

sobre o conteúdo de sua teologia. Fica bem claro e evidente que não se pode concluir

que é um diálogo não teológico, podemos concordar com a ideia de que se trata de uma

discrição, mas não podemos afirmar que não é um conteúdo teológico, em outras

palavras, podemos dizer que o modelo da hermenêutica, da teologia de Paulo não pode

estar satisfeita enquanto não encontrar a presença real no texto.

Assim Paulo fala sobre os princípios e não faz nenhuma diferença para a

teologia ou os compromissos do próprio analista, e o envolvimento pessoal que embora

ainda busca a maior objectividade hist[orica possível, se reconhece que os resultados

dos seus estudos podem ser gerados por relações pessoais, embora tal ideia não possa

escurar a ideia de que pode existir no que ele escreveu, uma adaptação, ou uma

mudança de destinário no contexto de aplicação.

Com essa visão esclarecedora, torna-se muito indispensável termos uma

mudança na nossa visão ideológica, ou o modo de vida geral, como resultado do

contacto que se pode obter ao estudarmos engenhosamente os escritos de Paulo. Se isso


aconteceu com as igrejas ou pessoas que Paulo escreveu, conhecendo as necessidades

sentidas e juntamente as necessidades definidas que tais pessoas passaram, então se

pode dizer que quem entrar em contacto com tais escritos, tem uma taxa de

possibilidades de se penetrado com a mensagem contida nos seus escritos. Os escritos

de Paulo trazem uma teologia que não é possível entrar no seu fôlego hoje, os seus

textos geram grandes debates e estimulam um estudo profundo e sério da teologia do

Novo Testamento e de especial interesse os escritos paulinos.

Após esse esclarecimento, iremos agora analisar a segunda questão relacionada

com o segundo ponto, ou seja, o segundo ponto se questiona se os escritos de Paulo são

na verdade uma teologia ou apenas um argumento histórico religioso. Esse problema

surge, portanto, para se questionar o facto se observar nos escritos de Paulo um aspecto

da história das religiões, esse pensamento opina ainda mais que o enfoque da teologia,

ou seja, a abordagem de aspectos doutrinários é muito limitada e com essa

característica, limita a ideia de que Paulo ao escrever seus escritos, não tinha interesse

em fazer uma abordagem mais teológica, e sim uma apresentação narrativa, onde

apresenta a vida da igreja em seu tempo, as heresias que se estavam desenvolvendo e

finalmente como se pretendia tratar tais problemas na igreja.

Essa discussão também não tem consistência, pelo facto de que argumentos

teológicos, são particularmente presentes e verdadeiros em todos escritos de Paulo.

Quando se a analisa a maneira como Paulo escreve suas cartas, não podemos negar que

ele traz sim uma abordagem histórica, porém ele não se limita em fazer uma abordagem

histórica, a parte histórica que aparece nos escritos de Paulo, surgem por uma questão

de contextualização. É indispensável e muito necessário que se faça essa

contextualização pois sem ele o leitor não poderia entender como a teologia paulina teve

seu enquadramento no contexto histórico.


Quando se faz esse tipo de análise, nos escritos de Paulo não podemos esquecer

de qualquer maneira que a estrutura típica dos seus argumentos é sem dúvida uma

perfeita combinação de argumentos teológicos e parênese, e basta fazer essa

observação, logo teremos uma resolução apurada dessa situação.

Alguns vão argumentar que não se trata somente da questão se o discurso de

Paulo traz uma abordagem contextual, esse debate vai além, visando uma ideia de que

seus argumentos teológicos estão baseados na herança judaica que Paulo se beneficiou e

que essa mesma, não pode se considerar teologia. James Dunn ao responder essa

pergunta argumenta, que embora alguns não concordam com a ideia de que o judaísmo

e em seus conceitos não se tratam de teologia, prefere chamar de teologia todo o

discurso a respeito de Deus.


CONCLUSÃO

Esse livro traz uma visão bem mais apurada da teologia de Paulo, fazendo a

leitura do mesmo livro, perceber que ao estudar a teologia do Novo Testamento, é

imperioso que se estude também de forma particular e com particular interesse os

escritos de Paulo, pois os mesmo constitui a maior porção de todo o Novo Testamento e

sem a compreensão da teologia paulina não se terá um melhor conhecimento Novo

Testamento.

Pode perceber também que a teologia paulina é a mais bem elaborada em todo

Novo Testamento, apresenta um pensamento bem mais sistematizado do evangelho.

Paulo é considerado o maior teólogo cristão de todos os tempos, pois graças os seus

escritos, o cristianismo deixou de ser um grupo de fiéis apenas, e passou a ser

considerado como uma fé racional e com argumentos sistematizados.

Por fim, James Dunn aconselhou que todos os teólogos de cada nova geração

deveria engenhosamente compreender a teologia apresentada nos escritos de Paulo e

fazerem-se novos estudos nos seus escritos.

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