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O texto se inicia com uma introdução ao tema mas também ao livro “Revolução
Silenciosa”, organizado pelo autor, que é uma coletânea de textos de diversos
autores, versando sobre os mais diversos temas, sobre a necessidade de se
pensar em como se posicionar e agir numa nova sociedade que se reconstrói
nesse novo momento, chamado pelo autor de DC, pós-peste.
A busca por uma teologia que responda a esse novo momento pode ser
encontrada no início da era moderna, olhando para o ideal de se conciliar a
teologia prática com o intelecto das emoções e atitudes dos Protestantes
ingleses do século XVI. Dai, como primeiro ponto a validade do estudo de caso
da formação teológico-ministerial oferecida aos alunos pelas Universidades de
Oxford e Cambigdge.
Uma segunda razão apontada pelo autor foi uma visão do cristianismo
experencial, definida por Lutero e Calvino com uma teologia mais prática que
teórica. O conhecimento experimental era a prova do conhecimento e
relacionamento prático com Deus, uma rejeição a mera fé histórica. Tendo
como estudo de caso a vida de Antony Burgess, pastor puritano, teólogo e
escritor, o Dr. Rubens aponta que Burgess denunciava a perda do fervor ,
calor, piedade e prática da vida cristã por parte dos ingleses que buscavam
apenas um conhecimento meramente cerebral. Esse teólogo inglês buscava
vincular o conhecimento teológico com a vida Cristã numa teologia “racionalia e
experimentalis” tentando ser visionário, orientado a objetividade, prático e
metódico ao mesmo tendo sendo fervoroso, piedoso e prático na vida cristã.
Podemos concordar com ele que a vida cristã deve ser uma poderosa
descoberta diária, aplicável em todas as esferas da vida, não abandonando a
pregação da palavra, a disciplina pessoal, a busca de santificação, usando as
disciplinas espirituais, meditação na Palavra, orações e adorações como
alicerce.
O texto é interessante por si pois traz uma reflexão necessária a esse momento
atual pós-pandêmico onde a sociedade como um todo e cada um de seus
indivíduos precisa se reinventar, e isso inclui a igreja como instituição. A idéia
que os reformadores ingleses conheciam profundamente o “coração do
homem” me despertou para a necessidade de se fazer uma teologia integral
que tenha a compreensão de Deus mas não abandone a visão de que essa
teologia não é para mim, mas prioritariamente para ser oferecida para o outro.
O texto é de grande valor para os pastores e líderes que querem fazer de suas
comunidades um local de propagação do Reino não oferecendo respostas a
perguntas não feitas e tendo coragem de lidar com o coração humano que
precisa conhecer Deus e perceber que Ele cabe e está presente em todas às
áreas e setores e, sobretudo, tem seu lugar em cada coração humano.